sábado, 20 de agosto de 2016

Rocha congelada na Antártica pode ter depósito de diamante

ANTÁRTICA - Cientistas afirmam ter descoberto evidências de que existem diamantes nas montanhas geladas da Antártica. Os pesquisadores identificaram um tipo de rocha que fica permanentemente congelada e é conhecida por conter as pedras preciosas. A novidade foi publicada na revista “Nature Communications”, informa a BBS News.
O grupo (liderado por cientistas australianos) revelou ter encontrado pela primeira vez na região rochas conhecidas como “Kimberlitos”, que costumam abrigar os minerais. No entanto, ainda não é hora de se animar com a descoberta.
- Mesmo dentro dos “Kimberlitos”, apenas 10% dos diamantes encontrados são economicamente viáveis. Assim, ainda há um grande passo para o início de qualquer atividade de mineração - disse o geólogo da “British Antarctic Survey” Teal Riley.

Após encontrar o material, pesquisadores colheram três amostras para estudo, nas encostas do Monte Meredith, ao norte das montanhas Príncipe Charles.Diamantes são formados a partir de carbono puro encontrado em locais profundos - geralmente a mais de 150 quilômetros da crosta terrestre - sob temperaturas e pressão extremas. No caso dos “Kimberlitos”, erupções vulcânicas devem ter trazido os cristais para próximo da superfície. A presença dessa rocha é considerada um indício para a existência de diamantes em várias partes do mundo, incluindo África, Sibéria e Austrália.

Proibição
Outro fator torna ainda mais distante a possível utilização das pedras existentes na região: o uso dos recursos minerais da Antártida para fins comerciais está proibido. Mesmo que seja constatada uma grande quantidade de diamantes na região, isso não significa que haverá mineração no local.
Um tratado internacional proíbe qualquer extração de fontes minerais, exceto em caso de pesquisas científicas. O documento, no entanto, será revisto em 2041 e pode alterar esse cenário.
- Não sabemos quais serão os termos do tratado após essa data, ou se haverá alguma tecnologia que possa tornar economicamente viável a extração na Antártida", disse à BBC News o cientista Kevin Hughes, do Comitê Científico para Pesquisas na Antártida.

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