No Blog Gemas Do Brasil, você encontra tudo sobre pedras preciosas, Curso de Gemologia Online, Outros cursos online na promoção e com garantia Hotmart. Garimpo de ouro, Garimpo de Diamante, Garimpo de Esmeralda, Garimpo de opala em PedroII e Feira de Pedras Preciosas no Brasil e no Mundo, enfim tudo para vc ganhar muito dinheiro com pedras preciosas, pois o Brasil é o País mais rico em Gemas.
Escrito por chiara sakuwa| Traduzido por isadora de oliveira grotti silva
As pedras preciosas são avaliadas pela cor, corte, claridade e quilate (Comstock/Stockbyte/Getty Images)
As pedras preciosas irradiam beleza, complexidade e brilho. Mas determinar seu valor real de mercado requer uma avaliação especializada. Essas pedras, incluindo diamantes, safiras, topázios e ametistas, devem ser avaliadas por cor, corte, clareza e quilates. As com cores mais escuras e mais ricas, facetas claramente definidas e numeradas, assim como pureza impecável, dominam os valores mais elevados, de acordo com o Instituto Gemológico da América (GIA). Com uma abundância de imitações e joias sintéticas no mercado, é indispensável conhecer as características básicas que distinguem pedras autênticas de falsas antes de investir nelas ou vendê-las.
Instruções
1
Pese cada pedra solta usando uma escala de microbalança eletrônica para determinar o seu quilate, unidade de peso de uma pedra preciosa. Em seguida, meça cada uma com um dispositivo de medição ótica especializada para determinar as proporções, simetria e ângulos das facetas, especificamente do corte da pedra. Se ela estiver ligada ou presa a uma armação, pode ser medida, mas não pesada.
Se a pedra estiver em uma armação, ela pode ser medida, mas não pesada (Comstock/Stockbyte/Getty Images)
2
Classifique cada uma de acordo com a escala de cores do GIA. O valor geral da cor de uma pedra preciosa é determinada pela cor (cor espectral), a tonalidade (claro ou escuro) e saturação (pureza). Cada característica é avaliada em uma escala de 1 a 10, sendo 10 o mais alto. Uma pedra escura e rica, como o diamante Hope, por exemplo, obteria uma classificação no topo da escala de cores da GIA. Um diamante com defeito e impuro, por outro lado, obteria um classificação muito menor.
3
Avalie a clareza de cada pedra de acordo com seu tipo a partir da escala de pontuação da GIA. São três tipos de clareza e são classificados apenas contra outras pedras da mesma categoria. Por exemplo: uma pedra tipo I, tal como o topázio, seria classificada de forma diferente a partir de uma pedra do tipo III, como uma esmeralda. A clareza é marcada com uma escala de VS, que varia de I-3 (fraco) a VVS (excelente).
São três tipos de clareza (Jeffrey Hamilton/Digital Vision/Getty Images)
4
Anote o valor de cada pedra preciosa e mantenha cada registro em um lugar seguro. Se a pedra não é sua, tenha certeza de que é uma pedra original e coloque-a, juntamente com a documentação, em sua embalagem original. Ao devolver uma pedra para um cliente, certifique-se de entregá-la pessoalmente ou por correio como um item de alto valor.
Anote o valor de cada pedra preciosa e mantenha cada registro em um lugar seguro (George Doyle/Stockbyte/Getty Images)
Mantenha-se informado sobre as últimas disposições governamentais, leis e exigências relativas ao seguro de pedras preciosas sob sua posse. Tendências do mercado de estudo e valores de preços de pedras preciosas garantem, de forma consistente, que você sempre obtenha o melhor valor para as suas pedras e para as de seus clientes. O país de origem de uma pedra, se puder ser verificado, pode ter um efeito positivo no valor.
Ao comprar pedras preciosas, esteja ciente de lojas de joias com desconto que também oferecem avaliações. Em tais casos, a "avaliação" não é muito mais do que um artifício de vendas usado para aumentar o preço e para o seguro. Em outras palavras, as vendas e as avaliações são melhor conduzidas separadas. Pergunte se a gema foi tratada e em que medida. As pedras que foram tratadas em calor excessivo, corantes, óleos e enchimento para melhorar a cor e clareza, muitas vezes, têm seu valor reduzido.
Os diamantes são a substância mais dura da natureza. Eles são considerados pedras preciosas por sua beleza, mas têm muitas outras utilidades.
Diamantes são cristais de carbono que foram submetidos a enormes quantidades de calor e pressão. O diamante é o material mais duro encontrado na natureza.
Os diamantes são cristais de carbono que passaram por um processo de grande pressão e calor. Os cientistas acham que isso aconteceu milhões de anos atrás, debaixo da superfície terrestre. Com o tempo, os diamantes vieram para a superfície junto com o magma. Conforme o magma endureceu, formou vários tipos de rochas. O tipo mais comum de rocha que contém diamantes é chamado de kimberlito. Ele é normalmente encontrado em formações que parecem cones, conhecidas como chaminés. Alguns kimberlitos são desgastados pelo tempo. Quando isso acontece, os diamantes muitas vezes são levados para longe pela correnteza e depois são encontrados em depósitos de areia ou cascalho, nos leitos de rios ou em praias.
Os diamantes em bruto, ou não trabalhados, parecem pedaços de vidro.
Os diamantes são encontrados no mundo todo, menos na Antártica e na Europa. Vários países africanos, entre eles Botsuana e a África do Sul, assim como a Rússia e a Austrália, são os maiores produtores de diamantes do mundo. Na metade do século XX, os cientistas descobriram como criar diamantes artificiais, ou sintéticos, em laboratório.
Os diamantes variam de transparentes a pretos. Os transparentes são feitos de carbono puro. Os coloridos contêm outros elementos misturados ao carbono. Aqueles usados como pedras preciosas geralmente são transparentes e praticamente incolores. Os diamantes são tão duros que não podem ser arranhados nem quebrados por nenhuma outra substância.
Os diamantes usados como pedras preciosas geralmente são transparentes e praticamente incolores.
Os diamantes são mais conhecidos como pedras preciosas, pois são usados em anéis, brincos, colares e outras joias. Esses diamantes são lapidados, ou cortados, de maneira a ter vários lados. Por causa disso, eles brilham quando a luz bate neles. Mas, na verdade, a maioria dos diamantes do mundo é usada na indústria. Por serem tão duros, eles são usados em furadeiras e em outras ferramentas utilizadas para cortar materiais sólidos e resistentes. Também são transformados em pó e utilizados para polir vários tipos de superfície.
Os diamantes são usados para confeccionar vários tipos de joias.
Empresa canadense quer apropriar-se do metal, em região que já sangra por Belo Monte. Projeto tem dados contraditórios e minimiza impactos ambientais e sociais. Acidente poderia despejar montanha de rejeitos tóxicos no rio em 7 minutos
OUTRASMÍDIAS
TERRA E ANTROPOCENO
por IHU
Publicado 14/04/2021 às 18:59 - Atualizado 14/04/2021 às 19:02
Rosana Miranda, em entrevista a Patricia Fachin, no IHU Online
O projeto de mineração Volta Grande da empresa canadense Belo Sun, previsto para ser instalado na cidade vizinha de Altamira, Senador José Porfírio, no Pará, na Volta Grande do Xingu, “prevê a extração de 74 toneladas de ouro em 20 anos de operação – entre construção, exploração e descomissionamento”, diz Rosana Miranda. O empreendimento também prevê, segundo ela, “2.100 empregos diretos em fase de implantação e 526 na fase de operação, R$ 60 milhões em royalties de mineração em 12 anos, cerca de R$ 130 milhões em impostos durante o período de instalação e R$ 55 milhões ao ano quando em operação”. Apesar de o montante parecer significativo, “a mineração de ouro gera um efeito apenas temporário nos municípios, e não é capaz de alterar indicadores importantes como saúde, educação e PIB per capita”, adverte na entrevista a seguir, concedida por e-mail ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
Rosana Miranda, integrante da ONG Amazon Watch, que faz parte de um grupo de organizações que vêm denunciando a inviabilidade socioambiental do projeto Belo Sun, menciona os efeitos que o projeto de mineração poderá causar na região, especialmente por estar muito próximo de outro grande empreendimento, Belo Monte, que gerou inúmeros problemas socioambientais em Altamira e na Volta Grande do Xingu. “Há graves lacunas no processo de licenciamento do projeto da Belo Sun, que oferece informações contraditórias e minimiza os impactos de sua operação. Os primeiros Estudos de Impacto Ambiental da Belo Sun foram começados em 2009, quando a instalação de Belo Monte sequer havia sido iniciada. Não há, portanto, informações suficientes por parte dos estudos de Belo Sun com relação ao impacto cumulativo da sua operação com o que já é causado por Belo Monte. Esses estudos, finalizados e apresentados em 2012, trazem informações radicalmente diferentes do Estudo de Viabilidade que a empresa divulgou em 2015 para seus investidores”. Entre os riscos apontados por pareceres técnicos feitos por pesquisadores independentes, Rosana destaca a contaminação do rio Xingu devido ao uso de “grandes quantidades de cianeto e de outros processos químicos” e a “alta probabilidade de falha da barragem, cujo rompimento poderia resultar em um volume de aproximadamente 9 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos atingindo o rio Xingu em apenas sete minutos”.
Na entrevista a seguir, ela também critica a falta de consulta prévia às comunidades tradicionais de agricultores, ribeirinhos e indígenas não aldeados sobre o projeto. “Consultas servem para que os conhecimentos e opiniões da comunidade possam ser incorporados ao projeto, para que possam ser contempladas outras alternativas, e feita uma análise equilibrada da viabilidade da empreitada. Não é o caso do projeto Volta Grande, e sendo assim, não consideramos válidas todas as decisões que avançaram o projeto sem que ainda houvesse sido feita a consulta”, afirma.
OPALA É UM NOME DE ORIGEM SÂNSCRITA, ORIUNDA DA PALAVRA “UPALA”, QUE SIGNIFICA PEDRA PRECIOSA. SÃO NECESSÁRIOS MILHÕES DE ANOS PARA SUA FORMAÇÃO, DERIVADA DE FENÔMENOS GEOFÍSICOS ESPECÍFICOS. SUA VERSÃO MULTICOLORIDA É ENCONTRADA SOMENTE EM DOIS LOCAIS NO MUNDO: NA AUSTRÁLIA E NA CIDADE PIAUIENSE DE PEDRO II. EM 2012, O INPI CONCEDEU O CERTIFICADO DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA (IG), NA CATEGORIA INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA (IP), PARA AS OPALAS PRECIOSAS E AS JOIAS ARTESANAIS PRODUZIDAS A PARTIR DELAS, NO PIAUÍ.
A opala é conhecida como a pedra da boa fortuna. Ainda assim, é pouco valorizada no País. Estas pedras preciosas podem ser encontradas em cores variadas: amarela, branca, verde, azul, marrom, preta, cinza, vermelha e incolor. Logo, por serem multicoloridas, tornam-se mais valiosas. Assim são as gemas encontradas nas minas de Pedro II , cidade a 209 quilômetros de Teresina, no Estado do Piauí.
São pedras que, naturalmente, apresentam um jogo de cores característico, produzido pela interferência e difração da luz, que passa por aberturas regularmente arranjadas, dentro da microestrutura da opala.
A tonalidade corpórea desta pedra varia de tons claros a escuros, de translúcidas a opacas e são de três tipos: pura, boulder e matriz.
Procedência
Área Geográfica Delimitada: Município de Pedro II – Piauí
Milhões de anos
As condições necessárias para a formação da opala na natureza são extremamente raras. Situamse, geralmente, em terrenos áridos, a profundidades rasas abaixo da superfície, variando de 15 a 40 metros. Depende essencialmente do fenômeno comum de evaporação das águas subterrâneas, contendo soluções silicosas nas cavidades das rochas. Acredita-se que as opalas levaram aproximadamente 60 milhões de anos para se formarem.
O município de Pedro II tem a única reserva de gemas nobres de opala no Brasil, que é a segunda maior do mundo (a primeira está na Austrália, que explorou minas brasileiras na década de 1970). A cidade é responsável por praticamente 100% da produção de joias artesanais de opalas do Piauí, constituindo sua principal atividade econômica.
Joias artesanais
As joias artesanais confeccionadas a partir da gema, permitem a combinação com outros materiais, como o ouro, prata e tucum. Os artesãos desenvolvem designs próprios, criando uma identidade artística e valorização de joias, em forma de colares, pingentes, brincos, anéis etc. As joalherias possuem estruturas pró- prias de lapidação e de fundição, com investimento em maquinário e mão de obra qualificada.
O Festival de Inverno de Pedro II é um dos maiores eventos do Estado, ocasião em que são exibidas e comercializadas as opalas preciosas e as joias artesanais produzidas na região.
Valor agregado
Atualmente, a opala de Pedro II movimenta a economia local e chega a render aos ourives até R$ 70 mil por mês. Entretanto, há quase 30 anos o setor se encontrava desorganizado. Existia a pedra, mas, não havia quem realizasse o trabalho.
A falta de mão de obra especializada estimulou muitas pessoas a procurarem um curso de lapidação promovido pelo governo na época. Em meados de 1992, foi inaugurada a primeira empresa de lapidação de Pedro II e, no ano 2000, implantou-se ali uma área dedicada à joalheria.
Afastadas a desorganização e a mineração desenfreada, a cidade passou a controlar o negócio, criando associações ligadas ao garimpo e à lapidação e estruturando o mercado da pedra. Atualmente, estas empresas são responsáveis pelo beneficiamento de cinco quilos de pedra bruta por mês, que resultam em 30 quilos de joias, já com valor agregado da prata ou do ouro utilizado na confecção das peças.
Arranjo Produtivo
Em 2005, com o auxílio do Sebrae (Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas), foi criado no Piauí o Arranjo Produtivo da Opala, para coibir a atividade desordenada da produção e comercialização das pedras na região. A obtenção da Indicação Geográfica(IG) faz parte deste processo.
Desde que o projeto teve início em Pedro II, os números evoluíram bastante. A extração das pedras dobrou e passou de 2,5 quilos por mês para cinco. A produção das joias com a gema em sua composição saltou de 60 para 400 quilos por ano. Já o número de lojas localizadas na própria cidade que vendem as peças subiu de sete para 30.
O Arranjo Produtivo da Opala auxilia também na melhoria da lapidação e ourivesaria, aumentando a produção e agregando valor às joias produzidas na cidade.
Mercado
Cerca de 30% das opalas garimpadas são de alta qualidade e seguem para exportação, movimento que chega a render até R$ 500 mil anuais para lapidários de Pedro II. Os principais compradores são os Estados Unidos e a Alemanha, além de França e Suíça, que também valorizam o produto.
Os 70% restantes ficam na região e são utilizados na produção de joias artesanais, comercializadas no próprio Nordeste e em alguns Estados brasileiros.
Exploração
Segundo estimativas dos garimpeiros, ainda há jazidas inexploradas na localidade. Hoje, existem cerca de 30 minas, a maioria é explorada pelos 180 garimpeiros da Cooperativa de Garimpeiros de Pedro II. Estudos sugerem que apenas 10% da reserva desta pedra preciosa foi explorada. Com a organização do setor, as associações receberam o suporte que faltava para se desenvolverem.
Território
A paisagem árida do interior do Piauí esconde a riqueza que a região oferece. Em Pedro II, no norte do Estado, no entanto, está estampada já no portal da cidade, onde se lê que o lugar é a “Terra da Opala”.
Localizado ao norte do Piauí, Pedro II foi fundado e emancipado por portugueses, em 1854. A área onde ocorre o garimpo está assentada sobre serras, cujas altitudes chegam a atingir até 850 metros. O clima durante o ano todo é frio e seco, com temperatura média de 18° C a 28° C.
A identificação das rochas como opala de alta qualidade deu abertura ao surgimento das primeiras áreas de garimpo e mineração. Em meados da dé- cada de 1960, a empresa de Minérios Brasil começou a explorar a área, chamada Boi Morto, que se tornou a principal jazida da região. Paralelamente, outros garimpos foram desenvolvidos na região.
Na década de 1980, houve um início de esvaziamento, devido à dificuldade de encontrar pedras de qualidade. Acredita-se que este fato ocorreu por causa da redução das reservas naturais. No entanto, estudos mais recentes estimaram uma reserva geológica de 1,2 mil toneladas de opalas brutas em Pedro II.
Movimentação do turismo
Com a união dos garimpeiros, joalheiros e lapidários desta cidade piauiense, aliada à capacitação e à tecnologia na extração e na produção das joias, a opala já responde por um aumento considerável na geração de renda e no fomento ao turismo. A Indicação Geográfica ajudou ainda mais o setor, trazendo um ganho mercadológico que envolveu todos os setores paralelos à atividade turística, movimentando a região como um todo.
Somente em 2010, 13 áreas, inclusive a de Pedro II, fizeram a solicitação. O registro de IG é uma importante ferramenta de marketing e agrega valor. A cidade, com 45 mil habitantes, vive hoje praticamente de três atividades econômicas: turismo, garimpo e o artesanato com as preciosas opalas.