domingo, 13 de julho de 2014

Terra de oportunidades

Terra de oportunidades
Em meados deste ano, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) colocou mais duas oportunidades no mercado, por solicitação dos próprios interessados, informa o geólogo José Cunha, com prazo de conclusão ainda na 1ª quinzena de março. “Tratam-se de jazidas localizadas no canto Noroeste do Estado, em região em que já opera a Galvani, com elevado potencial de manganês e ferro”, informa. O edital dá continuidade à política de atração de investimentos, iniciada pela CBPM em 2007 e  ampliada em 2008. Segundo Cunha, alguns contratos ainda estão em fase de assinatura, mas todas as licitações foram encerradas com sucesso.

Por conta dos investimentos feitos na área de pesquisa, o Estado vem dando um relativo salto para a consolidação do setor minerário. Em 2007, o setor da mineração acrescentou à economia baiana R$ 1,2 bilhão. Em 2009, com o início das atividades dos projetos Santa Rita, grande jazida de níquel sulfetado do Brasil, e Ouro Maria Preta, a CBPM alcançará a auto-sustentabilidade financeira, por conta dos royalties recebidos. Os empreendimentos ficam nos municípios de Itagibá e Santa Luz, respectivamente.

“A CBPM transferiu para a iniciativa privada, por meio de licitação, as jazidas descobertas, como o níquel de Itagibá, o vanádio de Maracás, a bentonita de Vitória da Conquista e o ouro de Santa Luz. Esses projetos minero-industriais estão em fase de implantação. Quando atingirem plena produção, entre a metade de 2009 e o início de 2010, vão gerar receitas que irão duplicar o valor da produção mineral do Estado”, afirmou o presidente da empresa, Nilton Silva Filho.

Até 2010 deverão estar em operação os empreendimentos de Vanádio de Maracás, Ouro do Itapicurú, Fosfato de Irecê e Bentonita de Vitória da Conquista. As jazidas privatizadas já levantaram investimentos de R$ 600 milhões e a estimativa é que esses três projetos injetem uma receita bruta de US$ 800 milhões na economia baiana quando entrar em operação.

Conduzida pela Mirabela Mineração, subsidiária da australiana Mirabela Nickel, a produção de níquel sulfetado, em Itagibá, recebeu investimentos de R$ 700 milhões. A geração de recursos por meio do Imposto sobre Serviço (ISS) para o município, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o governo estadual e para a CBPM, através da Compensação Financeira pela Extração de Recursos Minerais (CFEM), é bastante promissora. Só em royalties, a CBPM arrecadará cerca de R$ 8 milhões mensais. Da CFEM, o município de Itagibá arrecadará 65% e o Estado, 23%.

Já o ouro da mina Maria Preta, empreendimento conduzido pela Mineração Fazenda Brasileiro, do grupo Yamana, receberá investimentos de US$ 51,1 milhões, devendo gerar US$ 2 milhões em royalties (2% da receita bruta anual).

Outros projetos e pesquisas que compõem o patrimônio da CBPM e estão em andamento também constituem oportunidades de investimento em empreendimentos produtivos – a exemplo do Ferro do Norte, do ferro-titânio e vanádio, em Campo Alegre de Lourdes; do ferro, em Campo Largo; do zinco, em Irecê e Mundo Novo; do cobre, em Riacho Seco; da areia silicosa de alta pureza, em Santa Maria Eterna; da barita, em Contendas do Sincorá; da cianita, em Anagé; do fosfato primário, em Irecê; além de jazidas de granito ornamental e jazidas de argilas cerâmicas.

A previsão da empresa é investir neste ano R$ 12 milhões em pesquisa e desenvolvimento, como parte da estratégia de atrair recursos e gerar negócios promissores no Estado, destaca o presidente da companhia Nilton Silva Filho. “Com a chegada do novo governo, foi realizada uma reavaliação das oportunidades minerais que a Bahia possui. Decidimos atuar com mais agressividade, disponibilizando para o investidor do setor as oportunidades identificadas. Em um ano, colocamos em processo de licitação, via concorrência pública, 25 empreendimentos minerais”, disse o presidente da CBPM.

A Bahia é um dos Estados mais bem estudados e conhecidos geologicamente do País, com 38,5% do seu território (217 mil km2) cobertos por levantamentos aerogeofísicos. Em julho deste ano, outros 12.964 km2 serão mapeados. O uso dessa tecnologia representa a diminuição de riscos para o investidor e confere maior segurança às informações oferecidas para o desenvolvimento dos projetos. Os programas de levantamento aerogeofísico realizados pela CBPM desde 1975 totalizam 523 mil km de linhas de vôo, em 30 áreas potenciais do território baiano.

“A CBPM continuará investindo em pesquisas geológicas básicas, como mapeamentos geológicos e levantamentos aerogeofísicos. Há uma crescente demanda das empresas mineradoras. Apostamos que esse momento vai durar. As jazidas descobertas pela empresa e transferidas para o setor privado são evidências dessa perspectiva. Quando elas atingirem a sua plena capacidade de produção, vão gerar receitas que dobrarão o valor da produção mineral da Bahia”, afirmou Silva Filho.

As oportunidades minerais reveladas permitiram a  considerável elevação no valor da produção baiana. As áreas das 20 oportunidades já licitadas englobam um conjunto de 269 requerimentos de pesquisa da CBPM, abrangendo cerca de 280 mil ha, distribuídos por 26 municípios baianos, a maior parte no semi-árido.

Duas rodadas de licitações
Segundo o geólogo José Cunha, da CBPM, alguns empreendimentos ainda estão em fase de assinatura de contrato. “Mas todas as oportunidades serão devidamente desenvolvidas pelas empresas, mesmo nesse atual cenário mundial. Algumas empresas poderão dilatar os prazos, mas nada que prejudique os projetos, que têm se comprovado bastante promissores. Tanto que a empresa já colocou neste ano mais duas oportunidades em licitação, por solicitação dos próprios investidores. São depósitos promissores na área de manganês/ferro e potássio”, informa.

A primeira fase de licitações permitiu a celebração dos contratos entre CBPM e as empresas vencedoras - Votorantim Metais, Galvani Indústria Comércio e Serviços e Risa Refratários e Isolantes, com oportunidades nas áreas de extração e produção de concentrados dos minérios de zinco, níquel, fosfato e talco. Os concentrados dos minérios deverão alimentar futuras metalúrgicas, indústrias de produção de fertilizantes e de produção de refratários, cerâmica, papel, tintas, plásticos, borrachas e cosméticos, entre outros.

O segundo pacote de oportunidades, lançado em 2008, compreende  áreas de ouro, cobre e ferro-titânio-vanádio associados, além de minerais e rochas industriais como feldspato, quartzo, barita, areia silicosa de alta pureza, argilas cerâmicas e granitos ornamentais, incluindo uma jazida de esmeralda.

A estatal mantém atualmente outros projetos de pesquisa promissores: ferro, titânio e vanádio, em Campo Alegre de Lourdes; estuda os depósitos de ferro, em Campo Largo; o zinco, em Irecê e Mundo Novo; cobre, em Riacho Seco; areia silicosa de alta pureza, em Santa Maria Eterna; barita, em Contendas do Sincorá; Cianita, em Anagé; do fosfato Primário, em Irecê; além de jazidas de granito ornamental e argilas cerâmicas.

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