Maior Mina de ouro do Brasil está em Paracatu
Embora os estrangeiros dominem a
mineração do metal no país, nas cidades crescem os empregos, a renda e a
arrecadação de impostos
A maior mina em operação no Brasil está em Paracatu e não tem bandeira verde e amarela. É canadense, nacionalidade da multinacional Kinross, que a controla. Tudo o que produz é exportado. Somente nos quatro primeiros meses deste ano saíram da mina da Kinross US$ 163,9 milhões em ouro para o mercado internacional, volume 82,2% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 90 milhões).
Embora a exploração e os lucros gerados pela mineração de ouro estejam com os estrangeiros, não se pode negar o forte impacto econômico das atividades das empresas nas regiões onde estão instaladas. Em torno das minas, a oferta de empregos é crescente, a renda está em processo ascendente e o poder público se empanturra de impostos.
Em Paracatu, a Kinross é dona de 10.942 hectares. Terras que, neste ano prometem gerar 500 mil onças-troy (unidade de medida para barras de ouro que equivale a quase US$ 1.250 cada), resultando em um faturamento aproximado de US$ 1 bilhão. Tais números garantem à pequena cidade mineira o título de dona da maior mina brasileira em área e volume de ouro no país. “Disparadamente, somos a maior. Apesar de termos um teor de ouro pequeno no minério que retiramos, movemos uma quantidade enorme de rochas para produzirmos muito”, explica o presidente da companhia no Brasil, José Roberto Mendes Freire.
Capital de sobra
Em produtividade, a mina retira 0,4 gramas de ouro por tonelada de rochas extraídas — o menor índice do país. Mas, em um único dia, movimenta 120 mil toneladas de pedras para compensar a baixa ocorrência. “Em 2004, começamos estudos para prolongar o tempo de vida da mina. A princípio, ela só duraria mais 10 anos. Em 2008, porém, começamos a expansão e criamos uma segunda planta, o que aumentou o tempo de exploração para mais 34 anos”, explica Marcos Paulo Dias Gomes, gerente de processos da Rio Paracatu Mineração, nome da mina da Kinross no município mineiro. Para ampliar a produção, até 2009 foram investidos US$ 570 milhões. Neste ano, o desembolso será de US$ 235 milhões. Para o presidente da Kinross, nunca foi tão promissor investir em mineração.
Para os executivos da Kinross, enquanto a demanda se mantiver aquecida, vale a pena investir na exploração de minas no Brasil. Portanto, a nova corrida do ouro que se vê no Brasil está muito longe do fim. Os mais otimistas acreditam que ela está apenas começando, tamanho é o potencial de consumo no país por joias e outros objetos feitos com o metal — somente nos últimos seis anos, mais de 30 milhões de pessoas ascenderam à classe média. Sendo assim, no que depender dos investidores estrangeiros, não faltará capital para a exploração de minas.
A nova febre do ouro tem garantido a renda não somente às empresas que exploram o metal. Lugarejos pequenos, com jazidas enormes, começam a ganhar características de regiões prósperas. Limpas, bem-organizadas, as cidades estão substituindo as residências pequenas e simples, comuns no interior do país, por edifícios altos, alguns funcionando como clubes exclusivos.
Paracatu, com seus 85 mil habitantes, é exemplo claro desse novo ciclo do ouro. Com a mineração, a pequena cidade mineira entrou no seleto grupo de exportadores brasileiros — 95% de tudo o que vende para o exterior saem da mina controlada pela canadense Kinross. É o metal que também sustenta as mais de 2 mil empresas instaladas na cidade, que garantem parte substancial de um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Além de prédios luxuosos, está trocando a comida tradicional pelo fast food, e as feiras, pelos hipermercados. As ruas, pequenas, estão abarrotadas de carros novos.
Para a condutora turística Christiane Pereira dos Santos, 27 anos, o município está se tornando um local melhor para viver. “A mina de ouro realmente provocou impactos fortes em Paracatu. Mas precisamos de mais coisas. Será necessário um desenvolvimento mais sustentável, de preservação ambiental de melhoria social — quase 40% da população estão na pobreza”, diz.
Kinross: Somente nos quatro primeiros meses deste ano saíram da mina US$ 163,9 milhões em ouro para o mercado internacional
A educação, pelo menos, deu um passo importante, acredita Christiane. Faculdades foram abertas na cidade e a oferta de cursos é cada vez maior. Esse movimento é impulsionado pela própria Kinross, necessitada de mão de obra qualificada. “Quanto melhor for qualificado o profissional, melhores serão os nossos resultados”, diz o presidente da mineradora, José Roberto Mendes Freire. Todo esse movimento tem atraído grandes empresas, como a rede de fast food Giraffas, do Distrito Federal, e o hipermercado da rede mineira Bretas.
A maior mina em operação no Brasil está em Paracatu e não tem bandeira verde e amarela. É canadense, nacionalidade da multinacional Kinross, que a controla. Tudo o que produz é exportado. Somente nos quatro primeiros meses deste ano saíram da mina da Kinross US$ 163,9 milhões em ouro para o mercado internacional, volume 82,2% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 90 milhões).
Embora a exploração e os lucros gerados pela mineração de ouro estejam com os estrangeiros, não se pode negar o forte impacto econômico das atividades das empresas nas regiões onde estão instaladas. Em torno das minas, a oferta de empregos é crescente, a renda está em processo ascendente e o poder público se empanturra de impostos.
Em Paracatu, a Kinross é dona de 10.942 hectares. Terras que, neste ano prometem gerar 500 mil onças-troy (unidade de medida para barras de ouro que equivale a quase US$ 1.250 cada), resultando em um faturamento aproximado de US$ 1 bilhão. Tais números garantem à pequena cidade mineira o título de dona da maior mina brasileira em área e volume de ouro no país. “Disparadamente, somos a maior. Apesar de termos um teor de ouro pequeno no minério que retiramos, movemos uma quantidade enorme de rochas para produzirmos muito”, explica o presidente da companhia no Brasil, José Roberto Mendes Freire.
Capital de sobra
Em produtividade, a mina retira 0,4 gramas de ouro por tonelada de rochas extraídas — o menor índice do país. Mas, em um único dia, movimenta 120 mil toneladas de pedras para compensar a baixa ocorrência. “Em 2004, começamos estudos para prolongar o tempo de vida da mina. A princípio, ela só duraria mais 10 anos. Em 2008, porém, começamos a expansão e criamos uma segunda planta, o que aumentou o tempo de exploração para mais 34 anos”, explica Marcos Paulo Dias Gomes, gerente de processos da Rio Paracatu Mineração, nome da mina da Kinross no município mineiro. Para ampliar a produção, até 2009 foram investidos US$ 570 milhões. Neste ano, o desembolso será de US$ 235 milhões. Para o presidente da Kinross, nunca foi tão promissor investir em mineração.
Para os executivos da Kinross, enquanto a demanda se mantiver aquecida, vale a pena investir na exploração de minas no Brasil. Portanto, a nova corrida do ouro que se vê no Brasil está muito longe do fim. Os mais otimistas acreditam que ela está apenas começando, tamanho é o potencial de consumo no país por joias e outros objetos feitos com o metal — somente nos últimos seis anos, mais de 30 milhões de pessoas ascenderam à classe média. Sendo assim, no que depender dos investidores estrangeiros, não faltará capital para a exploração de minas.
A nova febre do ouro tem garantido a renda não somente às empresas que exploram o metal. Lugarejos pequenos, com jazidas enormes, começam a ganhar características de regiões prósperas. Limpas, bem-organizadas, as cidades estão substituindo as residências pequenas e simples, comuns no interior do país, por edifícios altos, alguns funcionando como clubes exclusivos.
Paracatu, com seus 85 mil habitantes, é exemplo claro desse novo ciclo do ouro. Com a mineração, a pequena cidade mineira entrou no seleto grupo de exportadores brasileiros — 95% de tudo o que vende para o exterior saem da mina controlada pela canadense Kinross. É o metal que também sustenta as mais de 2 mil empresas instaladas na cidade, que garantem parte substancial de um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Além de prédios luxuosos, está trocando a comida tradicional pelo fast food, e as feiras, pelos hipermercados. As ruas, pequenas, estão abarrotadas de carros novos.
Para a condutora turística Christiane Pereira dos Santos, 27 anos, o município está se tornando um local melhor para viver. “A mina de ouro realmente provocou impactos fortes em Paracatu. Mas precisamos de mais coisas. Será necessário um desenvolvimento mais sustentável, de preservação ambiental de melhoria social — quase 40% da população estão na pobreza”, diz.
Kinross: Somente nos quatro primeiros meses deste ano saíram da mina US$ 163,9 milhões em ouro para o mercado internacional
A educação, pelo menos, deu um passo importante, acredita Christiane. Faculdades foram abertas na cidade e a oferta de cursos é cada vez maior. Esse movimento é impulsionado pela própria Kinross, necessitada de mão de obra qualificada. “Quanto melhor for qualificado o profissional, melhores serão os nossos resultados”, diz o presidente da mineradora, José Roberto Mendes Freire. Todo esse movimento tem atraído grandes empresas, como a rede de fast food Giraffas, do Distrito Federal, e o hipermercado da rede mineira Bretas.
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