domingo, 11 de setembro de 2016

Mineração em águas profundas: uma nova corrida do ouro?

Mineração em águas profundas: uma nova corrida do ouro?

Mineração em águas profundas: uma nova corrida do ouro? 


empresa canadense Nautilus Minerals é a líder em exploração mineral em grandes  profundidades. A Nautilus deverá colocar a sua primeira mina, a Solwara 1, em  produção ainda em 2016. Solwara 1 será uma mina de ourocom subprodutos de  cobre, zinco e prata, localizada no Oceano Pacífico próximo a Nova Guiné. O que  torna Solwara 1 diferente das demais minas é que o ouro estará sendo lavrado em  profundidades de 1.600m. Os teores de cobre e ouro, segundo a Nautilus Minerals, (veja abaixo)  são muito elevados e isso está atraindo a atenção de vários países como a China,  Rússia, Japão, França e Índia e mineradoras que estão apenas aguardando os resultados da Nautilus para iniciar as pesquisas e lavras.

A mina de Solwara 1 é decorrente da lixiviação do ouro e metais básicos por  células de convecção das rochas adjacentes aos vents hidrotermais de um vulcão  submarino. A medida que as águas, transportadas pelas correntes vão ficando  saturadas em metais essa pluma metalífera é  precipitada, em ambientes mais  calmos, vindo a se depositar no fundo marinho a 1.600 metros de profundidade  como uma lama metalífera que forma um clássico sulfeto maciço pouco consolidado.
Solwara - operação submarina
A lavra consiste em sucção da lama  metalífera depositada no fundo do mar
Os recursos estimados em Solwara 1 são:

  • 1Mt @ 7,2%Cu e 5,0g/t Au indicados e 1,54Mt @ 8,1%Cu e 6,4g/t Au  inferidos
As espessuras variam  de zero a 18m de sulfeto maciço de alto teor.
A Nautilus está tomando uma série de providências para causar o menor impacto  possível na vida próxima ao hot spot. Na área não existem corais e os animais já  estão acostumados com as elevadas concentrações metalíferas.
Além dos problemas técnicos a lavra submarina implica em uma nova legislação  mineral internacional que ainda está sendo definida.
No momento a Nautilus espera que o Governo de Papua Nova Guiné se pronuncie  sobre o pagamento de seus 30%. O pagamento inicial deveria ter sido feito na  semana passada.

Fotos : Nautilus Minerals

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