Uma das muitas variedades de quartzo é aquela de cor rosa, relativamente rara, mas produzida em grande quantidade noBrasil. Essa cor é devida à reflexão da luz em agulhas de rutilo muito finas, disseminadas no interior da gema, ou, algumas vezes, à presença de manganês (Mn³+).
Ao contrário de outras variedades de quartzo, que são facilmente encontradas na forma de belos cristais (ex.: ametista, citrino, quartzo enfumaçado), o quartzo rosa invariavelmente é maciço, sendo muito raros os cristais bem formados.
quartzo rosa com lapidação facetada
Ao contrário também das variedades citadas, nunca é transparente, apenas translúcido ou, no máximo semitransparente. O quartzo rosa conhecido no comércio como quartzo-sabonete, é bastante translúcido, mas não chega a ser transparente. No quartzo rosa, pode-se ver, algumas vezes, o fenômeno conhecido como asterismo. São faixas luminosas que se cruzam, com o aspecto de uma estrela (aster, em latim), formadas por inúmeros feixes de inclusões aciculares muito curtas.
quartzo rosa do tipo "sabonete", no estado bruto
Pode-se nele ver também o fenômeno conhecido como pleocroísmo, uma mudança de cor conforme a direção em que a gema é observada. O pleocroísmo do quartzo rosa, porém, não é acentuado, variando do rosa ao rosa-claro. Fluorescência, se houver, também será fraca, em cor violeta-escura. O quartzo róseo usado como gema, por não ter transparência é lapidado quase sempre em cabuchão, raramente facetado. Mas, ele é mais usado na forma de objetos decorativos, como esferas, pirâmides, pequenas esculturas, etc. quartzo rosa bruto, com lapidação facetada e esculpido A sua cor pode enfraquecer ou mesmo desaparecer por exposição prolongada à luz do Sol. O quartzo rosa é produzido principalmente no Brasil, em estados como Minas Gerais, Bahia e Paraíba. Santa Catarina já teve uma produção significativa, no município de Nova Trento. |
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terça-feira, 1 de maio de 2012
Quartzo rosa
Água-marinha
A água-marinha é uma das diversas variedades de berilo, “irmã” da esmeralda, da morganita, do heliodoro, da bixbita e da goshenita, outras variedades daquele mineral.
Ela tem particular interesse para nós, brasileiros, porque é considerada a pedra preciosa mais típica do Brasil. Sua cor, como bem diz o nome, é a cor da água do mar, variando do azul ao verde, em tons claros. Mas, quanto mais azul ela for mais valiosa será, razão pela qual deve ser lapidada com a orientação cristalográfica correta, caso contrário ficará esverdeada.
O Museu Americano de História Natural, de Nova Iorque, possui um cristal de água-marinha no estado bruto, procedente do Brasil, com cerca de 15 cm de altura, que mostra uma cor azul belíssima.
O berilo é um silicato de berílio e alumínio de variadas aplicações industriais. A variedade água-marinha forma-se quando pequena quantidade de ferro entra como impureza na estrutura cristalina do mineral. Essa gema pode ser encontrada em cristais muito grandes, com mais de 100 kg. Ficaram famosas várias águas-marinhas encontradas no Brasil, como a Marta Rocha, achada em 1955 e que tinha 33,9 kg; a Lúcia, encontrada no mesmo ano, com 61 kg, e a Cachacinha, um pouco maior, de 65 kg. Mas, em tamanho, elas ficaram muito aquém de outra, encontrada em Marambaia (MG), que pesou 111 kg,medindo 45 cm x 38 cm. No Brasil, Minas Gerais é o estado que mais produz esse gema. Ao contrário da esmeralda, que praticamente não fornece gemas límpidas, a água-marinha pode ser encontrada em cristais grandes e sem inclusões. |
AMETISTA
Uma das pedras preciosas mais conhecidas e apreciadas, a ametista é uma variedade de quartzo de cor roxa, devida à presença de ferro como impureza. Essa cor varia de um roxo bem claro até o bem escuro, e quanto mais escura a cor mais valiosa é a ametista. Exposta ao Sol por tempo prolongado, o colorido da ametista enfraquece.

Geodo de ametista com 35 cm de altura, serrado ao meio.
Aquecida a uma temperatura adequada, em torno de 475 ºC, esta gema adquire cor amarela ou alaranjada, excepcionalmente vermelha, transformando-se, assim, em citrino, outra pedra preciosa muito apreciada (ver fotos ao lado e abaixo). O citrino, porém, pode ser encontrado também na natureza e deve-se alertar que, seja natural ou produto de tratamento térmico da ametista, seu preço de mercado é o mesmo.
A ametista é em geral transparente, às vezes semitransparente, com brilho vítreo. Não tem clivagem, o que facilita sua lapidação.
Ocorre em cavidades de rochas vulcânicas e em pegmatitos. Seu maior produtor mundial é o Brasil (Rio Grande do Sul e Bahia, principalmente), seguindo-se Rússia (Sibéria), Sri Lanka, Índia, Madagascar, Uruguai, Paraguai e México.

Os geodos com cristais de ametista extraídos no norte do Rio Grande do Sul podem atingir 2 m de comprimento, e já seencontrou um medindo 10 x 5 x 3 m, com 35 t. No Museu Britânico, há um cristal com cerca de 250 kg. Na coleção particular de Dom Pedro II, Imperador do Brasil, havia um cristal de 80 x 30 cm procedente do Rio Grande do Sul.

Cristais de ametista desenvolvidos sobre cristal de calcita.
Ametistas sintéticas de ótima qualidade vêm sendo produzidas na Rússia, por processo hidrotermal e já são abundantes no mercado internacional.
Na lapidação, recomenda-se os estilos cabuchão, pêra ou brilhante.
Geodo de ametista com 35 cm de altura, serrado ao meio.
Acervo do Museu de Geologia. (Foto: P. M. Branco)
Aquecida a uma temperatura adequada, em torno de 475 ºC, esta gema adquire cor amarela ou alaranjada, excepcionalmente vermelha, transformando-se, assim, em citrino, outra pedra preciosa muito apreciada (ver fotos ao lado e abaixo). O citrino, porém, pode ser encontrado também na natureza e deve-se alertar que, seja natural ou produto de tratamento térmico da ametista, seu preço de mercado é o mesmo.
A ametista é em geral transparente, às vezes semitransparente, com brilho vítreo. Não tem clivagem, o que facilita sua lapidação.
Ocorre em cavidades de rochas vulcânicas e em pegmatitos. Seu maior produtor mundial é o Brasil (Rio Grande do Sul e Bahia, principalmente), seguindo-se Rússia (Sibéria), Sri Lanka, Índia, Madagascar, Uruguai, Paraguai e México.
Cristais de ametista desenvolvidos sobre cristal de calcita.
Coleção Pércio M. Branco (Foto P. M. Branco)
Ametistas sintéticas de ótima qualidade vêm sendo produzidas na Rússia, por processo hidrotermal e já são abundantes no mercado internacional.
Ametista Parque Museu, em Ametista do Sul (RS).
(Foto: P. M. Branco)

Jóia com ametista, circundada por ametistas marteladas, (prontas para lapidar).
Fonte: Brasil Paraíso das Pedras Preciosas, de Jules Sauer

Geodos de ametista com 2 m de altura, no Ametista Parque Museu
A igreja da cidade está sendo revestida internamente de ametista e no centro da praça principal, há uma grande pirâmide de vidro de cor roxa, cuja base, de alvenaria, é também parcialmente revestida por essa gema internamente.

Pórtico interno do Ametista Parque Museu que leva às galerias onde houve extração de ametista
(Foto: P. M. Branco)
Em Ametista do Sul, município responsável pela maior parte da ametista gaúcha, há um interessante museu, o Ametista Parque Museu, que, além de exibir belas gemas e outros minerais da região, permite aos visitantes entrar em galerias que foram abertas para extração daquela gema, e vê-la ainda na rocha, exatamente como ocorre na natureza.
Pirâmide na praça principal de Ametista do Sul.
(Foto: P.M. Branco)Jóia com ametista, circundada por ametistas marteladas, (prontas para lapidar).
Fonte: Brasil Paraíso das Pedras Preciosas, de Jules Sauer
Geodos de ametista com 2 m de altura, no Ametista Parque Museu
A igreja da cidade está sendo revestida internamente de ametista e no centro da praça principal, há uma grande pirâmide de vidro de cor roxa, cuja base, de alvenaria, é também parcialmente revestida por essa gema internamente.
O nome da ametista tem uma origem curiosa. Amethystos, em grego, significa não ébrio, porque se acreditava, na Idade Média, que a bebida alcoólica servida em cálice feito com essa gema não provocava embriaguez. Ametisto é forma mais correta, mas não é usada.
Pórtico interno do Ametista Parque Museu que leva às galerias onde houve extração de ametista
(Foto: P. M. Branco)
Safira
Uma das gemas mais conhecidas e mais valiosas, a safira é conhecida e usada há séculos.
É ela que se vê, por exemplo, no anel dos cardeais da Igreja Católica. Como o rubi, ela é uma variedade do mineral coríndon; quando vermelho, o coríndon é chamado de rubi; nos demais casos, e especialmente quando azul, é chamado de safira. Desse modo, embora a safira mais valiosa seja a azul com tons violeta, essa não é sua única cor. Pode-se ter safira verde, rosa, alaranjada (chamada padparadscha, extremamente rara) dourada e até incolor (leucossafira). A safira cinza tem valor gemológico apenas se mostrar asterismo.
As rochas em que costuma ocorrer são mármores, basaltos ricos em alumínio, pegmatitos e lamprófiros.
A maior safira astérica já encontrada tinha nada menos de 12,6 kg no estado bruto e foi achada em 1966, em Mogok, Myanmar (antiga Birmânia). Outras safiras famosas são a Estrela Negra (233 g no estado bruto) e a Stuart.

Jóia com safiras azuis e diamantes
Fonte: Gems and Jewelry,
de Joel Arem
Esta última, bem como a St. Edward, pertencem ao tesouro da coroa inglesa. Das gemas lapidadas, a maior de todas é a Estrela da Índia (563 ct), que está no Museu Americano de História Natural de Nova Iorque. A Estrela da Ásia tem 330 ct e está também nos Estados Unidos, na Smithsonian Institution (Washington). É também famosa a safira Ruspoli, de 135,8 ct, que está em um museu de Paris. A Estrela da Meia-Noite é uma safira astérica negra de 116 ct.
A safira azul é passível de confusão com cordierita, berilo, tanzanita, espodumênio, cianita, topázio e outras gemas.
É produzida principalmente no Sri Lanka. Outros produtores importantes são Myanmar, Tailândia e Vietname (em basaltos do sul do país). Também é produzida no Turquestão, Índia, Quênia, Tanzânia, EUA e Austrália. As melhores safiras vêm da vila de Soomjam, na Caxemira (Índia), mas as jazidas estão praticamente esgotadas. Ótimas gemas vêm de Myanmar (Ratnapura) e as maiores, da Austrália (Queensland).

Rubi e safiras com asterismo
Fonte: Gemstones
Edit. Sterling
É rara no Brasil, existindo no Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais.
O maior centro de lapidação é a Índia.
Embora seja hoje uma gema valiosa, já houve época em que a safira era usada apenas em mecanismos de relógio (como rubi). Hoje, as safiras impróprias para uso em jóias são empregadas em esferográficas sofisticadas, instrumentos óticos e elétricos e em janelas de fornalhas de alta temperatura.
Por tratamento térmico, a safira pode ficar tanto mais clara quanto mais escura. A amarela fica incolor e a violeta fica rósea. Usam-se temperaturas entre 1.500 ºC e 1.800 ºC, em forno elétrico, em ambiente com oxigênio ou não, e o processo demora de duas horas a três dias. Safiras praticamente incolores do Sri Lanka podem ficar bem azuis. Expostas a radiações, as safiras incolores ou róseas ficam alaranjadas. A incolor ou amarelo-clara, sob ação dos raios X, fica amarela, semelhante a alguns topázios.
O nome dessa gema vem do grego sappheiros (azul), pelo latim saphirus.

Safira da variedade padparadscha
Fonte: Gemstones
Edit. Sterling
É ela que se vê, por exemplo, no anel dos cardeais da Igreja Católica. Como o rubi, ela é uma variedade do mineral coríndon; quando vermelho, o coríndon é chamado de rubi; nos demais casos, e especialmente quando azul, é chamado de safira. Desse modo, embora a safira mais valiosa seja a azul com tons violeta, essa não é sua única cor. Pode-se ter safira verde, rosa, alaranjada (chamada padparadscha, extremamente rara) dourada e até incolor (leucossafira). A safira cinza tem valor gemológico apenas se mostrar asterismo.
As rochas em que costuma ocorrer são mármores, basaltos ricos em alumínio, pegmatitos e lamprófiros.
A maior safira astérica já encontrada tinha nada menos de 12,6 kg no estado bruto e foi achada em 1966, em Mogok, Myanmar (antiga Birmânia). Outras safiras famosas são a Estrela Negra (233 g no estado bruto) e a Stuart.
Jóia com safiras azuis e diamantes
Fonte: Gems and Jewelry,
de Joel Arem
Esta última, bem como a St. Edward, pertencem ao tesouro da coroa inglesa. Das gemas lapidadas, a maior de todas é a Estrela da Índia (563 ct), que está no Museu Americano de História Natural de Nova Iorque. A Estrela da Ásia tem 330 ct e está também nos Estados Unidos, na Smithsonian Institution (Washington). É também famosa a safira Ruspoli, de 135,8 ct, que está em um museu de Paris. A Estrela da Meia-Noite é uma safira astérica negra de 116 ct.
A safira azul é passível de confusão com cordierita, berilo, tanzanita, espodumênio, cianita, topázio e outras gemas.
É produzida principalmente no Sri Lanka. Outros produtores importantes são Myanmar, Tailândia e Vietname (em basaltos do sul do país). Também é produzida no Turquestão, Índia, Quênia, Tanzânia, EUA e Austrália. As melhores safiras vêm da vila de Soomjam, na Caxemira (Índia), mas as jazidas estão praticamente esgotadas. Ótimas gemas vêm de Myanmar (Ratnapura) e as maiores, da Austrália (Queensland).
Rubi e safiras com asterismo
Fonte: Gemstones
Edit. Sterling
É rara no Brasil, existindo no Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais.
O maior centro de lapidação é a Índia.
Embora seja hoje uma gema valiosa, já houve época em que a safira era usada apenas em mecanismos de relógio (como rubi). Hoje, as safiras impróprias para uso em jóias são empregadas em esferográficas sofisticadas, instrumentos óticos e elétricos e em janelas de fornalhas de alta temperatura.
Por tratamento térmico, a safira pode ficar tanto mais clara quanto mais escura. A amarela fica incolor e a violeta fica rósea. Usam-se temperaturas entre 1.500 ºC e 1.800 ºC, em forno elétrico, em ambiente com oxigênio ou não, e o processo demora de duas horas a três dias. Safiras praticamente incolores do Sri Lanka podem ficar bem azuis. Expostas a radiações, as safiras incolores ou róseas ficam alaranjadas. A incolor ou amarelo-clara, sob ação dos raios X, fica amarela, semelhante a alguns topázios.
O nome dessa gema vem do grego sappheiros (azul), pelo latim saphirus.
Safira da variedade padparadscha
Fonte: Gemstones
Edit. Sterling
A esmeralda
A esmeralda é uma gema sobre a qual se podem escrever páginas e páginas, ou falar horas a fio. Seja por sua história milenar, seja pelo seu grande valor como gema, ou ainda por suas características gemológicas, que incluem sofisticados processos de síntese e de tratamento, ela ocupa merecidamente lugar de destaque no estudo das pedras preciosas.
Pelas limitações desse espaço, porém, apresentamos apenas algumas de suas caracte-rísticas mais marcantes, que não podem ser ignoradas por quem aprecia as gemas ou a esmeralda em particular.
Como a água-marinha e o heliodoro, a esmeralda é uma variedade do mineral chamado berilo. Ela tem cor verde, em tom médio a escuro, devida à presença principalmente de cromo. Segundo o Gemological Institute of América (GIA), a esmeralda deve ter pelo menos 0,1% de óxido de cromo (Cr2O3), do contrário será simplesmente berilo verde. Este é o caso de certos berilos brasileiros cuja cor verde se deve ao vanádio.
No estado bruto, forma cristais prismáticos, hexagonais, translúcidos a transparentes, de brilho vítreo. Tem dureza 7,5 a 8,0 e densidade relativa 2,70.
O cromo, que lhe dá cor verde, entra na composição do berilo substituindo o alumínio. Isso enfraquece a estrutura cristalina do mineral, o que explica as abundantes fraturas, características da esmeralda, que impedem que se consigam gemas perfeitamente límpidas, a não ser muito pequenas, com uns poucos quilates.
É usualmente encontrada em rochas como micaxistos e pegmatitos e apresenta freqüentemente inclusões de mica, pirita (carvão), tremolita, cloreto de sódio, calcita ou ainda água ou gás carbônico. A presença de inclusões de pirita, mica, gás ou água é indício seguro de que a esmeralda é natural e não sintética. O estudo dessas inclusões é muito importante, pois permite, não apenas determinar se a gema é natural, mas também, muitas vezes, de que país ela provém.
O filtro de Chelsea, um dos equipamentos usados para identificação de esmeralda. Mostra que esta gema, vista através dele, fica vermelha, o que só ocorre com poucas pedras preciosas verdes (por ex. demantóide e zircão). Se a cor vermelha for muito viva, trata-se de esmeralda sintética.
A esmeralda é geralmente lapidada em um tipo facetado próprio, chamado de lapidação esmeralda, cuja mesa é retangular ou quadrada, com os cantos cortados. Pode ser lapidada também em cabuchão e pêra.
Essa gema já era comercializada 2.000 anos antes de Cristo, na Babilônia (atual Iraque), mas foi rara até à época do Renascimento, quando se descobriram as jazidas sul-americanas. Entre as esmeraldas que se tornaram famosas, estão a “Kakovin”, a “Imperador Jehangir”, a “Hooker” e a “Devonshire”.
Os principais produtores são a Colômbia, Zâmbia, Zimbábue, Tanzânia, Madagascar e Brasil. As primeiras minas de esmeralda surgiram no Egito, mas já não há produção nesse país. O Brasil tomou-se, na década de 1980, importante produtor, com a sua produção concentrada em Goiás (Santa Teresinha de Goiás) e na Bahia (Carnaíba) e Salinha (Sr.Arpad Szuecs proprietário do alvará). Em Minas Gerais (Santana dos Ferros), também há esmeralda.
A lapidação é feita no Rio de Janeiro e em São Paulo, principalmente. É um trabalho quase exclusivamente manual, usando-se mecanização apenas para as gemas mais pobres.
A esmeralda é um dos três minerais-gema mais valiosos (os outros são o rubi e o diamante), em razão de sua cor, principalmente. As gemas de melhor qualidade (excelente ou ex-tra), com 5 a 8 ct, podem valer até US$ 5.600 por quilate. Gemas de mesmo peso com qualida-de média variam de US$ 100 a US$ 580/ct.
Em decorrência do seu alto valor, a esmeralda vem sendo sintetizada e imitada há bastante tempo. Em caráter comercial, a produção começou em 1940 nos EUA (Califórnia), com Carrol F. Chatham, mas a primeira vez que foi sintetizada foi em 1935, na Alemanha, pela I.G. FarberIndustrie. Até hoje, EUA e Alemanha são os principais produtores. Ao contrário do que acontece com outros minerais, toda a produção de pedras sintéticas destina-se à joalheria.
A esmeralda pode ser confundida com turmalina verde, dioptásio, demantóide, diopsídio, hiddenita, grossulária, uvarovita e peridoto.
Ela costuma ser lavada com ácidos para remover impurezas localizadas nas fraturas que se ligam ao exterior e, a seguir, imersa em óleos ou resinas, visando a avivar sua beleza natu-ral. Nunca se deve usar ultra-som para essa limpeza.
Pelas limitações desse espaço, porém, apresentamos apenas algumas de suas caracte-rísticas mais marcantes, que não podem ser ignoradas por quem aprecia as gemas ou a esmeralda em particular.
Como a água-marinha e o heliodoro, a esmeralda é uma variedade do mineral chamado berilo. Ela tem cor verde, em tom médio a escuro, devida à presença principalmente de cromo. Segundo o Gemological Institute of América (GIA), a esmeralda deve ter pelo menos 0,1% de óxido de cromo (Cr2O3), do contrário será simplesmente berilo verde. Este é o caso de certos berilos brasileiros cuja cor verde se deve ao vanádio.
No estado bruto, forma cristais prismáticos, hexagonais, translúcidos a transparentes, de brilho vítreo. Tem dureza 7,5 a 8,0 e densidade relativa 2,70.
O cromo, que lhe dá cor verde, entra na composição do berilo substituindo o alumínio. Isso enfraquece a estrutura cristalina do mineral, o que explica as abundantes fraturas, características da esmeralda, que impedem que se consigam gemas perfeitamente límpidas, a não ser muito pequenas, com uns poucos quilates.
É usualmente encontrada em rochas como micaxistos e pegmatitos e apresenta freqüentemente inclusões de mica, pirita (carvão), tremolita, cloreto de sódio, calcita ou ainda água ou gás carbônico. A presença de inclusões de pirita, mica, gás ou água é indício seguro de que a esmeralda é natural e não sintética. O estudo dessas inclusões é muito importante, pois permite, não apenas determinar se a gema é natural, mas também, muitas vezes, de que país ela provém.
O filtro de Chelsea, um dos equipamentos usados para identificação de esmeralda. Mostra que esta gema, vista através dele, fica vermelha, o que só ocorre com poucas pedras preciosas verdes (por ex. demantóide e zircão). Se a cor vermelha for muito viva, trata-se de esmeralda sintética.
A esmeralda é geralmente lapidada em um tipo facetado próprio, chamado de lapidação esmeralda, cuja mesa é retangular ou quadrada, com os cantos cortados. Pode ser lapidada também em cabuchão e pêra.
Essa gema já era comercializada 2.000 anos antes de Cristo, na Babilônia (atual Iraque), mas foi rara até à época do Renascimento, quando se descobriram as jazidas sul-americanas. Entre as esmeraldas que se tornaram famosas, estão a “Kakovin”, a “Imperador Jehangir”, a “Hooker” e a “Devonshire”.
Os principais produtores são a Colômbia, Zâmbia, Zimbábue, Tanzânia, Madagascar e Brasil. As primeiras minas de esmeralda surgiram no Egito, mas já não há produção nesse país. O Brasil tomou-se, na década de 1980, importante produtor, com a sua produção concentrada em Goiás (Santa Teresinha de Goiás) e na Bahia (Carnaíba) e Salinha (Sr.Arpad Szuecs proprietário do alvará). Em Minas Gerais (Santana dos Ferros), também há esmeralda.
A lapidação é feita no Rio de Janeiro e em São Paulo, principalmente. É um trabalho quase exclusivamente manual, usando-se mecanização apenas para as gemas mais pobres.
A esmeralda é um dos três minerais-gema mais valiosos (os outros são o rubi e o diamante), em razão de sua cor, principalmente. As gemas de melhor qualidade (excelente ou ex-tra), com 5 a 8 ct, podem valer até US$ 5.600 por quilate. Gemas de mesmo peso com qualida-de média variam de US$ 100 a US$ 580/ct.
Em decorrência do seu alto valor, a esmeralda vem sendo sintetizada e imitada há bastante tempo. Em caráter comercial, a produção começou em 1940 nos EUA (Califórnia), com Carrol F. Chatham, mas a primeira vez que foi sintetizada foi em 1935, na Alemanha, pela I.G. FarberIndustrie. Até hoje, EUA e Alemanha são os principais produtores. Ao contrário do que acontece com outros minerais, toda a produção de pedras sintéticas destina-se à joalheria.
A esmeralda pode ser confundida com turmalina verde, dioptásio, demantóide, diopsídio, hiddenita, grossulária, uvarovita e peridoto.
Ela costuma ser lavada com ácidos para remover impurezas localizadas nas fraturas que se ligam ao exterior e, a seguir, imersa em óleos ou resinas, visando a avivar sua beleza natu-ral. Nunca se deve usar ultra-som para essa limpeza.
Cristal de esmeralda no estado bruto
Fonte: O Mundo das Esmeraldas, de Jules Sauer
Fonte: O Mundo das Esmeraldas, de Jules Sauer
Hooker, esmeralda de 75,47 quilates (27 mm) e excepcional pureza, do Museu de História Natural da Smithsonian Institution.
Cristal de esmeralda da Bahia
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