Brasil assume posição de destaque no ranking de produtores
A Largo Resources inaugurou no dia 21 de maio a Vanádio de Maracás, primeira mina de vanádio da América Latina, em Maracás (BA). A planta teve investimento de R$ 555 milhões, provenientes de uma combinação de capital levantado pela Largo Resources no Toronto Venture Stock Exchange e pelo financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O minério pode ser usado em indústrias de aços especiais, ferro liga de alta resistência, empregados nas áreas de óleo, gás, materiais cirúrgicos, turbinas eólicas e ferrovias de alta velocidade.
Esq. p/dir. Danilo Correia, Kurt Menchen, Hari Brust e Paulo Magno
As características geológicas da mina compreendem a intrusão do osill(limite inferior de um suporte, uma galeria ou passagem em uma mina) doRio Jacaré, com 70 km de norte a sul, onde existe uma camada de magnetitita enriquecida com vanádio.“A estimativa é de que o volume movimentado seja de 1 milhão de t de minério/ano e 2 milhões de t de estéril/ano”, diz o Presidente das Operações no Brasil da Largo Resources, Kurt Menchen.
A exploração é feita em mina a céu aberto, em uma área plana com colinas. O desmonte é realizado por meio de explosivos comdeemulsão bombeada. Os furos possuem3 polegadas de diâmetro executadas por perfuratriz de nívelhidraúlica. A malha está sendo testada e mede 2,5m por 5m. Todo o procedimento é realizado por uma equipe terceirizada da Fagundes. Os ciclos de carga se efetuam em dois turnos totalizando 16h/dia, seis dias por semana.
O beneficiamento começa na britagem segue para o moinho de bolas e em seguida, o concentrador magnético.O rejeito não- magnético é depositado em bacias e o concentrado magnético é adicionado de recebe carbonato de sódio e sulfato de sódio e é alimentado ao calcinador a1.200°C. O produto calcinado passa por um processo de lixiviação a água e o líquido, rico em metavanadato de sódio, é separado por filtragem., contendo metavanadato de sódio por causa dometavadato de sódio. Orejeito calcinado é minério de ferro e é depositado em outra bacia. A solução de metavanadato de sódio é enviada para a planta química. Após Noprocesso dea retirada de sílica é adicionado sulfato de amônia e ele se transforma em metavanadatode amônia. Neste momento, vai para um cristalizador e para a secagem rápida do metavanadato e em seguida, para um equipamentoo deamoniador, que gera o produto final, o pentóxido de vanádio. EleO pentóxido, então,vai para o forno de fusão, e em seguida é resfriado e transformado em escamas, forma em que está pronto para ser comercializado.
“A operação da Vanádio de Maracás posiciona o Brasil estrategicamente na produção do metal minério, uma vez que a produção inicial da planta corresponde a 7% do consumo mundial do metal mineral”, ressalta Menchen.
A produção anual, nos três primeiros anos, será de 9,6 mil t de pentóxido de vanádio, que corresponde a uma produção mensal de, aproximadamente, 800t. O projeto da mineradora é expandir a produção em 50% em dois anos. Os primeiros seis anos de produção já estão comercializados por meio de um acordo offtake com a Glencore, multinacional de commodities de mineração. O faturamento inicial ainda não está determinado pois a instalação encontra-se em “rampup”.foi estimado, já que a primeira entrega foi feita no fim de maio.
Pilha de material britado
Bacias de rejeito reduzem consumo de água
A planta da Vanádio de Maracás é a mais moderna planta de extração e processamento de vanádio do mundo. A extração do minério é feita a céu aberto, o que facilita a lavra do material com equipamentos de médio grande porte, que compreendem uma escavadeira Catterpillar de 36 t e outra de 32 t, uma perfuratriz Sandvik DX 1800, oito dois caminhões Mercedes bitrucados de 35 t e 40 t, um trator de esteira, uma carregadeira, uma motoniveladora e um caminhão aguador. O minério é transportado até o britador de mandíbulas, onde começa o beneficiamento. Para evitar a formação de poeira durante o processo de britagem existe em funcionamento um sistema de aspersão de água. são adicionados reagentes químicos.
O forno de calcinação é o mais moderno do mundo em operação em uma mineradora de vanádio, com componentes originários da China, Finlândia, Dinamarca, Alemanha, Espanha e Estados Unidosentre outro. O calcinador com resfriador tem aproximadamente 125 m de comprimento e cerca de 4,3 m de diâmetro e foi fabricado pela FL Smith americana.
Foram adotadas bacias de rejeito com deposição a seco - “drystacking” - em substituição às tradicionais barragens. O processo reduziu a área de ocupação e reduzirá sensivelmente o consumo de água.em aproximadamente 375% durante a operação.
Crescimento da economia local
Desde o início da construção do projeto, em junho de 2012, a economia local de Maracás foi beneficiada com a geração de oportunidades para a população. Na fase inicial, foram empregados 1,2 mil pessoas, investidos R$ 6 milhões em estruturas para acomodar esses trabalhadores e R$ 1,5 milhão foram usados na recuperação da estrada de acesso ao projeto. Atualmente, as operações empregam 400 trabalhadores diretos gerando até e aproximadamente 2,8 mil indiretos. Estão sendo investidos R$ 5,9 milhões em projetos ambientais e R$ 2,7 milhões em projetos sociais.
Além disso, a projeção é de que a empresa irá injetar na economia local cerca de R$ 13 milhões por ano, referente à massa salarial. O Imposto Sobre Serviço (ISS) arrecadou entre junho de 2012 e dezembro de 2013, R$4,3 milhões. O evento da inauguração contou com a presença de autoridades governamentais, funcionários da mineradora, representantes de entidades de classe e da população local.
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