Petrobras vai ter que cortar na carne para sobreviver
A nossa maior empresa, o orgulho do povo brasileiro, a Petrobras, vai de mal a pior.
Depois de ser loteada por Lula para Collor e seu grupo, segundo o Procurador da Justiça Rodrigo Janot, de ser espoliada e roubada por verdadeiras quadrilhas de malfeitores, empreiteiras, políticos e partidos políticos a Petrobras chegou ao fundo do poço.
A empresa, que foi uma das dez maiores petroleiras do mundo, hoje é uma sombra do que já foi.
Entre 2011 e hoje o valor de mercado da Petrobras caiu mais de 90%.
Suas ações despencaram a níveis de 2004 e hoje a empresa vale menos do que os empréstimos que ela levantou nos últimos anos.
A sua dívida é simplesmente estratosférica e, aos R$506,5 bilhões é a maior entre todas as petroleiras do mundo e, pasmem, é quase 7 vezes maior do que o seu valor de mercado que, infelizmente está em apenas R$77 bilhões.
Para piorar o angu, o preço do barril de petróleo cai abaixo de US$30, o que torna a grande maioria dos poços do pré-sal, cujo custo médio de produção (all in sustaing costs) está em torno de US$45/barril ou mais, antieconômicos.
Um desastre econômico de proporções bíblicas se abateu sobre a Petrobras. E este desastre tem nome: corrupção, ingerência do governo e má gestão.
Agora, para sacramentar a desgraça a Petrobras começa a vender os seus ativos.
No momento ela se prepara para vender parte da Braskem calculada em R$6 bilhões e amanhã parte da BR Distribuidora e, possivelmente, parte do pré-sal.
Parece que para a Petrobras a ladeira não tem mais fim.
As soluções para esse megadesastre passam por:
-menor ingerência governamental
-demissão de todos executivos do topo, que ou estão envolvidos em escândalos e/ou nada sabem sobre o business do petróleo, não passando de “paus mandados” de um governo que tenta esconder a sua responsabilidade na desintegração da petroleira.
-redução drástica nos custos de produção.
-vendas de ativos.
-revisão de contratos com todas as empreiteiras que a sugaram até o último real.
-revisão da estratégia de extração de hidrocarbonetos nos folhelhos (xistos) que hoje já produzem com custos bem abaixo dos do pré-sal.
-atrair grandes empresas para joint ventures nas obras inacabadas ao redor do país.
A Petrobras precisa de uma cirurgia radical urgente.
Se as soluções continuarem paliativas com forte influência governamental estaremos vendo a implosão da nossa petroleira.
Por mais petróleo que o pré-sal possa ter não haverá tempo para extraí-lo economicamente e pagar as gigantescas dívidas do mau gerenciamento: será o fim da Petrobras.
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