O ano começa com algumas balsas e dragas, novamente, no leito do rio Madeira, à cata de ouro. Os riscos são imensos, inclusive pelo combate das forças policiais e ambientais, mas a verdade é que o ouro é tão abundante no Madeirão, que os garimpeiros preferem enfrentar todos os perigos e a força da lei, do que abrir mão de se manterem onde estão. O ouro é abundante no Madeira, um dos rios mais auríferos do mundo e com uma pureza rara. Num mês inteiro, usando tecnologia avançada, mas também métodos antiquados (até o terrível mercúrio, um crime contra o ambiente e a vida), uma equipe em uma draga pode tirar até 40 quilos de ouro. Traduzindo para o vil metal, ou seja, em dinheiro, isso daria nada menos do que R$ 5 milhões e 280 mil reais. Como não há controle, pela proibição, não se presta contas de nada ao Estado.
O valor conseguido é líquido. Ninguém, a não ser os garimpeiros que enfrentam tudo e correm risco de vida todos os dias, amealham qualquer vantagem com o ouro retirado do Madeira ou de qualquer outro rio da região ou do Brasil. O Estado prefere abrir mão de uma fortuna incalculável, para manter o discurso de que a questão ambiental é a mais importante de todas. Enquanto isso, garimpeiros ilegais e contrabandistas que compram nossas riquezas, fazem fortunas, deixando-nos apenas o que de pior existe nesta atividade. É uma legislação burra, que atende interesses de entidades e instituições internacionais, e, ao que parece, não há, num futuro próximo, qualquer solução para essas perdas imensas.
Fonte: Geologo.com
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