sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Diamante ‘Pink Star’ é leiloado por valor recorde de US$ 83 milhões


Diamante ‘Pink Star’ é leiloado por valor recorde de US$ 83 milhões

Um diamante conhecido como “Pink Star” (Estrela Rosa), do tamanho de uma ameixa, foi leiloado em Genebra nesta quarta-feira por US$ 83 milhões, um recorde mundial para uma pedra preciosa.
O presidente da Divisão de joias da Sotheby’s na Europa e no Oriente Médio, David Bennett, bateu o martelo no hotel de Genebra depois de uma intensa e eletrizante disputa de cinco minutos.
O “Pink Star” foi vendido para Isaac Wolf, um lapidador de Nova York que como novo proprietário da pedra a rebatizou de “Pink Dream”, revelou a Sotheby’s.
Pink Star
O leilão, em francos suíços, começou em 48 milhões de francos suíços (39 milhões de euros) e subiu um milhão a cada lance.
As cerca de 150 pessoas presentes na sala prenderam a respiração quando o comprador que negociava por telefone ofereceu 67 milhões de francos suíços (sem a comissão). Depois, a plateia aplaudiu quando o fabuloso diamante foi comprado por 68 milhões de francos suíços, ou seja, US$ 83 milhões. O valor inclui a comissão da Sotheby’s.
Os diamantes rosas, ou “fancy vivid pink”, são muito raros.
“Quando alcançam 59,60 quilates, como o ‘Pink Star’, a única coisa que podemos fazer é elevá-los à categoria de tesouros naturais”, declarou o presidente da Sotheby’s Suíça e especialista em Gemologia, David Bennett.
O “Pink Star”, montado em um anel, pesa 11,92 gramas. Trata-se do diamante mais caro já leiloado.
“Esse diamante rosa ovalado é o maior do mundo nas categorias ‘fancy vivid pink’ e ‘internally flawless’”, termos da Gemologia para designar a cor mais intensa da pedra e sua pureza sem manchas, explicou Bennett.
Os diamantes rosas estão classificados em cinco cores, de acordo com sua intensidade, e “fancy vivid” é o nível mais alto da escala.
“Há três anos, a Sotheby’s Genebra batia um recorde, ao vender o magnífico ‘Graff Pink’ por US$ 46,2 milhões de dólares, lembrou Bennett.
Mas “a demanda em nível internacional para diamantes excepcionais não para de crescer”, ressaltou.
O “Pink Star” tem duas vezes o tamanho do “Graff Pink”, classificado na categoria 3 (“fancy intense”) de cores de diamantes rosas.
O “Pink Star” foi descoberto em 1999, em uma mina de diamantes na África pela companhia De Beers. A gema foi comprada pelo grupo Steinmetz Diamonds, baseado em Genebra, que levou dois anos para polir a pedra.
Em 2007, Steinmetz Diamonds vendeu o diamante para um comprador que pediu para não ser identificado. A Sotheby’s não divulgou qualquer informação sobre a identidade do vendedor. Não se sabe se foi ele quem o comprou em 2007, ou se o diamante chegou a ser vendido depois disso.
O “Pink Star” apareceu em público pela primeira vez em 2003, sob o nome de “Steinmetz Pink”, em Mônaco. Também fez parte da exposição dos sete diamantes mais valiosos do mundo, em um museu da Smithsonian Institution de Washington, nesse mesmo ano. De 2005 a 2006, a pedra ficou exposta no Museu de História Natural de Londres.

Na terça à noite, outra pedra bastante concorrida também foi levada a leilão. Um diamante de cor laranja “vívido” de 14,82 quilates, o maior de sua categoria, foi vendido em Genebra por US$ 35,54 milhões.
A casa de leilões Christie’s, concorrente da Sotheby’s, conseguiu um duplo recorde: o maior preço para um diamante laranja e o de dólares por quilate para um diamante de cor.

A descoberta do Diamante no Brasil


A descoberta do Diamante no Brasil 

A descoberta do diamante no Brasil ocorreu em 1729, nas lavras do Tijuco, Mg – atual Diamantina – para onde atraiu um grande contingente de mineradores, quando o governo português permitiu a livre extração, até 1739, através do pagamento do quinto. Novas descobertas de garimpos surgiram forçando ao governo de Portugal a só consentir a extração por contrato, até 1739, e posteriormente estabeleceu o monopólio, a partir de 1771. Com este regime a extração clandestina intensificou induzindo ao contrabando, sobretudo para a Holanda, Inglaterra e França, mesmo assim as estatísticas oficiais assinalavam que o Brasil ainda era o principal produtor e exportador de diamante até o final do século XIX, desde então só superado pela África do Sul.
A Bahia participou deste importante ciclo econômico, pouco antes do meado desse século, onde esta atividade teve um importante papel na atividade sócio – econômico e política, além de contribuir com a expansão demográfica e povoamento de zonas inabitadas. A descoberta na Chapada provocou um fluxo migratório sem precedentes, oriundo de antigos centros de mineração diamantífera de Minas Gerais e de muitas atividades auríferas na Bahia, tendo como conseqüência o despovoamento de importantes centros urbanos como Diamantina e Serro, em Minas Gerais e Rio de Contas, na Bahia.
Com a queda de preço do diamante no mercado internacional, foi preciso conter a produção, assim em 1731, o vice-rei e governador geral do Brasil, Vasco Fernandes de Menezes, o Conde de Sabugosa – por Carta Régia proibiu a exploração de diamantes na Bahia, onde começaram a surgir evidências de achados. Com isto, os registros históricos são muitos controversos a respeito da descoberta do diamante na Bahia. Os resgates mais antigos afirmam que, em 1817 ou 1818, o capitão-mor Felix Ribeiro de Morais encontrou diamantes na Serra do Gagau, conhecida como serra do Bastião, próximo às fazendas de gado, onde posteriormente surgiu a vila de Mucugê, cuja descoberta é atribuída ao pajé de uma tribo. Acredita-se que dada à proibição da corte, guardou-se segredo sobre o achado.
Seguem-se muitas referências a possível presença do diamante pelos naturalistas alemães Spix e Von Martius, em 1821, que ao examinarem as rochas da serra do Sincorá, na vila do Sincorá, atualmente Sincorá Velho, reconheceram os terrenos diamantíferos semelhantes aos do Arraial do Tijuco, englobando ainda os municípios atuais de Mucugê, Andaraí, Lençóis e Palmeiras.
Publicação de trabalho do geólogo e cientista Orville Derby, em 1882, faz referência à descoberta do primeiro diamante na Chapada, por José de Matos, em 1840, próximo à vizinhança de Santo Inácio, na Chapada Velha. Outras descobertas foram registradas, em 1841, na serra do Assuruá, município de Gentio do Ouro, em 1842, na serra das Aroeiras, em Morro do Chapéu, tornando-se mais tarde um grande produtor e na vila de Bom Jesus do Rio de Contas, hoje sede do município de Piatã, onde foi encontrado o maior diamante dos sertões baiano.
Mas o dado mais significativo é revelado por Theodoro Sampaio, que somente a partir de 1844, a mineração de diamante tomou rumo com a descoberta feita por José Pereira do Prado, o “Cazuza do Prado”. Morador da Chapada Velha que ao percorrer as terras marginais do ribeirão Mucugê, reconheceu o local do terreno como propício e ao fazer um ensaio de algumas horas extraiu grande quantidade de pedras de alto valor. Diz também a história que o diamante foi acidentalmente encontrado em 25 de junho de 1844, por Cristiano Nascimento, afilhado de Cazuza, ao lavar as mãos no leito do riacho Mucugê afluente do rio Cumbucas.
Uma variante desta versão assinala que já na primeira investida, Cazuza encontrou alguns diamantes de fina água neste riacho. Entusiasmado, juntou-se, a alguns amigos e parentes numa expedição de 14 homens e começou a explorar o garimpo, pegando em poucos dias uma boa quantidade destas pedras. Precisando comprar mantimentos, enviou um dos seus colegas, seu melhor amigo chamado Pedro Ferreiro, à Chapada Velha para que este pudesse vender parte do tesouro já encontrado. Seu amigo foi preso e acusado de roubar algum comprador, pois se tratava de gemas de pureza jamais vistas e para se livrar da prisão, o suspeito foi obrigado a revelar o segredo da origem das mais cobiçadas jóias.
Há também outras versões que corroboram com esta versão sendo este o local ou região para onde afluíram dezenas de milhares de aventureiros, faiscadores e garimpeiros de todos os rincões onde aí se espalharam. Calcula-se que 25 mil pessoas foram para lá, aglomerando-se em povoados, onde muitos se transformaram em vilas e posteriormente em municípios – Mucugê, Andaraí, Lençóis e Palmeiras, designada com a região das Lavras Diamantinas.
O Ciclo do Diamante no Brasil durou cerca de 150 anos, da segunda metade do século XVIII até o final do século XIX, quando o País foi o maior produtor mundial. A produção na Bahia foi iniciada em 1844 e seu apogeu perdurou apenas até 1871, com declínio da produção e queda de preço que coincidiu com a expansão das jazidas da África do Sul, descobertas seis anos antes. O colapso da região só não foi maior porque ao lado do diamante passou a ter valor o carbonado ou carbonato usado na indústria e na perfuração de rochas, sobretudo durante a abertura e construção do Canal do Panamá.
- Instituições Envolvidas
Três instituições foram envolvidas na formulação e montagem do Museu Vivo do Garimpo que são: o Museu Geológico da Bahia com sua participação técnica na elaboração do projeto museográfico; a Prefeitura Municipal de Mucugê, onde teve inicio as primeiras frentes de extração do diamante na Chapada, a qual está capacitada para sediar e ser a receptora e mantenedora do mesmo; e o Projeto Sempre Viva, o qual já dispunha de infra-estrutura que foi ampliada e adaptada para abrigar as diversas unidades do Museu Vivo:
A implantação do Projeto “Museu Vivo do Garimpo” justifica-se pela razão de resgatar parte da história do diamante. Deste modo, reconhece o papel desempenhado pela força de trabalho do garimpeiro, que na labuta do dia a dia, para a busca do dinheiro visando o sustento da família ou na ilusão de ficar rico, desempenhou um papel de grande importância social e econômica. Com isto, foi responsável pela exploração e desenvolvimento de riquezas para a região, além da expansão demográfica com a fixação e o desenvolvimento de diversos núcleos urbanos.
E a proposta de um Museu Vivo no lugar onde teve início a exploração do diamante na Chapada, reveste-se de uma precisão histórica no local onde teve inicio as explorações e daí se expandiu na região, tornando-se conhecida como “Lavras Diamantinas”. Portanto:
“Resgatar a história vivenciando a atividade do garimpeiro é tornar-se espectador dos fatos”
Do ponto de vista administrativo a Prefeitura de Mucugê está desenvolvendo uma linha de ação turística voltada para o setor cultural, educativo e científico.

Brasil ultrapassa marca de 500 mil quilates de diamantes certificados

Brasil ultrapassa marca de 500 mil quilates de diamantes certificados

O Brasil exportou 519.832 quilates de diamantes brutos, no valor de US$ 51,6 milhões, pelo Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (SCPK), desde 2006 até outubro deste ano. O Processo visa estancar o fluxo de “diamantes de conflito”, provenientes de regiões controladas por movimentos rebeldes.
Em reunião com os países-membros do Processo de Kimberley, o Brasil se tornou membro oficial do Grupo de Trabalho de Especialistas de Diamantes. O país também apoiou a candidatura da Angola à vice-presidência do Processo, que deverá ocupar a presidência em 2015, na reunião que aconteceu de 19 a 22 de novembro, em Joanesburgo, na África do Sul,
A Venezuela continua auto-suspensa do acordo. Foi reconhecido, em plenária, que acontecimentos extraordinários impediram que aquele país cumprisse as metas estabelecidas na Declaração de Washington, de 2012.
Neste ano, o encontro contou com mais de 300 participantes de diversos países, incluindo representantes da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e do Ministério de Relações Exteriores.
O Processo Kimberley é um procedimento articulado entre os governos, a indústria internacional do diamante e a sociedade civil com o intuito de impedir o fluxo de “diamantes de conflito”. O acordo se baseia em Resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) e legislações nacionais específica.
É um processo histórico que defende os direitos humanos, a paz e o desenvolvimento sustentável. O objetivo é evitar que pedras preciosas financiem violência e movimentos rebeldes.
O Brasil é reconhecido como um dos países que mais defendem o diamante para o desenvolvimento no Processo Kimberley, sendo ele inovador na criação de um fórum nacional que congrega governo e sociedade civil, o Fórum Brasileiro do Processo Kimberley.
As reuniões acontecem anualmente, com o objetivo de aprofundar as discussões e deliberar em relação aos assuntos relevantes do Processo. A SCPK conta com 76 países-membros e mais dez solicitaram autorização para fazerem parte do grupo, incluindo dois países da América do Sul (Chile e Peru) e outros, como, Argélia, Burkina Faso, Egito, Filipinas, Uganda, Panamá, Quênia, Suazilândia e Qatar. As informações são do website do MME.

Mineração: por que devemos investir no diamante do Brasil?


Mineração: por que devemos investir no diamante do Brasil?

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O tempo de comprar é “quando houver sangue nas ruas”. Esta é a frase de um banqueiro, o Barão de Rotschild, feita no século 18 após a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo.
Ele estava certo e ganhou fortunas se beneficiando do pânico que seguiu a derrota da França.
Nós hoje estamos chegando a mais um momento de quase pânico entre os investidores que não sabem o que fazer com o seu precioso dinheiro.
De um lado temos a guerra dos preços do minério de ferro que está arrasando, a nível global, projetos, minas e mineradoras. Do outro os preços do petróleo, também em queda, fazem o mesmo com as empresas de energia e com as economias exportadoras.
Empresas como a Petrobras, que já foi uma das três maiores do mundo, podem virar lixo, um penny stock com preços abaixo de US$5 por ação sendo listadas somente em bolsas especiais para as empresas nanicas…
No meio deste tiroteio os investidores correm, atabalhoadamente, para o ouro na expectativa de que as quedas possam ser revertidas em 2016.
Será que isso vai ocorrer?
Entretanto, a maioria esquece que o diamante está se consolidando como um dos melhores investimentos da década e que nós no Brasil temos uma gigantesca região cratônica, favorável, que produziu milhões de quilates onde ainda não existem minas primárias de diamante.
O que faz o diamante tão interessante?
Simples. A produção mundial está caindo (veja o gráfico) e o consumo mundial só faz aumentar criando um descompasso que faz os preços subirem exponencialmente (veja o gráfico do preço do diamante de 1 quilate).
No gráfico de preços por tamanho observa-se que os preços sobem em função da procura por um específico tamanho de pedra. De 2010 para cá as pedras com tamanho entre 3 a 4 quilates foram as que mais subiram. São elas que irão propiciar a lapidação de diamantes de 1 a 2 quilates tão procurados pelas joalherias, cujas pedras atingem, quando excepcionais, até US$33.000 por quilate.
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Os diamantes pequenos, que são quase todos lapidados na Índia também estão tendo uma grande procura.
O mais interessante é que esta tendência não está sendo revertida, pois para que isso ocorra, é preciso que as novas descobertas consigam superar a demanda: isso está muito longe de acontecer.
Quando observamos  a localização dos principais produtores do mundo vemos que 70% deles estão na África (Congo,Botswana, Angola, Zimbabwe, África do Sul e Namíbia), o restante no Canadá, Rússia e na Austrália.
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No mapa mundi vemos, com clareza, que a produção de diamante mundial está, principalmente associada às regiões cratônicas.
São nessas regiões geologicamente estáveis e frias que ocorrem na África, Canadá, Austrália, Rússia e Brasil que o foco da exploração e pesquisa mundial para diamantes está concentrado. Em todas essas regiões, com exceção do Brasil  existem importantes minas primárias de diamante.
Por que não no Brasil?
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É que as empresas que investiram na exploração mineral (De Beers e Rio Tinto) e que descobriram a grande maioria dos mais de 1.500 kimberlitos brasileiros, mesmo tendo encontrado vários pipes com teores econômicos, nunca evidenciaram um depósito que elas considerassem de classe mundial.
Ou seja, o que elas descobriram foi, na época, considerado pequeno.
As grandes multinacionais, é lógico, também não tinham nenhum interesse em colocar em produção novas minas brasileiras que iriam competir com as suas próprias minas já em produção. Era muito mais interessante “sentar em cima” do que desenvolver. Foi o que a Rio Tinto e a De Beers fizeram.
Eventualmente elas foram embora do Brasil deixando para trás inúmeros kimberlitos interessantes sem um bom trabalho de detalhamento. Somente agora, que a crise de 2008 passou,  e os preços subiram, alguns poderão ser lavrados economicamente.
É o caso do kimberlito Braúna descoberto, muitas décadas atrás, pela De Beers na Bahia, em um cluster com outros 21 corpos. O Braúna foi retomado pela junior Lipari e, somente agora, está sendo promovido à mina.
O Braúna deverá produzir em torno de 225.000 quilates de diamantes por ano, por 7 anos e será o primeiro kimberlito a ser lavrado em toda a América do Sul.
Casos similares ocorrem em todas as regiões cratônicas do Brasil, onde são produzidos anualmente grandes quantidades de diamantes, quase todos fora do radar do DNPM. Para o Brasil se tornar um grande produtor de diamantes primários é só uma questão de fomento e investimento.
É óbvio que algumas coisas deverão ser mudadas na legislação, com a aprovação de um novo Código Mineral justo, que fomente e incentive a pesquisa mineral no país, mantendo os direitos de prioridade e protegendo aqueles que investem.

Brasil pode ser destaque na produção de diamantes, diz secretário.

Brasil pode ser destaque na produção de diamantes, diz secretário.

A descoberta do primeiro jazimento de diamante primário, encontrado na Bahia, pode trazer uma produção expressiva de diamantes, colocando o Brasil em posição de destaque. A declaração foi feita pelo secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira.
“Com a entrada em operação desse projeto o país poderá vir a ser um expressivo player global em diamante”, afirmou Nogueira na abertura do 15º Congresso Internacional da Confederação Mundial de Joalheria (CIBJO), no dia 4 de maio, onde falou sobre a importância do setor de joias para o país. Ele se refere ao projeto Braúnas, da Lipari Mineração.
Em relação a produção de joias no Brasil, o ouro tem sido uma das substâncias mais pesquisadas no país, com exportações na ordem de US$ 2,4 bilhões em 2014, de acordo com o secretário.
“O ouro e o diamante são imprescindíveis à indústria de joias”, disse ele, acrescentando que a maior parcela da produção de gemas e uma parcela significativa da produção de diamante e ouro no Brasil são realizadas em garimpos ou por pequenas empresas e cooperativas de mineração que se distribuem em vários estados brasileiros.
Nogueira disse ainda que, para atender e fortalecer essas cadeias, o Ministério de Minas e Energia (MME) tem trabalhado ativamente na formulação de políticas voltadas a formalização e à consolidação de arranjos produtivos locais de base mineral (APLs).
“Para viabilizar essa ação, o MME vem apoiando, desde 2004, em parceria com o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a organização de 66 APLs de Base Mineral”.
O comércio mundial de diamantes em 2014 alcançou cerca de US$ 54 bilhões, mas o Brasil exportou apenas US$ 6,7 milhões. Já o segmento de gemas, joias e metais preciosos apresenta uma balança comercial positiva, com saldo favorável previsto superior a US$ 2 bilhões para 2015, com possibilidade de expansão. O Brasil é o 16º produtor mundial e 13º consumidor de joias de ouro, além de ser o segundo maior produtor de joias foleadas, tendo ultrapassado a Coreia em 2013.
A indústria joalheira, organismos internacionais e países produtores têm discutido, atualmente, a necessidade de certificação de origem para os diamantes, o ouro e as gemas ditas de cor, com o objetivo de assegurar que a exploração desses bens não seja, dentre outros, produtos oriundos de áreas de conflito, de exploração de trabalho infantil ou ilegal. O Processo Kimberley, citado por Nogueira, articula governos, indústria e sociedade civil com a finalidade de disciplinar o comércio de diamantes brutos e também, algumas iniciativas embrionárias, com vistas à certificação do ouro e até mesmo de gemas.
Segundo o secretário, as Nações Unidas, em apoio às atividades de Organizações Não Governamentais, estudam a implementação de metodologia de certificação de empreendimentos de mineração de ouro em pequena escala.
O congresso reuniu representantes de mais de 50 países, incluindo designers, empresários e joalheiros, além de representes do governo. O IBGM, representante do setor de gemas, joias e bijuterias brasileiro na CIBJO, foi o organizador do evento, que contou com o apoio da Progemas, Associação de Classe da Bahia e de outros parceiros. As informações são do Ministério de Minas e Energia