Ametista
original e sedutora
Considerada a representante mais marcante dos quartzos, a ametista sempre foi cobiçada.
A rainha Catarina, a Grande, tinha verdadeira adoração por esta gema.
Foi considerada, por muito tempo, uma pedra tão preciosa como a safira, o diamante e a esmeralda.
Hoje, pela descoberta de jazidas abundantes já não tem tanto valor.
Seu valor diminuiu - mas sua beleza sedutora continua intacta.
A variedade violeta ou púrpura do quartzo, a ametista, além de ser
muito usada como pedra preciosa até o século XVIII, também tem, em torno
dela, uma aura de misticismo. Muitos “poderes” são atribuídos à ela, em
diversos tipos de culturas. Algumas pessoas dizem que o nome ametista
vem de uma antiga crença que esta pedra protegia seu dono da embriaguez.
O nome vem do termo grego “amethuskein”, onde o “a” significa não e o
“methuskein” significa intoxicar. Contudo, há algumas controvérsias da
origem do nome.
Sua cor vem da presença de impurezas de ferro e traços de alumínio,
algumas variedades apresentam as cores por exposição à radiação. As
cores variam do púrpura ou roxo claro ao escuro, sendo que as escuras
com maior transparência são melhor conceituadas e, consequentemente,
mais caras. Algumas podem mudar totalmente de cor se submetidas à
tratamento térmico, conforme você vai ver mais adiante.
A ametista não tem uma homogeneidade de distribuição da cor. Ela aparece
em fragmentos, em cantos desiguais e/ou externos. Essa característica
determina, muitas vezes, o tipo de lapidação para melhor aproveitamento
da gema e sua valorização. As ametistas com distribuição perfeita das
cores são muito raras e, quando encontradas, têm alto preço.
A ametista é composta por uma sobreposição irregular de lâminas
alternadas de quartzo, dos lados esquerdo e direito. Em consequência
desta formação, a ametista pode se quebrar com uma fratura ondulada ou
mostrar “impressões digitais” Alguns mineralogistas aplicam o nome de
ametista a todos os quartzos que exibem esta estrutura,
independentemente da sua cor.
Os cristais sempre crescem sobre uma base. Quando têm formato de
pirâmides, a cor mais intensa predomina nas pontas destes cristais.
Existem algumas variedades de ametista que podem apresentar faixas
brancas de quartzo leitoso. As ametistas são encontradas principalmente
nas crostas cristalizadas de enormes rochas vulcânicas, como o basalto.
A comercialização da ametista é abundante e com preços bem
acessíveis, porém, as variedades mais bonitas e valiosas se encontram em
poucos locais. Estas, tem cores mais profundas, púrpuras ou violetas.
As jazidas mais importantes estão no Brasil, porém, apenas em torno de
3% das ametistas brasileiras são adequadas para serem lapidadas e
utilizadas em joias. As outras são utilizadas para dar origem ao citrino
e, ainda, usadas em decoração ou coleções. Outras importantes jazidas
estão no Uruguai, Índia, Rússia, Sri Lanka, Madagascar e Estados Unidos.
Também são produtores de ametista a Argentina, Bolívia, México,
Namíbia, Zâmbia, África do Sul e Canadá.
Por apresentar tonalidades e nuances diferentes, elas costumam receber o
nome do país de origem, ex. ametista brasileira, boliviana, etc.
Avaliação
Já falamos, em outras edições da revista, sobre os 4C’s de avaliação
de diamantes. Apesar de ser um padrão de classificação instituído pelo
GIA (Gemological Institute of America) para diamantes, ele é o mais
aceito no mundo e muito utilizado para outras gemas e, ainda, por
diversos laboratórios, gemólogos e peritos avaliadores. Color, Carat,
Clarity e Cut em português, cor, peso, grau de pureza e corte são os
4C´s que são usados para avaliar as ametistas também. Cor - As ametistas
mais valiosas tem um roxo forte puxando para o avermelhado e sem
zoneamento de cor, ou seja, a cor é distribuída uniformemente por toda a
pedra. Ametistas muito escuras não são tão valiosas pois há uma grande
redução de brilho. A presença de tons castanhos ou bronze nas ametistas
também reduzem o seu valor. Para identificar, a olho nu, alguns
zoneamentos de cor, os compradores costumam colocar a ametista em uma
mesa com superfície branca.
Grau de pureza - as inclusões são um dos fatores que determinam o
grau de pureza da ametista. Quanto menor a quantidade de inclusões maior
o valor e melhor a classificação. A maior parte das ametistas facetadas
à venda no mercado não tem inclusões perceptíveis a olho nu, porém,
elas estão presentes na grande maioria delas. Fraturas também são
normalmente encontradas.
Peso/Tamanho - O peso dessa gema é avaliado em quilates. Assim como a
maioria das gemas, as ametistas são encontradas em diversos tamanhos e
calibradas em milímetros. Pedras grandes centrais são extremamente
usadas e vendidas na joalheria, desde que o preço final não seja alto.
Corte/Lapidação - Como já dissemos, a maioria das ametistas são
facetadas, para um melhor aproveitamento da distribuição de cor e,
também, de localizar o menor número de inclusões possível. Se essas
inclusões forem muito visíveis são lapidadas em cabochões pequenos ou
grânulos.
Ovais, pêra, cortes de esmeralda, triangulares, marquise e almofada, são
cortes bastante utilizados. Alguns arranjos e combinações de corte
aparecem nessa gema como os cortes de etapa e cortes mistos facetados.
Há, ainda, diversificações de cortes chamados cortes fantasia que exibem
determinadas facetas côncavas - normalmente são produzidos em massa
para determinadas coleções. Até esculturas de animais são feitas com
ametistas. Na prática, a cor e o grau de pureza sobressaem na avaliação
das ametistas. Pela alta oferta, a demanda diminui, tornando-a uma gema
relativamente barata e fácil de comprar. Porém, as ametistas não caem de
moda e estão sempre presentes, tanto em joias caras como em peças mais
baratas.
Variedades de tons
As ametistas tem uma grande variedade de tons de acordo com o local
de origem. As do Uruguai e do Arizona tem uma cor púrpura-azul profundo.
As ametistas da Rússia são conhecidas como “siberian” e tem cores muito
profundas com tons avermelhados e azulados. Originam-se de depósitos
que já foram esgotados e, portanto, tem um preço mais elevado. A África
produz ametistas com cores mais profundas que o Brasil e outros países
sul-americanos. O termo ametista africana pode ser usado para designar
ametistas com diversos tons ou mais escuras, porém nem sempre significa
que esta é a sua origem.
O Brasil, é considerado o maior produtor de ametistas, embora a maioria
das ametistas brasileiras são tratadas e vendidas como citrino
aquecido. Aqui as pedras estão disponíveis em todos os tamanhos e
formas. As cores não são tão boas quanto as da África, mas atendem à
demanda de mercado.
Tratamentos e sintéticos
O tratamento térmico pode ser utilizado para clarear a cor da
ametista quando for muito escura, escurecer quando claras ou retirar
inclusões acastanhadas. A radiação ultravioleta também é usada para
melhorar ou alterar a cor das ametistas. Os tratamentos de fraturas
raramente são feitos, em virtude da disponibilidade alta dos exemplares
que não as apresentam a olho nu. O tratamento térmico causa uma expansão
das inclusões, o que pode gerar fraturas na gema, ele aumenta também o
efeito do zoneamento de cor.
Normalmente, as inclusões e expansões de zoneamento são usadas para
diferenciar uma ametista tratada de uma não tratada ou sintética.
Quando a ametista é aquecida à altas temperaturas, em torno de 470ºC a
750ºC, as impurezas de ferro são reduzidas tendo, como resultado, o
citrino aquecido. Embora este tratamento seja altamente utilizado, a cor
obtida do citrino nem sempre é permanente. Falaremos mais sobre isso na
matéria sobre citrino em uma próxima edição.
Ametistas sintéticas podem ser produzidas a partir de métodos
hidrotermais, neste caso pequenos fragmentos de quartzo e uma solução de
carbonato de cálcio, por exemplo, são colocados em um recipiente selado
com alta pressão. Isso faz com que os cristais se fundam e
recristalizem após o aquecimento.
Alguns especialistas em gemas dizem que as ametistas sintéticas estão
amplamente misturadas, no mercado, com as naturais, porém como os testes
de identificação - no caso delas - não são muito utilizados, não se
pode afirmar. Outros dizem que a oferta é tão alta que a produção das
sintéticas se limita ao uso em rádios, relógios e outros aparelhos
elétricos.
Propriedades terapêuticas
Antigamente a ametista era muito usada para proteger os indivíduos da
embriaguez e intoxicação, daí o nome. Hoje, as pessoas usam ametistas
para manter a fé, trazer a paz e acalmar o espírito. Dizem que fortalece
a sabedoria e a religiosidade. Ela impede que a pessoa tenha
pensamentos e ações malignas, dá sensibilidade nos negócios e boa saúde.
Mulheres orientais a utilizam na testa e acreditam que ela dá energia
positiva para o chakra Ajna, conhecido também por “terceiro olho”.
Cuidados
A ametista é uma pedra muito durável, porém deve-se tomar o cuidado
de retirar a joia em atividades que a pedra possa sofrer riscos. É
importante não expô-la à luz solar intensa por muito tempo, radiação ou
luz negra. Pode ser facilmente limpa com água morna e sabão neutro, com
pano macio ou escova de dentes. Ao armazenar deve-se ter cuidado para
não colocá-la junto com outras pedras mais duras, pois riscos são
inevitáveis. Não utilizar produtos químicos e abrasivos. O ideal é
enrolá-la em um pano macio ou uma caixa forrada com tecido.
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