sábado, 12 de março de 2016

Esmeralda - MG

Esmeralda É um aspecto curioso da história do Brasil, que o mineral, no século XVII responsável pela exploração do interior do país, tenha sido encontrado como um dos últimos minerais preciosos, somente em 1913 na Bahia. A descoberta de esmeraldas na Fazenda Belmont, próximo a Itabira, no nordeste do QF, no ano de 1978, abriu o ciclo da esmeralda“ também para o estado de Minas Gerais. Conta-se até hoje a história de um operário da linha férrea Minas-Espírito Santo, que cansado de buscar a água para beber longe de seu posto, decidiu furar seu próprio poço e desse modo se encontraram as primeiras esmeraldas das Minas Gerais. Existem outras versões em relação à descoberta das primeiras esmeraldas no estado, mas todas concordam que a pessoa que encontrou as primeiras pedras era um “leigo” em assuntos mineralógicos. Porém, as últimas grandes descobertas deste mineral, como p.e. aquelas da mina Rocha na região de Itabira, devem a sua descoberta pela primeira vez às investigações geocientíficas sistemáticas. Sabe-se que a gênese da esmeralda requer um “acidente geológico” por assim dizer, i.e. o encontro dos elementos cromo (Cr) e berílio (Be). Geralmente os dois não ocorrem conjuntos na natureza, sendo cromo um elemento ligado a rochas ultramáficas do manto e o berílio um elemento litófilo presente em rochas ácidas crustais. No nordeste do QF unidades de rochas meta-vulcânicas fazem contato com xistos ultramáficos, permitindo assim a formação da esmeralda. Uma característica das esmeraldas da área de Itabira é a dominância de inclusões fluidas sobre os componentes minerais. Nas ocorrências da mina Rocha foi observada pela primeira vez uma característica eventualmente diagnóstica, um zoneamento de cor em formato de dentes de tubarão.

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