domingo, 27 de julho de 2014

Anglo American em decadência

Anglo American em decadência
Um dia, não tão longe assim, a Anglo tinha participação em 98% das empresas listadas na Bolsa da África do Sul. Nesta época a Anglo American era muito diversificada, com ativos de ouro, diamante, aço, papel, cobre, mídia e platina. Foi uma época em que a mineradora era maior do que a Vale e competia com as maiores do mundo. Era a verdadeira joia da África do Sul.

Após sucessivos problemas, corrompida por intermináveis greves e prejuízos, a Anglo se encontra em uma triste encruzilhada.

Para sobreviver ela está colocando muitas de suas minas e negócios à venda.

Nesta semana, várias minas de platina cromo e cobre, em Rustenberg estarão sendo colocadas à venda. Da mesma forma a gigante sul-africana desiste de sua participação da Lafarge que está sendo oferecida no mercado. A estratégia da Anglo, que visa atrair novos investidores, colocará mais de 30 ativos, entre minas, empresas e participações, no mercado em um imenso “garage sale” onde serão vendidos, também, as unidades de carvão australiana e canadense.

Parece que tudo está à venda.  Fala-se até que a Samancor, a grande mina de manganês, pode ser, também, vendida.

O mais impactante é a notícia de que a operação de diamante de Kimberley, o primeiro kimberlito diamantífero, que está nas raízes da Anglo American e de sua subsidiária a De Beers assim como na história do mundo poderá, também, ser colocada à venda .

A estratégia de vendas não é nova e vem ocorrendo desde que Mark Cutifani, o CEO da Anglo assumiu a liderança da empresa. Mesmo assim a empresa continua patinando, sem ver o retorno do crescimento prometido por Cutifani. 



Foto de Mark Cutifani por  Martin Rhodes

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