CPRM lança informe técnico sobre tipologia aurífera no Grupo Jacobina
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou, na última segunda-feira (10), o Informe Técnico número 9, intitulado “Mineralização aurífera em veios de pirita maciça na Serra da Paciência – Bahia – tipologia distinta dos conglomerados mineralizados em Au-U do Grupo Jacobina”. A região de Jacobina, no estado da Bahia, é mundialmente conhecida pelas mineralizações auríferas em conglomerados, mas durante a execução do mapeamento de recursos minerais do Projeto Integração Geológica e Avaliação do Potencial Metalogenético da Serra de Jacobina e Greenstone Belt de Mundo Novo (ARIM Jacobina), a equipe constatou ocorrência aurífera associada a veio de pirita maciça, uma tipologia distinta daquela observada em conglomerados.
O veio de pirita maciça está hospedado em cloritito interpretado como dique de rocha ultramáfica intrudido em quartzitos da Formação Cruz das Almas, na Serra da Paciência, a noroeste da cidade de Pindobaçu. Estas litologias estão encaixadas em uma falha reversa de direção aproximada N-S e mergulho para leste. O afloramento está localizado nas coordenadas UTM N 8.817.880, E 349.298, com elevação de 781 metros (Zona 24L, datum SIRGAS 2000).
“Quando se fala da Serra de Jacobina as pessoas intuitivamente se lembram dos conglomerados auríferos. Nosso objetivo é divulgar esta tipologia para fornecer uma alternativa prospectiva diferente para empresas que tenham interesse nesta região”, ressaltou Daniel Miranda, um dos autores do Informe. Além do veio de pirita maciça, a equipe mapeou e amostrou em detalhe a Mina Velha, situada 100 metros a norte, no mesmo trend estrutural, para entendimento do controle das mineralizações auríferas deste conhecido garimpo.
“A divulgação desta tipologia de mineralização aurífera é um exemplo de como áreas historicamente conhecidas como a Serra de Jacobina ainda possuem potencial metalogenético em aberto. Nossos próximos passos seguirão no sentido sul do Lineamento Jacobina-Contendas-Mirante, com a intenção de continuar fornecendo dados que fomentem a indústria mineral e ao mesmo tempo contribuam cientificamente para o conhecimento geológico do país”, avaliou Cimara Monteiro, gerente de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência de Salvador.
Fonte: CPRM
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