As ações que estão no G4 e Z4 do Ibovespa em 2018
No Brasileirão de Futebol a liderança ainda está indefinida entre Palmeiras e Flamengo. No Ibovespa, a disputa pelo título do ano está ainda mais acirrada. O troféu é seguido muito de perto por Suzano (SUZB3), com 99% e Magazine Luiza (MGLU3), com 97%.
Já o equivalente ao Paraná Clube, rebaixado para a série B, é a Cielo (CIEL3). A empresa amarga uma desvalorização de 60,5% no ano. Está isolada seis pontos percentuais pior do que a Qualicorp (QUAL3), a segunda colocada de baixo para cima. Vale lembrar que o índice tem valorização de 14% em 2018.
Acompanhe, abaixo, a lista dos melhores e piores do ano:
Suzano (SUZB3): A maior do mundo
Apesar de ser uma candidata para um desempenho desfavorável por conta da tendência de queda do dólar em relação ao real, a concretização da fusão com a Fibria trouxe um novo ânimo. A companhia se tornou a maior fabricante de papel e celulose do mundo. A valorização se aproxima dos 100%.
Magazine Luiza (MGLU3): Para o alto e avante!
Vista como cara por muitos analistas, as ações da varejista queridinha dos investidores não tomaram conhecimento e estão na cola para se tornar as melhores do ano. A variação positiva está em aproximadamente 97%. O terceiro trimestre mostrou um crescimento de 29,3% no lucro líquido em relação ao ano anterior, com forte desempenho de vendas, sobretudo no comércio eletrônico, e diluição de despesas.
Cemig (CMIG4): Zema e o raio privatizador
A companhia de energia de Minas Gerais está na mira do “raio” privatizador do novo governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Com uma alta de 88%, as ações vivem a expectativa de uma definição sobre o modelo da venda. “Sabemos que os empresários estão interessados em assumir o planejamento e pagando o preço por isso. Se o mercado precificar bem, por que esperar?”, disse Zema nesta quinta-feira (22).
B2W (BTOW3): À espera de um milagre
Imersa no que parece ser uma eterna recuperação operacional, os papéis da varejista eletrônica B2W acumulam alta de 76% em 2018. A companhia divulgou no terceiro trimestre de 2018 um prejuízo líquido de R$ 105,8 milhões no terceiro trimestre, após resultado também negativo de R$ 88 milhões um ano antes. A boa notícia foi a geração de caixa de R$ 58 milhões no período e o crescimento das vendas do marketplace, que representou 52% das vendas totais.
Cielo (CIEL3): Sem luz no fim do túnel
A Cielo lança novos produtos, mas parece ter perdido o bonde das “maquininhas” e agora se vê imersa em uma guerra de preços com as concorrentes PagSeguro, Pop, Stone, entre outras. Em um relatório recente, o Credit Suisse disse que “não há luz no final do túnel” para a empresa. “Com a concorrência de outras três empresas bem capitalizadas, acreditamos que a compensação de volume não será material e mais cortes [de preços] virão”, explicam os analistas do banco. A queda, no ano, é de aproximadamente 60%.
Qualicorp (QUAL3): Ficou confuso demais
A Qualicorp deu um baita susto em seus acionistas em 2018. Além de ter um ex-diretor envolvido na Operação Acrônimo, uma operação realizada pelo seu fundador e acionista, José Seripieri Filho. Ele decidiu adquirir R$ 150 milhões em ações da empresa. Isso depois de uma indenização de valor igual recebida por Seripieri Filho em um controverso contrato de não alienação e não competição assinado com a empresa. A queda, em 2018, chega a 55%.
Acerca do texto acima, a Qualicorp decidiu mandar a seguinte nota para a redação:
“Sobre a nota publicada pelo site Money Times, a assessoria de imprensa da Qualicorp esclarece que o acordo firmado pela empresa com o seu fundador é resultado de uma decisão unânime do Conselho da Administração, visando um alinhamento estratégico de longo prazo e geração de valor para a Companhia”
Smiles (SMLS3): Passando a perna nos acionistas
O principal motivo para a vertiginosa queda de 48% no ano foi o anúncio da incorporação pela Gol (GOLL4). Os minoritários estão preocupados ao ver que podem ficar sem direitos na nova empresa operacional. No planejamento da aérea está a criação de ações PN especiais, que ficaria apenas em uma empresa que concentra a parte operacional da Gol e da Smiles.
Ao mesmo tempo, aconteceria a venda das ordinárias ao fundo da família Constantino, o Volluto. Com isso, o fundo passaria a ter os papéis ON da Gol junto com o mercado, que passaria a ser somente uma holding que, essa sim, seria listada no Novo Mercado. Isso faria com que a Gol seguisse sob o controle da família Constantino.
Kroton (KROT3): Navegando em mares desconhecidos
A ação que está mais perto de sair do Z4 do mercado é a Kroton, com baixa de 42%. A empresa concluiu recentemente a aquisição da empresa de ensino básico Somos Educação, numa transação de cerca de R$ 4,6 bilhões e segue sob a incerteza dos rumos do programa Fies no novo governo de Jair Bolsonaro. O elevado nível de desemprego também tem pressionado as operações da empresa.
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