segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Os erros “culturais” dos geólogos do Canada no Tapajós

Os erros “culturais” dos geólogos do Canada no Tapajós

Ninguém discute a competência dos geólogos canadenses para aplicar a Lei 43101 do mesmo pais, mas como eles não conhecem curimãs nem rejeitos eles acabam amostrando os como se fossem solos normais desfigurando completamente os resultados da análise geoquímica e enganando a si próprios;
Pior, quando os curimãs são antigos e a mata acaba igualando visualmente solos originais e solos transportados;

Um Curimã esta ainda cheio de ouro, pois o garimpeiro não consegue tirar todo o ouro; qualquer garimpeiro sabe disto, e os resultados da análise, comparados ao solo normal serão naturalmente fantásticos, mas o curimã não esta mais locado onde estava o ouro primário e sondar este local baseado nestes resultados só pode dar errado.No Pará ainda tem 300 toneladas "NO LIXO" ou CURIMÃ, que os garimpeiros não conseguiram retirar em mais de 60 anos.
Não se mistura alho com bugalho, fala a sabedoria popular; portanto solo é solo (é alteração da rocha), curimã é curimã (rejeito transportado dos garimpeiro);
Esses geólogos conhecem o efeito pepita quando eles ocorrem nas sondagens (vertical) e eles descontam dos cálculos de cubagem, mas parecem que se esquecem de aplicar a mesma lei, quando esse fenômeno ocorre na horizontal nos mapeamentos geoquímicos. De fato a lei 43101 não fala deste efeito quando nos mapas geoquímicos, esqueceram não; não existe curimã no canada; O Brasil tem muitas minas abandonadas e ricas em Curimã, toneladas de ouro.

O croqui anexa mostra um trabalho aparentemente bem feito, mas com resultados errados por causa deste erro cultural. Corresponde a um projeto real e falido que não podemos citar. Milhões de dólares investidos nas matas do Tapajós com a perda financeira de milhares de investidores anónimos de fora do pais e a perda de credibilidade que acaba atingindo a todos nos;

O garimpeiro não esta a MARGEM DA HISTÓRIA

O garimpeiro não esta a MARGEM DA HISTÓRIA



Ele é parte da historia do Brasil, ele é o Brasil desde os seus primórdios.
Negar o garimpeiro é negar a própria essência do Brasil.
Nada diferencia o caucheiro dos tempos de Euclides da Cunha com o garimpeiro de hoje a não serem as ferramentas de trabalho mais poderosas.
Une o caucheiro ao garimpeiro pela forma de vida errante, pela violência, pela recusa as regras da sociedade organizada;
Une à sociedade de1905 a sociedade atual o mesmo olhar da sociedade Legalista da época e de hoje tanto ao caucheiro, como ao garimpeiro, o olhar condescendente ou horrorizado a um Brasil diferente.

O geólogo Fernando Lemos que conhece e preza a Lei e suas nuanças e reconhece isto pinçou com sua vasta cultura para ojornal do Ouro, as frases da literatura mostrando um Brasil verdadeiro de mais de cem anos que ate hoje persista com as suas mesmas singularidades humanas.
Reconhecer a diferença é prova de inteligência, concordar como ideal para uma nação moderna é outra coisa, mas recusar a realidade como muitos e querer impor a Lei da maioria pela força é prova de limitação intelectual e de desconhecimento da sua própria história;
Abaixo citações do escritor brasileiro Euclides da Cunha retiradas do livro “a margem da história” a respeito do Brasil amazônico em formação que ele conheceu e retratou de forma magistral. As diferenças da língua portuguesa não escondem a similaridade de atitudes entre a sociedade atual do garimpo com a sociedade dos caucheiros da Amazônia no ano de 1905, 109 anos atrás,
“completamente sós, acompanhados apenas do rifle inseparável, que lhes garante a existência com os recursos aleatórios das caçadas. Ali mourejam improficuamente longos anos; enfermam, devorados das moléstias; e extinguem-se no absoluto abandono. , ao mesmo tempo que o invade o sentimento da impunidade para todos os caprichos e delitos, cai, de um salto, numa selvageria originalíssima, em que entra sem ter tempo de perder os atributos superiores do meio onde nasceu.
Realmente, o caucheiro não é apenas um tipo inédito na História. 
Junta-os apenas sem os caldear. É um caso de mimetismo psíquico de homem que se finge bárbaro para vencer o bárbaro.  reponta em todos os atos da sua existência revolta. O mesmo homem que com invejável retitude esforça-se por satisfazer os seus compromissos, que às vezes sobem a milhares de contos, com os exportadores de Iquitos ou Manaus, não vacila em iludir o peón miserável que o serve, em alguns quilos de sernambi ordinário; 
 A selvageria é uma máscara que ele põe e retira à vontade.
.Arruina-se galhardamente; e volta... Reata a faina antiga: novos quatro ou seis anos de trabalhos forçados; nova fortuna prestes adquirida; novo volver ansioso em busca da fortuna perdidiça, numa oscilação estupenda das avenidas fulgurantes para as florestas solitárias.
Não há leis. Cada um traz o código penal no rifle que sobraça, e exercita a justiça a seu alvedrio, sem que o chamem a contas.

Um guia para driblar os problemas entre técnicos brasileiros e estrangeiros.

Um guia para driblar os problemas entre técnicos brasileiros e estrangeiros.



Muitos técnicos brasileiros reclamam que não podem usar a língua pátria, pois os chefes só falam inglês; não adianta reclamar que “aqui é Brasil, e aqui tem que falar português”, invariavelmente a resposta será incisiva, “é Brasil, mas o dinheiro fala inglês”. Aproveita para usar isto para melhorar o seu inglês.

- Técnicos estrangeiros mal conseguem disfarçar um racismo imbuído e produzido pelos filmes ao qual eles tiveram acesso na infância; geralmente ele acaba perdendo esse sentimento de superioridade pouco a pouco no contato com os técnicos brasileiros. Pior do que o racismo é a sensação que é superior por vir de um pais mais avançado em termos sociais e educacionais (o nariz empinado); essa sensação de superioridade o levara a ter atitudes estranhas em relação principalmente com os trabalhadores e ajudantes de campo que ele considera realmente inferiores; ai esta o perigo e onde você deve intervir.
- Os trabalhadores no Tapajós são contratados nos garimpos e eles estão formados na lei do garimpo, e na lei do garimpo, o insulto a um homem pode provocar morte; o técnico estrangeiro não sabe disto, mas você como brasileiro e observador atento é obrigado a saber. Tem que evitar a qualquer custo, a morte de um técnico deste por um trabalhador insultado; seria um desastre para o projeto. Para isto deve falar para o trabalhador que o técnico falou sem conhecer a nossa língua e falar para o técnico estrangeiro que realmente, se não se policiar, poderá ser morto. Normalmente ele abaixa a crista, mas não fica tranquilo, a natureza dele vai se sobrepuser em rompantes.
Os dados de pesquisa escondidos: algumas empresas escondem os dados de pesquisa; você, brasileiro, participa da coleta, mas só eles controlam a síntese dos dados. É horrível!
Os softwares de ponta: tente apreender a usar os softwares de ponta que os técnicos estrangeiros utilizam; quando vir a cidade procura esses softs para comprar. Os deles são bloqueados.
O brasileiro esta vacinado contra as prostitutas do cabaré vizinho, mas o estrangeiro, não; um simples sorriso pode levar o técnico a ficar um escravo desta mulher. Ele não tem nenhuma defesa contra essas mulheres, essencialmente as que são mais carismáticas e ela vai o depenar depois de casar com ela; o seu papel é o proteger e evitar que ele vá no cabaré; se não conseguir, a sua nova chefe será a prostituta do lugar. Aproveita para pegar ela. Ficara com a sensação de pegar a mulher do chefe; sempre é bom!.... para o ego!!
O erros culturais na pesquisa: geólogo estrangeiro não diferencia curimã de solo. Ele vai se entusiasmar com os resultados dos curimãs e vai querer sondar lá; tente evitar para não levar o projeto a falência;
Os erros culturais próprios a Amazônia: Os geólogos estrangeiros não sabem o que é malária, leischmaniose, etc.. resistem em usar borrifadores  que eles consideram tóxicos. Vão apreender rápido, pois essas doenças tem predileção conhecida em pessoas de fora. E vão querer se tratar no Canada onde os médicos não conhecem a doença. Tenta proteger a você e a eles. Se pegar, faz de tudo para iniciar o tratamento deles em Itaituba ou Novo Progresso onde tem médicos que entendem desta doença; nesta hora, vão ficar tão fracos que não saberão dizer não; Depois do sofrimento, e com 10kg a menos, vão lhe ouvir mais,
As certificadoras: é o DNPM deles. São muito rigorosas, mas extremamente sérias e entendem tudo da Lei 43101. Tente apreender com eles;
A sua vingança: a fiscalização do DNPM: é o momento onde eles vão precisar de você
O relatório ao DNPM terá que seguir a legislação que invariavelmente é feita por pessoas que mal entendem do assunto, mas colocar mais da metade do relatório com bobagem como clima, hidrografia e outros dados bibliográficos ou copiar as suas aulas de geologia ou os relatórios da CPRM é inócuo. Os geólogos do DNPM só leem os relatórios a partir do item TRABALHOS REALIZADOS; este item nos relatórios dos seus chefes é conciso, objetivo e frio. Assim deve ficar nos relatórios ao DNPM; os mapas podem ficar em inglês. Geólogo do DNPM fala inglês e os símbolos são internacionais
A experiência e criatividade a brasileira criaram metodologias eficientes como contagem de pintas, mas eles não aceitam, pois os dados podem ser subjetivos. Tenta fazer os dois em paralelo; quando eles observarem os resultados, vão aceitar, mas só os dados de geoquímica vão constar dos relatórios deles;
As diferenças monstruosas de salários: nos orçamentos dos trabalhos de pesquisa, há dois itens para o pagamento dos geólogos: Canadian geologists e Brasilian geologists: a diferença de valor é monstruosa.
Submissão ou enfrentamento? Se esta seguro de sim, deve enfrentar. Se enfrentar, eles recuam; senão eles vão fazer de você, gato e sapato!
Não adianta você mostrar o seu domínio teórico, pois eles não querem saber de onde vem e como veio o ouro. Só querem saber onde ele esta; e a empresa só quer mesmo saber disto.
Você pode ser o chefe no inicio, mas não o será sempre: Se a área é sua, se vai começar como chefe, mas a medida que o dinheiro deles vai abastecendo o projeto, a sua parte diminua proporcionalmente. Quando tiver menos de 50%, vão lhe tirar de lá progressivamente. Vai ter uma fase intermediaria onde vão lhe prestigiar e depois tchau!
Junior Company é empresa de papel. No inicio esta bem, no final não paga as contas: não entre no jogo deles e nunca aceita ser o presidente, pois a justiça do trabalho acabara lhe deixando liso ate a terceira geração. Pena para o seu ego, mas ego mata.
Outra coisa importante: eles não trabalham no objetivo de tirar o ouro deste lugar, mas só de inflar as ações. Depois das ações subirem. Eles vendem e deixam todo mundo a ver navios.
Skype: o Skype é a ferramenta do poder. Os chefes comandam a partir do Canada diretamente nos técnicos locais estrangeiros e todas as fofocas passam pelo Skype, inclusive o que você fala diariamente;
Cozinheiras canadenses: não se assusta se vier do Canada uma cozinheira e que ela vai ter um salario maior que o seu. Eles gostam da comida dela.
O canada tem muitas geólogas mulheres, mas vai ficar impressionado. Trabalham no mato igual ou melhor do que homens
Das diferenças tão culturais como técnicas tem que encontrar uma forma de somar para o benefício da empresa. Apesar de eles não reconhecer, você é muito importante para o projeto, só que eles não sabem. E você tem que reconhecer que a formação universitária deles é prática, objetiva e a sua infelizmente muito teórica.

EXPLORAÇÃO GEOFÍSICA NA DOCEGEO-AMAZÔNIA: PRIMEIROS PASSOS

EXPLORAÇÃO GEOFÍSICA NA DOCEGEO-AMAZÔNIA: PRIMEIROS PASSOS

– Crônica Amazônica                          
As equipes de exploração da DOCEGEO / VALE foram responsáveis pelo descobrimento de muitos e significativos depósitos minerais na região de Carajás. Essa história de sucesso tem como um dos fatores principais, a constante integração de dados geológicos, geofísicos e geoquímicos em todas etapas dos trabalhos prospectivos.
O geofísico Kiyoshi enviou um correio narrando alguns dos primeiros acontecimentos da história da prospecção geofísica desenvolvida pela DOCEGEO na Amazônia e que foi integralmente transcrita nessa crônica.
O Blog, dessa forma, vai desempenhando uma interessante função de transmitir a história da Exploração da Amazônia, através de relatos desenvolvidos pelos seus personagens e narrados de maneira simples e informal
O primeiro levantamento aéreo na Amazônia feito pela Docegeo foi um levantamento aeromagnético executado pela LASA, que era um braço da Cruzeiro do Sul Linhas aéreas que depois virou Varig.
Foi um levantamento com linhas de 5 em 5 km de direção N-S que cobriu desde São Felix do Xingu até Marabá. As linhas saíam do paralelo de Xinguara e iam até pouco ao norte da estrutura do Sereno, da Serra Norte, e também a estrutura do Salobo 3A.
Numa segunda fase, linhas intermediárias iriam detalhar blocos de áreas selecionadas com intervalos de 2.5 km. Esta segunda fase nunca foi feita. Até hoje não sei porque aquele levantamento foi suspenso. Acredito que tenha sido por falta de verba. Na época entendi também que o levantamento tinha gerado polêmicas sobre técnicas exploratórias para a Amazônia.
Em 1975 (ou 76 ?), o Dr. Emmanuel Magalhães contratou no Canadá um consultor chamado Norman Paterson que fez um giro comigo pelos distritos. Na Amazônia fizemos a interpretação deste primeiro levantamento e nele ficaram marcadas as estruturas do Fe CKS, a sequência do Salobo e do Aquiri. Lembro-me que o Igarapé Bahia tinha sido detectado numa única linha de voo e o Dr Paterson interpretou aquilo como se fosse um plug magnético.
De certa forma o Décio Alemão usava as estruturas magnéticas coincidentes com as estruturas alinhadas para fazer seus programas de SS e reconhecimentos geológicos.
Outra particularidade deste levantamento foi uma extensão do levantamento para cobrir a estrutura da Serra das Andorinhas que ficou como um " dente"  anexo ao enorme bloco voado.
O segundo levantamento da Docegeo foi um levantamento aeroeletromagnético na Serra das Andorinhas no final de 1975. Quem fez o levantamento foi a Geoterrex, uma empresa canadense que utilizava a tecnologia do EM aéreo, aperfeiçoado pela Barringer Research.
O Armando deve se lembrar desse levantamento, pois a nossa base foi em Conceição do Araguaia. Ficamos alojados na casa da dona Rinalda (era esse o nome, Armando ?) que era a única hospedagem naquela cidade. Depois dona Rinalda montou um belo hotel (Hotel Marajoara ?) numa avenida nova que se tornaria uma artéria importante da cidade.
Quando eu fui fazer o follow up das anomalias detectadas na estrutura da Serra das Andorinhas, verificamos que se tratavam de sedimentos (quartzitos segurando a estrutura) e ficamos acampados no Gemaque. Um furo cortou folhelhos pretos. Naquele tempo achei que Andorinhas era igual ao Grupo Bambuí. Mais tarde verificamos que a estrutura da Serra das Andorinhas eram sedimentos assentados discordantemente sobre sequências magnéticas que ocorriam nos arredores. Essas sequências magnéticas eram litologias do Greenstone de Rio Maria.
Nós entramos em Andorinhas depois que desistimos do Quatipuru. O Armando sabe muitos  detalhes daquele tempo.
Na rotina de campo, foi pelas mãos do Armando que a geofísica entrou na Amazônia.


PS- Um levantamento aeromagnético feito pela Prospec S/A na época da Meridional/AMZA foi feito sobre Carajás. Foram linhas de 500 em 500 metros, de direção N-S e cobria das Serras Sul até as Serras Norte, incluindo as Serras do Rabo e iam até o rio Itacaiunas.

Os processos centrípetos e centrífugos da descoberta

Os processos centrípetos e centrífugos da descoberta

Em teoria, o geólogo é formado a procurar a agulha num palheiro, ele amostra uma área grande para descobrir uma anomalia pequena e ele a detalha ate delimitar uma jazida de ouro. Para isto ele lança mão de diversas ferramentas: voos geofísicos, amostragem geoquímica e observação da geologia. Ele parte de uma área grande para chegar numa pequena, é um sistema centrípeto


No caso do Tapajós, a coisa muda completamente, pois os garimpeiros estão cutucando há 50 anos, ou seja, estão amostrando de maneira empírica, baseados nas observações de produções de ouro dos igarapés e grotas. Fizeram a primeira parte do trabalho, mas o garimpeiro esqueceu-se de lançar as suas observações em mapa e dar uma dimensão cartesiana aos seus achados, e nunca se afastam dos cursos d´água, fontes das suas observações. No conjunto dos muitos garimpeiros, é aplicado um sistema considerado centrípeto.

Neste caso, o trabalho do geólogo é de captar o conhecimento difuso do e dos garimpeiros, conhecendo a linguagem técnica que eles usam e traduzir num mapa parte ou todas essas informações. Com este mapa primário, será necessário tirar conclusões técnicas e ir atrás do que os garimpeiros não observaram, seja porque era grande demais, seja porque era afastado das correntes de água. Quando se fala em grande demais, é porque o garimpeiro procura rico e o geólogo procura grande, e sendo rico, por um equilibro da natureza é pequeno e portanto sem interesse para o geólogo e sendo grande, há de ser de baixo teor e, portanto, sem ou de limitado interesse para o nosso garimpeiro. O processo intelectual neste caso é invertido: não é mais de fora para dentro, centrípeto, mas de dentro para fora, centrífugo.

O sistema centrífugo é o sistema que permitiu quase todas as descobertas no Tapajós, ou seja, com a participação inicial empírica do garimpeiro e a participação posterior do geólogo para sistematizar e dar volume e consistência à “descoberta” garimpeira, primeiro superficialmente, depois em três dimensões com a sondagem. As exceções são as descobertas pela Rio Tinto dos depósitos epitermais do norte do Tapajós e um dos depósitos da  Golden Tapajós no garimpo Boa Vista.

O sistema centrípeto é o sistema que permitiu quase todas as descobertas no Carajás, exceção feita da própria jazida de ferro de Carajás que também foi centrífuga, mas sem a participação prévia de garimpeiro e de Serra Pelada com a participação do garimpeiro.


Se tiver outras, podem nos relembrar!