sábado, 4 de maio de 2019

Quem é o homem que jogou fora uma fortuna de R$ 322 milhões em bitcoins




Quem é o homem que jogou fora uma fortuna:  322 milhões em bitcoins





O britânico James Howells foi um dos primeiros garimpeiros da moeda virtual, mas acidentalmente tudo o que juntou foi parar em um aterro

Moeda de Bitcoin aparece próxima a notas de dólar  (Foto: Dado Ruvic/Reuters)
Embaixo de muitas toneladas de lixo de um aterro qualquer do País de Gales repousa um pequeno disco rígido com bitcoins que valem quase US$ 100 milhões (cerca de R$ 322 milhões). A fortuna pertencia ao britânico James Howells, que acidentalmente a jogou fora há alguns anos. 
Segundo o Telegraph, o técnico de T.I. foi um dos pioneiros a mineirar bitcoin, processo complexo que envolve a solução de algoritmos para registrar transações que irão gerar moedas de Bitcoin. Em fevereiro de 2009, ele "extraiu" 7.500 bitcoins e salvou tudo no HD de seu laptop. Mas Howells decidiu, logo depois, parar a operação, num momento em que a moeda virtual pouco valia. 

A quantia ficou esquecida e, alguns anos depois, o técnico desmontou seu computador e destinou parte das peças à sucata, incluindo o HD. Somente no fim de 2013, ele começou a se arrepender de sua decisão precipitada ao fazer um balanço dos mercados de criptografia. Na ocasião, o mercado do bitcoin estava começando a subir e suas 7.500 moedas já valiam alguns milhões. 
Os  bitcoins do britânico estão presentes atualmente na rede da moeda virtual mas, sem uma identificação, não é possível realizar transação com eles. Como o bitcoin não é moeda regida por um controle central, não é possível creditar a quantia a alguém sem as chaves. No HD de Howells, há a identificação de que ele é o dono desses bitcoins. 

Hoje um bitcoin é avaliado em mais de US$ 11.500 (cerca de R$ 32 mil). Se tivesse de posse de suas moedas, o britânico teria uma fortuna de quase US$ 100 milhões. A despeito do arrependimento, ele não se deixou abater. Segundo informaões do Independent, Howells anda por aí munido de uma pá à procura de seu HD pelos aterros do País de Gales. Será que ele vai encontrar? Façam suas apostas. 
PS: Notícia de 2016
Fonte:  ÉPOCA NEGÓCIOS 

O escafandrista e os diamantes

O escafandrista e os diamantes





Já era tarde da noite, porém a aglomeração às margens do Rio Apucaraninha era grande. Mais de cem pessoas, desesperadas, esperavam que os bombeiros tirassem do fundo do rio um jovem que se afogara enquanto brincava com os amigos. Sem visibilidade e com o oxigênio dos cilindros se esgotando, as buscas seriam encerradas e só recomeçariam na manhã seguinte. Choro. Pai e mãe não arredariam o pé da barranca enquanto o corpo do filho não fosse resgatado.
Assustado, Oanio Silva de Souza, 37 anos, o Aninho, abriu a porta de casa para receber alguns homens afoitos que pediam ajuda. Ele era o único em Tamarana – cidade de 10,8 mil habitantes a 60 quilômetros de Londrina – capaz de fazer o que os homens do Corpo de Bombeiros não conseguiram. Sem titubear, ele acordou seu pai e fiel companheiro, Joaquim Silva de Souza, 74, e foi buscar seus equipamentos guardados em um rancho perto do Tibagi, o maior rio da região.
O dia mal havia clareado e a dupla de garimpeiros já estava em ação, mas desta vez para resgatar um corpo. “Na primeira descida, já encontrei o rapaz. Nunca fiquei tão impressionado na minha vida”, relembra Oanio, contando a primeira das várias histórias que relatou para a reportagem deBrasileiros. Essa do resgate se passou em 2005.
Encontramos Aninho e Joaquim na primeira vez que eles foram para o Rio Tibagi neste ano de 2008. As águas de março já se foram, a chuvarada passou. E é tempo de rio baixo e corredeiras mais mansas. Todo ano é a mesma coisa: abril é o mês ideal para voltar a mergulhar em busca de um sonho: o de encontrar um diamante. Em outubro volta a chover e aí o mergulho se complica outra vez.
A dupla de pai e filho, que só achamos depois de muito perguntar, se diferencia de tudo o que se vê pelos garimpos. Chama atenção o fato de eles trabalharem solitários, o que não é comum. Sempre que há notícia de diamante, ouro ou qualquer outro metal precioso em algum lugar, os garimpeiros surgem como formigas atrás de doce. Para explicar tal fato, Aninho é direto: “O nosso ponto está longe de ser o mais produtivo do Tibagi”. “Os melhores diamantes estão rio acima. Nós somos os últimos da fila. Até o final da década de 1980 tinha mais de 50 garimpeiros por aqui, agora somos apenas nós”, completa Joaquim.
Porém, o que mais impressiona é o equipamento que Oanio usa para descer até o fundo do rio, em profundidades que chegam a 12 metros: um escafandro, um dos mais primitivos equipamentos de mergulho inventados pelo homem. Para se ter uma idéia, a invenção do escafandro é creditada ao alemão Augustus Siebe, que fez o primeiro equipamento em 1839. Já faz tempo que os garimpeiros estão utilizando recursos mais modernos. Hoje em dia, há algo que eles chamam de “chupeta”, que faz o ar chegar direto à boca do mergulhador e ser bombeado por compressores mecânicos movidos a combustível ou eletricidade. No mergulho esportivo e comercial usam-se cilindros de oxigênio, que permitem ao mergulhador sentir-se como um peixe. A roupa usada hoje, então, nem se fala, é um conforto só em comparação com o escafandro.
Pesadão e desajeitado, o equipamento de Oanio foi utilizado em larga escala na primeira metade do século XX, mas agora virou peça de museu, literalmente. Na cidade que leva o mesmo nome do rio do garimpo, Tibagi, já na região central do Paraná, os escafandros estão expostos no museu que conta a história dos achados de diamantes no rio que, desde 1754, é chamado de “Eldorado” pelos garimpeiros. Aliás, na região da cidade de Tibagi, que fica rio acima em relação a Tamarana, o garimpo sempre foi intenso e continua sendo até hoje.
Contam-se centenas de garimpeiros. “Aqui tem muita gente mergulhando, mas ninguém se mete a besta com o escafandro. Esse já foi superado, ficou pra trás”, diz um ex-garimpeiro que se identifica como João, 84 anos. João do quê? “Do rio, filho, só isso”, respondeu-nos o matuto, fugindo da foto. “Isso aí não presta”, justificou para o fotógrafo, apontando a câmera. Pelo jeito, Aninho é o último garimpeiro no Paraná e talvez no Brasil que insiste no escafandro. “Pode ser que lá pro ‘nortão’ do país tenha mais alguém fazendo isso. Por aqui eu garanto que não tem”, destaca o pai do escafandrista.
Oanio e Joaquim são bons de conversa e ligeiros no serviço. Quando se fala de escafandro, pode-se falar também em peso. Só o capacete de bronze pesa 15 quilos. As peças de chumbo nele penduradas somam 60 quilos. Ao todo, Oanio submerge com 80 quilos além do peso de seu corpo. Isso sem falar da bomba manual, que fica na margem do rio: quase 100 quilos. Eles vão ajeitando tudo e conversando numa boa. Joaquim nem parece ter 74 anos. Ele vence os 50 metros de picada no mato entre o rancho e o Tibagi, carregando peso, sem nem ficar ofegante.
O resgate
O remendo com cola rápida feito no capacete de bronze denuncia a reforma. A história do escafandro de Oanio é interessante. O equipamento todo, incluindo a bomba, foi comprado na década de 1940 pelo administrador de uma pequena usina hidrelétrica que fica no Rio Apucaraninha, o mesmo onde Oanio resgatou um corpo.
O escafandro serviu para que mergulhadores fizessem reparos em uma rachadura na barragem da usina. Terminado o conserto, o tal administrador presenteou um garimpeiro do lugar com o escafandro e a máquina de bombear. Esse garimpeiro era Américo Silva de Souza, pai de Joaquim e avô de Oanio, um dos muitos e muitos baianos que foram parar nas margens do Tibagi em busca de diamantes. Contudo, Américo nunca usou o escafandro. “Ele era do garimpo de baixio, aquele que é feito em lugares onde não é preciso mergulhar”, recorda Joaquim.
O capacete seu Américo deixou guardado em casa e a bomba foi parar no meio do mato, junto com um monte de ferro-velho. Só em 1998, Oanio, que já andava garimpando nos barrancos do rio, ficou sabendo, por intermédio de um amigo de seu avô, da herança que estava escondida no matagal. Daí para virar mergulhador – e mergulhador de escafandro – foi fácil. Recuperou o capacete que estava aos cuidados de sua avó, consertou as rachaduras com cola rápida, tirou a máquina do ferro-velho e também providenciou reformas, bem à sua maneira, improvisando o necessário – uma lata de tinta, por exemplo, substituiu a camisa de refrigeração que já estava bem danificada. “Se não tem essa lata com água dentro para refrigerar o ar bombeado, o oxigênio chega lá embaixo quente demais, aí fica difícil respirar”, explica Aninho.
As peças de chumbo, usadas para que o mergulhador afunde, tinham sumido. Ele forjou novas e também refez a camisa de lona que é acoplada ao capacete. Só faltava aprender a mergulhar com aquele “trem”. Oanio levou tudo para a beira do rio, pôs o pai na bomba de ar e aprendeu a mergulhar sozinho. Ele também arranjou timburi, uma madeira especial para a confecção de barcos, e fez o bote que é utilizado para ir de um lado para o outro dentro do rio. Estava tudo certo, era só começar a garimpagem.
A vida por um parafuso
O garimpo de diamantes em um rio profundo como o Tibagi é muito interessante, ainda mais quando é feito de escafandro. O mergulhador desce até o fundo munido de sacos, os quais enche com o cascalho. Enquanto isso, quem fica na bomba não pode parar de girar a máquina nem um segundo. A vida de Oanio depende do ar que sai dali e é levado por uma mangueira até o capacete de seu escafandro. Joaquim sabe que não pode dar bobeira.
Antes de descer, Aninho se preocupa com o parafuso da braçadeira que prende a mangueira à máquina. “Isso aqui garante a vida do peão. Se é colocado de mau jeito e solta enquanto estou lá embaixo, tchau…” É a vida por um parafuso. Ter o próprio pai na bomba garante a Oanio um grande sossego para mergulhar.
Lendas ou não, tem muita gente da região de Tibagi que conta sobre mergulhadores de escafandro que morreram sem ar no fundo do rio porque os colegas da superfície simplesmente pararam de bombear. Segundo os causos, as mortes aconteciam por ambição. O mergulhador enche os sacos com cascalho e esses vão sendo içados por cordas até a superfície, onde o material é lavado e separado. Quando acontecia de subir um diamante junto com o cascalho podia acontecer também de o pessoal da superfície resolver deixar o mergulhador sem ar, afinal seria um a menos para rachar a grana da pedra preciosa.
Prestes a começar a garimpar pra valer na temporada 2008, Oanio e Joaquim ainda não escolheram quem vai ser o parceiro que vai ficar responsável por puxar o saco para cima. Em outras temporadas, o terceiro membro da equipe chegou a ser dona Maura, a matriarca da família. “Já fizemos uns garimpos muito doidos aqui: a mãe na bomba, o pai no saco e eu no mergulho”, diverte-se Aninho, cheio de bom humor e fazendo pose com o chapéu sobre o capacete do escafandro.
Enquanto não formam a equipe pra valer, pai e filho cuidam de ajeitar a balsa que levam para o meio do rio, onde fixam todos os equipamentos, facilitando o trabalho. O mergulhador chega a passar até uma hora na profundidade das águas, que às vezes estão bem geladas, com visibilidade quase zero. Só em dias de água muito limpa é possível ver alguma coisa. O serviço é feito praticamente pelo tato. A solidão é total e o medo existe, sim. “O meu maior medo é alguma pedra do barranco do rio se desprender e me esmagar lá no fundo. Também tenho medo de perder a escada que me ajuda a voltar para a superfície”, revela Oanio, sem esconder a tensão.
O que garante que pode haver algum diamante misturado ao cascalho são as “pedras informes”. Os nomes são interessantes: campina azul, amendoim-roxo, lacre, ferragem de bronze, ferragem de jabuticaba, granada… Aos olhos de um leigo não passam de pedras, mas aos olhos dos homens do garimpo são a esperança da fortuna.
Cigarro de 10 mil-réis
Formados pela “faculdade da realidade”, os homens da família Souza sustentam a tradição do garimpo, mas nenhum deles foi apenas garimpeiro na vida. Américo, o baiano precursor, abriu no enxadão as estradas de terra de Tamarana. Joaquim sempre foi da lavoura e do diamante. Oanio faz de tudo um pouco. É eletricista, mecânico, pedreiro, marceneiro, pescador profissional e até se meteu a montar a antena da única rádio da cidade, coisa que ninguém mais tinha conseguido fazer.
No bate-papo na varanda do rancho, foi impossível deixar de perguntar sobre as pedras encontradas. Afinal, esse garimpo de escafandro rende ou não rende algum dinheiro? “Sobre o garimpo se fala, mas sobre o que produz não se fala. No nosso caso, posso dizer que é apenas um esporte”, rebate Oanio, sem esconder que lhe faltam as devidas licenças do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para pesquisar diamantes. No entanto, ele tem uma permissão do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para tal atividade.
Por sua vez, Joaquim revela que os diamantes o ajudaram a criar os seis filhos, porém nunca achou nada de excepcional. Mas já teve gente que achou. “Lá se vão algumas décadas que um amigo meu achou um veio de diamante que deu pra encher uma garrafa de 1 litro com as pedras, mas ele ficou doido, fazia cigarro com notas de 10 mil-réis. Esbanjou todo o dinheiro”, recorda.
Já voltando para casa, mesmo sem ver diamante algum, o que se pode dizer é que a paisagem que cerca os garimpeiros solitários de Tamarana é um verdadeiro tesouro. Pertinho deles, um salto do Rio Apucaraninha enche os olhos com seus 110 metros de queda-d’água. Ao redor do rio onde garimpam, montanhas e chapadões de pedra encantam quem é acostumado a ver somente concreto. Não é à toa que eles se declaram felizes.

Fonte: PORTAL DO GEÓLOGO

Expedição Grafite: viagem ao berço do maior diamante das Américas

Expedição Grafite: viagem ao berço do maior diamante das Américas



Expedição Grafite: viagem ao berço
do maior diamante das Américas

Uma equipe formada pelos professores Iran Ferreira Machado e Carlos Alberto Lobão Cunha, do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, pelo publicitário Manoel Cyrillo de Oliveira Netto e pela física Lúcia Cabral Jahnel, partiu de Campinas na última semana. O objetivo da missão - denominada Expedição Grafite - era conhecer o ponto do ribeirão Santo Antonio do Bonito, município de Coromandel (MG), onde o maior diamante das Três Américas – denominado Presidente Vargas – foi encontrado no dia 13 de agosto de 1938. Coromandel está situada na bacia do Alto Paranaíba, a leste do Triângulo Mineiro, na zona de influência de Patrocínio, maior cidade da região. O município é cortado pelos rios Buriti, Santo Inácio e pelo ribeirão Santo Antonio do Bonito; eles correm de sul para o norte até desaguar no rio Paranaíba. A fauna e a flora exuberantes da região atraíram o naturalista francês Saint-Hilaire no início do século 19.
O roteiro da viagem foi o seguinte: Campinas – Ribeirão Preto – Uberaba – Nova Ponte – Iraí de Minas – Monte Carmelo – Abadia dos Dourados – Coromandel. Considerando o caminho percorrido dentro do município de Coromandel nos dias 12 e 13 de setembro, o percurso total de ida e volta até Campinas cobriu cerca de 1.500 km. No dia 14, às 16 horas, a equipe estava de volta a Barão Geraldo, em Campinas. A viagem foi realizada em uma caminhonete Chevrolet de cabine dupla, modelo S10, de propriedade de Manoel Cyrillo. Ela suportou bem as estradas carroçáveis de Coromandel, empoeiradas pela secura da estação.
No dia 12 foi contratado o guia Waldejan Soares da Cunha, de 79 anos, que conhece as grotas do município como a palma da mão. Esse guia levou o grupo até a fazenda Santo Antonio, na Taquara, banhada pelo ribeirão Santo Antonio, conhecido internacionalmente pela frequência de pedras acima de 80 quilates, descobertas periodicamente nos seus cascalhos desde as primeiras décadas do século 20. Na fazenda Santo Antonio, o seu proprietário – sr. José Tim – de 84 anos de idade, fisicamente bem disposto e bastante lúcido, se incorporou à expedição. Após uns 20 minutos de estrada carroçável e uma caminhada de uns 15 minutos dentro da fazenda, chegamos finalmente às margens do ribeirão. Naquele exato ponto, segundo testemunho do sr. Tim, em 1938 foi achado o famoso diamante, cujo nome foi uma homenagem ao presidente Getúlio Vargas. Seus descobridores, segundo os registros históricos, foram os garimpeiros Joaquim Venâncio Tiago e Manoel Miguel Domingues, cujos herdeiros não vivem mais na pacata cidade de Coromandel. Corre uma lenda de que a pedra era metade de outra maior. A outra metade nunca foi encontrada, apesar de buscas intensas realizadas pelos garimpeiros desde o ano de 1938. O ponto da descoberta tem as seguintes coordenadas: latitude: 18o 30’ 33,3’’ S; longitude: 46o 58’ 22,4’’ W, com erro de 3 metros, medição realizada com o GPS de marca Garmin, modelo MAP 60CSx, de propriedade de Manoel Cyrillo.
Obviamente, o cascalho mudou constantemente ao longo do tempo, devido a enxurradas periódicas, mas o ponto estava ali. A façanha de encontrar esse famoso local da história dos diamantes brasileiros somente foi possível graças à memória e boa vontade dos srs. Waldejan Cunha e José Tim. Sem essa prestimosa ajuda, a Expedição Grafite teria malogrado, devido às inúmeras trilhas que cortam as respectivas bacias já mencionadas.
Essa expedição foi realizada com recursos próprios dos seus membros, não havendo recursos públicos ou outras fontes. Tratava-se de satisfazer uma curiosidade desde a realização do 31º Congresso Internacional de Geologia, realizado no ano 2000, na cidade do Rio de Janeiro, quando o autor apresentou um pôster sobre o famoso diamante. O tema atraiu a atenção de geólogos de todas as nacionalidades participantes desse congresso internacional. Passados onze anos, veio a determinação de se identificar o ponto exato do ribeirão Santo Antonio do Bonito. A expedição foi coroada de êxito e comemorada pelos seus integrantes, com direito a vinho tinto. Valeu a pena o esforço do grupo.
Consta que a pedra foi vendida em 1938 a um comprador de Belo Horizonte pelo equivalente a US$ 141 mil, quantia correspondente na época a 120 kg de ouro. Convertendo US$ 141 mil para o dólar de 2011, este valor alcança US$ 2.265.450 (cálculo efetuado usando-se o Consumer Price Index, do governo americano). Hoje a cotação dele estaria entre US$ 15 e 30 milhões nos principais centros de lapidação do mundo (Antuérpia, Amsterdã, Nova York e Tel Aviv). Essa estimativa é de uma fonte fidedigna do exterior, que prefere não se identificar. Aos céticos, recomenda-se a leitura do artigo de J. Greene, citado na bibliografia.
Após ser vendido, sucessivamente, para compradores em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Amsterdã, o Presidente Vargas foi finalmente arrematado por um joalheiro de Nova York – Harry Winston –, o qual cortou a pedra em 29 brilhantes. O maior brilhante recebeu o nome de Presidente Vargas, com 44,17 quilates e estaria hoje nas mãos do joalheiro Robert Mouawad, de Beirute, após passar por vários proprietários.
O autor agradece a colaboração permanente do prof. Lobão, do Manoel e da Lúcia, que tornaram esta viagem muito agradável, além de contribuírem de modo decisivo para serem alcançados os objetivos pretendidos pelo grupo.


Fonte: PORTAL DO GEOLOGO

Cielo sai da inércia e lança “vendeu, recebeu”; Empresa quer “fim da pegadinha”

Cielo sai da inércia e lança “vendeu, recebeu”; Empresa quer “fim da pegadinha”



Gustavo Kahil - 03/05/2019 - 

Cielo
“Estamos na disputa com preços extremamente competitivos e transparentes”

A Cielo (CIEL3) revelou ao mercado as suas novas armas para enfrentar a “guerra das maquininhas” no Brasil, que nas últimas semanas contou com movimentos ousados da Rede, PagSeguro e SafraPay.
“Estamos na disputa com preços extremamente competitivos e transparentes, com o compromisso de oferecer a melhor experiência aos nossos clientes”, explica a empresa.
Em um comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (3), a empresa destacou que, para os comerciantes que optarem pela modalidade de aluguel, a partir de 27 de maio, reduzirá as taxas do plano Cielo Livre.
A escolha isenta o cliente da taxa de antecipação no crédito à vista, do aluguel (faturamento acima de R$ 5 mil por mês) e da obrigação da abertura de conta corrente em bancos específicos.
Além disso, a partir do dia 27 de maio, os clientes poderão receber as vendas instantaneamente na conta digital da Cielo. “Vendeu, recebeu. Também liberamos nosso sistema para que qualquer banco ofereça a novidade aos seus clientes”, explica a Cielo.

Transparência

A Cielo também lançou uma cruzada para acabar com a “pegadinha” em busca da “total transparência para que a disputa na indústria de adquirência se dê no preço final pago pelos nossos clientes”.
A ideia é lançar um indicador que possa comparar, de forma simples e clara, o custo total do serviço, que é composto pela compra ou aluguel da maquininha, taxas de desconto e adiantamento do recebimento das vendas.
Os dados irão revelar o custo efetivo total (CET) praticado na  indústria, da mesma forma como foi feito no crédito do setor bancário. Para isso, a empresa disse que já começou conversas com os reguladores.
“Acreditamos que a transparência acabará de vez com pegadinhas, asteriscos, letras miúdas e condições impossíveis de serem cumpridas”, conclui a Cielo.

Fonte: MONEY  TIMES

William Alves: Veja a “Carteira NotBad” para maio de 2019

William Alves: Veja a “Carteira NotBad” para maio de 2019



Opinião - 04/05/2019 - 14:04
Por William Castro Alves, economista e especialista em mercados internacionais – Acompanhe em “Bugg“
UM ERRO: Fui conferir a performance anual do Ibovespa na minha tabela e não estava batendo. O motivo? Estava considerando um valor de fechamento do Ibovespa em março que estava errado. Estive usando nas últimas 4 semanas de abril o valor de 95.087, quando na verdade o valor correto é 95.415. Uma diferença que pode não parecer alta, mas fez  a diferença para determinar que a Carteira #Notbad superou seu benchmarking! Importante ressaltar que o erro foi apenas no Ibov e restrito a esse mês.Corrigido o erro, da uma olhada como ficou a foto final:
(Imagem: Bugg Análise econômica e  Investimento)
Corrigido o erro, da uma olhada como ficou a foto final:
Boa consistência com 3 ativos superando o Ibov. Não obstante, a troca de VALE3, por UNIP6 (entrou na carteira no mês passado) me parece ter sido correta, dado que as ações da Vale acumularam queda de 2,5%.
Mas calma…devo ser honesto e a realidade é que 1,28% num mês é uma rentabilidade baixa quando levamos em conta os custos e o risco incorrido em investir em ações. Logo não há grandes motivos para celebrar…mas ok…ações é assim mesmo…a de se ter paciência.

Números

  • Desde o início a carteira acumula 197% contra 53% do IBOV!
  • Performance de 12 meses: 45% contra 12% do IBOV!
  • No ano ainda assim melhor que o IBOV! 13,9% conta 9,6%!
  • Até aqui foram 23 meses de existência, com a carteira batendo o IBOV em 16 meses, ou seja, 74% dos meses.
(Imagem: Bugg Análise econômica e  Investimento)
(Imagem: Bugg Análise econômica e  Investimento)

Carteira para maio

Se você observar no gráfico acima o Ibovespa tem ficado praticamente parado, no sentido de não estar gerando retorno aos investidores pelos últimos meses. Não por acaso em meus 2 últimos posts de carteira comentei que os grandes temas macro do mercado parecem dados: desaceleração da economia americana; trade war; impactos da guerra comercial na China; e no Brasil, essencialmente a definição em torno da reforma da previdência. Pouca coisa mudou…em geral uma certa deterioração no Brasil..a velha ideia da bicicletba que não pedala cai; economia americana desacelera sim, mas sem maiores riscos assim como a China; e a Trade War aparentemente será resolvida cedo ou tarde.
Maio é tradicionalmente um mês complicado para bolsa brasileira e até mesmo americana. Num cenário desses seria recomendável não mexer muito na carteira e buscar ativos mais estáveis, de menor risco. Sim. Mas por vezes sou teimoso e tenho uma tendência a me encantar com o risco…
Então optei por realizar 2 trocas nessa carteira, a qual, como vocês sabem, eu coloco o meu dinheiro próprio.

Por que saiu…

Retirada de AGRO3 se deve a: (i) falta de triggers potenciais para as ações; (ii) a derrocada dos preços das commodities agrícolas. Fico até com 2 corações, pois realmente vejo valor no ativo…mas essa é uma carteira de 5 ativos e entendo que a queda recente de GUAR3 abriu oportunidade para montar posição no ativo. Dia 07/05 a AGRO3 publica resultado, então pra quem não tem certeza se vale ou não a pena sair do papel, pode esperar o resultado que pode, eventualmente, ser um trigger.
Retirada de UNIP6. Ativo entrou mês passado e a única razão para retirá-lo é pela forte queda das ações da CSN. Não há nada de especialmente ruim com a Unipar. Único detalhe a ser comentado é a situação complicada pela qual a Argentina passa e que pode eventualmente afetar a Indupa empresa controlada pela Unipar.

Por que entrou…

Entrada de Guararapes (GUAR3). Teria sido lindo ter mandado esse post antes de ontem dia 29/04 e se aproveitar da alta de 5% do papel. Mas mesmo após a alta recente, vejo alguns bons pontos positivos: (i) empresa vem demonstrando há muito tempo melhoras operacionais relevantes como a melhora do seu ciclo financeiro, aumento de vendas e ganhos de margens consistentes e hoje trabalha com um retorno sobre o patrimônio elevado; (ii) empresa negocia a múltiplos decentes num setor de múltiplos altos – P/L 19E de 16x, P/VPA de 1,8x e EV/Ebitda de 9x ; (iii) empresa vem tendo melhoras de governança relevantes, como o split que deve incrementar a liquidez das ações, a conversão das ações PN em ON, entre outras ; (iv) queda recente de 12% desde a máxima abriu uma oportunidade de entrar no ativo.
Entrada de CSN (CSNA3). CSN é uma empresa que segue passando por um grande processo de desalavancagem, ou seja, redução de sua dívida que hoje alcança os R$ 28BI. Entendo que o principal trigger para a empresa seja justamente a venda de ativos e acordos que ela faça que a direcionem para esse caminho…tal qual o acordo com a Glencore em fevereiro, para fornecimento de minério com um pagamento antecipado.
Os riscos são grandes e por isso a suas ações tem apresentado uma volatilidade ainda mais alta que o comum. A empresa já se comprometeu em buscar uma redução de dívida esse ano e acredito que novidades nesse front podem mexer novamente com o ativo. Queda recente do papel abriu uma oportunidade de montar uma posição no ativo.


Fonte: MONEY  TIMES