Kinross busca novas reservas no Brasil
Estimulada pelo avanço do preço do ouro
no mercado internacional, a Kinross conclui neste ano seu longo plano
de expansão produtiva no Brasil. Com os últimos desembolsos, de US$ 150
milhões, os investimentos da multinacional no país somam US$ 1,5 bilhão
desde 2007. Ao mesmo tempo, a Kinross inicia três projetos de pesquisa
para exploração de ouro, com o objetivo de detectar novos depósitos em território brasileiro.
"Estamos na fase final do nosso plano de investimentos. Com isso, ganhamos grande representatividade nos negócios globais da empresa", afirmou ao Valor o presidente da Kinross no Brasil, Antônio Carlos Marinho.
A canadense iniciou a construção do quarto moinho de bolas em sua unidade de Paracatú, no noroeste de Minas Gerais, projeto que tem previsão de ser concluído no segundo semestre. Os investimentos incluem ainda uma nova frota de equipamentos e mais duas unidade de flotação rápida.
Esses investimentos devem ajudar a empresa a elevar a produtividade do processamento do metal da mina Morro do Ouro, que tem o menor teor aurífero do mundo - com uma média de 0,4 gramas de ouro por tonelada de minério.
O quarto moinho de bolas, por exemplo, aumenta a capacidade de moagem para processar a parte mais dura do corpo mineral. O processamento dos minérios de maior dureza - permitido pela segunda planta de processamento, concluída em 2009 - fez com que a vida da mina fosse aumentada em cerca de 25 anos. Hoje, a previsão é de que a vida útil da mina ultrapasse 2040.
As unidades de flotação rápida, por sua vez, têm tecnologia para capturar as partículas de ouro liberadas no início do processo de beneficiamento, evitando sua oxidação, com menor custo operacional. "A ideia dos últimos investimentos é tornar mais eficiente a nossa capacidade instalada em Paracatú", afirmou o executivo.
Em 2007, quando a Kinross deu o pontapé inicial em seu plano de investimentos no Brasil, os desembolsos somaram US$ 570 milhões, com a implantação da segunda planta de processamento do minério. Em 2011, foi concluída a construção do terceiro moinho, com US$ 94 milhões. Foram desembolsados neste período ainda US$ 708 milhões em infraestrutura de mina e manutenção das fábricas.
Com essas iniciativas, em 2011 a produção da Kinross no Brasil alcançou 16,2 toneladas de ouro, ultrapassando sua rival, a sul-africana AngloGold Ashanti. O resultado representa 20% da produção mundial da canadense. "Vamos a 18 toneladas em dois anos", completa o executivo.
O faturamento da subsidiária - que, além das operações em Paracatu, tem uma joint venture com a AngloGold Ashanti em Goiás - somou US$ 810,5 milhões em 2011, sendo que em 2010, as vendas totalizavam US$ 692,5 milhões.
Os resultados e as decisões de investimentos da empresa tiveram um grande aliado: o alto preço do ouro. A valorização do metal está associada à instabilidade da economia mundial, que aumenta a aversão ao risco dos investidores, que buscam ativos mais seguros. Em Nova York, a cotação do ouro avançou 16,63%, desde o início do ano até o fechamento de ontem, quando ficou no patamar dos US$ 1.786,90 por onça troy. No acumulado de 2011, o metal subiu 8,94%.
Os próximos passos da Kinross se voltam para a avaliação de três projetos estratégicos de pesquisa em mineração, sobre os quais a companhia não quis adiantar detalhes. "Ao fim dos nossos investimentos, será o momento de colher os resultados. Não temos ainda um novo plano de expansão em mente, mas somos cada vez mais significativos nos negócios globais. A empresa tem bons planos para o Brasil", afirmou Marinho.
Com minas e projetos em oito países, a empresa faturou globalmente US$ 3,9 bilhões em 2011, alta de 31%. A produção somou 83,6 toneladas. Mas, fechou o ano com prejuízo de US$ 2 bilhões, ante lucro de US$ 759,7 milhões em 2010.
"Estamos na fase final do nosso plano de investimentos. Com isso, ganhamos grande representatividade nos negócios globais da empresa", afirmou ao Valor o presidente da Kinross no Brasil, Antônio Carlos Marinho.
A canadense iniciou a construção do quarto moinho de bolas em sua unidade de Paracatú, no noroeste de Minas Gerais, projeto que tem previsão de ser concluído no segundo semestre. Os investimentos incluem ainda uma nova frota de equipamentos e mais duas unidade de flotação rápida.
Esses investimentos devem ajudar a empresa a elevar a produtividade do processamento do metal da mina Morro do Ouro, que tem o menor teor aurífero do mundo - com uma média de 0,4 gramas de ouro por tonelada de minério.
O quarto moinho de bolas, por exemplo, aumenta a capacidade de moagem para processar a parte mais dura do corpo mineral. O processamento dos minérios de maior dureza - permitido pela segunda planta de processamento, concluída em 2009 - fez com que a vida da mina fosse aumentada em cerca de 25 anos. Hoje, a previsão é de que a vida útil da mina ultrapasse 2040.
As unidades de flotação rápida, por sua vez, têm tecnologia para capturar as partículas de ouro liberadas no início do processo de beneficiamento, evitando sua oxidação, com menor custo operacional. "A ideia dos últimos investimentos é tornar mais eficiente a nossa capacidade instalada em Paracatú", afirmou o executivo.
Em 2007, quando a Kinross deu o pontapé inicial em seu plano de investimentos no Brasil, os desembolsos somaram US$ 570 milhões, com a implantação da segunda planta de processamento do minério. Em 2011, foi concluída a construção do terceiro moinho, com US$ 94 milhões. Foram desembolsados neste período ainda US$ 708 milhões em infraestrutura de mina e manutenção das fábricas.
Com essas iniciativas, em 2011 a produção da Kinross no Brasil alcançou 16,2 toneladas de ouro, ultrapassando sua rival, a sul-africana AngloGold Ashanti. O resultado representa 20% da produção mundial da canadense. "Vamos a 18 toneladas em dois anos", completa o executivo.
O faturamento da subsidiária - que, além das operações em Paracatu, tem uma joint venture com a AngloGold Ashanti em Goiás - somou US$ 810,5 milhões em 2011, sendo que em 2010, as vendas totalizavam US$ 692,5 milhões.
Os resultados e as decisões de investimentos da empresa tiveram um grande aliado: o alto preço do ouro. A valorização do metal está associada à instabilidade da economia mundial, que aumenta a aversão ao risco dos investidores, que buscam ativos mais seguros. Em Nova York, a cotação do ouro avançou 16,63%, desde o início do ano até o fechamento de ontem, quando ficou no patamar dos US$ 1.786,90 por onça troy. No acumulado de 2011, o metal subiu 8,94%.
Os próximos passos da Kinross se voltam para a avaliação de três projetos estratégicos de pesquisa em mineração, sobre os quais a companhia não quis adiantar detalhes. "Ao fim dos nossos investimentos, será o momento de colher os resultados. Não temos ainda um novo plano de expansão em mente, mas somos cada vez mais significativos nos negócios globais. A empresa tem bons planos para o Brasil", afirmou Marinho.
Com minas e projetos em oito países, a empresa faturou globalmente US$ 3,9 bilhões em 2011, alta de 31%. A produção somou 83,6 toneladas. Mas, fechou o ano com prejuízo de US$ 2 bilhões, ante lucro de US$ 759,7 milhões em 2010.