Esmeralda Bahia a maior pedra preciosa do mundo
Esmeralda Bahia a maior pedra preciosa do mundo
Você conhece a história da Esmeralda Bahia a maior pedra preciosa do mundo? Além de ser a maior esmeralda do planeta, com mais de 380 kilos (180 mil quilates), ela é avaliada por volta de 400 milhões de dólares. Sim: cerca de 2 bilhões de reais! Seu tamanho, peso, valor e raridade não passam despercebidos por ninguém, e a história desde sua extração em 2001 até os dias de hoje envolve: fraude, roubo, exportação ilegal, incêndio, e até o furacão Katrina (!). É mais fácil encontrar um político honesto do que acreditar em tudo isso, mas de tão bizarro, é verdadeiro – diria um advogado.
Tudo começa em 2001, na Serra da Carnaíba, sertão da Bahia, município de Pindobaçu, daí o nome da Esmeralda Bahia a maior pedra preciosa do mundo. Um mineiro desconhecido retirou a canga (mistura de esmeralda + outros minérios) de uma mina e a vendeu por 10 mil reais a um intermediário, que revendeu a pedra preciosa para Élson Ribeiro por R$ 45 mil. Nesta etapa do processo já surge uma lenda de que a mula que puxava a carroça que levava a gema foi atacada por onças! Vão vendo…
Entra em cena o americano Anthony Thomas, que afirma ter pago R$ 60 mil na pedra, tendo inclusive tirado uma foto com ela. Na noite que fechou o negócio, Thomas recebe um misterioso telefonema dos EUA dizendo que seu filho havia quebrado o braço e ele então retorna imediatamente aos Estados Unidos. Pouco tempo depois, recebe dos compradores a notícia de que a pedra havia sido roubada durante o seu transporte para seu comprador americano…
Em 2008, sete anos depois, Thomas assiste ao noticiário na tv americana e descobre que a polícia de Los Angeles foi informada por uma denúncia anônima que havia uma pedra suspeita sendo guardada em um depósito. A maior esmeralda do planeta foi então recolhida pelas autoridades e caberá a um juiz definir seu destino. Questionado sobre os papéis que comprovavam a compra da esmeralda legalmente, Thomas alega que os mesmos foram destruídos em um incêndio que destruiu sua residência. Não tem mais nada para provar que a pedra é sua além da foto abraçada com ela Mas como a pedra foi parar nos EUA?!?
Na versão de Ken Conetto, de San José, na Califórnia, ele acertou com os donos da pedra, os brasileiros Élson Ribeiro e seu sócio Ruy Saraiva, que seria o responsável para vender a gema nos Estados Unidos, e os três dividiriam o lucro do negócio. Do Brasil a Esmeralda Bahia foi para a Califórnia e de lá para Nova Orleans, onde em teoria existia um comprador. Mas eis que aparece o furacão Katrina, inunda o galpão onde a maior pedra preciosa do mundo se encontrava e coloca o negócio água abaixo, literalmente, pois a pedra foi encontrada por um mergulhador dentro de um cofre.
Para melhorar o drama, a pedra foi capturada pela polícia de Los Angeles nas mãos de Todd Armstrong e Kit Morrison. Eles alegam que receberam a maior esmeralda do planeta como garantia de uma transação com diamantes que não aconteceu. E com quem era o negócio? Com o investidor Larry Biegler, o mesmo que alertou as autoridades americanas sobre o sumiço da Esmeralda Bahia. Calma que piora: Biegler afirma que conseguiu a pedra ao se associar a Conetto, que comprou e trouxe a pedra do Brasil. E a cereja do bolo é que Thomas, o suposto primeiro comprador da Esmeralda Bahia a maior pedra preciosa do mundo, alega que quem colocou fogo em sua residência, queimando os papéis de posse da gema foi ninguém menos que Conetto, agora seu ex-amigo e concorrente no destino final da esmeralda.
A justiça americana solicitou uma avaliação da maior esmeralda do mundo e ela foi estimada em torno de 400 milhões de dólares. A avaliação foi realizada por um especialista brasileiro em São Paulo, que inicialmente havia dito que valia algo em torno de U$D 150 milhões. Mas que dadas as condições de raridade, fez uma reavaliação. O mais engraçado é que o valor comercial da Esmeralda Bahia a maior pedra preciosa do mundo não chegaria nem perto disso: ela é composta por várias esmeraldas menores de pouco valor, que não poderiam ser lapidadas e transformadas em joias.
Enquanto o imbróglio (palavra bonita para rolo) não se resolve nos EUA, a Advocacia Geral da União (do Brasil)solicitou a repatriação da gema. Os EUA alegam que não podem devolvê-la neste momento pois o processo está sob análise da justiça deles. Enquanto isso, o Departamento Nacional de Produção Mineral do Brasil alega que “a peça é um espécime de mineral raro pelo seu tamanho – cerca de 380 kg, de valor inestimável, e deveria ser destinada a museus, estabelecimentos de ensino e outros fins científicos, como prevê o artigo 10, inciso III, do Código de Mineração.” Mas se tratando de Brasil, sabe-se lá o que aconteceria com ela novamente por aqui. Vide a taça Jules Rimet
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