sexta-feira, 28 de junho de 2013

GRANADA

GRANADA

Acima, a foto mostra uma Granada. Abaixo (do lado esquerdo e centro da tela), Almandina. Do lado direito, Grossulária. Veja o bloco brasileiro que apresenta a granada lapidada em joia, também em estado bruto com seus tipos de lapidação e sua gama de cores!
As granadas, assim como as turmalinas, são um grupo de gemas que compreende várias espécies, e não uma única espécie com diversas variedades, como é o caso do quartzo. Indica um grupo de minerais silicatos, de propriedades semelhantes, mas de composição química diferentes.
Quando se fala de granada, em Gemologia, não se está designando uma espécie mineral, mas sim um grupo de minerais que possuem várias características semelhantes...
Usualmente, associa-se as granadas à cor vermelha, mas elas podem ter várias outras cores, incluindo o incolor, exceto na cor azul. Não apresentam clivagem o que, aliado ao fato de serem do sistema cúbico, facilita bastante sua lapidação, pois não há necessidade de se orientar o cristal para lapidá-lo.
Esses minerais são silicatos que cristalizam no sistema cúbico, exibindo muito frequentemente cristais granulares (daí seu nome), bem formados, com todas as faces (cristais euédricos). Podem ser, por exemplo, dodecaedros, que têm doze faces. Eles não costumam ser grandes, mas achou-se na Noruega um cristal de granada de 2,30 m de diâmetro e 37,5 t, o maior de que se tem notícia.
As granadas são transparentes a semitransparentes ou opacas, de brilho vítreo e resinoso, graxo ou adamantino. A dureza varia de 6,5 a 7,5 e a densidade, de 3,50 a 4,20. Traço branco, fratura concóide, quebradiça, irregular. A granada pode ocorrer também em massas granulares compactas.
As espécies mais comuns são almandina (a mais usada como gema), grossulária, spessartita, andradita, piropo e uvarovita. Elas possuem diversas variedades, como rodolita, hessonita, tsavorita e topazolita, por exemplo.
As três fotos abaixo são do Portal das Joias e mostram a Spessartita.
Comercialmente, o nome rodolita é utilizado para granadas roxas ou roxeadas em geral, muitas vezes sem importar suas propriedades. É abundante na natureza e seu preço, acessível. A gema também costuma ser chamada de rosa-inca. Na verdade, ela é uma variedade da granada (a mais comum).
Joia com rodolita; foto World Gems.
Quimicamente a rodolita é intermediária entre a almandina e o piropo, sendo mais clara e mais transparente que esses. Os piropos maiores têm até dois quilates, podendo ter um vermelho bonito. As almandinas vão do laranja-averrnelhado ao vermelho. Já a rodolita tem cor vermelho-arroxeada ou roxo-averrnelhada, algumas vezes rosa ou vermelho-púrpura. Raramente tem mais de cinco quilates. Muitas gemas, vendidas como rodolita são, na verdade almandina ou piropo. Outras granadas são as andraditas, que podem ser verdes, amarelas, marrons ou pretas. A granada mais valiosa é a tsavorita, que possui um verde esmeralda profundo. Existem ainda outras granadas, que têm cores que vão do amarelo ao rosa.
A mais valiosa dessas espécies é, para alguns, o piropo, de cor vermelha bem viva. Walter Schumann, porém, considera o demantóide, uma variedade de andradita, a granada de maior valor. A propósito, é bom lembrar que a andradita tem esse nome em homenagem a um brasileiro, José Bonifácio de Andrade e Silva – o Patriarca da Independência (que além de político, foi um grande mineralogista e descobridor de vários minerais).
Melanita (variedade de andradita); foto Portal das Joias.
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Observação: A uvarovita que por ser, geralmente, pequena e com impurezas, não se usa como gema. Cristais que não se prestam para uso em joias são usados na produção de abrasivos e em relógios.
  • No Sri Lanka diz-se que as granadas protegem quem as leva de serem apunhaladas ou de sofrer um acidente em que haja derramamento de sangue.
  • Acreditava-se que as granadas não podiam ser roubadas, porque trariam ao ladrão uma catastrófica má sorte até serem devolvidas ao seu legítimo dono.
  • Dizia-se que seu portador teria melhorada a circulação do sangue e o coração.
  • Balas de granada foram utilizadas pelos soldados indianos, quando combatiam os britânicos em Cachemira, com a intenção de causar ferimentos que não curassem.
Localidades: Brasil, Alemanha, Boêmia (Tchecoslováquia), Alpes, Inglaterra, Sri Lanka, Tanzânia, Zimbábue, Madagascar e EUA.
Analogias: Energia: Projetiva. Planeta: Marte. Elemento: fogo. Chakra: Básico (1º); cardíaco (4º). Signo: Áries.
O nome veio da palavra latina “granatum” que significa romã, pois essa fruta representava o ventre materno. Pensava-se que as granadas só deviam ser usadas por mulheres devido à sua ligação com a força vital feminina...
Confere poder, energia e coragem. Dá afeição ao trabalho e perseverança. Ligada ao coração e sexualidade; revigora o espírito, comunica beleza e alegria à personalidade (portanto convém levá-la junto ao corpo). Útil no tratamento de diversos distúrbios hormonais ou infecções, especialmente dos órgãos sexuais (doenças venéreas). Revigora o sistema sanguíneo e coração. Estimula a imaginação. Alinha os corpos espiritual e emocional, provoca elevação de emoções.
Objetivo: cura, proteção, força.

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