sexta-feira, 26 de março de 2021

Essa rocha é um meteorito?


Meteorito palasito

A motivação para escrever esse artigo veio das inúmeras consultas sobre como identificar meteoritos que tenho recebido através do site. Uma resposta para essa pergunta pode ser difícil até mesmo para os especialistas mais experientes. Não há profissão formal qualificada para essa análise. A que mais se aproxima é a de geólogo. Porém esses foram treinados para identificar rochas terrestres e a menos que um geólogo não tenha se especializado e experiência com meteoritos não irá conseguir fazer uma identificação melhor do que uma pessoa que tenha estudado e esteja habituada a fazer isso [1]. A vasta maioria de caçadores e colecionadores de meteoritos não é formada por geólogos e muitos deles adquiriram com o tempo uma grande experiência nessa área.
Recentemente no caso de Varre-Sai tenho também visto muitos astrônomos que se tornaram especialistas em meteoritos de um dia para o outro. Provavelmente sem nunca ter visto um meteorito na vida. A mídia sensacionalista do Brasil na busca de noticias de impacto publica qualquer coisa que algum astrônomo disser sem mesmo saber se o fato é verdadeiro ou não.

Para se ter idéia da raridade de uma descoberta através de material enviado para analise, uma instituição que analisa meteoritos nos EUA afirma que de cerca de mil espécimes enviadas geralmente uma é realmente um meteorito [2]. Ou seja, encontrar um meteorito não é fácil. Muitas pessoas me enviam fotos e já perguntam qual o valor mínimo que podem receber. Antes de tentar vender alguma amostra que eventualmente tenha encontrado ainda há um longo caminho a percorrer de testes e análises.

A ideia desse artigo é apresentar algumas observações e testes simples que podem dar uma primeira indicação da origem extraterrestre de um material. Às vezes é possível ter um veredicto com alguns testes simples em outros casos somente testes mais elaborados de laboratório.

Primeiramente, gostaria de separar a análise da amostra em três fases distintas: análise preliminar, análise da superfície externa e analise da região interna:

Análise Preliminar

O material que constitui o meteorito é em geral três vezes mais denso do que uma rocha terrestre. Um siderito é constituído essencialmente de ferro! Assim o que primeiramente se nota ao segurar um meteorito é seu peso relativamente maior do que uma rocha terrestre. Cerca de 99% dos meteoritos possuem o elemento ferro em sua constituição. Mesmos os condritos ainda possuem ferro, porem em muito menor quantidade que os sideritos. Assim o primeiro teste é verificar se a amostra é atraída por um ímã. Caso a atração seja fraca ou o material seja pequeno, é possível amarrar o imã a uma cordinha e aproximar o material do ímã (não o contrário!). Se houver alguma atração será possível perceber um movimento do ímã em direção ao material. Se o material não atrair o ímã a possibilidade de amostra ser um meteorito cai muito, para quase zero, mas ainda existe. Os tipos mais raros de meteoritos como acondritos tem essa característica. Esses também são os mais valiosos!

Se o material não passar no teste do ímã a chance de ainda ser um meteorito é praticamente zero!

Se o material atrair um ímã ainda não quer dizer que o mesmo já seja um meteorito. Muitos minerais terrestres têm essa propriedade. O tipo de material que é mais confundido com meteorito é a magnetita, um minério de ferro que atraí muito um ímã (daí vem o nome). Outro mineral é a hematita, que também pode ser ou não magnético. Para diferenciar esses dois tipos de materiais de meteoritos verdadeiros são possíveis fazer testes simples como riscar o material contra uma superfície áspera. Você pode utilizar um ladrilho de cerâmica para isso utilizando a superfície não acabada da mesma (a superfície onde é colada ao piso). Risque vigorosamente a amostra contra essa superfície e observe se a mesma deixa algum rastro. Se a amostra deixar um rastro preto/cinza (como um lápis), é provável que você tenha uma magnetita. Se o risco originado tiver uma cor avermelhada ou marrom é provável que a amostra seja uma hematita.

hematita
Risco vermelho - hematita
magnetita
Risco preto-magnetita

Análise da superfície externa

Geralmente a primeira coisa que conseguimos perceber ao tentar identificar um possível meteorito é o seu formato, cor e textura da superfície.

Quando o meteoróide (o material recebe o nome de meteorito somente após ter sobrevivido a reentrada e se encontra na superfície terrestre) faz a sua entrada na atmosfera terrestre a parte externa do mesmo sofre fusão e muito material se perde nesse processo. Em geral o aspecto externo de um meteorito, por ter sofrido essa ação na reentrada, não apresenta pontas agudas ou cavidades, pois essas teriam sido cobertas pelo material fundido. Formatos com ponta, por sua vez, também não iriam sobreviver a reentrada, pois são muito mais frágeis.

O formato externo às vezes pode também assumir aspectos aerodinâmicos logicamente originados no processo de reentrada. Devido a esse processo meteoritos não apresentam aspectos regulares como esferas ou sólidos de revolução.

Em alguns casos também é possível observar pequenas marcas na superfície chamadas de remagliptos. Essas marcas se assemelham a marcas de dedos deixadas em uma massa de vidraceiro. Esses remagliptos são originados porque a superfície do material possui pontos de fusão diferentes. Tanto meteoritos rochosos como ferrosos podem apresentar esses remagliptos, porém essas características são bem mais pronunciadas nos meteoritos ferrosos. Veja essas estruturas em meteoritos ferrosos como o Sikhote-Alin:

sikhote
Remagliptos em meteorito

 

Quanto à cor da superfície externa, pode haver muita variação. Um meteorito recém-caído, condrito ou siderito, vai apresentar uma crosta de fusão preta que vai se perdendo com o tempo.



Fonte: Geólogo.com

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PEPITA DE OURO

A FORMAÇÃO DOS DIAMANTES

 

 Os diamantes têm muitos milhões de anos de idade. A sua formação começou há muitos anos atrás no manto terrestre, a cerca de 161 km, quando o carbono foi cristalizado por intenso calor e pressão. 




A sua ascensão à superfície deu-se devido a violentas erupções vulcânicas, criando chaminés de kimberlito, em que o magma empurrava diamantes e outras rochas e minerais em poucas horas. Estas erupções eram breves, mas mais poderosas do que erupções vulcânicas que acontecem atualmente.

O nome kimberlito, que se deve ao nome da cidade (Kimberley) onde essas colunas foram descobertas pela primeira vez, constitui a denominação do conjunto de rochas ricas em voláteis, onde os diamantes são encontrados.


Conheça a maior “pérola luminosa” do mundo

 

“Pérolas luminosas” não são pérolas tradicionais, fabricadas por ostras e sim jóias lapidadas pelo homem. Elas são famosas principalmente na China e pessoas fazem longas jornadas apenas para ter a chance de tocá-las.


A maior pérola luminosa do mundo acaba de ser exposta na província de Hainan, na China. Apesar de serem famosas, pouco se sabe sobre essas jóias. No oriente, elas são conhecidas como Yemengzhu – dizem que elas trazem muita sorte. Elas fazem parte das lendas chinesas e, por lá, acredita-se que tocando uma pérola luminosa você é abençoado com muita prosperidade.

Mesmo assim, o que as torna tão especiais não é apenas a lenda. Elas simplesmente brilham no escuro, sem a ajuda de luz nenhuma. São feitas de um tipo de fluorita tão raro que, até hoje, a ciência ocidental não reconhece o material como existente. Os próprios chineses só descobriram o material em 1982, em uma mina de Tungstênio. Desde então, depósitos cada vez maiores foram descobertos.

O maior a ser descoberto até hoje pesava seis toneladas e tinha 1,6 metros de diâmetro. Quando foi encontrado tinha uma forma irregular, mas foi lapidado em forma de esfera. O processo demorou três anos já que sua consistência é similar à dos diamantes.
Estima-se que a “pequena” pérola custe cerca de 662 milhões de reais.


Fonte: CPRM