Grafeno é passado: carbino é nova forma de carbono mais resistente do que qualquer material
De uns anos pra cá a indústria de gadgets e usuários menos informados se apoiavam no grafeno como solução de todos os problemas, já que suas propriedades parecem mais ter saído de um filme de ficção científica: mais resistente que o diamante, 100 vezes mais eficiente que o silício e combinado a outros materiais, poderia ser usado em áreas tão diversas como produção de processadores, aeronáutica, produção de filtros de água mais eficientes e por aí vai.
Entretanto pode ser que o grafeno sofra concorrência de um irmão mais novo: pesquisadores da Rice University estudaram o carbono acetilênico linear (mais conhecido como LAC), também chamado de carbino, e os resultados foram impressionantes.
Antes de mais nada, o carbino em si não é algo novo, assim como o próprio grafeno, que foi descoberto na década de 30. Tanto um como o outro foram deixados de lado por serem considerados materiais instáveis. A pesquisa conduzida revelou que o carbino possui um potencial ainda maior do que o grafeno, sendo até mesmo duas vezes mais resistente que o primeiro e mais maleável. Ainda que uma liga de carbino não possa ser esticada, ela pode ser curvada e, com a adição de moléculas diferentes no fim da cadeia, ela pode ser torcida (ficando parecida com um filamento de DNA) e, dependendo do tipo de moléculas adicionadas as propriedades mudam. Por exemplo, a equipe de Mingjie Liu e seus colegas adicionaram moléculas de cálcio e obtiveram um material como uma esponja flexível e resistente capaz de reter hidrogênio, além do processo ser reversível.
Com isso os pesquisadores esperam que o carbino seja empregado nas mesmas, se não em mais aplicações do que o carbono, entretanto ambos esbarram no mesmo problema: instabilidade. A maior parte das características do grafeno são perdidas quando misturado com outros elementos, o que a princípio não parece ocorrer com o carbino, mas ele sofre com um problema de volatilidade. Em outras palavras, ele explode.
A previsão atual é de que o grafeno se torne comercial em torno de 2020, portanto o uso de carbino, já que os estudos estão numa fase inicial ainda vai demorar muito, mas os resultados se mostram promissores, desde que as dificuldade sejam superadas.
Fonte: ET.
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