sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Veja o futuro das pedras

Veja o futuro das pedras O Brasil irá sediar o próximo Congresso da ICA (International Colored Gemstone Association), que será entre os dias 30 de abril e 4 de maio, no Rio de Janeiro. "No ano passado foi na China. O país escolhido para organizar o evento precisa ter uma representatividade no mercado. O Brasil ainda é um produtor importante", diz Héclinton Santini, presidente do IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos). De acordo com Santini, o potencial de produção brasileira é hoje aproximadamente 60% menor do que foi há mais ou menos 15 anos - época em que o Brasil sediou pela primeira vez o congresso. "As novas políticas de extração mineral e as criações de reservas, tanto indígenas quanto ambientais, restringiram bastante a produção brasileira." Em 2010, o país movimentou cerca de US$ 400 milhões com a venda de pedras coloridas. Isso representa um crescimento de 30% em relação ao ano de 2009 e 5% se comparado com 2008. "O ano de 2009 foi difícil e de queda nas vendas devido à crise. O mercado de pedras e joias é muito sensível e sentiu o impacto dos problemas globais. Agora é que estamos tendo uma suave recuperação. Imagino que este ano seja melhor." Das gemas brasileiras, destacam-se principalmente a turmalina Paraíba e o topázio imperial. "São as pedras mais caras, mais raras, que ganhamos pelo valor. As demais, como safira, água-marinha, quartzo, turmalina, citrino e ágata, são gemas vendidas em volume." Para os próximos anos, o setor tem como desafio de, de acordo com Santini, "driblar a atuação chinesa". "Os chineses compram as pedras brasileiras e fazem joias com um custo de mão de obra baixíssimo. Em seguida, exportam essas peças, inclusive para o Brasil. Parte da mercadoria que entra aqui chega subfaturada. É uma concorrência desleal."
Futuro das pedras I Esta será a 14 ª edição do congresso da ICA. A expectativa é que estejam presentes cerca de 500 empresários internacionais do setor e 100 brasileiros. Mais do que discutir os rumos do mercado, o evento terá novidades: uma feira de expositores brasileiros e a organização de rodadas de negócios. "Na edição anterior, houve uma tentativa de realizar encontros entre empresários, produtores e designers de todas as partes do mundo. Mas não funcionou porque essas reuniões não foram previamente programadas." Desta vez, a rodada já está na agenda dos participantes, que deverão escolher, antecipadamente, quais as reuniões que irão participar. "Também teremos o apoio de tradutores, dada a diversidade dos convidados." Os países mais representativos são China, Emirados Árabes e India. Já a feira de representantes brasileiros terá 35 expositores. "Teremos stands de produtores, como o Stone World, de esmeralda, indústrias e também designers como Antonio Bernardo e Manoel Bernardes."

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