quinta-feira, 26 de maio de 2016

Veja como são formadas as pedras preciosas

Uma pedra preciosa pode levar milhares de anos até ser formada no centro da Terra. E outro longo período até ser descoberta pelo homem e exibida seja em uma joia ou de outra maneira. Esse processo natural ainda não conseguiu ser replicado com perfeição por mãos humanas ou por qualquer ferramenta desenvolvida com essa finalidade. Nenhuma produção artificial de pedras conseguiu gerar objetos de valor tão alto como aquelas que Terra fabricou em suas entranhas.
pedras preciosas
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Foto: iStock.
Formação de pedras é feita de três maneiras
A criação desses preciosos objetos ocorre por três diferentes caminhos. A formação magmática acontece através das lavas vulcânicas que se solidificam no interior da Terra. Elas se moldam, depois de pressões gigantescas, em cristais de alto valor. Entre eles estão os diamantes e as esmeraldas. Isso pode acontecer também na superfície por meio dos vulcões ou fissuras com o resfriamento da lava.
O segundo movimento formador de pedras acontece pela ação da água e do vento sobre as rochas. São pedras que vão sendo criadas a partir da sedimentação de outras rochas. Elas se cristalizam a partir da evaporação. Nesse grupo de formação sedimentar estão o calcário, o argilito e arenito.
  
A última maneira é a formação metamórfica. São as pedras criadas pela transformação química e física de outras rochas. Essa mudança acontece devido a variações climáticas, de pressão e por outros fatores externos como, por exemplo, deslizamentos. Enfim, são alterações que podem provocar a cristalização dessas pedras. Nesse grupo estão o granito, o quartzo e o mármore.
Diamante é mineral mais resistente conhecido

Extremamente popular nas joias, o diamante é o minerai mais resistente conhecido. Por isso, não é usado apenas na produção de ornamentos, mas também nas ferramentas industriais de corte e perfuração. Par a ser formada, essa pedra precisa de uma temperatura de aproximadamente 1500 graus centígrados e grande pressão. Ela é extraída de uma rocha chamada kimberlito, que chegou à superfície da Terra através das erupções de vulcões.
Nem tão resistente quanto o diamante, mas bastante preciosa é a opala, que precisa de algo em torno de cinco milhões de anos para a formação de um centímetro. Ela é criada a partir da passagem das águas da chuva por solo arenoso que dissolvem a sílica do arenito. Esse material é levado através das fendas para áreas mais profundas e, com a evaporação das águas durante o período de seca, a sílica se reúne a outros materiais como magnésio, zircônio, prata e cobre formando opalas em cores variadas.
Milhares de anos também são necessários para a formação da esmeralda, que tem origem nas rochas metamórficas, mas com influência também da lava. Com o resfriamento da massa quente nas fendas subterrâneas produz-se a mistura perfeita de substâncias como berilo (silicato de alumínio e berilo), crômio e vanádio, que produzem uma das mais belas e valiosas pedras do mercado das joias.
Antigas civilizações já valorizavam as pedras
A valorização dessas pedras começou já nas antigas civilizações. Em todos os períodos da história que se conhece há relatos do uso de joalheria e adornos por homens e mulheres. Enfeites moldados com ossos, conchas e madeira foram encontrados em escavações datadas da pré-história.
Ao longo do tempo, naturalmente, a sofisticação dos adornos foi aumentando e quanto mais raro o objeto apresentado mais valor ele passava a possuir aos olhos da sociedade. No Egito Antigo, as joias eram usadas como forma de representar suas crenças e deuses. Tinham minérios como base. Os celtas, que habitam a região onde hoje se localizam alemães, suíços e austríacos, produziam joias em ouro e bronze. Os romanos preferiam o metal e pedras lapidadas.
Brasil é fonte de pedras preciosas
É possível encontrar pedras preciosas em boa parte do planeta, mas há maior concentração delas em alguns locais da Terra. O Brasil é um desses pontos privilegiados, assim como a Austrália, África do Sul, Estados Unidos e o sudeste da Ásia.
O país sempre foi um local fértil para garimpo. As opalas, por exemplo, podem ser encontradas na Serra dos Matões, no Piauí. Em Carnaíba, na Bahia, existe a exploração comercial das esmeraldas. Ametistas, topázio, ágata e turmalina são outras pedras que brotam do subsolo brasileiro.

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