sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Itaituba no auge do ouro

Itaituba no auge do ouro







Rua Dr. Hugo de Mendonça, na época do ouro do "bamburro"

Itaituba já foi uma cidade movimentadíssima, com sua economia baseada fundamentalmente na produção aurifera. Tivemos um aeroporto com maior número de pousos e decolagens do Brasil, chegando inclusive a ser objeto de matéria jornalística no programa "Globo Repórter", da Rede Globo de Televisão.

A Dr. Hugo de Mendonça, principal rua da cidade e centro comercial, era cheia de escritórios de compra de ouro. Ruas sem asfalto. Verão, muita poeira. Inverno, muita lama. Nos garimpos a moeda era o ouro. Os produtos eram cotados por gramas e quilos do mineral amarelo e altamente cobiçado.

A população do município cresceu absurdamente. Na época Itaituba era o maior município do mundo em área territorial e tinha cerca de 300 mil habitantes. 

 Garimpeiros, trabalhando no "barranco"

Ninguém queria trabalhar como empregado. De vez em quando, surgia uma "fofoca", lugar onde diziam ter ouro, geralmente baixões. Mulheres e homens adentravam as matas, viajavam de barco e avião para garimpos mais distantes e as famosas "currutelas" se formavam. Algumas prosperaram tanto que deram origem a pequenas cidades, como é o caso de Crepurizão, Crepurizinho, etc. 

Tudo existia em função do ouro. Servidor público não tinha crédito no comércio e os preços eram altos, bastante inflacionados pelo ouro.

Muita gente "bamburrrou", ou seja ficou rica da noite para o dia. Outros, acabaram adoecendo de malária ou hepatite.Muitos morreram!





Fonte: A Província Do Pará

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