quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Bahia entra na rota mundial do diamante

A Lipari Mineração pode colocar a Bahia no mesmo patamar que as maiores regiões produtoras de diamantebruto da América Latina, a partir de 2015. A mina de Braúna deverá produzir 225 mil quilates de diamantes anualmente.
A mina de Braúna, em Nordestina (BA), no semiárido baiano, deverá produzir 225 mil quilates de diamantes anuais, ao logo de uma vida útil de 7 anos de mina a céu aberto com possibilidade de abertura de mina subterrânea. Isso deverá colocar a Bahia no topo da lista das produtoras de diamantes brutos da América Latina e destacar o estado entre as maiores do mundo.
Dona dos direitos minerários da área, a Lipari Mineração vai investir R$ 100 milhões no projeto que tem o início da produção previsto para 2015.
O Projeto Braúna abrange 22 ocorrências de kimberlito, rocha vulcânica formada em grandes profundidades, que é a principal indicadora da ocorrência de diamantes.
A empresa estuda a área há cinco anos. Durante esse tempo foram realizados 91 furos de sondagem, totalizando 14.689 metros, testando o depósito a uma profundidade vertical de 350 metros, em uma área que foi chamada de kimberlito B3.
Os estudos contaram também com a lavra e o processamento de quase 9 mil toneladas de kimberlito, tanto da superfície quanto subterrâneo, para determinar o teor do diamante e seu valor de mercado.
Em janeiro deste ano, a Lipari atualizou a estimativa de recursos minerais do depósito de kimberlito B3, o que destacou 1.781.706 quilates de recursos indicados, 926.401 quilates de recursos inferidos e recursos potenciais na forma de um possível depósito mineral que possui entre 885.400 e 316.900 quilates.
Lipari é uma empresa brasileira, pertencente ao grupo israelense Aftergut N. & Zonen BVBA, dono da DMG International e da Ella Diamond, empresas que alimentam os mercados de diamantes indiano, belga, israelense e chinês, além de venderdiamantes lapidados e polidos pela internet.
“Teremos a primeira mina de diamantes de fontes primárias da América do Sul“, comemorou o governador da Bahia, Jaques Wagner, em entrevista a jornais locais.

Ensaios metalúrgicos no projeto Volta Grande são positivos

Através de testes metalúrgicos preliminares em depósito do projeto de ouro Volta Grande, no Pará, a BeloSun confirmou taxa de recuperação do ouro em 95%. O resultado indica que o ouro do depósito South Block pode ser misturado e tratado com o mesmo processo de lixiviação usado em outros depósitos do projeto.
Belo Sun Mining Corporation apresentou resultados positivos de teste metalúrgicos preliminares no depósito South Block de seu projeto de ouro Volta Grande, no Pará. Foi confirmada a taxa de recuperação de ouro de 95%, com teor máximo identificado de 6,6g/t. O resultado permite que o minério do South Block possa ser misturado com outros depósitos do projeto Volta Grande.

Projeto de ouro Volta GrandeSeis amostras de South Block foram testadas. Os teores variaram de 2,2 g/t a 6,6 g/t Au e indicaram taxa média de recuperação do ouro de 95%. O resultado são consistentes com o valor anunciado pela empresa de 94% de taxa de recuperação para os depósitos Ouro Verde e Grota Seca.

“Os resultados preliminares dos testes de lixiviação metalúrgica indicam que o minério dos depósitos South Block, Grota Seca e Ouro Verde podem ser misturados e tratados na mesma planta com o mesmo processo, atingindo resultados excelentes de recuperação do ouro. Estamos muito satisfeitos em poder anunciar resultados tão bons para o depósito South Block” afirmou Omar Antunes, gerente de metalurgia do projeto Volta Grande.

Os últimos resultados dos recursos inferidos do deposito South Block, de dezembro de 2012, indicam recursos de 408 mil toneladas com teor médio de 3,89 g/t Au, contendo 51.800 onças de ouro.

Desde então, a Belo Sun sondou mais 62 furos totalizando 14.275 metros no depósito.
Os resultados dos furos serão incluídos na atualização dos recursos minerais do projeto Volta Grande, que deve incluir ainda 47 furos com total de 8.750 metros nos depósitos Ouro Verde e Grota Seca.

Essa atualização deve ser anunciada ao mercado no início do próximo trimestre e será incluída no estudo de viabilidade, que deve ser finalizado até o fim de 2013.

Novas regras para Terras-Raras aprovadas pelo Senado, mas CNEN ainda tem o monopólio

Novas regras para Terras-Raras aprovadas pelo Senado, mas CNEN ainda tem o monopólio
A  Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado aprovou um projeto de lei que normatiza a exploração dos metais do Grupo Terras-Raras (TR).
Os TR constituem dois grupos de elementos  da tabela periódica que tem em comum a sua raridade e usos na indústria de ponta de eletrônicos, celulares, TVs, lasers e computadores. Os TR são considerados vitais para um mundo controlado por computadores e celulares. No entanto mais de 90% desses elementos são produzidos em apenas um país: a China. Mais recentemente uma enorme descoberta, efetuada pela  junior company  Pacific Century Rare Earth Minerals na Coréia do Norte, pode mudar completamente o equilíbrio do poder no que se refere às Terras-Raras.


Pois agora com esse novo Marco Regulatório da Mineração e Exploração de Terras-Raras o Senado pensa colocar o Brasil nesta briga. A proposta precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados.
Os nossos principais jazimentos estão associados aos aluviões e aos complexos carbonatíticos de Minas e Goiás onde praticamente não são produzidas quantidades significativas de TR.


Essa situação vai perdurar enquanto os elementos TR sejam um monopólio da Nação, controlados pelo CNEN. Sem a iniciativa privada envolvida veremos mais agências sendo criadas, mais cabides de emprego e menos produção. Fazer marcos e normas é uma coisa a outra e transformá-los em realidade o que os nossos governos, historicamente, não são capazes de fazer. 

Tsunami de 2011 foi resultado de falha com o maior rejeito já medido

Tsunami de 2011 foi resultado de falha com o maior rejeito já medido
Logo após o tsunami que assolou o Japão em 2011, começaram os estudos geológicos para melhor explicar o fenômeno.
Somente agora, dois anos depois, que as conclusões estão sendo publicadas. O tsunami foi decorrente de um terremoto de intensidade 9 na Escala Richter. Este terremoto produziu uma falha cujo deslocamento, ou rejeito, foi o maior já medido nos tempos modernos: um deslocamento de 50 metros, muito maior do que o do Chile, em 1960, que foi de 30 metros ou o de Sumatra com 25m.
Os geólogos envolvidos na pesquisa nunca haviam visto um rejeito, ao longo do plano de falha, de tal dimensão.
O interessante é que o tsunami  poderia ser muitíssimo maior pois a maioria deste deslocamento foi no plano horizontal. Mesmo assim, esse movimento  súbito de 50 metros, causou um grande deslocamento de água: o tsunami que matou milhares e destruiu vilas inteiras em 2011.
A falha ocorreu na junção de duas placas tectônicas na costa do Japão: o Japan Trench. O movimento foi “lubrificado” por minerais argilosos que ocorrem nos planos da falha. A argila reduziu o atrito e permitiu esse enorme deslocamento, quase explosivo o que elevou as temperaturas até 1.200 graus centígrados..
A medida de 50 metros foi obtida pelo programa Japan Trench Fast Drilling que começou a sondar e medir apenas um ano depois do tsunami.
Graças ao Projeto foi possível amostrar o plano de falha a 7.000m abaixo do nível do mar

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Terras raras: onde estão as minas do Brasil?

Terras raras: onde estão as minas do Brasil?
As Terras raras estão cada vez mais importantes na indústria de eletrônicos de ponta. A revolução dos celulares, em andamento, é o principal combustível que acelera o interesse na mineração das Terras Raras. São mais de quatro bilhões de celulares em uma população mundial acima de sete bilhões de pessoas.
Com a evolução tecnológica o celular passou a ser um modismo ao invés de um simples equipamento de comunicação. É, também, um símbolo de status e, muito rapidamente, vem substituindo os notebooks, computadores e máquinas fotográficas. O usuário normal tem, não somente um celular, mas vários. E no futuro, ele irá comprar os novos e apetitosos lançamentos aumentando mais ainda a demanda por terras raras.

E, com isso os grandes produtores de terras raras, um importante componente do celular, amealham bilhões e bilhões de dólares nas suas já polpudas contas bancárias.
A China é o maior produtor de TR do mundo. Lá os métodos de lavra variam de obsoletos e precários até os altamente tecnológicos. Apesar desta diversidade a produção chinesa vem crescendo.

E no Brasil, onde estão as nossas minas?

Terras raras no Brasil vem sendo faladas e propagadas por muitas décadas. Nas décadas de 60-70  foram as areias monazíticas que fizeram manchetes.  O Brasil até teve uma produção modesta de TR provinda das monazitas de aluviões marinhos.
Posteriormente os grandes complexos carbonatíticos de Araxá, Catalão, Poços de Caldas, Mato Preto, Salitre e vários outros existentes principalmente em Minas e Goiás foram identificados como possíveis fontes de TR. Todos com grandes quantidades de TR.  Na Amazônia, permanece o Complexo de Seis Lagos totalmente abandonado apesar de enormes reservas de nióbio e terras raras. Aluviões marinhos ou até mesmo fluviais como os de Pitinga que tem cassiterita e xenotima também podem fornecer quantidades expressivas de TR.

 Como se vê bem sabemos onde estão as nossas TR, mas, em nenhum caso, temos uma mina onde as TR são o principal produto. Em alguns casos como em Catalão os teores de TR são elevadíssimos atingindo 10%. Apesar de depósitos grandes e ricos mesmo assim as nossas terras raras continuam no chão a espera de investimentos, tecnologia e de vontade política.