CRONOLOGIA DAS ALTERAÇÕES PÓS-MAGMÁTICAS ASSOCIADAS AO MACIÇO GRANÍTICO DA SERRA BRANCA - GOIÁS
O maciço granítico da Serra Branca (MGSB), de idade proterozóica
média e situado na Província Estanífera de Goiás, é constituído por um
conjunto de fácies formadas por biotita-granito, predominante na parte W
do maciço, granito com duas micas e muscovita-granito. A fácies mais
evoluída é representada por muscovita-topázio granito que aflora
localizadamente na parte oriental do maciço. A intensa diferenciação do
maciço faz-se de maneira assimétrica em virtude do desenvolvimento de
processos de alteração pós-magmáticos que culminaram com a formação de
greisenização de cúpula; a amplitude máxima desta greisenização é
verificada na parte E do MGSB, onde se observam greisens maciços. Todo
este conjunto litológico, assim como quartzitos e quartzo-micaxistos
encaixantes do Grupo Arai, foi deformado e recristalizado durante o
evento tectono-metamórfico do Ciclo Brasiliano. Esta deformação, bem
como a intensidade das alterações pósmagmáticas, cresce de W para E do
maciço. A importância relativa das alterações hidrotermais (s.l.) desenvolvidas
nas diferentes fácies do maciço traduz-se, cronologicamente, por
albitização localizada, seguida por greisenização e, finalmente,
microclinização tardia que atinge, indiscriminadamente, todas as fácies
graníticas e greisenizadas do maciço. Os principais minerais de
interesse económico relacionados ao episódio de greisenização são
cassiterita, topázio e berilo.
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