sábado, 5 de março de 2016

PREÇO DO OURO USADO, COMO CALCULAR? (AVALIAR OURO)

PREÇO DO OURO USADO, COMO CALCULAR? (AVALIAR OURO)



Quando se quer vender ouro usado, (chamado quebrado no Brasil) há sempre a dúvida de quanto vale, Se esta se lembrando do preço que comprou, errou !, Pois o preço do ouro flutua muito e o ouro joia, tem mistura e a sua joia poderá ser comprada, seja por alguém conhecido, seja por um profissional que ira fundir a peça para recuperar o ouro e o vender com algum lucro.
Há uma fórmula utilizada por quem compra ouro, formula que serve para calcular o preço do ouro usado.
Em primeiro lugar é necessário saber qual o grau de pureza do ouro usado, se é de 10 kt, 14 kt, 18 kt, 19,2 kt (ouro português) ou 24 kt (o mais puro ou ouro fino).
Para determinar o preço do ouro usado (necessário para avaliar o ouro) é também necessário que a peça seja examinada, cada peça de ouro usado para vender tem de ser analisada pelas marcas do ouro que indicam o seu teor, ou se não estiver devidamente marcada e identificada com marcas, deve ser analisada por um técnico especializado. Se for uma peça banhada a ouro, nem vale a pena tentar vender.
É necessário depois pesar o ouro em gramas

Em alguns casos o valor da moeda de ouro, se for avaliar como uma moeda de ouro rara, pode ser muito mais valiosa do que o simples valor do ouro correspondente ao seu peso.

Depois de se avaliar o ouro e ter estabelecido que o ouro só tem valor do ouro, atribui-se um valor à peça (preço do ouro)  de acordo com o peso em gramas.
Preço do ouro usado ou quebrado, FORMULA para calcular:
Deve-se dividir os quilates do seu ouro usado (ouro português 19,2 quilates) por 24, então multiplicar esse número por preço do ouro no dia de hoje por grama.
10kt = 10/24 = 0.4167
14kt = 14/24 = 0.5833
18kt = 18/24 = 0.750
19.2kt = 19.2/24 = 0.80
20kt= 20/24 = 0.8333
Por exemplo, para calcular o preço do ouro usado de 19,2 kt e o preço atual do ouro for de R$ 95,00 por grama, então o preço de seu ouro 19,2 quilates de ouro usado seria de 95,00 x 0,8 = R$ 76,00 (preço por grama do ouro usado de 19.2 kt).
Depois, basta multiplicar o peso por grama, pelo peso total em gramas de todo o ouro usado que quer vender.
Se o peso das peças for 23 gramas, o valor de venda do seu ouro usado português é de 23g X R$ 76,00 = R$ 1748,00 (preço do ouro usado).
Se o peso for o mesmo, mas a joia for brasileira (18 kt), o valor será 23gr*0,75*95,00= R$ 1638,75
Para interiorizar estas formulas é importante praticar algumas vezes para conferir que os resultados estão corretos.
Você pode revender a joia para uma amiga neste preço, que ninguém será enganado.
Só que o comprador profissional não vai comprar a este preço, pois ele quer um lucro ao revender e a peça de ouro sendo complexa como cordões, ela vai ter muitos pontos de solda que vai influenciar no peso. Na realidade, a sua joia é ouro mais as soldas que não são feitas de ouro e, portanto, tem que dar um desconto.
A formula que o comprador de ouro usado utiliza é peso* 0,65 * preço, ou seja se o seu ouro for 18 kt, a mesma joia de 23 gramas será comprada pelo profissional sério por: 23 gr * 0,65* R$ 95,00= R$ 1420,00. Se tiver muita solda, ele vai chorar ate R$ 1350,00. Abaixo disto, você estará perdendo.
Se você for penhorar a joia na Caixa, o desconto será maior ainda, mas a peça poderá ser resgatada no prazo.
Muitas joias vêm com pedras, e cada pedra tem o seu valor intrínseco. Se for diamante, este será avaliado também separadamente e seu peso retirado do ouro, mas isto é outra estória. Se forem esmeraldas, e outras pedras coloridas verdadeiras e valiosas, também; se forem vidros coloridos, vão para a lixeira, ou são guardadas pelo comprador que as vendem por kg
É possível, na Internet, ver a cotação do ouro em tempo real em sites da especialidade.

Bastou um único diamante

Bastou um único diamante

Os impressionantes 1.111 quilates e o tamanho de uma bola de ténis de um diamante encontrado pela Lucara Diamond Corp. no Botswana e cuja descoberta foi anunciada ontem lançaram as acções da empresa para uma subida estratosférica. O título encerrou ontem com uma valorização de 30%, adicionando 185 milhões de euros à capitalização bolsista da empresa originária de Vancouver.
Além de ser o maior encontrado nos últimos 100 anos, este é o segundo maior diamante de sempre, apenas atrás do diamante Cullinan de 3.106 quilates, descoberto em 1905, e que integra as jóias da coroa britânica. As características particulares deste diamante tornam difícil, segundo os especialistas, atribuir-lhe um valor. Mas mais do que isto, sinalizam a relevância da mina onde foi encontrado, facto visto como positivo para a Lucara Diamond Corp.
“A recuperação de uma gema desta qualidade, acima dos mil quilates, indica que a mina em Karowe é mesmo importante”, disse William Lamb, CEO da Lucara, disse no comunicado. De salientar que a Lucara está em competição aberta com a Gem Diamonds, que tem uma mina no Lesotho, para ver quem ganha o ‘campeonato’ da maior gema alguma vez descoberta. Até ao momento, a Gem Diamonds estava na frente, depois de ter recuperado uma gema com 603 quilates no Lesotho.
De salientar que a Lucara também disse ter encontrado outros dois grandes diamantes brancos. O primeiro pesa 813 quilates antes de limpeza, o que significa que é provável que esteja entre os 10 maiores já encontrados. A segunda é 374 quilates.
Relativamente à qualidade do diamante encontrado, Edward Sterck, um analista londrino da BMO Capital Markets referiu que “é quase impossível estimar um valor para uma pedra tão extraordinária dado que uma avaliação é altamente dependente da cor, claridade e características de corte e polimento””.
Em Julho, a Lucara vendeu uma pedra de 341,9 quilates por mais de 18 milhões de euros – o que resulta numa média de 56 mil euros por quilate. Mas a conversão directa em relação ao novo achado não se pode fazer: o seu valor vai depender do tamanho e qualidade das pedras polidas que podem ser cortados a partir dela. Tudo isto pode, aliás, levar muitos anos a concretizar.

Os joalheiros Graff Diamonds são os ‘normais’ compradores destas pedras gigantes. A última aquisição custou-lhes mais de 10 milhões de euros: a Lesotho Promise, assim se chamava a pedra, foi cortada em 26 diamantes incluindo um em forma de pêra com 76,4 quilates. Como comparativo, recorde-se que o Cullinan foi cortado à mão em nove grandes gemas e 96 pedras menores.

Como achar um filão de ouro em poucos dias Parte preliminar

Como achar um filão de ouro em poucos dias Parte preliminar



Todo ouro aluvionar tem uma fonte original, Não há ouro sem mãe.
O ouro aluvionar é espalhado em grandes superfícies e depositado de forma horizontal;
Essas 2 características fazem deste tipo de ouro uma forma relativamente fácil de encontrar-lo.
Adicionado a forma do garimpeiro de pesquisar, testando o cascalho das grotas, de uma forma sistemática, pois cada garimpeiro fazendo o seu esforço individual, o esforço concentrado de todos os pesquisadores acabara formando uma cobertura sistemática; aí esta encontrado a forma de detectar praticamente todo o ouro aluvionar existente.

Mas quando tratar-mos do caso dos colúvios ou derrames e paleoaluvióes, ainda temos uma ocorrência horizontal, mas desta vez menos espalhada que do os aluviões
Tudo isto forma o ouro secundário, fácil, mas de volume limitado, pois ele é tão somente o que a erosão arrancou dos primários para espalhar
Mas de onde vem esse ouro secundário e como é que ele saiu dos primários?
O Ouro primário é o que esta inserido na rocha ou na rocha alterada na superfície, ou lagrese
Ele não esta sempre em forma de filões, que é a forma mais conhecida:
Ele esta sob diversas formas:
- disseminado no granito na pirita onde essa pirita quando altera cria uma cor vermelha no barro;
- Em gossans: são as pedras vermelhas tipo laterita mas muito mais pesadas, quando esse ouro disseminado apresenta concentrações de pirita; o gossan é formado pela alteração da pirita formando chapéus de ferro; geralmente há o gossan e há os veios de quartzo juntos
- Em veios de quartzo verticais com ou sem pirita, formando os conhecidos filões, mas estes só tem larguras de alguns cm a no máximo poucos metros de espessura
- Em stockworks de quartzo com veios de todas as direções chamados de casqueiros e próximos a uma shear ou zona de cizalhamento;
- Em veios horizontais de cada lado de uma shear, chamados de sheated veins
- Em corpos de vulcânicas com vênulas de quartzo ou de sulfetos

Cuidado: quando o filão é rico, ele é pouco espesso, é como se houvesse um equilíbrio; largo, o ouro fica espalhado, estreito, ele fica concentrado;
Isto se aplica na forma micro como na macro:
Quando há muito ouro num aluvião grande destes tipo do Rosa de Maio, Marupa, há menos chances de ter filões ricos, porque se os filões são ricos, eles são pequenos e se são pequenos, eles não terão fornecidos material suficiente para abastecer um aluvião tão grande. Esses grandes aluviões abasteceram-se com primários grandes, portanto pobres, disseminados;

A gíria do garimpo (letra C)

A gíria do garimpo (letra C)

Cabeça de máquina. Adj. Gerente de par de máquinas

Cachorra. S. f. Mala de brabo recentemente chegado na região de garimpo.

Cacos de telha. S. m.Pedaços de lateritas encontrados nos sequeiros com intensa sulfetação.

Caixa. S. f.  Conjunto de pranchas de madeira ou de ferro posto na saída do material debreiado,

Caminho de jerico. S. m. Varadouro ou pequena estrada aberta na mata para facilitar a passagem dos jericos e dos tratores com as cargas de óleo e rancho destinado a manutenção dos garimpos.

Canoão. S. m. Concentração aurífera de alto teor em forma de canoa, encontrada nas aluviões e paleoaluviões.

Cantina. S. f. Barracão construído normalmente na cabeceira da pista de pouso dos garimpos.

Capa de bomba. S. f. Capa externa da bomba de sucção de cascalho substituída em função do desgaste causado pelo material da boca de serviço.

Capa do lacrau. S. f.  Camada no solo de folhas secas e outros vegetais mortos.

Carote. S. m. Unidade de medida garimpeira equivalente a 60 litros de combustível. Transportados em canoas, aviões, jericos, no lombo de burros e de peões.

Carrancismo. S. m. Clima de ameaça latente à existência ou integridade de pessoas nos garimpos.

Cascalheira. S. f. Canoa tosca de madeira, construída a toque de caixa para completar a logística nos garimpo de balsa, onde é impossível chegar com canoas de alumínio ou de ferro.

Cascalho brabo. S. m. Cascalho de forma áspera e irregular, normalmente escuro e avermelhado, com ou sem ouro, geralmente proveniente de fonte sulfetada.

Cascalho cego. S. m. Cascalho manso ou brabos sem ouro.

Cascalho croado. S. m. Cascalho encontrado na superfície da terra, quase na capa do lacrau, sugerindo a presença de um filão superficial.

Cascalho manso. S. m. Cascalho arredondado de forma homogênea, normalmente claro, que pode conter ouro.

Cascalho ovo de pombo. S. m. Cascalho manso, de tamanho uniforme e cor branca. Embora seja bom para debreiar, o cascalho ovo de pombo pode ser rico ou cego.

Cascalho rebolado. S. m. Formações irregulares de camadas de cascalho aurífero no meio da argila.

Cascalho rico. S. m. Cascalho brabo ou manso, alto ou baixo, croado ou fundo, mas com alta incidência de ouro.

Casqueiro. S. m. Veio de quartzo de mergulho sub-horizontal, impregnado de sulfetos mostrando textura parecida com a casca de ferida, comum emstockworks.

Cavalete. S. m. Suporte que liga a capa de bomba ao motor.

Cervejinha. S. f. Arbusto da flora amazônica com qualidade terapêutica antimalárica, apreciada pelos índios, caboclos e garimpeiros. Usada como paliativo contra o paludismo. 

Chama. S. m. Apelo de ordem espiritual que pela tradição garimpeira considera o sangue derramado como uma atração para o ouro. Essa idéia profundamente impregnada no garimpo é comparável às cerimonias de oferendas de vidas (humanas ou animais) das sociedades da antigüidade para seus deus.

Chafurdar V. t. d. Bagunçar. Expressão usada para  indicar descontrole no serviço de baixão ou de balsa.

Cheira peido. Adj. Tropeiros de burros carregadores de mercadorias em alguns garimpos.

Cherocão. S. m. Avião monomotor fabricado no  Brasil pela Embraer sob licença da Piper. Também conhecido por Minuano ou Mata-Sete.

Cheroquinho. S. m. Avião monomotor fabricado no  Brasil pela Embraer sob licença da Piper. Também conhecido por Carioca ou Mata cinco.

Chorador. S. m. Minador de água em pé de serra, nascente de igarapé, grota ou grotinha.

Chupadeira. S. f. Conjunto de equipamentos para trabalho de dragagem estacionário

Cobra-fumando. S. m. Aparelho de madeira (pequeno sluice) de origem remota, usado para lavar a terra rica de balsa, ou cascalho no garimpo manual.

Coquetel. S. m. Soro antimalárico preparado pelos garimpeiros.

Croado. Adj. Que está visível na superfície. A história dos garimpos da Amazônia grandes baixões onde o ouro foi descoberto croado, na capa do lacrau.

Croíra. S. f. Balsa de exploração aurífera construída  com madeira serrada no próprio garimpo.

Cu de sapo. S. m. Pequeno barranco, menor que um cinco, feito no sufoco de uma fofoca ou numa terra proibida.

Cuca. S. m. Cozinheiro de baixão.

Cuia. S. f. Instrumento de trabalho garimpeiro feito de ferro e em forma de concha com o qual manipula-se o ouro na fase final da lavagem.

Cuiada. S. f. Ação de cuiar. Operação de verificação do teor de ouro em material debreiado ou  debreiar.

Curimã. S. m. Rejeito de cascalho, areia e esmeril proveniente da lavagem da terra rica ou um serviço manual. Porto espraiado onde o garimpeiro de balsa monta a cobra-fumando.

Currutela. S. f. Conjunto de precários estabelecimentos comerciais voltados para o atendimento de um garimpo de balsa ou de baixão.

Curruteleiro. Adj. Expressão pejorativa  atribuída à garimpeiros que freqüentam com assiduidade os cabarés da currutela.

A segunda chance, ou os exilados do garimpo

A segunda chance, ou os exilados do garimpo

Sempre houve tentativas das nações de se livrar dos seus indesejáveis, seja pelo exilo compulsório no caso das nações colonizadoras (o Brasil foi o depositório dos indesejáveis do Portugal) e assim foi para a França no Canada ou na Guiana, para a Inglaterra e as colônias que mais tarde formariam os USA, para a Espanha para as colônias americanas, para a Rússia para a Sibéria. Muitos nem precisavam ser exilados, se exilava voluntariamente.
Muitos dos indesejáveis que na realidade eram incompreendidos e impossibilitados de crescer nos seus locais de origem se transformaram em homens obedientes a lei dos seus novos lares e se desenvolveram de maneira notável.
Outra forma de exilio voluntária foi a Legião estrangeira francesa, homens do mundo inteiro têm-se alistado por diversas razões, na maior parte das vezes porque não têm para onde ir. como nobres falidos, criminosos ou soldados profissionais que preferiam combater, eram aceitos. Sob determinadas circunstâncias até lhes eram oferecidas novas identidades. Na sua maioria mantiveram os nomes, mas é uma questão de honra nunca comentar o passado de um Legionário. E enquadrados numa Lei militar e num código de honra particular, muitos “indesejáveis” se transformavam em heróis.
Os garimpos da Amazônia têm um papel similar, UMA NOVA VIDA, e muitas vezes, UMA NOVA CHANCE para os indesejáveis fugitivos ou para os incompreendidos;
Como nos exílios dos séculos passados, como na Legião, enquadrando-se numa nova lei própria aos garimpos, correspondendo melhor aos seus íntimos anseios, sem a impunidade do resto do Brasil, sem os bloqueios próprios a uma sociedade organizada, muitos se transformam em homens com uma nova Honra e Admirados.
Sempre foi o objetivo da justiça brasileira de recuperar os seus criminosos para inseri-los de novo na sociedade, muito raramente consegue se nas escolas do crime que são as cadeias, mas o garimpo consegue e sem custo para a sociedade.
A pena de exilio compulsório não existe no Brasil e mesmo se existisse não poderia ser aplicada hoje nos garimpos por falta de isolamento com os meios de comunicação moderna, mas o exílio voluntário se aplica perfeitamente.