sexta-feira, 28 de maio de 2021

A nobre, preciosa e rara Alexandrita




Alexandrita 

O nome desta pedra rara é uma homenagem  ao Czar russo Alexandre II (1.818-1.881).Os primeiros cristais de Alexandrita foram encontrados em abril de 1.834, nas minas de Esmeraldas perto do rio Tokovaya, nos Montes Urais.Embora a Alexandrita seja uma pedra relativamente jovem, ela certamente, tem uma história nobre.Devido às suas cores, verde e vermelho, as principais cores do antigo Império Russo, ela se tornou a pedra nacional  da Rússia Czarista.
As Alexandritas de maior beleza são muito raras e muito difíceis de encontrar em joiasmodernas. Entretanto, pode-se vê-las nas antigas joias russas, pois era a pedra preferida dos mestres joalheiros russos antigos. George Frederick Kunst (1.856-1.932), joalheiro e gemólogo da Tiffany, também era fascinado por essa pedra e produziu uma bela série de aneis em platina e conjuntos com Alexandrita no final do século XIX e início do século XX.Ocasionalmente, a Alexandrita também foi usada nas joias da Inglaterra vitoriana.
A característica mais sensacional desta pedra é a sua surpreendente capacidade de alterar sua cor.Verde ou verde-azulado à luz do dia, a Alexandrita se torna vermelha, vermelho-arroxeado ou framboesa com a luz incandescente. Essa sua característica óptica a torna uma das pedras mais valiosas.

Czar Alexandre II

Devido à sua composição química, a Alexandrita é muito escassa.Ela é basicamente um Crisoberilo, um mineral composto de Crisoberilo incolor ou amarelo  transparente, Crisoberilo Olho de Gato e de Alexandrita que muda de cor.Ela difere de outros Crisoberilos já que não contém só ferro e titânio, mas também cromo, responsável pela maior parte de suas impurezas. E é este elemento que possibilita a espetacular mudança de cor.
Como muitas outras pedras preciosas, a Alexandrita também surgiu há milhões de anos , em um ambiente metamórfico.Mas, ao contrário de outras pedras, a Alexandrita necessita de condições geológicas específicas para se formar.O Berilo, um dos principais elementos químicos do Crisoberilo e o cromo, na Alexandrita, tem características contrastantes e, em regra, não ocorrem em conjunto, sendo encontados, usualmente, em determinados tipos de rochas.Essas rochas contrastantes não foram colocadas em contato uma com as outras apenas pela Natureza, mas também a falta de sílica, um dos principais elementos da crosta terrestre que,  impede o surgimento de Esmeralda. Este cenário ocorreu muito raramente na história da Terra e, por isso, os cristais de  Alexandrita são tão escassos.

Alexandrita dos Montes Urais

Desde que foi descoberta nos Montes Urais, a Rússia manteve-se como a principal fonte de Alexandrita do mundo. Quando se pensou que a fonte russa de Alexandrita tivesse se esgotado, o interesse pela pedra diminuiu sensivelmente, pois as outras Alexandritas encontradas não possuíam a mesma cor e efeito.Mas, esssa situação mudou, radicalmente, a partir de 1.987, quando foram encontradas Alexandritas em Hematita, Minas Gerais, um  distrito do município de Antônio Dias.As Alexandritas brasileiras apresentavam tanto uma mudança de cor boa quanto claridade.A Alexandrita brasileira não tem um verde tão intenso quanto a russa, mas a mudança de cor é claramente percebida e tem um efeito de cor que não havia sido constatado na Alexandrita russa.Em termos econômicos, Hematita é um dos mais importantes polos mundiais de Alexandrita.Pode-se encontrar a Alexandrita, ainda, no Sri-Lanka, na Tanzânia, índia, Mdagascar e no  Zimbabuê.Embora ainda seja uma raridade, depois da Rússia se tornar um país mais aberto e manter melhores relações comerciais com o mundo, alguns comerciantes de pedras preciosas puderam estocar Alexandritas russas.

Alexandrita brasileira

Ao se deparar com uma Alexandrita, provavelmente, você ficará fascinado com esse cristal, especialmente se  você a colocar sob diferentes fontes de luz.Certamente, você sentirá a magia misteriosa e à sabedoria que lhe são atribuídas.Ela considerada uma pedra de muito bons presságios. Em situações críticas, a Alexandrita reforça a intuição e ajuda a encontrar novos caminhos quando estamos frente a situações onde o uso da lógica não resolve o problema.A Alexandrita também é conhecida por aumentar a criatividade e inspirar a imaginação.Ela reforça a auto-estima e auxilia a experimentar a verdadeira felicidade.Fisicamente, essa preciosidade ajuda nas doenças do pâncreas e alivia dores no baço.


Fonte: DNPM

Água-Marinha | Gema Derivada do Berílio

 


Água-Marinha | Gema Derivada do Berílio
Água-Marinha é a variedade azul-esverdeada pálida de berilo, assim como a esmeralda. É uma gema muito apreciada para ornamentar joias por sua dureza, permitindo uma grande diversidade de cortes. Sua cor e brilho lembram a água do mar.

O tom azulado da água-marinha é devido à presença de Fe2+; enquanto o esverdeado é devido às inclusões de Fe3+ e pode ser removido com um tratamento térmico leve. Essa é uma prática comum, pois a água-marinha é mais valiosa quanto mais escura a cor azul que ela apresenta.

Entre as variedades de berilo, possui a menor densidade, geralmente menor que 2,7 g / cm3.

Água-Marinha | Gema Derivada do Berílio
Formação
O berilo é um mineral de origem magmática associado a rochas graníticas, pelo que também as suas variedades, como a água-marinha. Este mineral se origina na fase pegmatítica, geralmente a temperaturas entre 1000 ° C e 600 ° C. Também pode ser formado em depósitos hidrotérmicos, associados a outros tipos de pedras. Em particular, a água-marinha é geralmente encontrada em quase todos os lugares em que há berila comum, em cristais de todos os tamanhos.

Geralmente, as águas-marinhas geralmente ocorrem em pedras de 10 quilates. No entanto, em 1910, um espécime pesando 110 quilos foi encontrado na cidade de Marambaia, Minas Gerais, Brasil. Esta água-marinha é a maior já encontrada, e suas dimensões eram 48,5 cm de comprimento e 42 cm de diâmetro.

Os depósitos de água-marinha são muito numerosos. Água-Marinha pode ser encontrada na Itália, Sri Lanka, Índia e Estados Unidos. Também em alguns países africanos, como Zâmbia, Nigéria, Madagascar, Quênia, Tanzânia e Malawi. As minas mais importantes são as do Brasil: Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. No entanto, as cópias mais citadas provêm das montanhas dos Urais (Rússia).

Etimologia e história
O nome Água-Marinha vem do latim, aqua marinā, água do mar. Seu nome se refere à sua cor.

Devido à sua cor, a água-marinha era conhecida anteriormente como a pedra do marinheiro. Antigamente os marinheiros o usavam como um talismã contra tonturas e tempestades.

Durante a idade média, os alquimistas pensavam que a água-marinha impedia a retenção de líquidos e melhorava a digestão. Também se acreditava que essa pedra agia como um antídoto para qualquer veneno.

Água-Marinha | Gema Derivada do Berílio
Água-Marinha | Gema Derivada do Berílio

Fonte: megatimes.com.br


quinta-feira, 27 de maio de 2021

A Terra Indígena Yanomami está sendo transformada numa nova ‘Serra Pelada’

 

 A Terra Indígena Yanomami está sendo transformada numa nova ‘Serra Pelada’

Foto: Vinícius Mendonça/Ibama


Conexão Planeta – Sobrevoos realizados entre os dias 7 e 9 de abril de 2021 revelaram que o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, nos estados de Roraima e Amazonas, produziu uma nova ‘Serra Pelada’ — nome do maior garimpo de ouro a céu aberto do mundo, no sudeste do Pará.

Relatório da Hutukara Associação Yanomami apresenta imagens aéreas do avanço desenfreado do garimpo ilegal, com crateras profundas, acampamentos colados a aldeias e até restaurante de garimpeiros. Levantamento aponta que atividade ilegal degradou 200 hectares de floresta no primeiro trimestre de 2021, quando deve ser registrado novo recorde de destruição

Assim como na corrida do ouro dos anos 1980, a crise econômica e o preço do metal estimulam os garimpeiros à atividade, que hoje promove o desmatamento, a contaminação dos rios por mercúrio, a violência contra comunidades e, também, a disseminação da Covid-19 no território indígena.



A violência contra as comunidades indígenas, inclusive, registra uma escalada crescente ao longo deste mês de maio. Desde 10 de maio, garimpeiros ilegais estão atacando a tiros a comunidade de Palimiú. Isso depois que indígenas instalarem uma barreira sanitária e impedirem que os garimpeiros usassem o rio Uraricoera para chegar a um de seus acampamentos.

Em retaliação, os bandidos realizaram uma série de ataques com armas pesadas, como fuzis e metralhadoras, e até bombas de gás lacrimogêneo. Como resultado do primeiro ataque, duas crianças Yanomami morreram afogadas em meio ao pânico.



Fonte: O Liberal


Estudo em serras da Amazônia

 

5/05/2021
SGB-CPRM

Estudo em serras da Amazônia 

O Journal of the Geological Survey of Brazil, periódico científico do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), publicou artigo que discute a idade de um grupo de rochas situadas em uma região remota da Amazônia, nas serras Demêni e Mocidade, no limite entre os estados do Amazonas e Roraima. A pesquisa examinou seis amostras de granitos provenientes das duas serras. Os resultados possibilitaram o melhor entendimento da geologia da região, permitindo elaborar premissas sobre sua evolução geológica. O artigo completo pode ser acessado pelo link: https://bit.ly/3uuJM52. 

O estudo evidencia a coexistência de granitóides alcalinos e cálcio-alcalinos gerados em um mesmo ambiente tectônico e aborda três hipóteses: (1) O magmatismo cálcio-alcalino pode estar associado a processos relacionados à subducção; (2) As rochas granitóides foram formadas em um ambiente intracontinental sob condições tectônicas mais estáveis (pós-orogênicas) e, (3) As rochas granitóides foram formadas predominantemente por magmatismo alcalino em estabelecimento intraplaca. O pesquisador do SGB-CPRM Nelson Reis, diz que a Amazônia, e em particular Roraima, permanecem sendo um grande palco aos mais variados estudos 2científicos. Segundo Reis, a região ainda mantém restrições de conhecimentos em áreas notadamente ínvias, caso específico para a serra da Mocidade, na atualidade, uma região que recobre parte da reserva indígena Ianomâmi, um Parque Nacional (ICMBio) e uma área do Exército. “A possibilidade de poder coletar amostras de rocha que possibilitem futuros estudos analíticos (químicos, geocronológicos, etc.) e cujos resultados venham contribuir ao conhecimento sobre a evolução da Amazônia Ocidental possibilita o avanço da ciência geológica”, destacou. 

O pesquisador diz ainda que o trabalho abre novas perspectivas para outras investigações geológicas, ao fomentar a atualização cartográfica, as quais atenderão a muitos outros temas de interesse de órgãos gestores federais, estaduais e municipais, no que se refere ao conhecimento do subsolo e potencialidade mineral. 

O estudo surgiu de um convite feito pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), cujas atividades de campo tiveram o apoio e logística fornecidos pelo Exército Brasileiro, no translado por helicóptero do tipo Black Hawk a partir de Caracaraí (RR), além da montagem e suporte de acampamento para um grupo grande de biólogos em diversas áreas do conhecimento (fauna e flora). “A integração multidisciplinar junto a cientistas de variadas áreas do conhecimento e de diferentes instituições foi de fundamental importância, sendo promissora ao compartilhamento de informações que, agregadas, possibilitem uma melhor gestão de áreas institucionalizadas na Amazônia”, comentou.

O estudo de campo teve duração de 15 dias e contou com a participação de 44 pessoas, incluindo pessoal de filmagem, de apoio (mateiros, cozinheiras) e cientistas, além de um médico. A publicação refere-se a um domínio de rochas plutônicas cálcio-alcalinas que registram idades correlacionadas à SLIP Uatumã. As SLIPs ("Silicic Large Igneous Province”) são formadas por rochas intrusivas e extrusivas originadas em um ambiente tectônico que não apenas aqueles de dispersão de cadeia oceânica ou subducção (intracratônico, por exemplo). O estudo reconhece também a presença de termos plutônicos e subvulcânicos na mesma suíte, a qual registra assinatura geoquímica semelhante a da Suíte Água Branca do setor sudeste de Roraima.



Fonte: Brasil Mineral/CPRM