Anglo American em decadência
Um dia, não tão longe assim, a Anglo tinha participação em 98% das
empresas listadas na Bolsa da África do Sul. Nesta época a Anglo
American era muito diversificada, com ativos de ouro, diamante, aço,
papel, cobre, mídia e platina. Foi uma época em que a mineradora era
maior do que a Vale e competia com as maiores do mundo. Era a verdadeira
joia da África do Sul.
Após sucessivos problemas, corrompida por intermináveis greves e prejuízos, a Anglo se encontra em uma triste encruzilhada.
Para sobreviver ela está colocando muitas de suas minas e negócios à venda.
Nesta semana, várias minas de platina cromo e cobre, em Rustenberg
estarão sendo colocadas à venda. Da mesma forma a gigante sul-africana
desiste de sua participação da Lafarge que está sendo oferecida no
mercado. A estratégia da Anglo, que visa atrair novos investidores,
colocará mais de 30 ativos, entre minas, empresas e participações, no
mercado em um imenso “garage sale” onde serão vendidos, também, as
unidades de carvão australiana e canadense.
Parece que tudo está à venda. Fala-se até que a Samancor, a grande mina de manganês, pode ser, também, vendida.
O mais impactante é a notícia de que a operação de diamante de
Kimberley, o primeiro kimberlito diamantífero, que está nas raízes da
Anglo American e de sua subsidiária a De Beers assim como na história do
mundo poderá, também, ser colocada à venda .
A estratégia de vendas não é nova e vem ocorrendo desde que Mark
Cutifani, o CEO da Anglo assumiu a liderança da empresa. Mesmo assim a
empresa continua patinando, sem ver o retorno do crescimento prometido
por Cutifani.
Foto de Mark Cutifani por Martin Rhodes
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