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Disposição que muitos homens não têm.
Coragem para subir e descer o buraco com o apoio apenas de uma corda. A
garimpeira Fabriciana Maria de Jesus é a única da área.
"Não tenho medo descer. Se eu cair, a cova já está pronta, é só jogar terra. Ainda não encontrei uma pedra boa", conta ela.
O marido dela, Djalma Ferreira Viana, fica na sombra, acompanhando o
trabalho. Diz que não pode ajudar porque sofreu um infarto. "Subir e
descer não é comigo. Fico só olhando", diz ele.
E Fabriciana joga duro. É o dia inteiro batendo marreta no fundo do
buraco. "É uma batalha. A pessoa entra de manhã, sai ao meio-dia, volta
às 13h e sai à tardinha", relata a garimpeira.
Não há cansaço nem calor que façam Fabriciana desistir de sonhar.
"Se Deus me ajudar, eu vou sair malada, quer dizer, com uma mala de
dólar. Só não quero que a mala abra no caminho. Porque aí eu vou perder o
dólar para outros acharem. Vai ser trabalho jogador fora", diverte-se a
garimpeira. |
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