domingo, 29 de junho de 2014

Brazil Minerals adquire projeto de vanádio e titânio no Piauí

Brazil Minerals adquire projeto de vanádio e titânio no Piauí




A mineradora, produtora de diamante e ouro no Brasil, disse hoje que adquiriu direitos para de desenvolver e ser dona de 75% do projeto de vanádio, titânio e ferro no Piauí. As amostras recolhidas no site tem teor de ferro entre 66% e 71% e de vanádio entre 0,7% e 0,8%.
Equipe em trabalho de campo no PiauíA Brazil Minerals, produtora de diamante e ouro no Brasil, anunciou hoje, por meio de comunicado ao mercado, que adquiriu direitos exclusivos e irrevogáveis de desenvolver e ser dono de 75% do projeto de vanádio, titânio e ferro no Piauí. A propriedade foi adquirida de uma empresa local, a ICL.

A companhia acredita que o projeto é um ativo muito significativo devido a continua demanda global por titânio e vanádio, pois estes minérios são considerados estratégicos, de classe mundial. A importância do projeto se deve também a alta concentração observada nas amostras vindas dessa propriedade.

Em junho de 2013, a equipe liderada pelo diretor de geologia, Paulo Roberto Amorim dos Santos Lima, visitou e coletou amostras de campo do projeto em Piauí. Os afloramentos minerais ficaram visíveis depois da queima da cobertura vegetal. A equipe técnica recolheu amostras geoquímicas, que foram analisadas pelo SGS-Geosol.

O relatório do laboratório apontou concentração de ferro (Fe203) entre 66,2% e 71,7%. A concentração de titânio (TiO2) entre 18,4% e 19,8%. Vanádio (V205) com concentração entre 0,68% e 0,80%. A mineradora considera estes resultados como uma indicação de significativo potencial mineral na propriedade.

Em 30 de julho, a subsidiária brasileira da companhia Brazil Minerals, BMIX Participações Ltda. (BMIXP) assinou contrato com a ICL, uma companhia brasileira formada pelo dono da propriedade mineral.

Segundo o acordo, BMIXP tem o direito exclusivo e irrevogável de desenvolver e possuir até 75% do projeto em troca da desempenho e à medida que avançarem as pesquisas geológicas. Assim como o pagamento, ao longo de um período de tempo, de R$ 875 mil reais (ou aproximadamente, US$ 382 mil) e o equivalente a R$ 125 mil em ações ordinárias da companhia (aproximadamente US$ 55 mil).

Se, por alguma razão, a mineradora decidir descontinuar sua participação antes de alcançar os 75% da participação, a companhia vai garantir uma porcentagem da propriedade do projeto, variando de 5% a 49%, proporcionalmente à quantidade de fundos distribuídos e ao que foi realizado das pesquisas geológicas.

Marc Fogassa, presidente do conselho e CEO, disse que “essa propriedade é muito promissora. É raro achar vanádio e titânio nessas contrações. A força da nossa equipe é que podemos filtrar dezenas de situações no Brasil até acharmos uma que tenha um valor altamente atrativo. Somos uma empresa nova com receitas vindas do diamante e do ouro.”

“O potencial para receitas a longo prazo e lucros com esse projeto, pela eventual exploração comercial ou um desenvolvimento conjunto ou mesmo uma venda prematura, é claramente positivo para nossos acionistas. Este é o tipo de acordo que a BMIX gosta de fazer: grande potencial, riscos calculados e sem desperdícios de dinheiro. No pior dos cenários ficaremos com uma parte da propriedade”, completou Fogassa.

Vanádio e titânio são considerados minerais estratégicos. Eles tem aplicações militares e em equipamentos de alta tecnologia. Ambos os metais são utilizados para melhor a força nas ligas de aço. Vanádio é também usado em aplicações para energias limpas, como em baterias e supercondutores de última geração.

O titânio é utilizado em pigmentos, aditivos e revestimentos. O ferro é o material básico usado para a produção do aço e um das maiores commodities em demanda nas economias em desenvolvimento.

A Brazil Minerals tem sede em Beverly Hills (EUA) e foca suas atividades em projetos de diamante e de ouro no Brasil. Além da mina Duas Barras, a empresa é proprietária de direitos fundiários em Borba, área com potencial de ouro no Amazonas. O projeto de ouro Borba fica localizado entre as cidades de Borba e Apuí, no Amazonas. A Brazil Minerals possui permissão de exploração em área de 9.999 hectares e ainda não realizou estudos geológicos no projeto. Contudo afirma que o alvo possui granitos contendo ouro, similares ao projeto Eldorado, da Eldorado Gold, que possui recursos estimados em 2 milhões de onças.

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