sábado, 26 de abril de 2014

Turmalina azul na PARAÍBA

SIGNIFICADO ESTRATIGRÁFICO DOS MINERAIS PESADOS EM DEPÓSITOS CENOZOICOS DA PARTE EMERSA DA BACIA PARAÍBA, BRASIL.

Felipe Lamus-Ochoa, Ana Maria Góes, Dilce de Fátima Rossetti, André Oliveira Sawakuchi, Lucas Villela Cassini, Jose Moasyr Vianna Coutinho

Resumo


Controvérsias na estratigrafia dos depósitos expostos na Bacia Paraíba orientaram à realização de análises de minerais pesados e de morfologia de zircão e turmalina. A análise dos minerais pesados mostrou grande similaridade mineralógica entre as unidades aflorantes, com domínio de zircão, turmalina, cianita e rutilo. A análise multivariada mostrou uma grande dispersão dos dados e aponta para a impossibilidade de separar estes depósitos através da mineralogia. A integração dos dados mineralógicos e de datações de luminescência de quartzo e de U-Th/He em goetita sugere a ocorrência exclusiva de depósitos siliciclásticos cenozoicos no Estado da Paraíba. A granulometria mostra relação com a estratigrafia, ou seja, a maioria das amostras da Formação Barreiras associa-se às amostras mais pelíticas, enquanto que as amostras dos Depósitos Pós-Barreiras relacionam-se com as amostras mais arenosas. Maior refinamento estratigráfico foi obtido através das análises morfológicas de zircão e de turmalina, as quais mostraram-se eficientes na diferenciação das unidades sedimentares estudadas, com aumento das categorias arredondadas em direção às unidades mais jovens. Além disso, o aumento progressivo do ZTR na direção das unidades mais jovens, aliada a constância dos valores do índice de proveniência RZi sugerem que as principais fontes dos depósitos cenozóicos da Bacia Paraíba foram rochas sedimentares preexistentes, e subordinadamente, rochas metamórficas da Zona Transversal da Província Borborema.

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