Surpresa! A geologia ativa de Plutão
As últimas imagens do planeta anão Plutão liberadas pela NASA são espetaculares.
A imagem ao lado, feita em close-up, mostra uma superfície irregular, repleta de altas montanhas de gelo e planícies quase sem marcas de impactos. As montanhas da imagem têm mais de 3.000 metros de altura e podem ser compostas por água, nitrogênio e metano congelados que parecem ser os principais componentes da crosta de Plutão.
Os geólogos se surpreenderam com a falta de impacto de meteoritos em algumas áreas, aparentemente planas o que deve sugerir que existem intensos processos geológicos, possivelmente relacionados a fontes de calor, ainda em atividade.
Plutão era tido como um planeta frio e estático, quase sem nenhuma atividade, mas o que se vê derruba essa hipótese e sugere um planeta vivo com grande atividade geológica.
Na imagem vê-se rochas de idades e texturas diferentes, cortadas por uma falha de rejeito direcional sinistrógira que atravessa a cadeia de montanhas e desaparece na planície.
Uma imagem que poderia vir da nossa Terra.
Um planeta com potencial astrobiológico.
Possivelmente serão vistos, nos próximos meses atividades de geyseres e vulcões emitindo plumas e gelo na rara atmosfera.
No momento acredita-se que a água congelada é uma componente importante das feições topográficas mais importantes.
Qual serão os processos geológicos por trás da formação dessas montanhas?
Qual será a fonte termal escondida, o motor da geologia de Plutão? Radioatividade? Marés?
Será que o planeta ainda abriga um mar líquido embaixo da camada de gelo?
Os geólogos terão um período atribulado, à medida que as novas fotos e medições forem processadas. Segundo a NASA a totalidade dos dados acumulados pela New Horizons nesta aproximação irá demorar um ano e quatro meses para chegar à Terra.
A New Horizons, movida a plutônio, ainda tem 15 anos de vida pela frente e os cientistas não definiram quais serão os seus próximos objetivos.
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