A ameaça do ouro
O preço do ouro continua caindo. Hoje o metal está sendo negociado a US$1.177,90 a onça, o menor preço desde novembro do ano passado.
Trata-se de um processo de queda assustador (veja o gráfico) que parece não ter ainda acabado.
A queda continuada ameaça a grande maioria das empresas de mineração cujos custos operacionais totais (AISC) ainda estão acima dos US$900/onça.
É o caso das gigantes Newmont, Kinross, AngloGold, GoldCorp e Barrick.
Destas a Newmont foi a que teve a melhor evolução desde 2014. A mineradora conseguiu uma redução de custos de 18% enquanto que a AngloGold teve, no mesmo período, uma redução de 6,7% e a Kinross Gold de apenas 3,7%.
A dificuldade em reduzir custos operacionais pode, no futuro próximo, lançar algumas dessas mineradoras no vermelho. É por isso que a Barrick procura, desesperadamente, vender ativos para atingir uma posição de maior conforto.
A Kinross ainda consegue se safar por ter algumas minas extraordinárias, com custos operacionais muito baixos, no seu portfólio.
É o caso da mina de Kupol, na Rússia, que está fazendo uma revolução nos cofres da mineradora. Kupol já produziu, em 2015, a mesma quantidade de ouro de 2014 (190.000 onças) a um custo baixíssimo de US$600/onça.
Ativos como Kupol são raros no mundo mineral e fazem o lucro e a alegria dos mineradores.
Outras minas lucrativas da Kinross com custos operacionais baixos são Chirano, Fort Knox e Paracatu.
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