DIAMANTE
Você sabe qual é a diferença entre diamante e brilhante?
Do lado esquerdo da tela, diamante. No centro, selo emitido
pela Alemanha Ocidental em 1997 (Yvert: 1743). Do lado direito, brilhante em
foto da
Joalheria H. Stern.
Diamante é o nome da pedra preciosa em estado bruto ou já lapidada. O brilhante,
por sua vez, é um dos muitos tipos de lapidação que existem para o diamante.
A lapidação do tipo brilhante foi criada em 1919, por Marcel Tolkowsky, e possui
forma redonda, com 57 ou 58 facetas. É uma das lapidações que conferem mais
brilho e beleza ao diamante. É tão conhecida que seu nome acabou se tornando
um sinônimo popular de diamante.
O diamante é composto apenas de carbono puro cristalizado. D: 10. DR.: 3,5.
Tem brilho adamantino, transparente a opaco, incolor, podem ser brancos, azulados
ou até cor de chocolate, com diferentes tamanhos, formatos e técnicas de lapidação.
Às vezes, amarelado, raramente verde, azul, vermelho e negro. Não é riscável
por outras gemas, fratura concóide, clivagem perfeita.
Encontra-se em antigas rochas vulcânicas e em placers. Utiliza-se lapidado
no talhe brilhante – que é o símbolo do amor eterno... representa luxo, brilho
e resistência.
A primeira mulher da história a receber, como presente de noivado, um anel
de diamantes foi Mary de Burgundye, em 1477. Conta a história que o Arqueduque
Maximiliano, da Áustria, consultou um dos seus assessores quando se preparava
para pedir a mão de Mary em casamento.
O assessor sugeriu que o noivo oferecesse um anel de diamante e uma aliança
de ouro. O Arqueduque seguiu o conselho e, ao fazer o pedido, colocou o anel
com diamante no terceiro dedo da mão esquerda de Maria...
Foto da Joalheria H. Stern.
A história dos diamantes, porém, é bem mais antiga. Nos últimos 2.500 anos
eles vêm sendo utilizados em joias e adereços. O termo “diamante” é derivado
da palavra grega “Adamas” (o inconquistável), prova suficiente de que, já na
Antiguidade, era conhecida e apreciada por sua indestrutível beleza.
Os gregos se referiam aos diamantes como faíscas das estrelas que caíam sobre
a Terra. Sobre eles, dizia-se também que o fogo refletido era a constante chama
do amor. E mais: eles seriam lágrimas dos deuses.
A natureza comprova o quanto essas gemas são especiais... O diamante é a única
pedra preciosa composta apenas de um elemento, o carbono. É exatamente a mesma
composição do grafite, que parece seu antônimo: sem brilho, cinzento, quebradiço.
Quem pensaria em colocar uma pedra de grafite em um anel de noivado?
A explicação, mais uma vez, vem da natureza. Embora diamante e grafite sejam
compostos do mesmo elemento, a forma como os átomos de carbono se unem uns aos
outros é completamente diferente.
A isso chamamos de alotropia, do grego allos (outro) e tropos (maneira), é
o fenômeno que consiste em um elemento químico poder existir estavelmente sob
formas diferentes, com diferentes propriedades físicas e químicas. Exemplo:
grafita (grafite) e diamante.
Até o século XVII, quase todos os diamantes comercializados no mundo tinham
como origem a mina de Golconda, na
Índia.
Daquele local foram extraídos alguns dos mais famosos diamantes do mundo, como
o Koh-i-Noor, que faz parte das joias da coroa da Inglaterra, e Orloff, patrimônio
das joias da coroa da Rússia.
Mas, em 1725, o
Brasil quebrou esta
tradição, após a descoberta de diamantes na cidade de Diamantina, em
Minas
Gerais. Durante os 150 anos seguintes, o estado seria alçado à posição de
maior produtor mundial de diamantes, perdendo esta posição, mais tarde, para
a
África do Sul.
Apenas 20% dos diamantes são utilizados para joalheria. O restante é aproveitado
na área industrial. O diamante é muito resistente e utilizado, por exemplo,
nos equipamentos de perfuração de petróleo e para o corte de vidro. O diamante
é tão resistente que somente um diamante corta outro diamante.
O maior diamante foi encontrado na África do Sul, em 1905, e tinha 3106 quilates,
que deu origem a 105 pedras de menor tamanho. Dentre elas está o diamante Cullinan
I (também chamado de “Estrela da África”), com 530,20 quilates que adorna o
cetro do Rei Eduardo VII; hoje localizado na Torre de Londres.
Localidades: Brasil, África do Sul, Congo, Angola, Tanzânia, Austrália, Federação
Russa. Atualmente existem minas de diamantes nos estados de Minas Gerais, Mato
Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará, Paraná e Roraima.
Analogias: Energia: projetiva. Planeta: Sol. Elemento: fogo. Signo: Áries,
Leão.
Chakra: todos. Tarô: A Justiça.
Fortalece funções cerebrais, ajuda o alinhamento dos ossos do crânio. Quebra
bloqueios no chakra coronário e na personalidade, é um grande curador.
Afasta a negatividade, purifica o corpo físico e etéreo. Reflete os aspectos
divinos de vontade e poder. Purifica e limpa sexualmente. Aumenta a força física
e dá coragem.
É a mais neutra de todas as gemas e é extremamente poderosa para remover bloqueios,
negatividade e disfunções sexuais. O Diamante intensifica a energia de outras
pedras, promove a clareza do pensamento, amplia o pensamento, nos aproxima do
Eu superior.
Em essência, é para trabalhar as partes espirituais mais elevadas do ser dentro
do corpo físico.
Objetivos: espiritualidade, grande curador, paz, coragem, vigor. Protege contra
os inimigos.
Diamante é uma pedra incolor, considerada a mais resistente que existe. Por
isso atribui-se a ela o significado de solidez, durabilidade e pureza.
Diamante vermelho é a pedra das grandes paixões...
Curiosidades
Filatélica:
Na internet é possível ver parte de uma coleção de Selos Postais sobre Diamantes,
Diamonds on Postage Stamps (www.diamondstamps.eu). Parece que o colecionador
é um italiano que vive na Croácia...
Museológicas:
– Museu do Diamante (Iphan). O Museu do Diamante está localizado no centro
da cidade de Diamantina (www.diamantina.mg.gov.br), no
Estado
de Minas Gerais (MG), possui objetos da época colonial, como móveis, utensílios,
instrumentos utilizados para prender e castigar os escravos e para extrair ouro
e diamante. O Museu do Diamante foi criado em 12/04/1954 e está abrigado em
um dos prédios de maior significado histórico de Diamantina, construído no século
XVIII. Além de ocupar casa de grande importância histórica e arquitetônica,
o Museu do Diamante detém acervo que constitui um significativo centro de memória
da região de Diamantina. Este acervo representa objetos relativos à extração
diamantífera e o contexto social da região mineradora dos séculos XVIII e XIX,
reunindo ainda arte sacra, mobiliário, armaria, transporte, indumentária e outros
objetos. Destacam-se, neste acervo, as pedras preciosas e semipreciosas, as
balanças de pesagem de ouro e diamante, os oratórios característicos da região.
Todo este acervo propicia uma visão abrangente da histórica região Diamantina.
– O Museu do Diamante de Amsterdã, Diamond Museum Amsterdam (www.diamantmuseumamsterdam.nl),
está localizado na capital da
Holanda.
O sítio oferece um Virtual Tour que vale a pena conferir!
HISTÓRIA DO DIAMANTE HOPE
De todos os diamantes conhecidos, a pior fama é do Hope, o Diamante Azul, que
a lenda o rebatizou como “A pedra que mata”. Segundo a lenda, ele se encontrava
na frente de uma importante estátua de Budha quando foi roubado por um guerreiro,
que pouco depois foi assassinado.
Depois disso um comerciante vendeu a pedra para o Rei Luis XIV. Pouco depois
o comerciante empobreceu, contraiu uma doença e morreu em meio a terríveis convulsões.
Quando a Madame de Monespan, obteve a honra de provar o diamante, foi abandonada
e morreu sozinha na pobreza...
Depois da Revolução Francesa, o diamante foi escondido em edifício Guarda-Móveis
Nacional, de onde foi roubado em 1791. Seis anos depois, os ladrões foram condenados
à pena de morte.
Em 1830 o Hope foi comprado em um leilão por 90.000 libras esterlinas, por
Francis Hope, membro do parlamento, que morreu logo depois, de mal súbito. Posteriormente,
sua viúva morreu queimada na mansão.
Seu herdeiro e sobrinho Thomas, pouco tempo depois de receber a pedra, foi
a falência nos negócios e abandonado pela esposa. Thomas se desfez do diamante,
que foi comprado pelo príncipe russo Iva Kitanovski, para presenteá-lo a uma
bailarina que, na noite que o usou pela primeira vez, foi assassinada com um tiro.
Após uma série de tragédias, a pedra ficou com o sultão Abdul Mamid II, ao
se ver forçado a abdicar a favor de seu irmão, levando o Hope entre seus pertences
para o exílio.
No início do século adquiriu-o a família Mac Lean, pouco depois, um de seus
filhos se suicidou e outro morreu em acidente de automóvel. Mac Lean caiu em
depressão, e morreu meses depois em uma clínica para doentes mentais.
O diamante Hope se encontra atualmente no Smithsonian Institute de Washington,
onde seu fluxo magnético não transpassa o grosso cristal da vitrine onde é exposto
aos turistas...