Bahia e Pará querem atrair novos recursos
Enquanto cresce a
tendência de alguns países optarem por caminhar na contramão do processo
de atrair novos investimentos em mineração, por diversas motivações e
interesses, estados brasileiros se antecipam e preparam-se para
catalisar positivamente potenciais novos investidores para o setor.
São os casos, por exemplo, dos estados da Bahia e do Pará, que estão
abrindo novas oportunidades de exploração mineral em seus territórios,
oferecendo prospecções viáveis (técnica, econômica e comercialmente),
incentivos e estudos preliminares.
As oportunidades oferecidas por esses estados são diversificadas e com
potencial, o que facilita a atração de investidores e de empresas
interessadas.
Licitações na Bahia
A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), empresa vinculada à
Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (SICM), do Estado da
Bahia, lançou em junho último um conjunto de editais de licitação para
exploração comercial de minérios em diversas regiões do estado.
As oportunidades disponibilizadas abrangem depósitos e jazidas de
minerais, rochas industriais e minerais metálicos. As descobertas
englobam argilas, areia silicosa, ferro, ferro-titânio-vanádio, cobre,
ouro, quartzo, feldspato, cianita e esmeralda. Os municípios que abrigam
as jazidas são Camacan, Nova Viçosa, Canavieiras, São Sebastião do
Passé, Itanagra, Belmonte, Casa Nova, Remanso, Sento Sé e Pilão Arcado.
O setor mineral na Bahia, segundo a CBPM, tem assumido importância cada
vez maior, representando atualmente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB)
estadual, considerando-se todas as riquezas geradas. O valor da produção
mineral baiana corresponde a cerca de R$ 2,46 bilhões, com a extração
de petróleo e gás natural respondendo por 55% e os restantes 45% gerados
por uma pauta de 34 bens minerais.
A Bahia conta com 350 empresas de mineração operando em mais de uma
centena municípios e gerando mais de oito mil empregos diretos e
indiretos. Em 2007, houve um recorde em requerimentos de mineração
(cinco mil), deixando a Bahia no primeiro lugar entre os estados
brasileiros. Em 2008, já se tem informações sobre dois mil
requerimentos, o que indica um crescimento ainda maior para o período.
O grande potencial da Bahia nesse setor demonstra que o estado se
encontra pronto para novos saltos no crescimento da atividade mineral,
especialmente por ser, reconhecidamente, o estado que possui a melhor
cobertura geológica do Brasil. Um grande exemplo é o investimento que o
governo vem fazendo na pesquisa geológica com levantamentos
aerogeofísicos. A Bahia possui a melhor cobertura geológica do país, de
acordo com a CBPM: 38,5% do território (217 mil km²) já cobertos com
aerogeofísica e previsão de mais 52 mil km², em 2008.
Auto-sustentabilidade em níquel
As ações do governo objetivam principalmente a descoberta de novas
jazidas, realização de diagnóstico eficaz da sua potencialidade mineral,
desenvolvimento tecnológico e implantação de infra-estrutura viária e
energética, de forma a criar condições para atração de investimentos e
viabilização dos empreendimentos no setor. As oportunidades minerais
reveladas e disponibilizadas pela CBPM aos investidores do setor
mineral, através de processo de concorrência pública, garantem a
trajetória de elevação no valor da produção mineral baiana. Em 2007, o
setor acresceu à economia do estado o montante de R$ 1,2 bilhões. Em
2009, com o início das atividades dos projetos Santa Rita, maior jazida
de níquel sulfetado do Brasil, e do Ouro Maria Preta, a CBPM alcançará a
auto-sustentabilidade. Os empreendimentos citados localizam-se nos
municípios de Itagibá e Santa Luz, respectivamente.
“A CBPM transferiu para a iniciativa privada, por meio de licitação, as
jazidas descobertas, como o níquel de Itagibá, o vanádio de Maracás, a
bentonita de Vitória da Conquista e o ouro de Santa Luz. Esses projetos
mínero-industriais estão em fase de implantação. Quando atingirem plena
produção, entre a metade de 2009 e o início de 2010, gerarão receitas
que irão duplicar o valor da produção mineral do estado da Bahia”,
afirma o diretor presidente da CBPM, Nilton Silva Filho.
Conduzida pela Mirabela Mineração, subsidiária da australiana Mirabela
Nickel, a produção de níquel sulfetado, em Itagibá, recebeu
investimentos da ordem de R$ 700 milhões. A geração de recursos através
do Imposto Sobre Serviço (ISS) para o município, do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o Estado e para a CBPM,
através da Compensação Financeira pela Extração de Recursos Minerais
(CFEM), reflete o bom momento econômico. Só em royalties, a CBPM
arrecadará cerca de R$ 8 milhões mensais. Da CFEM, o município de
Itagibá arrecadará 65% e o Estado da Bahia, 23%. Já o ouro da mina Maria
Preta, empreendimento conduzido pela Mineração Fazenda Brasileira S.A.,
do Grupo Yamana Resorces Inc, do Canadá, receberá investimentos da
ordem de US$ 51,1 milhões, devendo gerar US$ 2 milhões em royalties, 2%
da receita bruta anual.
A Votorantim Metais anunciou, no início de julho, que investirá R$ 24
milhões em exploração mineral na Bahia até o final de 2008. A empresa
assinou contrato com a CBPM para exploração de zinco nos municípios de
Irecê e Mundo Novo, e níquel, em Pedras Altas. “Acreditamos no potencial
mineral da Bahia e vamos continuar investindo no estado. O foco do
nosso trabalho é a busca por novos depósitos de zinco e níquel”, afirma
Jones Belther, diretor de exploração mineral da empresa, área que
receberá em 2008 investimentos de R$ 150 milhões, para serem aplicados
no Brasil e no exterior.
Com a assinatura desses contratos, a Votorantim Metais assume o
compromisso de investir R$ 7,8 milhões em pesquisa mineral nos próximos
24 meses, em Irecê, R$ 10 milhões em pesquisa mineral por zinco, em
Mundo Novo, e R$ 2,5 milhões em exploração por níquel em Pedras Altas.
“Além desses três projetos, temos outras áreas em fase inicial de
pesquisa mineral no estado desde 2002,” acrescenta Belther.
Com um projeto inovador na Bahia e fortalecendo o Brasil como maior
produtor de minério de ferro no mundo, a empresa Bahia Mineração tem
intenção de investir R$ 3,7 bilhões na construção de uma mineradora de
ferro em Caetité, tornando-se o maior fornecedor da indústria
siderúrgica e contribuindo com cerca de 1.000 empregos.
A CBPM investirá, em 2008, R$ 12 milhões em pesquisa e desenvolvimento. O
objetivo é aproveitar o momento positivo pelo qual vem passando o setor
mineral em todo o mundo. De acordo com Nilton Silva Filho, a iniciativa
faz parte de uma nova estratégia adotada para atrair recursos e gerar
negócios promissores no estado. “Com a chegada do novo governo, foi
realizada uma reavaliação das oportunidades minerais que a Bahia possui.
Decidimos agir com mais agressividade, disponibilizando para o
investidor do setor as oportunidades identificadas. No curso de um ano,
colocamos em processo de licitação, através de concorrência pública,
cerca de 25 empreendimentos minerais”, revela.
Prospectos e depósitos na Bahia
Mineralizações de ferro
Situadas na área central do extremo-norte da Bahia, as regiões de Sento
Sé, Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes
apresentam acervo mineral bastante diversificado. Há ocorrências de
mineralizações de ferro, cobre, ouro, chumbo, magnesita, talco, cianita,
pedras gemológicas (quartzo cristalino, quartzo esfumaçado, citrino e
ametista) e de dolomitos e calcários para corretivo de solos.
Entretanto, apenas as jazidas de magnesita, em Sento Sé, são lavradas
constantemente. A proximidade com as cidades de Juazeiro, na Bahia, e
Petrolina, em Pernambuco, que possuem notável grau de desenvolvimento,
garante infra-estrutura urbana às regiões mineradoras.
Ferro-titânio-vanádio de Campo Alegre de Lourdes
Nos depósitos de ferro-titânio-vanádio do município de Campo Alegre de
Lourdes foram quantificados 134 milhões t de minério. Desse total,
têm-se 60 milhões de reserva medida, 40 milhões de reserva indicada, 20
milhões de reserva inferida e 14 milhões de minério coluvial.
Ouro de Jurema Leste
Coberto por nove áreas de pesquisa de titularidade da CBPM, o prospecto
possui vocação para a exploração de ouro e de metais-base do tipo
sulfetos maciços vulcano-exalativos (VMS). As pesquisas, realizadas nos
alvos Arapuá, Jararaca, Mata-Burro e Olho d´Água, indicam uma zona
mineralizada com largura útil de 20 m, teor médio de 2 g/t e potencial
de recursos de 21,6 t de ouro contido até a profundidade de 50 m.
No extremo-sul do prospecto foi identificada uma mineralização de alto
teor, com 30 m de comprimento, 2 m de largura e 31 g/t de ouro. O
potencial para ouro e cobre-zinco, ao norte do prospecto, deverá ser
estudado em investigações posteriores.
Ouro Itapicuru Norte – Blocos Deixai e do Tarugão
Entre os municípios de Cansanção, Monte Santo, Euclides da Cunha e
Quijingue, localizam-se prospectos e mineralizações de ouro, com
destaque para o garimpo de Água Branca, que possui extensão de 2 km e
largura útil de aproximadamente 30 m. Até a profundidade de 100 m, o
potencial de recursos é da ordem de 48 t de ouro.
Cobre de Riacho Seco
Na região de Riacho Seco, localizado no município de Curaçá, no
extremo-norte do Estado, as mineralizações são compostas por
disseminações de sulfetos de cobre em rochas gabróicas anfibolitizadas.
Após desenvolver atividades de pesquisa e avaliação mineral, a CBPM
identificou uma reserva total de 5 milhões de t de minério, com teor
médio de 0,8% de cobre. Há possibilidade de existência de reservas de
maior porte, uma vez que o depósito se situa numa área com elevado
potencial para mineralizações de cobre.
Prospectos e depósitos de minerais industriais e gemológicos
Quartzo e feldspato de Castro Alves
As pesquisas realizadas na região de Castro Alves resultaram na
definição de um novo distrito pegmatítico na Bahia. Foram cadastrados,
mapeados e avaliados 265 corpos de pegmatitos com recursos totais de 856
mil t de feldspato e 3,23 milhões de quartzo industrial. Observa-se
ainda uma faixa de quartzo de alta pureza, com teor de sílica acima de
99,5% e potencial para possuir reservas de quartzo industrial com
recursos de 140 milhões de t. Em 2005, as produções de quartzo (130
mil/t) e feldspato (25 mil/t) do distrito de Castro Alves foram
consumidas em sua totalidade.
Areia silicosa de Santa Maria Eterna
O distrito de Santa Maria Eterna, localizado a 200 km de Ilhéus, abriga
depósitos de areia silicosa de alta pureza. Os levantamentos feitos pela
CBPM identificaram uma reserva com recurso de 69,5 milhões de t, sendo
11 milhões t de reserva medida, 51 milhões t de reserva indicada e 7
milhões t de reserva inferida.
Cianita de Anagé
A jazida situada no município de Anagé, distante 22 km de Vitória da
Conquista, possui 188 mil t de reserva medida. Nessa área, que mede
352,5 ha, há ocorrência de quatro corpos elúvio-coluviais de
concentrações residuais de cianita, e com participações subordinadas de
granada, estaurolita e quartzo. Os cristais de cianita, com dimensão
acima de 5 mm, representam 56% da reserva. Os outros 44% são de cristais
de cianita cujo comprimento varia entre 0,6 e 5mm. As características
geológicas favoráveis aliadas à simplicidade das operações para a
concentração de minério permitem a redução de custos nas atividades de
lavra e beneficiamento da jazida.
Esmeralda de Carnaíba
As zonas com mineralizações de esmeralda estão presentes em três áreas
de pesquisa da CBPM, localizadas no distrito de Carnaíba. Recentemente,
as investigações apontaram a existência de uma reserva de 18,3 milhões t
de biotita xistos, sendo 6,3 milhões t de reserva medida e 12 milhões t
de reserva indicada. Estima-se que haja um potencial significativo de
xistos hospedeiros de esmeralda-berilo nas demais áreas de titularidade
da CBPM. Dados históricos nos garimpos apontam para uma produtividade de
1,11 kg de esmeralda total por tonelada de biotita xisto lavrado. A
partir dessa relação, é possível presumir reservas com recursos de 7 mil
e 13,4 mil toneladas de esmeraldas gemológica e não gemológica,
respectivamente.
Argilas e insumos cerâmicos do Recôncavo Baiano
Os depósitos de argila descobertos nos municípios de Simões Filho, Mata
de São João, Alagoinhas, Entre Rios, Esplanada e Itanagra apresentam
características físicas e químicas condizentes com as exigências da
indústria cerâmica. Nessa região, foram dimensionadas reservas de 220
milhões de t. As jazidas, que estão localizadas em uma área estratégica,
contam com infra-estrutura adequada, permitindo a consolidação do Pólo
Cerâmico do Recôncavo. A Região Metropolitana de Salvador (RMS), maior
centro consumidor do Estado – com uma demanda anual projetada de 6
milhões de metros quadrados de revestimentos cerâmicos e 800 milhões de
peças de cerâmica vermelha – faz parte desse pólo.
Argilas e insumos cerâmicos da região sul
A CBPM identificou, na região entre os municípios de Santa Luzia e
Mucuri, reservas que totalizam 632 milhões de t de materiais argilosos.
Dessa quantia, aproximadamente 10 milhões são de reservas medidas. Os
levantamentos da CBPM apontaram a existência de 51 ocorrências de
depósitos de argilas e 19 ocorrências de depósitos feldspáticos e
filíticos. Esses materiais podem ser utilizados no fabrico de
porcelanatos, monoporosos, louças sanitárias e de mesa, cerâmica
vermelha e telhas brancas. O significativo potencial dos depósitos de
matérias-primas cerâmicas presentes no Sul da Bahia e a localização
geográfica das reservas em relação ao mercado consumidor criam condições
favoráveis ao surgimento de um novo pólo cerâmico no Estado.
Oportunidades no Pará
A atividade econômica no Estado do Pará, segundo a Secretaria de Estado
de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), encontra-se
historicamente associada ao modelo primário-exportador, que se constitui
no direcionamento da produção, na sua forma bruta, ao mercado externo e
às regiões mais desenvolvidas do país. A indústria extrativa mineral
não é uma exceção a essa regra.
Assim, ainda que a exploração econômica das riquezas minerais do estado
apresente algum rebatimento positivo na economia local, a transferência
efetiva de benefícios para a sociedade paraense está muito distante do
potencial. Esse modelo está calcado nos grandes projetos minerais,
intensivos em capital, que geram elevados impactos ambientais e estão
associados a resultados socioeconômicos locais incipientes em
decorrência da baixa agregação de valor do processo.
Para romper a condição extrativista que permeia grande parte da base
produtiva do estado e viabilizar a consecução de elevadas taxas de
crescimento econômico consorciadas ao enraizamento social do
desenvolvimento, o Pará programou uma agenda com o propósito de induzir
um novo modelo que favoreça a inclusão social e o respeito ao meio
ambiente. Essa iniciativa se orienta no esforço estratégico de
modernização, visando a seu transbordamento para todas as cadeias
produtivas relevantes da trama produtiva, incorporando ferramentas e
processos com vistas a promover ganhos de competitividade pela
incorporação de tecnologia e inovação.
O governo, segundo a Sedect. vem desempenhando a função de articulador
de vários agentes e atores econômicos e sociais com vistas a prover
condições favoráveis e seguras à produção de ciência, tecnologia e
inovação, principalmente por meio da instituição do SIPI – Sistema
Paraense de Inovação. Busca-se também eliminar os gargalos do
desenvolvimento produtivo, com a instalação do Fórum Paraense de
Competitividade (FPC), garantindo a efetivação de investimentos em
energia, logística e infra-estrutura social e urbana alinhada às
necessidades das cadeias produtivas.
Entre as iniciativas governamentais, vêm sendo utilizadas algumas
ferramentas como: criação e revitalização de distritos industriais, que
oferecem áreas com total infra-estrutura a baixos preços; promoção de
incentivos financeiros e tributários com recursos a baixos custos e
condições favoráveis para amortização; instituição de programas de
capacitação de mão-de-obra, que antecipam as necessidades do investidor e
geram economias; programa de extensionismo industrial para pequenos e
médios empresários; ampliação do programa de qualidade de fornecedores,
contribuindo para reduzir custos empresariais nas fases de implantação e
manutenção.
Na busca do desenvolvimento sustentável e integrado das cadeias
produtivas, o governo dá prioridade aos investimentos voltados às
atividades que permitam o encadeamento dos processos de exploração e
transformação primária. Com relação às atividades de base mineral, há
especial interesse nas atividades associadas aos insumos industriais do
segmento dos metais ferrosos (hematita, ferro gusa, ferros liga e aço),
dos metais não ferrosos (alumina, alumínio, zinco, cobre, manganês,
níquel, silício metálico e ouro) e dos minerais não metálicos (caulim,
gemas preciosas e semipreciosas).
O setor mineral paraense
O Estado do Pará se mantém em destaque no cenário nacional como
importante província mineral, congregando parcela substancial das
reservas brasileiras de importantes commodities. Detém cerca de 75% das
reservas nacionais do cobre, 33% da gipsita, 53% do caulim e mais de
80% da bauxita, 35% do manganês e 30% do ferro. O ferro, com elevado
teor de óxido de ferro (Fe2O3) provém de Carajás, que é a maior
concentração de ferro do planeta, garantindo condições diferenciadas de
competitividade ao ferro brasileiro no mercado mundial.
Nos últimos anos, os investimentos no setor, realizados por empresas
mineradoras da iniciativa privada, controladas por capitais nacional e
transnacional, alcançaram US$ 20 bilhões, resultando na ampliação das
reservas conhecidas e nos sucessivos recordes da produção mineral do
estado.
As maiores inversões financeiras são da Vale, que investiu cerca de US$
15 bilhões na prospecção e exploração de ferro, bauxita/alumínio,
caulim, cobre, manganês e ouro; seguida pela Mineração Onça Puma Ltda.,
que se tornou subsidiária da Vale, com US$ 854,7 milhões na exploração
do níquel; a Alcoa, com cerca de US$ 660 milhões em bauxita/alumínio, a
Imerys – Rio Capim Caulim S.A., com cerca de US$ 290 milhões; as
siderúrgicas, exportadoras de ferro gusa, com perto de US$ 975 milhões, o
Grupo João Santos, US$ 200 milhões na produção de cimento e calcário e,
a Globe Metals, produtora de silício metálico, com US$ 16 milhões.
O vulto desses investimentos para a economia paraense contribuiu para a
predominância do setor mineral na base econômica do estado, tornando a
atividade da mineração um dos pilares do atual modelo de aproveitamento
dos seus recursos minerais. O valor da produção mineral do Pará, em
2007, alcançou R$ 8,3 bilhões, crescendo 7% em relação ao ano anterior e
representando 19% do PIB e 28% do Produto Industrial do Estado.
Nas exportações, os produtos minerais paraenses representaram
aproximadamente 80% da pauta, atingindo US$ 6,4 bilhões, em 2007.
Conforme pode ser observado na tabela, sete dos dez itens mais
significativos provêm do setor mineral.
Esses resultados, de acordo com a Sedect, colocam o Pará como o segundo
maior produtor mineral do País. Entretanto, novos projetos se encontram
em estudo para serem instalados: na produção do cobre, o 118, no
município de Canaã dos Carajás, o Cristalino, em Curionópolis e o
Alemão, em Parauapebas; na bauxita, o Juruti, na localidade do mesmo
nome e o Vera Cruz, em Paragominas. Além desses, o Vermelho, voltado
para o níquel, em Canaã dos Carajás e o ABC, de alumina, em Barcarena.
Faz parte também dessa cadeia produtiva o segmento de gemas, jóias e
artesanato mineral, que vem se destacando no estado. Já foram
catalogadas mais de 200 ocorrências de depósitos e garimpos, e mais de
60 variedades de rochas com caráter gemológico, principalmente nas
regiões sul e sudeste. Dentre estes se destacam: o diamante, o cristal
de rocha, a ametista, o citrino, a malaquita, a turmalina, o topázio, a
opala, entre outras, que colocam o estado como um importante produtor de
gemas.
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