Ibovespa derrete com adiamento do acordo do Brexit; veja quem sobe e desce
Por Investing.com – A bolsa paulista intensificou, na tarde desta segunda-feira (10), as perdas em um cenário que já era negativo, após a declaração da premiê britânica, Theresa May, informando que vai adiar a votação no Parlamento do acordo do Brexit fechado com a União Europeia, uma vez que o pacto seria rejeitado “por uma margem significativa”.
“Está claro que, embora haja um amplo apoio a muitos dos pontos fundamentais do acordo, em uma questão, a barreira anti-retorno na Irlanda do Norte, ainda há profunda e generalizada preocupação”, disse May. “Nós iremos portanto adiar a votação marcada para amanhã e não dividiremos a Casa neste momento”.
Às 14:35, o Ibovespa caía 1,97 por cento, a 86.381,74 pontos. O volume financeiro somava 6,045 bilhões de reais. Já o dólar avança 0,58% a R$ 3,9300.
O dia já era negativo tendo como pano de fundo a cautela no exterior por preocupações sobre o crescimento econômico, com Petrobras entre os destaques negativos em meio à queda dos preços do petróleo e bloqueios de caminhoneiros.
Na semana passada, o Ibovespa acumulou queda da 1,55 por cento.
Dados sobre o comércio exterior chinês referendaram o quadro de desaceleração da economia da China e do mundo, bem como o ambiente de fragilidade da economia chinesa diante do embate comercial com os Estados Unidos. No exterior, prevalecia a cautela, dada a preocupação de uma diminuição no ritmo de crescimento mais acentuada ou prolongada.
Conforme números conhecidos no sábado na China, as exportações denominadas em dólar em novembro cresceram 5,4 por cento em relação a um ano antes, enquanto as importações avançaram 3 por cento, ambas muito abaixo das expectativas dos analistas e com expansão na base anual menor do que apurado um mês antes.
No âmbito comercial, a China criticou fortemente a detenção da vice-presidente financeira da gigante de telecomunicações chinesa Huawei Technologies e exigiu sua libertação imediata, corroborando apreensões sobre uma delicada trégua acertada com os EUA sobre tarifas. A prisão de Meng Wanzhou ocorreu no Canadá a pedido dos norte-americanos.
Na visão da equipe da corretora Mirae, a desconfiança sobre guerra comercial EUA versus China continua sendo um dos grandes vilões do mercado acionário global, e os números da balança comercial refletem em parte os efeitos dessa disputa.
DESTAQUES
– PETROBRAS (PETR3) caía 4,81 por cento e PETROBRAS PN (PETR4) perdia 4,12 por cento, em meio ao declínio de cerca de 1 por cento nos preços do petróleo e ao vazamento de um duto após tentativa de furto na Baía de Guanabara no fim de semana, enquanto bloqueios de caminhoneiros também traziam certa apreensão e endossavam movimentos de realização de lucros nos papéis que acumulam fortes ganhos no ano. A companhia também iniciou fase não vinculante para venda de 3 campos terrestres no Espírito Santo.
– ELETROBRAS (ELET3) perdia 0,32 por cento e ELETROBRAS (ELET6) recuava 0,90 por cento, em sessão de alta no setor elétrico e após a liminar que impedia o leilão da distribuidora de energia da elétrica de controle estatal no Estado do Amazonas ser cassada pela Justiça na véspera, dando condições de realização do certame nesta segunda-feira. A previsão é de que o leilão da Amazonas Energia ocorra no final da tarde desta segunda-feira.
– BRADESCO (BBDC4) recuava 1,88 por cento e ITAÚ UNIBANCO (ITUB4) tinha variação negativa de 2,33 por cento.
– VALE (VALE3) perdia 1,79%, em meio ao viés negativo em ações de mineradoras na Europa e queda nos preços do minério de ferro na China.
– MARFRIG (MRFG3) recuava 4,79 por cento, em queda pelo segundo pregão seguido, com JBS (JBSS3) também no vermelho, com declínio de 0,66 por cento.
– GOL (GOLL4) tinha desvalorização de 5,05 por cento, engatando o terceiro pregão de perdas, embora ainda acumule em 2018 ganho de mais de 30 por cento. Mais cedo a companhia aérea divulgou o contrato de arrendamento operacional de 11 aeronaves Boeing 737 MAX 8 com a Avalon, em um processo de aceleração da renovação e modernização da frota.
– TELEFÔNICA BRASIL (VIVT4) subia 1,73 por cento, tendo no radar programa de recompra de até 37,736 milhões de ações preferenciais e 583,4 mil ações ordinárias. As ações preferenciais equivalem a cerca de 9 por cento das ações dessa espécie da Telefônica Brasil no mercado.
Fonte: MONEY TIMES
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