A qualidade do ar da China vai afetar a mineração em 2016
Desde a última Reunião do Clima os chineses, o país com o ar mais poluído do planeta, junto com a maioria dos países do mundo se comprometeram a envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 graus centígrados. Trata-se de um plano maiúsculo que vai custar centenas de bilhões de dólares aos bolsos dos países desenvolvidos.
As consequências desta estratégia serão amplas e afetarão drasticamente o crescimento mundial e as economias dos países em desenvolvimento, que poderão bilhões ao longo do tempo.
E as perdas futuras já se consolidam em decorrência dos planos chineses para 2016.
Para melhorar a qualidade do ar das grandes cidades chinesas em 2016 o país se prepara para grandes mudanças. A maioria delas se refere à redução da produção ou paralisação de indústrias poluidoras que usam o carvão como principal fonte energética. A queima desenfreada do carvão é a principal responsável pela poluição do ar chinês.
Para cortar as emissões os chineses irão cortar a produção e a importação.
Um bom exemplo vem da província de Hebei, que produz mais de 25% de todo o aço do gigante asiático. O governo local planeja reduzir a produção do aço em 8 milhões de toneladas e a de ferro em 10 milhões em 2016. Em Hebei a produção anual de aço e de cimento será congelada em um máximo de 200 milhões de toneladas. Já para 2017 o corte na produção de aço, cimento e carvão atingirá 160 milhões de toneladas quando comparado com os níveis de 2013.
As consequências no mundo da mineração serão imediatas. Os maiores afetados serão os produtores de carvão e de minério de ferro que terão que enfrentar uma forte redução de consumo.
O ano de 2016 pode significar novos fechamentos de projetos e minas como o que ocorreu a dias com a paralisação do gigantesco projeto de minério de ferro, ferrovia e porto West Pilbara. West Pilbara é uma joint venture entre a Baosteel (a maior siderúrgica chinesa) e a Aurizon Holdings cujo CAPEX superaria US$8 bilhões.
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