ROCHAS SILICICLASTICAS ARQUEANAS DOS GREENSTONE BELTS DE FAINA E SANTA RITA, GOIÁS

PROVENIÊNCIA E IDADES MODELO Sm/Nd DAS ROCHAS SILICICLASTICAS ARQUEANAS DOS GREENSTONE BELTS DE FAINA E SANTA RITA, GOIÁS

Os greenstone belts de Faina e Santa Rita são dois sinclinórios de direção N60°W separados por uma falha direcional N30°E e são alóctones sobre os complexos granito-gnáissicos Uva e Caiçara adjacentes. Ambas faixas contêm, da base para o topo, metakomatiitos, metabasaltos e sequências metassedimentares paleogeograficamente contrastantes. Em Faina, a sequência consiste de dois ciclos plataformais, o primeiro em discordância erosiva sobre basaltos. Em Santa Rita, os basaltos dão lugar a uma espessa seção de filitos carbonosos sotopostos, em discordância, por metaritmitos. Dados geoquímicos de proveniência, de química mineral, modelamento de área fonte e ETR indicam que os protólitos do primeiro ciclo plataformal de Faina e os filitos carbonosos de Santa Rita foram construídos às custas de uma área fonte dominantemente ultramáfica a máfica, subordinadamente félsica, ao passo que durante o segundo ciclo plataformal e os metaritmitos, respectivamente de Faina e Santa Rita, a área-fonte foi dominada por granitóides do tipo TTG. As idades modelo dos pacotes sedimentares inferiores varia entre 3.0 e 2.8 Ga, enquanto a dos superiores entre 2.7 e 2.6 Ga. Estes intervalos coincidem, respectivamente, com a idade Sm-Nd dos komatiitos subjacentes e com as idades Sm-Nd, Rb-Sr e U-Pb dos principais corpos de granitóides dos complexos adjacentes. Os mesmos dados indicam que, nos estágios iniciais, as bacias foram independentes e alimentadas por fontes distintas, mas receberam detritos de fonte comum durante os estágios finais. Dados de intemperismo na área-fonte sugerem que a transição de proveniência foi acompanhada de regime tectonicamente estável para instável, o que é atribuído ao soerguimento do arco magmático, cujas raízes são representadas pelos complexos granito-gnáissicos adjacentes.