Australiana Fortescue investe para entrar em novos mercados
A Fortescue Metals Group, mineradora do bilionário Andrew Forrest, aumentou o orçamento para exploração em dois continentes, em um esforço de diversificação para além do minério de ferro. O gasto anual com exploração cresceu em um terço para US$ 67 milhões nos 12 meses até junho e deve haver “elevação modesta nessas atividades” também neste ano fiscal.
A empresa já faz perfurações no Estado de New South Wales, na Austrália, e está prestes a começar os trabalhos no Equador, de acordo com a presidente Elizabeth Gaines. A receita no último ano é estimada em US$ 7 bilhões, gerada totalmente pelo minério de ferro.
Estudos em parceria com uma empresa menor em áreas potenciais de cobre e ouro perto de Orange, em New South Wales, continuarão por pelo menos mais 18 meses, disse Gaines. A Fortescue abriu um novo escritório na Argentina, além da operação em Quito, para apoiar as buscas por metais de base, metais preciosos e lítio na região, informou a executiva.
A Fortescue tem 32 concessões de mineração no Equador, que cobrem aproximadamente 1.300 quilômetros quadrados, e tenta obter direitos de exploração na Colômbia. “Nossa abordagem na Argentina é um pouco diferente, com presença no país e identificando oportunidades de parceria”, disse Gaines.
Pelo menos metade do gasto com exploração continua sendo na região de minério de ferro de Pilbara, no Oeste da Austrália, onde a Fortescue é a mineradora com a maior carteira de terrenos, acrescentou ela.
Quarta maior exportadora mundial de minério de ferro, a empresa avalia oportunidades fora de seu principal mercado e trabalha no desenvolvimento de uma nova mina de minério de ferro de US$ 1,5 bilhão. A companhia estuda o desenvolvimento do projeto Iron Bridge, voltado para pelotas e produto concentrado de maior qualidade.
As vendas e custos do minério de ferro neste ano fiscal devem se manter estáveis, de acordo com comunicado distribuído anteriormente pela empresa sediada em Perth.
Embora a Fortescue espere que a forte produção de aço na China continue alimentando a demanda por minério de ferro naquele país, a perspectiva de uma guerra comercial prolongada pode colocar o crescimento global em risco, disse Gaines. “No mínimo, isso cria volatilidade em torno de alguns fatores importantes para nós, como taxas de câmbio e preços de combustíveis. Essa incerteza pode ter efeitos indiretos.”
Fonte: Bloomberg
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