Empresários holandeses vêm apresentar cases e debater soluções para os desafios brasileiros
Como um país com um quarto do território situado abaixo do nível do mar e sob constante risco de inundações se reinventou para garantir sua existência? Inovadores por natureza, os holandeses desenvolveram um modelo de vida que aproveita a presença da água amplamente, com eficiência e segurança, de modo sustentável e economicamente viável.
As soluções e tecnologias da Holanda na gestão e uso desse bem precioso são aplicadas em diversos países graças ao know-how desenvolvido durante anos por meio da intensiva cooperação entre poder público, iniciativa privada e universidades. O país dispõe de 16,5 mil quilômetros de diques e 898 centros de monitoramento de água. O investimento em tecnologia estimulou a economia local, que conta com 1.500 empresas especializadas no uso da água. A Universidade Técnica de Delft tornou-se referência mundial, considerada a número 1 do mundo na área de pesquisa sobre recursos hídricos e suas diversas aplicações, como mineração.
A atividade de mineração, que hoje se encontra em expansão no Brasil, só é possível com ampla utilização de água no processo que vai da extração, beneficiamento e até por vezes no transporte dos minérios. Entre os desafios que permeiam a atividade minerária está a prevenção de desastres como o de novembro de 2015 em Mariana (MG), com o rompimento de uma barragem de rejeitos, ou o que ocorreu em maio de 2016 na China, em uma operação de mineração de lítio. Ambos os casos envolvem poluição de rios e consequente devastação ambiental.
Durante a 17ª edição da Exposibram — Exposição Internacional de Mineração e o Congresso Brasileiro de Mineração em Belo Horizonte, empresas holandesas virão apresentar seus cases e experiências para desenvolver soluções conjuntas para a realidade brasileira. São mais de duzentos projetos espalhados pelo mundo. Quatro temas principais integram o programa da missão: gerenciamento de barragens, monitoramento e eficiência de recursos hídricos, água potável e tratamento de rejeitos líquidos.
Em cada uma dessas frentes, empresas de origem holandesa trarão soluções tecnológicas voltadas a atender demandas prementes no setor de tratamento e uso de recursos hídricos no Brasil. Da melhoria dos índices de saneamento básico, passando por soluções para a despoluição de rios e reservatórios de água, a Holanda pretende dividir com o Brasil a tecnologia desenvolvida ao longo de décadas.
Fonte: Setor Energético
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