quinta-feira, 17 de julho de 2014

Mato Grosso: destaque para ouro, diamante, calcário e níquel

Mato Grosso: destaque para ouro, diamante, calcário e níquel
O Estado do Mato Grosso, de acordo com Jocy Gonçalo de Miranda, chefe do 12o Distrito do DNPM-MT, tem como destaques os seguintes bens minerais: ouro, com gênese primária e secundária, em diversas regiões; diamantes, com gênese secundária e ambiente geológico favorável a ocorrência de jazimentos primários; calcário, em grande quantidade; e jazimento de níquel de primeira ordem, na região sudoeste.

Por outro lado, há estudo de viabilidade de jazimento polimetálico na região de Aripuanã e já foram identificados extensos jazimentos de ferro e manganês na região de Juína. O Estado possui ainda ocorrências de rochas alcalinas, com mineralizações de fosfato em estágio de avaliação, na região central do seu território.

Miranda destaca, entre as prioridades mato-grossenses, a exploração mineral de rochas fosfatadas e carbonatadas, ouro e diamante. Em relação aos investimentos previstos para o Estado, ele relaciona como principais:

•Estudo de reavaliação de reservas no Distrito Aurífero do Alto Guaporé , em São Vicente, Pau-a-Pique, Lavrinha e Ernesto, pela Serra da Borda Mineração, do grupo Yamana Desenvolvimento Mineral.

•Ampliação de programas de exploração e entrada de novas empresas na Província Aurífera de Alta Floresta, municípios de  Peixoto de Azevedo, Alta Floresta, Apiacás, e Juruena.

•Início de lavra de ouro no distrito de Nova Xavantina, pela Mineração Caraíba.

•Estudo de viabilidade do Projeto Morro Sem Boné, em Comodoro, da Anglo American do Brasil (Níquel), e Projeto Aripuanã (Zinco, prata, ouro e chumbo) pelo Grupo Votorantim.

•Campanhas exploratórias da GME4 Global Mine Exploration, Votorantim Metais, Vale, IMS/Prometálica, Mineração Bravo Cavalo, Mineração Santa Eliana e de empresas juniores.

Além disso, ele lembra que foi significativa a mobilização de empresas direcionadas para pesquisas minerais em decorrência dos recentes mapeamentos geológicos e aerolevantamentos executados pelo CPRM em parceria com o governo do Estado, conforme indica o crescente número de requerimentos de pesquisa no DNPM-MT.

Restrições
Alguns fatores funcionam como pontos restritivos ao desenvolvimento do setor mineral no Estado de Mato Grosso: falta de infra-estrutura (energia, estradas, etc.); acirramento de exigências ambientais e para o desenvolvimento de atividades em faixa de fronteira; e possibilidade de taxação na extração de minerais devido à aprovação de lei estadual, pelo Fundo de Transporte e Habitação (Lei 8.960, de 13 de agosto de 2008), que onera em até 16,34% do valor da UPF/MT a tonelada da substância mineral manejada.

As áreas indígenas do Mato Grosso somam quase 30% do território. Algumas apresentam ambiente geológico favorável a diversas mineralizações, em especial as ocorrências de ouro e diamante. É ansiosamente esperada, nesse aspecto, a regulamentação pelo Congresso Nacional do projeto que autoriza a mineração em terras indígenas, segundo Miranda.

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