sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Com extinção de reserva, 58 pedidos são avaliados para explorar minério no AP

Com extinção de reserva, 58 pedidos são avaliados para explorar minério no AP


Com a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), a superintendência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no Amapá informou que começa a reavaliar os 58 pedidos de exploração na área feitos antes da criação da reserva, em 1984. A instituição também já pode receber novos requerimentos.
Na quarta-feira (23), o Governo Federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) a revogação da reserva que abrange uma área com mais de 4 milhões de hectares, na divisa do Sul e Sudoeste do Amapá com o Noroeste do Pará, e que tem alto potencial para exploração de ouro e outros metais preciosos. Com a medida, o Ministério de Minas e Energia passa a estudar as concessões na área.
“Não adianta a gente ter um estado rico, mas engessado e financeiramente pobre. Essa área é coberta de políticas externas ambientais. Existem meios de explorar de forma sustentável e recuperar essas áreas degradadas após a exploração da jazida. Isso é condicionante da licença de operação”, ressaltou o superintendente do DNPM no Amapá, Romero Peixoto. As empresas interessadas já podem fazer requerimentos para estudos, segundo Peixoto, para que o DNPM avalie e oferte áreas que serão exploradas através de leilão eletrônico. O alvará para autorizar a pesquisa de exploração mineral pode ser liberado em, no mínimo, 60 dias.
O DNPM prevê que, com a liberação de exploração mineral, os municípios serão os mais beneficiados com a instalação dos empreendimentos, a partir da arrecadação de impostos como a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).
“É bem provável que a contratação de mão de obra seja a mais próxima, com profissionais qualificados na região. Quando se explora e comercializa um bem mineral, as empresas pagam o CFEM, que divide 65% para o município, 23% para o Estado e 12% para a União. O valor maior vai para a prefeitura que poderá usar para benefício social”, comentou Peixoto.
O Governo Federal acredita que a extinção da reserva é um ganho para municípios, estados e União, apesar dos riscos ambientais. A abertura para mineração contará com fiscalização de órgãos ambientais e do próprio DNPM.
“Toda mineração é um risco. Em Mariana, houve um problema geotécnico que provocou o acidente grave, que todo o país acompanhou. Os impactos ambientais ocorrem na extração e a gente fiscaliza para que a empresa tenha segurança. A ideia é procurar evitar impactos ambientais que prejudiquem a fauna e a flora. Porque a atividade é pontual e deve ser monitorada. A mineração não é garimpo”, certificou Peixoto.
Atualmente, cerca de 31% dos 4 milhões de hectares poderão ser explorados pela mineração. O restante é de áreas protegidas, como unidades de conservação e terras indígenas. Segundo o superintendente do DNMP, existe intenção de extinguir a proteção de parte dessas áreas para aumentar o potencial de exploração.
“O Amapá é um estado rico, mas que não usufrui da riqueza que tem porque as áreas protegidas proíbem a exploração. Tem que mudar essa política de preservação para fazer com que o desenvolvimento aconteça. Esse é o objetivo da extinção da Renca, beneficiar através da atividade mineral o Amapá e o Pará. O Brasil precisa crescer, explorar esses potenciais que existem aqui, de forma sustentável”, falou Peixoto.
Rica em minérios, a decisão provocou críticas de ambientalistas. A ONG WWF Brasil condenou a decisão, afirmando que isso põe em risco as 9 áreas de conservação, sendo 4 dessas no Amapá, e terras indígenas. Para a entidade, a medida também deve gerar uma série de conflitos entre a atividade minerária, a conservação da biodiversidade e os povos indígenas.
“Além da exploração demográfica, desmatamento, perda da biodiversidade e comprometimento dos recursos hídricos, haverá acirramento dos conflitos fundiários e ameaça a povos indígenas e populações tradicionais”, afirmou o diretor executivo do WWF-Brasil, Maurício Voivodic, no site da instituição.
No decreto, assinado pelo presidente Michel Temer, o Governo Federal reforçou que as explorações minerais na área respeitem as normas de preservação ambiental.
A comentarista do Bom Dia Brasil, da Rede Globo, Miriam Leitão, citou na edição do programa desta quinta-feira (24) que a abertura da área na Amazônia para exploração mineral provoca consequências irreversíveis.
“Mesmo que o governo tente controlar algumas empresas que vão operar, ele não consegue controlar grileiro, aventureiro, desmatador, garimpeiro. E aí começa a destruição. O que o governo fez foi um absurdo. Essa decisão foi tomada por decreto, sem nenhuma discussão sobre os impactos disso. A mineração precisa ser muito controlada porque ela tem impactos irreversíveis”, falou Miriam.
Renca
A reserva que foi extinta possui 4 milhões de hectares de floresta preservada entre o Sul do Amapá e o Norte do Pará. Desses, cerca de 2,3 milhões ficam em território amapaense, em áreas dos municípios de Laranjal do Jari, Pedra Branca do Amapari, Mazagão e Porto Grande.
A área engloba 9 áreas protegidas: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d`Este.
A proposta de extinção da Renca estava sendo discutida desde o início do ano e faz parte do novo pacote de medidas do Governo Federal para ampliação do setor mineral do país. Além de ouro, a reserva tem áreas para exploração de outros minerais, como ferro, manganês e tântalo.
Fonte: G1

VEJA QUANTO CUSTA (0,2 GRAMAS) DA TURMALINA PARAÍBA, LÁ DO PACATO DISTRITO DE S.J DA BATALHA,UM NEGÓCIO MILIONÁRIO

VEJA QUANTO CUSTA (0,2 GRAMAS) DA TURMALINA PARAÍBA, LÁ DO PACATO DISTRITO DE S.J DA BATALHA,UM NEGÓCIO MILIONÁRIO



O esquema de extração ilegal da “turmalina” Paraíba, desarticulado durante operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) em maio do ano corrente, movimentou mais de R$ 2,5 milhões entre os 8 investigados.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Fabiano de Lucena Martins, o potencial exploratório da mina era cerca de U$ 1 bilhão de dólares. Seis pessoas presas, uma está foragida e outra está sendo procurada  Internacionalmente pelo Interpol.

Os detalhes da investigação, que teve início em 2009, foram divulgados em entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, em Cabedelo.

Policiais Federais do Nordeste, também cumpriram oito mandados de sequestro de bens e 19 de busca e apreensão. Foram apreendidos carros de luxo, uma quantia em dinheiro não divulgada e algumas pedras de “turmalina”.

Nenhuma das prisões realizadas na operação foi feita na Paraíba, segundo a polícia. Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.

A operação “sete chaves” ocorreu nas cidades paraibanas de João Pessoa, Monteiro e Salgadinho, também nos municípios de Parelhas e Natal, no Rio Grande do Norte, além de Governador Valadares (MG) e São Paulo (SP).

Durante a entrevista coletiva a Polícia Federal apresentou um mapa do caminho que as pedras faziam no esquema (veja a seguir).

Segundo a PF o esquema criminoso começava com a extração da pedra no distrito de São José da Batalha, em Salgadinho (PB).

Uma empresa paraibana existente no local não possuía licença para extração da pedra, mas segundo as investigações, as pedras paraibanas eram extraídas pela empresa, ilegalmente, e enviadas para uma mina na cidade de Parelhas (RN), onde ganhava certificados legais de exploração. Do Rio Grande do Norte, as pedras seguiam para Governador Valadares (MG), para serem lapidadas. Lá, comerciantes enviavam as gemas para o exterior, em mercados na cidade de Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China e Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.

As Pedras paraibanas são de maior qualidade e, portanto atraem maior interesse de colecionadores e dos suspeitos.

As pedras eram exportadas como sendo do Rio Grande do Norte, e assim declaradas com valor inferior, e só no mercado do exterior é que diziam a real origem da pedra paraibana e, portanto vendiam com preço elevado, disse o delegado e comentou que por causa da cor e da raridade da pedra, um quilate (0,2 gramas) da turmalina Paraíba custa U$ 30 mil dólares, e o valor pode subir para U$ 800 mil dólares.

A turmalina Paraíba só é encontrada em cinco minas em todo o mundo, três estão na Paraíba e duas na África.

As pedras extraídas na Paraíba são consideradas as mais valiosas entre as turmalinas, segundo Fabiano de Lucena Martins.

A polícia suspeita que um grande volume destas pedras esteja nas mãos de joalheiros e de pessoas no exterior.

Kimberlito Rocha Vulcanica que Transporta Diamantes Para a Superficie

Kimberlito Rocha Vulcanica que Transporta Diamantes Para a Superficie



Kimberlito é vulgarmente conhecido como a rocha que contêm diamantes. Na realidade, não é um tipo específico de rocha, mas sim um grupo complexo de rochas ricas em voláteis (dominante CO2), potássicas, ultramaficas híbridas com uma matriz fina e macrocristais de olivina e outros minerais como: ilmenita, granada, diopsidio, flogopita, enstatita, cromita.

O clã dos kimberlitos são divididos em dois grupos [1] [2]
Grupo I: Tipicamente ricos em CO2 e empobrecidos em potássio em relação aos do grupo II. Corresponde à rocha original encontrada em Kimberley, na África do Sul.
Grupo II: Tipicamente ricos em água, apresentam matriz rica em micas e também calcita, diopsídio e apatita, e correspondem ao kimberlitos lamprofíricos ou micáceos [3]
Os kimberlitos são formados pela fusão parcial do manto a profundidades maiores que 150 km. O magma kimberlítico durante sua ascenção do manto para a crosta, comumente, transporta fragmentos de rochas e minerais - também conhecidos como xenólitos e xenocristais (entre eles o diamante). O kimberlito pode trazer diamante até a superfície desde que tenha passado por regiões no manto/crosta que fossem ricas neste mineral e que sua velocidade de ascensão seja rápida o suficiente para não desestabilizar a estrutura do diamante, que caso contrário se converteria em grafite (polimorfo estável do carbono na pressão ambiente). Ressalta-se, portanto, que o magma que forma o kimberlito não é o produtor de diamante, apenas um meio de transporte.
No Brasil diversos kimberlitos foram encontrados desde a década de 1970, no entanto, poucos foram estudados [4]para a compreensão dos mecanismos de colocação destes corpos ou do tipo de manto amostrado por estes magmas.

Referências

  1.  Smith, C. B., Gurney, J.J., Skinner, E. M. W., Clement, C. R., Ebrahim, N., 1985. Geochemical Character of southern African kimberlites: a new approach based upon isotopic constraints. Trans. Geol. Soc. S. Africa 88, p. 267-280
  2.  Skinner, E.M.W., 1989. Constrasting group-1 and group-2 kimberlite petrology: towards a genetic model for kimberlite. In. Proc. Fourth Int Kimberlite Conf. Geol Solc. Aust, Spec. Publ, 14, p. 528-544.
  3.  Wagner, P.A., 1914. The diamond fields of Southern Africa. Transvaal Leader, Joahannesburg, South Africa.
  4.  Thomaz, Leandro Vasconcelos. Estudo petrográfico e química mineral da intrusão kimberlítica Régis, no Oeste de Minas de Gerais. 2009. Dissertação de Mestrado. Disponível emhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44143/tde-19082009-094419/pt-br.php

Por  AngelFire.com   

Ilustração como Kimberlito Transporta o diamante




  As fontes primárias dos diamantes - os kimberlitos - aparecem normalmente na forma de chaminés intrusivas na crosta, podendo apresentar contribuições variáveis de xenólitos das rochas por onde passou a intrusão. Os kimberlitos são rochas híbridas, ultrabásicas, potássicas e ricas em voláteis (COe H2O), compostas por fragmentos de eclogitos e/ou peridotitos, em uma matriz fina formada essencialmente de olivina (predominante), flogopita, calcita, serpentina, diopsídio, granada, ilmenita e enstatita (Chaves & Chambel, 2003).

diamante se forma numa área delimitada pela interseção entre o Manto Superior e a região basal da Litosfera, onde esta se torna mais espessa. Esta área bem delimitada se denomina de Janela do Diamante. O seu limite superior é a isotermal de 900oC e o limite inferior, de 1200oC. Abaixo da curva do Manto Superior está a zona de equilíbrio do diamante e acima, a zona de equilíbrio da grafita. A gênese do diamante exige uma profundidade entre 150 e 200 km (acompanhe a curvatura da figura).




Esta figura (acima) mostra o início da ascensão da chaminé kimberlítica, a partir do Manto Superior, transportando os cristais de diamante no seu interior.

Concluída a sua ascensão, a chaminé kimberlítica atinge a superfície do terreno. Observe que o kimberlito estéril (barren kimberlite) se encontra na zona de equilíbrio da grafita, não podendo, portanto, conter diamante.
Fonte: Uol

Rubelita coleção

Rubelita coleção

O mercado de commodities virou inferno para uns, céu para outros

O mercado de commodities virou inferno para uns, céu para outros


O ciclo de alta nos preços das commodities na década passada produziu milionários, ditadores e um deus. Depois de anos acertando o comportamento dos preços do petróleo — e de ter ganhado 100 milhões de dólares em bônus apenas em 2008, em plena crise financeira mundial, ao apostar corretamente na alta da cotação —, o gestor britânico Andy Hall passou a ser chamado por seus colegas de “deus do mercado”. Mas esse deus não era tão onisciente assim: quando o barril caiu para 40 dólares em 2015, Hall achou que estava baixo demais e que voltaria a subir.
O petróleo, de fato, valorizou, mas muito menos do que ele imaginava. O barril custa cerca de 50 dólares hoje, e nenhum analista acredita que voltará tão cedo ao recorde de quase 150 dólares atingido em 2008. Hall passou a perder muito dinheiro. Neste ano, depois de seu fundo acumular um prejuízo de quase 30%, ele resolveu fechá-lo e sair do mercado. Sua gestora, a Astenbeck Capital, tinha um patrimônio de 1,4 bilhão de dólares.
Na carta de despedida aos clientes, Hall disse que, pela primeira vez desde que começou a operar no mercado de petróleo, na década de 80, achava que os preços parariam de subir e que seria impossível ganhar dinheiro. “Devemos basear nossas decisões em análises racionais, e essas análises me levam a concluir que, pelo menos por ora, está difícil arriscar recursos com tanta convicção como no passado”, escreveu o gestor.
Não está difícil apenas para ele. Muitos fundos especializados em investir em commodities têm contabilizado prejuízos. Em média, esses fundos perderam 32% nos últimos cinco anos, segundo dados da empresa de informações financeiras Morningstar. Os fundos de hedge que investem em commodities perderam 2% nos últimos 12 meses, de acordo com a consultoria Preqin. Em 2014, a rentabilidade ficou em 11%.
O que está complicando a vida dos gestores não é apenas a queda dos preços — afinal, eles podem montar estratégias nos mercados futuros para tentar lucrar também com a baixa dos preços. Os gestores estão sentindo os efeitos de uma mudança estrutural no mercado de commodities que, se é ruim para quem investe nesse segmento, é positiva para a economia mundial — e para os países produtores desses bens, como o Brasil.
A principal mudança é o fato de o mercado estar menos volátil. Segundo um levantamento do banco JP Morgan, nos últimos dez anos a volatilidade média desse setor foi de 16% — o que significa que a diferença entre os preços máximos e os mínimos ficou em torno desse percentual.  Em 2017, ficou em 10%. Nesse cenário é difícil os gestores de fundos, que se acostumaram a ganhar dinheiro com os altos e baixos do mercado, terem bons resultados e recuperarem perdas do passado.
Já para os países produtores de commodities a menor oscilação de preços é uma vantagem, porque permite que empresas e governos se planejem com mais consistência. “Uma das razões que têm levado os investidores estrangeiros a voltar a investir em países como o Brasil, com perspectiva de longo prazo, é o preço das commodities estarem mais previsíveis”, diz Gabriela Santos, estrategista-chefe do JP Morgan.
Uma explicação para a queda da volatilidade é o comportamento da economia da China. O país importa 77% da produção mundial de minério de ferro, além de boa parte da produção agrícola (70% de toda a soja destinada à exportação no mundo vai para lá, por exemplo). O crescimento do PIB chinês ficou em 6,7% no ano passado, bem menos do que os 14% de 2007. Isso provocou uma forte desvalorização das commodities, mas, como a desaceleração chinesa está ocorrendo de forma controlada (pelo menos até agora), os preços se estabilizaram, e os analistas não esperam grandes sobressaltos no curto prazo.

(Adaptação: Rodrigo Sanches/Revista EXAME)
No caso do mercado de petróleo, a redução da volatilidade se deve ao crescimento da produção de gás e de petróleo de xisto nos Estados Unidos. A capacidade de geração de energia é gigantesca, cerca de 4,4 milhões de barris por dia, ou quase metade da produção total de petróleo dos Estados Unidos. Quando o preço do petróleo sobe, as empresas americanas de xisto produzem mais, o que derruba novamente os preços.
Isso tirou da Opep, organização dos principais países produtores de petróleo, boa parte da capacidade de controlar os preços do barril, como fazia no passado. Com essas duas forças atuando, a volatilidade diminuiu. “Esse cenário colocou um teto nos preços do petróleo”, diz Sandy Fielden, diretor de análise de commodities e energia da Morningstar. Preços mais baixos e estáveis também favorecem a recuperação da economia mundial, já que o petróleo serve de insumo para indústrias.
Um risco para o mercado de commodities é o futuro da economia da China. “O país não tem dados transparentes e não informa com clareza sua estratégia”, afirma Tereza Fernandes, sócia da consultoria MB Associados. “Não parece que a China precise manter grandes estoques de minério de ferro, porque está fazendo menos obras, mas continua importando esse produto. É possível que a lógica não seja econômica, e isso gera uma grande incerteza.”
Para as empresas produtoras de commodities, o desafio é obter lucro num cenário de preços mais baixos. A maioria dos analistas acredita que os preços das commodities já bateram no fundo do poço e voltarão a subir, mas de forma gradual, e dificilmente chegarão aos patamares recorde do início da década. Os motivos são a recuperação ainda lenta da economia mundial e o desenvolvimento tecnológico.
Nesse cenário, as companhias precisam se tornar mais eficientes para continuar lucrativas. A mineradora brasileira Vale leva vantagem por ter o menor custo de produção de minério de ferro do mundo, segundo os especialistas. A Petrobras, sob o comando de Pedro Parente, está fazendo mudanças para se tornar mais competitiva. O agronegócio brasileiro é um dos mais produtivos do mundo — o problema é a falta de infraestrutura para armazenar e escoar a produção.
“Se o Brasil não modernizar sua infraestrutura, poderá perder relevância como um dos principais exportadores agrícolas do mundo”, diz Paula Yamaguti, economista do banco Itaú. Segundo ela, o custo de transporte faz com que, em estados do Norte e do Nordeste do país, seja mais barato importar etanol dos Estados Unidos do que trazê-lo das regiões Sul e Sudeste. Não dá para contar com “deus”, que já desistiu desse mercado. Para ganhar dinheiro com commodities agora, é preciso esforço.
Fonte: Exame