terça-feira, 19 de julho de 2016

Em tempo de crise, investimento em ouro cresce no Brasil

Em tempo de crise, investimento em ouro cresce no Brasil

Enquanto isso em Mato Grosso, situação de garimpo em Pontes e Lacerda espera por estudo da União

Em tempo de crise, investimento em ouro cresce no Brasil
 
Os temores de desaceleração econômica global têm feito investidores do mundo todo procurar ativos considerados mais seguros. É o que acontece com o ouro, que já se valorizou em 18% neste ano no mercado internacional.  No Brasil, com as turbulências nos cenários macroeconômico e político, a busca pelo metal também cresce.
No ano passado, o investimento em ouro à vista no país acumulou valorização de 33,6% e ficou em segundo lugar no ranking de investimentos da Folha em 2015, atrás apenas de fundos cambiais. 
Como acompanha o dólar, o metal apresentou forte valorização no mercado doméstico também no primeiro bimestre deste ano, quando subiu 17% em relação ao final de dezembro, ante uma inflação de 2,2% até fevereiro.  Entretanto, neste mês, com a desvalorização da moeda americana, o metal tinha perda de 9,3% até sexta (18). Ainda assim, em 2016, o ouro acumula alta de 5,9%. 
PEQUENO INVESTIDOR
O Banco do Brasil registrou aumento de 66% no volume de negócios com o metal em 2015. Foram R$ 93 milhões, ante R$ 56 milhões em 2014.  Sandro Marcondes, diretor de Mercado de Capitais e Infraestrutura do Banco do Brasil, afirma que 74% das operações correspondem à modalidade denominada ouro escritural, de múltiplos de 25 gramas.
O banco vai lançar um serviço de compra e venda de ouro escritural pela internet ainda no primeiro semestre.  Na BM&FBovespa, o volume negociado de ouro à vista cresceu nos últimos meses. Em fevereiro, o giro referente ao lote-padrão de 250 gramas foi de R$ 30,154 milhões, ante R$ 18,420 milhões em janeiro e R$ 15,051 milhões em dezembro de 2015. 
OURO EM MATO GROSSO
O metal precioso movimentou o estado nos último meses, por conta da descoberta de jazidas no município de Pontes e Lacerda, região da Serra da Borba e do Caldeirão. Contudo os milhares de garimpeiros, que vieram de praticamente todo o Brasil, em busca de riquezas, tiveram seus sonhos frustrados pela Polícia Federa e pelas forças de segurança do estado.
Por ordem do juiz federal Mauro César Garcia Patini, da 1ª Vara de Cáceres, comarca que reponde pela área da Serra do Caldeirão, determinou a interdição, acatando o pedido do Ministério Público Federal (MPF). O magistrado solicitou também as forças da segurança nacional tomem de volta todo ouro extraído sem autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O subsolo do país é patrimônio de todos os brasileiros e o controle da exploração e pesquisa uma responsabilidade do Governo Federal, através do DNPM. Na área em questão, o DNPM informa que existe apenas um pedido formal de pesquisa, feito pela multinacional Santa Helena Mineração, que já explora minas na região.
Com Folha Uol

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