O Credit Suisse elevou a recomendação para os papéis da Vale (VALE) negociados em Nova York, representativos das ações (BOV:VALE3) na B3, de neutra para compra (outperform). O preço-alvo foi ajustado em 57% e saltou de US$ 9,50 para US$ 15.
O banco vê uma combinação de dois principais fatores para sustentar a revisão em sua projeção para a mineradora brasileira:
1 – Mudanças estruturais positivas sobre as commodities na China como resultado das reformas na oferta e no controle ambiental promovidas pelo presidente da China, Xi Jinping
2 – O segundo ponto é o foco do CEO da Vale, Fabio Schvartsman, em buscar a alocação de capital de maneira mais precisa, com redução de custos e otimização do volume de vendas. Tudo isso resulta em um caso de investimentos promissor para a Vale, explica o relatório.
Para os analistas Ivano Westin, Renan Criscio e Rafael Cunha, com esta junção positiva entre as medidas de Xi e Schvartsman, as ações da Vale irão buscar novas máximas.

Margem de segurança

“As ações vinculadas às commodities oferecem riscos maiores e puramente domésticos, em nossa visão, então uma margem de segurança é necessária para estar comprado em ações de minério de ferro. Apesar do bom desempenho, a ação da Vale não precifica totalmente o os preços da commodity à vista, o que oferece um colchão caso se o ciclo de alta se reverta”, explicam Westin, Criscio e Cunha.
Eles calculam que mesmo considerando preços das commodities 15% abaixo em 2018 para o minério de ferro, níquel e cobre, a ação ainda negociaria a um múltiplo considerado razoável de 6,2 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda para os próximos doze meses. Na visão do Credit Suisse, os papéis precificam um valor de US$ 44,5 a tonelada do minério, enquanto a curva futura estima o valor a US$ 57,8 a tonelada no final de 2020 e o cenário-base do banco é de US$ 55 a tonelada.
Money Times
Jornal ADVFN