quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Itaoeste finaliza relatório sobre projeto de tálio na Bahia

A Itaoeste deve enviar em breve, ao DNPM, relatório referente ao seu projeto de tálio, que é parte dos requisitos para obtenção de concessão de lavra. O mineral é considerado raro e esse é o primeiro projeto de tálio na parte ocidental do planeta. Atualmente, os únicos produtores são China e Cazaquistão.
A Itaoeste Serviços e Participações, empresa brasileira com projetos de exploração de vários minérios - manganês, cobalto, ferro, titânio, ouro, cobre e fosfato - está em fase de conclusão de relatório de seu projeto de tálio, na Bahia, que será enviado ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), como parte dos requisitos para obtenção de concessão de lavra. A empresa tem cerca de 200 autorizações de pesquisa junto ao órgão.
Procurada pela NMB, a companhia disse, por meio de sua assessoria, que não concederá entrevistas até que o relatório seja enviado ao DNPM. A data de envio não foi especificada. Ela explicou ainda que o relatório não se trata do Plano de Aproveitamento Econômico.
O projeto trata da exploração de manganês, cobalto e tálio, em Barreiras, na Bahia. A empresa divulgou sua descoberta em fevereiro de 2011. Até então, China e Cazaquistão eram os únicos produtores do metal no mundo. A descoberta foi feita durante pesquisas de manganês iniciadas em 2004.
A descoberta no Brasil é inédita por ser a primeira no mundo associada a manganês e a cobalto em ambiente geológico continental. A região possui reserva total de tálio metálico de mais de 60 mil quilos, podendo abastecer o mundo todo por aproximadamente seis anos, tendo como base o consumo atual de 10 milhões de gramas por ano. Em 2010, o grama do tálio foi cotado a US$ 6.
O tálio é utilizado na medicina, onde é considerado um radiofármaco de maior qualidade, usado como contraste para geração de imagens cardiovasculares. É utilizado, também, como material termoelétrico e supercondutor em alta temperatura.
Segundo a empresa, os resultados, informados ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), correspondem a apenas 2% de uma área de 44 mil hectares, ainda em pesquisa pela empresa.
De acordo com informações fornecidas pela empresa, estudos na área confirmam a continuidade do minério, além das expectativas de manganês e cobalto.
Na segunda semana de fevereiro deste ano, um grupo de executivos russos visitaram a Bahia, com intuito de conversar com o governador do estado, Jaques Wagner, para tratar de assuntos referentes a produção de tálio, escândio e lítio, que são utilizados na construção de aeronaves, baterias de telefones celulares, entre outros.
Atualmente a China reduziu as exportações de tálio e a principal concorrência do Brasil atualmente será o Cazaquistão. O tálio é um dos poucos minerais que não teve seu preço desvalorizado devido a crise de 2009, que causou a queda dos preços de vários minerais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário