PLEOCROÍSMO
1ª parte |
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O
termo pleocroísmo deriva das palavras gregas “pleion” e “chros” que
significam, respectivamente, mais e cor. Define-se esta importante
propriedade óptica como a variação das cores ou tons de determinadas
gemas segundo a direção de observação, devido à absorção seletiva da
luz em diferentes direções cristalográficas.
Apenas
as gemas birrefringentes podem apresentar pleocroísmo e este pode ser
observado somente em exemplares transparentes, translúcidos e, em
raras vezes, nas bordas translúcidas de espécimes opacos.As gemas
pleocróicas que exibem duas cores são ditas dicróicas (minerais que
cristalizam nos sistemas trigonal, tetragonal e hexagonal), enquanto
as que mostram três são denominadas tricróicas (minerais que
cristalizam nos sistemas ortorrômbico, monoclínico e triclínico).
Este
fenômeno normalmente não é detectado a olho nú, a não ser que as
gemas sejam intensamente pleocróicas; neste caso, ao girar-se o
exemplar em várias direções, consegue-se ver as diferentes cores ou
tons.
Dicroísmo detectado a olho nú em turmalina - (Fotos: Terri Weimer)
O
mero fato de detectar-se o pleocroísmo em uma gema assegura ao
observador que se trata de uma gema birrefringente e, portanto, não de
um vidro ou de um mineral do sistema cúbico.
A
observação desta propriedade tem grande valia na identificação de
gemas, principalmente por poder ser detectada em exemplares brutos ou
lapidados, soltos ou cravados.
Costumam apresentar pleocroísmo forte ou acentuado, entre outras, as seguintes gemas:
- Turmalina: dois tons do matiz fundamental. - Kunzita: rosa, lilás e incolor. - Iolita (designação gemológica do mineral cordierita, também conhecida como safira d´água): azul, violeta e amarelo amarronzado. - Tanzanita (designação gemológica da variedade azul-violácea do mineral zoisita): azul escuro, violeta e amarela esverdeada. Pleocroísmo detectado a olho nú em tanzanita (42,32 ct) (Fotos: John Betts) - Alexandrita: verde, púrpura e alaranjada. - Esmeralda: verde amarelada e verde azulada. - Água-marinha: azul de tonalidade mais intensa que a do exemplar e quase incolor. - Rubi: vermelha amarelada clara e vermelha-carmim escura. - Safira: dois tons da cor fundamental.
Exemplos
práticos nos quais a averiguação do pleocroísmo é de grande utilidade
são, entre outros, a distinção do rubi (dicróico) dos minerais do
grupo das granadas (não apresentam pleocroísmo, por cristalizarem no
sistema cúbico), e a separação da água-marinha (dicróica) de alguns de
seus substitutos azuis, tais como espinélio sintético (cristaliza no
sistema cúbico, ainda que costume exibir birrefringência anômala) e
vidro artificial (amorfo).
O
pleocroísmo tem importância não apenas no diagnóstico das gemas, mas
também no que se refere à sua lapidação, com o intuito de evitar
matizes menos atraentes ou tons que sejam muito escuros ou muito
claros.
Assim
sendo, o lapidário, de modo empírico, sabe como orientar uma gema
bruta durante o processo de lapidação, levando em conta esta
propriedade, de modo a posicionar a faceta principal (mesa) na direção
mais adequada, seja para alcançar uma tonalidade mais intensa (ex:
água-marinha) ou mais clara (ex: turmalinas ou safiras de tons muito
escuros).
É
importante salientar que a ausência de dicroísmo detectável não
significa que a gema tenha refração simples, assim como o fato dela
apresentar pleocroísmo intenso não guardar relação direta com a
magnitude de sua birrefringência.
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domingo, 7 de junho de 2015
PLEOCROÍSMO 1ª parte
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