domingo, 8 de maio de 2016

A incontornável matemática do ouro no garimpo

A incontornável matemática do ouro no garimpo



Das definições:

- O dono do garimpo é o proprietário das terras auríferas, do garimpo;
- O dono da PC ou PCzeiro é o proprietário ou o responsável pelo leasing das Pás Carregadeiras (PC)
- O tratorista é o operador da máquina PC
- Pista: Cavação de mais ou menos 50m de comprimento por 15 m de largura e de 1 a 7m de profundidade num aluvião mineralizado
- Par de máquinas: dois motores MWM para desmontar hidraulicamente o cascalho mineralizado subjacente ao estéril. Vêm acompanhados de mangueiras, maracas e bombas.

Da matemática

O dono do garimpo paga três gramas de ouro por hora (leitura no horímetro) ao dono da PC
O tratorista recebe R$ 35,00 por hora, sendo R$ 17,50 do dono do garimpo e 17,50 do dono da PC; essa forma de pagamento pode variar sendo do dono do garimpo ou do dono da PC, mas se variar vai influir nos demais acertos.
Os quatro trabalhadores que manobram o par de máquinas depois da PC terem descapeada o estéril recebem 15% da produção do ouro da pista
Uma pista demora em média 15 dias para ser aberta e o ouro retirado
Cada trabalhador paga quatro gramas de ouro por mês para a cozinheira, além de pagar pela lavagem de roupas, ou seja, a cozinheira é empregada dos trabalhadores e assina um contrato com estes, isentando os donos do garimpo e da PC do vínculo empregatício..
O dono da PC assume a manutenção da máquina. Se esta parar, para também o faturamento. Portanto é melhor ter peças de reposição.
Os pares de máquinas que tiram o cascalho com todos os apetrechos são do dono do garimpo;
A alimentação para todos é da responsabilidade do dono do garimpo, com tudo de bom e do melhor.
A bebida é vendida pelo dono do garimpo a preço multiplicado, mas só de sábado após meio dia ate domingo ate meio dia;
O diesel é da responsabilidade do dono do garimpo e representa o maior custo (220 litros por dia por PC) e 120 litros por dia para o par de máquinas.
O dono da PC se responsabiliza pelo custo de entrada da PC ate o garimpo. O dono do garimpo se responsabiliza pela saída da PC ate o seu ponto de partida (Itaituba)
As produções das pistas são variáveis, mas uma pista com produção de 500gr de ouro vai dar a seguinte equação.
500 gr -15% = 425 gr de saldo – 3gr*8 horas *10 dias uteis= -240 gr para o dono da PC, sobra 210 gramas para o pagamento do diesel (120gr) e para a comida (30gr). Sobra 50 gr para as despesas gerais e o lucro eventual

Das variáveis da equação

Teor das pistas.
Profundidade do cascalho nas pistas que diminua ou aumenta horas de PC e consumo de diesel.
Acesso que influi no preço final do diesel no local de trabalho; se o diesel entrar por avião a razão de R$ 60 centavos por litro de diesel nos voos de pernas (voos curtos a partir das pistas de pouso acessíveis por estradas), ou diretamente por estrada.
A quantidade de pistas de PC possíveis de ser lavradas, ou seja, largura e comprimento da aluvião é também uma variável, pois influi no rateio dos custos fixos, podendo colocar diversas PC diluindo o custo administrativo e aumentando o tempo de permanência e o custo de entrada e saída das PC
A variável legal: legalizações por PLG´s, meio ambiente, que é 100% do dono do garimpo e que é obedecida só nos itens mais baratos como recolhimento do lixo, banheiros, retortas, etc..
A variável administrativa: a indispensável matemática do decimo de grama, contando tudo para evitar prejuízos.


Conclusão: a sobrevida do garimpo depende do teor de ouro e de uma rígida administração contábil.

Em mineração, empolgação e ufanismo rima com desinformação

Em mineração, empolgação e ufanismo rima com desinformação


Em matéria da folha de São Paulo, a respeito da reserva Roosevelt,
texto em vermelho com relativização de Fernando Lemos

Parte 1

RESUMO Terras indígenas entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso possuem o que, estima-se, possa ser a maior jazida de diamantes do mundo. Os indígenas cintas-largas que ali vivem passaram a colaborar com garimpeiros e atravessadores na exploração; a área agora sofre desmatamento e tem até pista de pouso.
1)     "A nossa terra é nosso espírito. Um índio sem sua terra é um índio sem alma." Assim uma das lideranças do povo cinta-larga encerrou seu discurso em um encontro, realizado em maio, para discutir novas políticas indígenas. Inseparáveis na sua crença, a terra e a alma dos cintas-largas padecem juntas: o genocídio cultural e a violência contra membros da etnia são resultado da violação do chão que consideram sagrado. Debaixo das Terras Indígenas Roosevelt, Serra Morena, Parque Aripuanã e Aripuanã, entre Rondônia e Mato Grosso, onde habitam, esconde-se aquela que pode ser a maior jazida de diamantes do planeta.
2)    O brilho das pedras começou a atrair o garimpo ilegal à região do igarapé Lajes entre 1999 e 2000. O território indígena demarcado (que, em tese, não poderia ser objeto de atividade mineradora, exceto garimpo artesanal promovido pelos próprios índios. Também não) é cortado hoje por uma clareira de aproximadamente 10 km de extensão por até 2 km de largura (não deve ser kimberlito. Os milhares de kimberlitos conhecidos no mundo são todos corpos de diâmetros menores que 1.000 metros. (O MIR maior mina em kimberlito do mundo tem uma cratera com diâmetro de 1.200 metros, porem, o kimberlito mesmo tem cerca de 400 metros de diametro) –além de um apêndice, também de 2 km, na chamada Grota do Sossego. ( dois mil hectares)
  3)    Garimpeiros e indigenistas estimam área ainda maior: seriam mais de 1.000 hectares dedicados à exploração mineral. (colide com o item  2)
4)    O pico da corrida ao diamante na Roosevelt ocorreu em 2004, quando havia mais de 5.000 garimpeiros na região. Foi interrompido com um conflito, após uma sequência de ameaças mútuas entre garimpeiros e indígenas, que resultou na morte de 29 dos extratores de minerais. Desde então, o garimpo no local já foi fechado e reaberto diversas vezes. (todas ilegais com aval de índios)
5)    "O quadro atual é mais grave do que era em abril de 2004. Em março deste ano havia pelo menos 500 garimpeiros, a maioria armada e afrontando os índios (que índios?? Os que os colocaram lá???), dizendo que não iria sair da terra indígena", afirma Reginaldo Trindade, procurador da República incumbido de defender a etnia.
 6)    A situação se repete: a reportagem esteve dentro do garimpo enquanto as atividades estavam completamente suspensas, em maio, por ordem dos índios (não se harmoniza com o item 5). Ainda havia equipamentos abandonados e marcas de pneus recentes. Em julho, a área foi retomada pelos garimpeiros, que, armados, voltaram a extrair os diamantes.
DIAMANTES
7)    Por ser terra indígena, a Reserva Roosevelt não pode ser estudada nem lavrada até a aprovação de uma lei com regulamentação específica. Ou seja, o conhecimento que se tem hoje resume-se a estimativas ( chutes!!!!!! Sem base técnica alguma!!!), e todas elas –segundo especialistas e empresas de mineração ( quais???? Apoiados em que trabalhos técnicos de amostragem???)– estão abaixo do potencial real (se é potencial, não é real!!!!!. Potencial e real são excludente)
 8)   Mesmo conservadoras, as previsões sobre a reserva são superlativas: a Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM), ligada ao Ministério de Minas e Energia, calcula que, apenas no garimpo Lajes, seja possível extrair 1 milhão de quilates de diamante por ano ( que trabalhos de amostragem foi feito?????, por que a modéstia??? Sem trabalhos, pode chutar qualquer número. 1 bilhão, 1 trilhão de quilates) –uma receita que ultrapassaria US$ 200 milhões (cerca de R$ 800 milhões). Mais que isso: semelhantes ao raro kimberlito (tipo de rocha vulcânica onde se formam os diamantes) do Lajes, ( quem disse que é kimberlito??? Quantas amostras ???) de acordo com relatório de uma empresa mineradora ( qual????), existiriam em pelo menos mais 14 áreas. Não seria exagero (é mais do que exagero. é uma estultice!!!) dizer que há anuais US$ 3 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões) debaixo da terra. (porque não 50 bilhões de dólares). No tapajós na década de 80, se falou em 900.000 toneladas de ouro. E mais de 2.000 toneladas em Serra Pelada, assim na base da CHUTOMETRIA!!! Sem qualquer trabalho técnico).
Confirmados esses números, (que provavelmente não se confirmarão são megalomaníacos!!!!!) a Roosevelt seria a maior jazida do planeta (tal qual a megalomania brasileira), com quase 50% de vantagem sobre a segunda, a russa Jubilee, que produz 10,4 milhões de quilates ao ano. Em 2012, a Rússia anunciou que a jazida Popigai Astrobleme (não é kimberlito. O diamante de Popigai foi formado no impacto do meteorito sobre um  granada-grafita-gnaisse Arqueano, rocha metamórfica que aflora regionalmente na  área e apresenta extensas evidências de impacto como shatter-cones, coesita,  stishovita e outras variedades de quartzo de altíssima pressão).
9)        A cratera de quase 100 km de diâmetro resultante do impacto de um asteroide, teria diamantes para abastecer o mercado global por 3.000 anos, mas ainda não há provas dessa capacidade.
Atualmente, o Brasil é inexpressivo no comércio internacional de diamantes: em 2013, o país produziu aproximadamente 49,2 mil quilates, o que corresponde a 0,04% do total da produção mundial (130,5 milhões de quilates). Destacam-se hoje Mato Grosso (88% do total) e Minas Gerais (11%), não por acaso as principais rotas de lavagem do diamante ilegal.
 10)                      As pedras oriundas da Roosevelt são muito valorizadas por seu formato, tamanho, pureza e cor. "Podem ser usadas principalmente para joias de alto valor, são diferentes e facilmente identificáveis", diz o chefe do departamento de recursos minerais do CPRM, Francisco Valdir da Silveira.
 11)  Para atingir uma produção proporcional ao potencial da Roosevelt ( não existe produção de potencial. Só é possível produção de reservas medidas, quantificadas por intensos e caros trabalhos de pesquisa) seria necessária a exploração mineral industrial de alta tecnologia, com máquinas modernas e mão de obra qualificada. Bem diferente da garimpagem semiartesanal que lá se pratica, com perda de até 40% das pedras no processo (se não se tem pesquisa não se sabe o teor lavrado, como então se calcula a perda???? É mais um chute como os que se falavam nos garimpos de ouro). Sem nenhuma fiscalização, utilizam-se equipamentos improvisados com baixa capacidade produtiva (baixa capacidade de recuperação. Coisa diferente de produtiva. Uma planta pode produzir pouco com alta taxa de recuperação).
 12)                      As retroescavadeiras abrem fendas de até 20 metros ao passo que, nas grandes minas do mundo, as escavações chegam a até 600 metros (as minas de aluvião  são rasas em qualquer parte do mundo, máximo de dezenas de metros. As minas em kimberlitos e lamproitos é que são profundas, centenas de metros). Ainda assim, estima-se que a venda anual de pedras extraídas do território indígena chegue a R$ 100 milhões (estimativa baseada em que dados?????).  

Em mineração, empolgação e ufanismo rima com desinformação (parte 2)

Em mineração, empolgação e ufanismo rima com desinformação (parte 2)



Em matéria da folha de São Paulo, a respeito da reserva Roosevelt,

Em vermelho: comentários de Fernando Lemos
GARIMPO
13)                      Do alto, vê-se uma grande clareira na floresta amazônica, (o que permite que se desconfie que não se trata de kimberlito. Os milhares de corpos de kimberlitos conhecidos não são grandes, menores que 1.000 metros de diâmetro) com a terra avermelhada em contraste com o verde. Já no chão, a entrada do garimpo parece uma ilha de um ecossistema seco e sem vida, margeado por um rio de um lado e um lamaçal do outro. É preciso tomar cuidado com onde se pisa –a terra rachada pode esconder buracos de areia movediça.
14)                      Poucos quilômetros à frente, o coração da garimpagem: enormes crateras enfileiram-se, entrecortadas por montanhas de terra, num horizonte sem fim (o que conduz a desconfiança de não se tratar de kimberlito. Os corpos de kimberlitos são pequenos, menores que 1.000 metros de diâmetro). Perto dos buracos erguem-se barracões precários de madeira cobertos por lonas. É onde os garimpeiros fazem suas refeições, preparadas por suas mulheres ou por cozinheiras.
15)                        "Tem muita droga e prostituição, claro, mas vai muita família para o garimpo. A família toda, mulher e filhos, fica meses lá, e todo mundo se respeita", conta um garimpeiro que não quer se identificar. Ele reclama de que a vida no garimpo é muito dura.
16)                      Chegar até lá já é um sofrimento: da aldeia Roosevelt, a maior de toda reserva, percorre-se uma estrada de 35 km transitáveis apenas em trator, veículos potentes ou motocicletas. De moto, a viagem passa por áreas alagadas, e o veículo precisa ser carregado no braço em alguns momentos. Não raro o desgaste dos freios é tal que eles acabam antes do fim do percurso de aproximadamente quatro horas.
17)No garimpo, o trabalho é pesado, e o retorno, incerto. "Encontramos uma pedra grande, bonita, de mais de 11 quilates. Entregamos para o atravessador vender e nunca vimos a cor do dinheiro. Disseram que ele vendeu por R$ 180 mil", reclama um garimpeiro que, após o episódio, desistiu do trabalho.
18)                      O sistema de funcionamento do garimpo é uma espécie de engrenagem complexa, que gera uma "guerra fria" entre garimpeiros, índios e intermediários: todos tentam passar a perna nos demais.
19)                      Para começar, um investidor dispõe-se a comprar equipamentos, fazer contatos com compradores estrangeiros e subornar a fiscalização. Ele utiliza um intermediário local para negociar cada etapa desse processo –mediante, é claro, uma comissão.
20)                     O intermediário contata uma das principais lideranças cinta-larga (cada uma pode "operar" um trecho do garimpo) e oferece as máquinas em troca de um percentual da venda das pedras, de 20% a 30%. O garimpeiro entra como trabalhador braçal, sem renda fixa. É "contratado" pelo líder indígena e deve se reportar a ele caso encontre pedras. Do total do valor do diamante, o grupo de garimpeiros recebe 7%, parcela geralmente dividida igualmente entre todos
21)                      Acontece que o intermediário avalia a pedra entre 30% e 40% abaixo do valor real da venda, dizem índios e compradores ( a que preço real estão se referindo???? No garimpo?? Preço de são Paulo??? Ou da Bélgica???). Muitas vezes o índio recebe sua parte e não repassa aos garimpeiros, que, por sua vez, tentam vazar (desviar) o diamante do garimpo direto para o comprador, driblando (ludibriando) índios e atravessadores. Pequenas, as pedras cabem no bolso ou podem ser engolidas; o problema é que, se descoberto, o garimpeiro corre o risco de pagar com sua vida.
MASSACRE
22)                     Os primeiros contatos dos cintas-largas com o homem branco foram trágicos: sofreram um monstruoso genocídio, conhecido como Massacre do Paralelo Onze, em 1963, que matou 3.500 indígenas e precipitou a extinção do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), sucedido pela Fundação Nacional do Índio (Funai). O que era uma etnia com cerca de 5.000 indivíduos hoje tem, segundo o Censo, apenas 1.758 pessoas.
 23)                     A relação com os brancos seguiu estável até o início da garimpagem. Daí em diante iniciou-se um processo sistemático de aculturação. Primeiro, a contragosto, os índios permitiram o garimpo com ressalvas, mas a fartura de dinheiro e as perspectivas de consumo corromperam hábitos e geraram dívidas muitas vezes impagáveis.
 24)                     Levantamento realizado pela indigenista Maria Inês Hargreaves indica que, em média, para cada índio cinta-larga, há entre três e quatro processos judiciais (como são 1.758 há 7.032 processos), a maior parte de cobrança de dívidas. Independentemente das trapalhadas financeiras, parte do endividamento é fruto de golpes: estelionatários que abusam do despreparo dos índios para fazê-los assinar documentos em branco, aceitar juros abusivos e aprovar cartas de crédito sem detalhamento das condições de pagamento.
25)                     Para saldar os débitos, muitas vezes cobrados a arma de fogo, permitem a garimpagem em sua terra e a ela se aliam. "Eles sabem que a situação criminosa e marginal em que se encontram conduzirá (já está conduzindo, na verdade) toda a comunidade à extinção. O povo cinta-larga está à beira do genocídio, se não físico, no mínimo étnico e cultural", sentencia o procurador Reginaldo Trindade.
 26)                     O coordenador regional da Funai em Cacoal, Bruno Lima e Silva, corrobora: "A comunidade, no geral, é contra o garimpo, e são apenas poucas lideranças que lucram com isso e geram divisões políticas na etnia", afirma.]
7)                      "Pela vontade da gente, não teria mais garimpo faz tempo, mas o governo não ajuda", diz uma das mais importantes lideranças, que pediu para não ser identificada. A queixa tem endereço certo e motivação definida: a falta de apoio técnico e financeiro da Funai.( diversas ONG’S alardeiam que os índios vivem em perfeita harmonia com a natureza, retiram tudo que necessitam da floresta, alimentos remédios, tudo!!!!)
28)                     Ainda que elogiem a recente ação regional da fundação, há atritos sobre repasse de verbas e um histórico de problemas de relacionamento dos cintas-largas com a gestão do ex-presidente Márcio Meira (2007-12) –alvo, com mais três dirigentes, de uma ação civil de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.
 29)                     Em 2014, a Funai destinou apenas R$ 104.823,26 à etnia, um valor médio de R$ 58 por índio.
30)                     "A política indigenista vem sofrendo ataques constantes, que podem ser notados nas PECs e PLs e no enfraquecimento institucional da Funai, seja por limitação da atuação do órgão, seja pelos recursos irrisórios destinados à fundação", analisa Bruno Lima e Silva.
31)                      Por outro lado, o grupo operacional capitaneado pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal recebia, entre 2006 e 2009, cerca de R$ 7 milhões por ano para coibir o garimpo. Não só não coibiu como piorou a relação dos índios com o Estado. Além da questão financeira, os indígenas relatam maus-tratos –e o Ministério Público já denunciou abusos por parte da própria Polícia Federal.
32)                     Rarefeita, mas agressiva, a presença do Estado é evitada pelos cintas-largas na reserva, o que abre espaço para outras formas de poder: lobistas, intermediários, operadores do garimpo e líderes religiosos entram na terra indígena e agem como tutores da comunidade –conseguem remédios, vagas em hospitais, prometem riquezas e encaminhamento espiritual. A etnia hoje é quase toda seguidora da Assembléia de Deus.

sábado, 7 de maio de 2016

ONDE MORA O OURO - A ZONALIDADE DOS MINÉRIOS

ONDE MORA O OURO - A ZONALIDADE DOS MINÉRIOS

















Cada minério tem endereço preferencial e, conhecendo onde ele gosta de ficar, fica mais fácil achar.
O esquema acima mostra as vocações destes minérios e a localização de cada um; entretanto, há bastantes exceções;
Essas vocações têm a ver com a temperatura de solidificação de cada minério
Se você observar um dos minérios guia nestas diversas zonas, é só se aproximar ou se afastar do centro que vãs chegar no que lhe interessa mais: o ouro.
Podemos verificar que há um centro que é o granito (pedra Jacaré) e periferias em zonas sucessivas a partir do contato entre esse granito e a outra rocha (geralmente rocha vulcânica); Iremos considerar o que esta mais perto do centro (granito) como quente e o que esta afastado como frio
É como o jogo de esconde-esconde
Pode haver ouro junto com os outros minérios, mas pouco deste ouro e misturado com estes outros minérios.
Se tiver chumbo (galena), prata, zinco, esta muito frio. A prata pode ser vista pelos teores baixos  e a cor clara do ouro (muita prata)
Se tiver cobre, com o ouro de cor avermelhado, já esta bem perto, mas ainda um pouco frio, tem que chegar mais perto do granito
Se tiver wolframita, estanho (cassiterita), manganês (preto), esta quente demais; tem que se afastar do granito.
Se tiver muita palhetas de mica (malacachete), você esta muito quente mesmo, tem que voltar

Tem que procurar entre o cobre e a volframita e manganês. É lá que o ouro gosta de morar. É la que ele esta em maior quantidade e menos misturado (teor mais alto na hora da venda)

Sauditas preparam uma saída para a armadilha do petróleo

Sauditas preparam uma saída para a armadilha do petróleo






A Arábia Saudita é um reino riquíssimo cuja economia gira, quase que totalmente, em torno do petróleo.

Para muitos uma benção, o petróleo, pode se tornar uma maldição àqueles que não conseguirem diversificar. Esta maldição parece ter endereço certo na Venezuela, um país mergulhado na pobreza e nos problemas sociais, que não conseguiu transformar as suas imensas reservas petrolíferas em riquezas.

Já os Sauditas mostram uma visão que Maduro jamais teve.

O rei Salomão Abdelaziz criou um plano estratégico para 2030. Segundo este plano, considerado revolucionário por muitos, o país estará investindo pesado na modernização, diversificação e na privatização de seus gigantescos ativos que incluem a maior petroleira do mundo a Aramco (foto).

Neste plano, 5% da Aramco serão vendidos.

Desta forma a Aramco, que é considerada a empresa mais valiosa do mundo, com valor superior a US$1 trilhão, será a holding de várias subsidiárias listadas em bolsas de valores.

A jogada é fantástica e irá fazer a riqueza de muitos brokers e bancos.

Trata-se da primeira grande tentativa de diversificação da Arábia Saudita, um país cheio de contrastes onde as mulheres não podem dirigir e que perdeu mais de US$100 bilhões em 2015, com a queda dos preços do barril de petróleo.

E a nossa Petrobrás? O que será dela?
Acredito que se o governo mudar, o sr. Henrique Meirelles, vai dar um jeito na grave situação que ela se encontra, pois é o único com capacidade para deixar a PETROBRÁS com a situação financeira normal, e voltar a dar lucros, e as ações vão voltar a subir, sem dúvida, é o que o mercado acredita, pois o Sr. Meirelles tem grande prestigio internacional, e pode levantar bilhões de dólares, a juros baixos, e colocar o Brasil nos eixos de novo.