sexta-feira, 16 de maio de 2014

Bauxita

Bauxita



Fórmula Química: Al2O3.2H2O.
Histórico: a bauxita foi descoberta em 1821 por Berthier, na localidade de Les Baux, no sul da França. É produto do intemperismo e lixiviação de uma gama variável de rochas, ocorrendo geralmente em clima tropical ou subtropical, caracterizados por taxas de precipitação pluviométrica elevada. O produto final é uma rocha rica em óxido de alumínio, cuja composição mineralógica predomina uma associação em proporção variável de três minerais: gibbsita ou hidrargilita, diásporo e boehmita.
Aplicação: matéria-prima para fabricação de inúmeros produtos usados no dia a dia, como panelas, esquadrias, latinhas, peças de automóveis e aviões, cabos elétricos, entre outros.
Empresas Produtoras no Estado do Pará: ALCOA, Mineração Rio do Norte e Vale.
Produção do Estado do Pará (Toneladas):



Exportação do Estado do Pará (US$FOB/Toneladas):


Cotação Média (US$FOB/Toneladas):



Principais Destinos: Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Alemanha
A Bauxita no Brasil e no mundo: o Brasil é o terceiro maior produtor de Minério de Bauxita com produção estimada em 26,6 milhões de toneladas em 2008. Isto significa 13% da produção mundial, que foi de 205 milhões de toneladas. A Austrália é líder em produção, com 64 milhões de toneladas em 2007, que correspondem a 33% da produção global, seguida da china com 17%.
No Brasil, os principais Estados produtores são: Pará (85%) e Minas Gerais (14%).

Ouro

Ouro



Fórmula Química: Au
Histórico: o ouro deriva do latim aurum: brilhante. Estudos arqueológicos revelam que no ano de 4000 a.C., o ouro já era trabalhado na Mesopotâmia. Posteriormente, as técnicas de obtenção do metal e manufatura dos objetos foram transmitidas a todas as civilizações do Mediterrâneo Oriental, especialmente a egípcia. As civilizações dos Astecas e Maias, no continente americano, também conheciam e trabalhavam o ouro, que consideravam um metal precioso. Na Idade Média, este elemento tinha um papel muito importante como atesta a famosa procura da Pedra Folosofal pelos alquimistas da época, que pretendiam converter outros metais em ouro.
Aplicação: o ouro exerce funções críticas em ordenadores, comunicações, naves espaciais, motores de reação na aviação, e em diversos outros produtos. A sua elevada condutividade elétrica e resistência à oxidação têm permitido um amplo uso em eletrodeposição. O mesmo processo pode ser utilizado para a douragem de peças, aumentando a sua beleza e valor. Como a prata, o ouro pode formar amálgamas com o mercúrio que, algumas vezes, é empregado em obturações dentárias. O ouro coloidal (nano-partículas de ouro) é uma solução intensamente colorida que está sendo pesquisada para fins médicos e biológicos. Esta forma coloidal também é empregada para criar pinturas douradas em cerâmicas. O isótopo de ouro 198Au, com meia-vida de 2,7 dias, é usado em alguns tratamentos de câncer e em outras enfermidades. É empregado para o recobrimento de materiais biológicos, permitindo a visualização através do microscópio eletrônico de varredura (SEM). É também utilizado como cobertura protetora em muitos satélites porque é um bom refletor de luz infravermelha.
Empresas Produtoras: Serabi Mineração Ltda.
Exportação do Estado do Pará (U$S FOB/Toneladas):

Cotação média (U$S/OZ-TROY*):

*OZ-TROY: unidade equivalente a 31,1 g
Principais Destinos: Canadá, Reino Unido, Suíça e Estados Unidos
O ouro no Brasil e no mundo: o Brasil é o décimo terceiro maior produtor de ouro com produção de aproximadamente 54 toneladas em 2008. A China é a maior produtora, com 295 toneladas (12% da produção mundial), seguida pela África do Sul com 11%, Austrália com 10% e EUA com 9,8%.
As principais reservas de ouro estão localizadas na África do Sul (6 mil toneladas). As reservas medidas e indicadas de ouro no Brasil alcançam 1.950 toneladas ou 4,5% das reservas mundiais do minério, distribuídas nos Estados de Minas Gerais.

INTRODUÇÃO PARA O BANCO DE DADOS DE MINERAIS

INTRODUÇÃO PARA O BANCO DE DADOS DE
MINERAIS

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O termo mineralogia deriva da palavra latina MINERA, de provável origem céltica, (mina, jazida de minério, filão), de provável origem céltica, que forma o adjetivo do Latim  mineralis, “relativo às minas” e o substantivo do Latim minerale (produto das minas), que deu origem ao  adjetivo e substantivo português mineral, acrescido do sufixo Grego logia (ciência, tratado, estudo); portanto mineralogia é o estudos dos minerais em todos os seus aspectos.
A definição de MINERAL possui algumas controvérsias: para alguns é toda substância homogênea, sólida ou líquida, de origem inorgânica e que surge, naturalmente, na crosta terrestre, normalmente com composição química definida e, que se formado em condições favoráveis, terá estrutura atômica ordenada condicionando sua forma cristalina e suas propriedades físicas; para outros, trata-se de substância com estrutura interna ordenada (cristais), de composição química definida, origem inorgânica e que ocorre naturalmente na crosta terrestre ou em outros corpos celestes. ametista(druza), malaquita(verde), calcita(branco) e aragonita(marrom)
âmbar
As substâncias originadas por atividades ou processos biológicos (animal ou vegetal), a exemplo do carvão, âmbar, marfim, pérola, petróleo, que não se incluem em nenhuma das definições, devem ser denominadas mineralóides, como também as substâncias não cristalinas, excluídas na segunda definição. 
Os minerais são caracterizados pela maneira com que os átomos (cátions e ânions) estão dispostos (estrutura interna) e pela composição química, expressa por fórmula química. A composição química dos minerais pode variar dentro de limites definidos e previsíveis pelas características atômicas, gerando os diferentes grupos de minerais ou soluções sólidas.
basalto
Fotomicrografia - basalto
Os minerais constituem os diferentes tipos de rochas, mono ou poliminerálicas, sedimentares, metamórficas, magmáticas, hidrotermais ou pneumatolíticas. Algumas dessas rochas, devido à granulação muito fina, a exemplo de alguns tipos de  basaltos, mostram-se em um exame a olho nu, com aparência de um único mineral (massas homogêneas). Todavia, quando observado ao microscópio petrográfico e em casos extremos ao microscópio eletrônico, verifica-se que são constituídos por várias substâncias cristalinas e, às vezes, também por material amorfo (vidro).
As substâncias produzidas em laboratório, com estrutura interna ordenada e composições químicas definidas, são denominadas cristais ou minerais artificiais ou sintéticos, e as sem estrutura interna, de vidro. Atualmente o homem consegue reproduzir em laboratório, com bastante semelhança, praticamente todos os minerais e gemas naturais. Desta forma, em laboratórios são produzidos o diamante, a safira, o rubi, o quartzo, o espinélio, a esmeralda etc.
 CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Os minerais, a exemplo dos animais e vegetais, necessitam serem ordenados ou classificados de acordo com princípios científicos para racionalizar o estudo. O princípio básico de classificação elaborado por Linné (1758) no livro “In Nature” serviu de base para outras classificações, como a elaborada por: Berzelius (1827), que estabeleceu o sistema puramente químico;  Niggli o sistema cristalográfico ou classificação isotípica, onde agrupou os minerais com base na sua morfologia (cúbico, hexagonal, ortorrômbico etc.); Machatscki o sistema paragenético (associação de minerais naturais que cristalizam-se juntos).
A classificação mais usada na mineralogia, por melhor atender à necessidades científicas, uma vez que considera a estrutura e composição química dos minerais, foi elaborada por Strunz (1935). Esta classificação subdivide os minerais em 12 grandes grupos, baseando-se na composição química, sendo que esses grupos são subdivididos com base na organização estrutural. Dessa forma tem-se: elementos nativos; sulfetos; sulfossais; óxidos e hidróxidos; halogenetos; carbonatos; nitratos; boratos; sulfatos e cromatos; fosfatos, arsenietos e vanadatos; tungstatos e molibdatos, e silicatos (nesossilicatos, sorossilicatos, ciclossilicatos, inossilicatos, filossilicatos e tectossilicatos).
Existem muitas outras classificações mineralógicas desenvolvidas para atender necessidades específicas,  tais como a do elemento constituinte mais importante presente nos minerais, o modo de ocorrência deles na natureza, gêneses e associações paragenéticas, bem como as propriedades físicas. Dentre estas destacam-se:
 Classificação de acordo com o elemento constituinte: Nesse caso os minerais são agrupados de acordo com o elemento químico mais importante, não levando em consideração a composição química dos minerais, as propriedades cristalográficas e físicas. Assim, todos os minerais de Fe importantes vão estar reunidos em uma mesma classe: hematita - Fe2 O3 (trigonal romboédrico), magnetita Fe3O4 (isométrico), siderita FeCO3 (trigonal romboédrico), goethita HFeO2 (ortorrômbico), pirita FeS2 (isométrico), marcassita  FeS2 (ortorrômbico),  troillita (FeS) (hexagonal), pirrotita Fe1-xS (hexagonal/ortorrômbico) etc. No caso do cobre, tem-se no mesmo grupo antlerita Cu3(OH)4SO4 (ortorrômbico); atacamita Cu2Cl(OH)3 (ortorrômbico); malaquita Cu2(CO3 )(OH)2 (monoclínico), azurita Cu3(CO3)2 (OH) 2 (monoclínico), bornita Cu5FeS4 (isométrico), calcocita Cu2S (ortorrômbico), calcopirita CuFeS2 (tetragonal), covelita CuS (hexagonal), cuprita Cu2O (isométrico), enargita Cu3AsS4 (ortorrômbico), tetraedrita (Cu,Fe,Zn,Ag)12Sb4S13 (isométrico); etc.   
Classificação segundo a gênese e tipo de ocorrência do mineral: Esta maneira de agrupar os minerais, baseando-se no modo de formação e tipo de ocorrência, foi bastante usada pelos mineralogistas e geólogos e ainda hoje vem sendo usada especialmente na área da Geologia Econômica. Aqui, os minerais são classificados em magmáticos, metamórficos, sublimados, pneumatolíticos, hidrotermais e/ou formados a partir de soluções quentes ou frias.
Minerais magmáticos são aqueles que resultam da cristalização do magma e constituem as rochas ígneas ou magmáticas. Os magmas podem ser considerados soluções químicas em temperaturas muito elevadas, que originam fases cristalinas de acordo com as leis das soluções, sendo extremamente rara a cristalização de um magma gerar apenas uma fase cristalina; o normal é a presença de vários minerais com composições e propriedades diferentes. De um modo geral, a formação dos minerais nos magmas com o resfriamento e mudanças no ambiente de pressão litostática ou de fluídos, entre outros fatores, é controlada especialmente pela concentração dos elementos e solubilidade dos constituintes na solução magmática. Quanto mais rápido for o processo de cristalização, menores serão as fases cristalinas e maior o volume de material não cristalino (obsidianas ou vidros vulcânicos), podendo chegar a resultar apenas vidro; por outro lado quanto mais lenta a cristalização maiores serão os constituintes, gerando os pegmatitos. arsenopirita - Mineral magmático
A cristalização dos magmas resultam nas diferentes rochas magmáticas (basaltos, gabros, granitos, dioritos, peridotitos, dunitos, sienitos, piroxenitos etc.) e, às vezes, também alguns depósitos minerais importantes, contendo magnetita, ilmenita, cromita, pirrotita, calcopirita, pentlandita etc. resultantes de segregação devido a insolubilidade (especialmente no caso dos sulfetos) e/ou diferenças de densidade do mineral ou líquido imissível em relação ao magma de origem. Para alguns pesquisadores, esses minerais de segregação, formam uma classe à parte, denominada minerais acumulados por segregação magmática. 
cianita - mineral metamórfico
Minerais metamórficos originam-se principalmente  pela ação da temperatura, pressão litostática e pressão das fases voláteis sobre rochas magmáticas, sedimentares e também sobre outras rochas metamórficas. Os processos metamórficos (regional, contato, dinâmico, termal, de fundo oceânico, carga, impacto etc.) geram uma grande quantidade de minerais, dentre os quais muitos dificilmente seriam formados por outros processos, como é o caso do diopsídio, wollastonita, idocrásio, granada, estaurolita, andaluzita, cianita, sillimanita, epidoto, tremolita, actinolita etc. 
Minerais sublimados são aqueles formados diretamente da cristalização de um vapor, como também da interação entre vapores e destes com as rochas dos condutos por onde passam. O exemplo mais comum de sublimação é a formação da neve, cristalização do gelo a partir de vapor d’água, já associado as atividades ígneas, pelo fato dos magmas possuírem voláteis como a água; o enxofre, o gás carbônico, o cloro, o flúor, o boro e seus compostos voláteis, além de outros constituintes menores, aparecem muitos minerais sublimados. enxofre - mineral sublimado
Os voláteis contidos nos magmas concentram-se nas fases residuais e quando os magmas chegam próximo ou na superfície terrestre, as fases voláteis tendem a escapar, aspecto que ocorre nas erupções vulcânicas ou nas fumarolas e aí podem depositar minerais por sublimação direta, formando halita (NaCl - sal-gema ou sal de cozinha), sal amoníaco (NH4Cl), enxofre, silvita (KCl), boratos, cloretos e fluoretos. Outros minerais, a exemplo da hematita, podem aparecer em cavidades vulcânicas, gerados por processos de sublimação, resultante da interação do FeCl3 com o vapor de água, conforme a reação: 2FeCl3 + 3H2O = Fe2O3 + 6HCl.
cassiterita - mineral pneumatolítico Minerais pneumatolíticos são formados pela reação dos constituintes voláteis oriundos  da cristalização magmática, desgaseificação do interior terrestre ou de reações metamórficas sobre as rochas adjacentes. Nesse processo podem ser formados topázio, berilo, turmalina, fluorita, criolita, cassiterita, wolframita, flogopita, apatita, escapolita etc. Na formação da cassiterita, o composto volátil SnF4 rege com o vapor d’água, segundo a reação: SnF4 + 2(H2O) = SnO2 + 4HF.
Minerais formados a partir de soluções originam-se pela deposição devido a evaporação, variações de temperatura, pressão, porosidade, pH e/ou eH. Esse processo ocorre na superfície da terra e em diferentes profundidades. Na superfície da Terra as soluções quando não diretamente ligadas a atividades magmáticas, normalmente possuem temperaturas do ambiente, sendo consideradas frias e diluídas, enquanto que aquelas que circulam lentamente em profundidades e/ou estão associadas a atividades vulcânicas são quentes e possuem grande quantidade de cátions e ânions dissolvidos, e podem gerar importantes depósitos minerais. Os principais processos de formação de minerais a partir de soluções estão relacionados abaixo.
-           Evaporação do solvente: neste processo a precipitação ocorre devido à concentração ultrapassar o coeficiente de solubilidade pelo processo de evaporação, fato que ocorre principalmente em regiões quentes e secas, formando sulfatos (anidrita, gipsita etc.), halogenetos (halita, silvita etc.) etc.
-           Perda de gás agindo como solvente: processo que ocorre quando uma solução contendo gases entra em contados com rochas provocando reação a exemplo do que ocorre quando solução aquosa contendo bióxido de carbono entra em contato com rochas calcárias,  caso em que o carbonato de cálcio é parcialmente dissolvido formando o bicarbonato de cálcio (CaH2(CO3)2), composto solúvel na solução. O bicarbonato de cálcio é instável e, por causa do aumento de concentração resultante de evaporação e/ou devido a desgaseificação da solução e a outros fatores, ocorre a reversão da reação de dissolução precipitando o carbonato de cálcio [CaCO3 + H2O +CO2 =>  CaH2(CO3)2]. Esse processo pode dar origem às estalactites e estalagmites, ao mármore ônix, ônix das cavernas e  mármore travertino.
-           Diminuição da temperatura e/ou pressão: as soluções de origem profunda resultantes de transformações metamórficas (desidratação, descarbonatação, etc.) ou de cristalizações magmáticas normalmente contêm significativas quantidade de material dissolvido. Quando essas soluções esfriam ou a pressão diminui, formam-se minerais hidrotermais, depositados na forma de veios ou filões. As fontes termais e os géiseres possuem uma grande quantidade de minerais depositados (carbonatos, sulfetos, arsenietos, halogenetos etc.), constituindo-se em evidências da atuação desse processo.
-           Interação de soluções: O encontro de soluções aquosas com solutos diferentes, ao se interagirem, pode   formar composto insolúvel ou com coeficiente de solubilidade bem mais baixo, que se precipita. Como exemplo pode ser citado o encontro de uma solução com sulfato de cálcio (CaSO4) com outra contendo carbonato de bário (BaCO3), resultando na formação de um precipitado de barita (BaSO4).
-           Interação de soluções e cristais: Nesse caso uma solução com determinado composto solúvel reage com minerais originando outras fases minerais, como o que ocorre quando uma solução com sulfato de zinco entra em contato com calcita, contida em mármores ou calcários, originando  smithsonita (ZnCO3) e a anidrita (CaSO4) ou gipsita (CaSO4.2H2O).
-           Interação de gases com soluções: A passagem de gás por uma solução contendo íons pode gerar precipitados, a exemplo do que ocorre com a passagem de H2S (gás sulfídrico) por uma solução contendo cátions de Fe, Cu, Zn etc.,   formando sulfetos de ferro (pirita FeS2), calcopirita (CuFeS2), esfalerita (ZnS), etc..
-           Ação de organismos sobre soluções: Esse processo resulta da ação dos organismos vivos, animais ou vegetais, sobre as soluções. Dessa forma um grande número de seres marinhos (corais, crinóides, moluscos etc.) extraem o carbonato de cálcio das águas salgadas para formar suas conchas e partes duras de seus corpos, resultando na formação de calcita (CaCO3) e em menor quantidade aragonita (CaCO3) e dolomita [MgCa(CO3)2]. Da mesma forma as esponjas, os radiolários e as diatomáceas provocam a precipitação da sílica amorfa. Algumas bactérias precipitam o ferro (limonita, goethita) ou promovem a deposição do enxofre, nitratos etc.

Classificação química: Neste caso os minerais estão arranjados de acordo com as suas composições químicas, resultando nos grupos: elementos nativos, sulfetos, sulfossais, óxidos etc.

Classificação quanto à coloração: Quanto à coloração os minerais classificam-se em: Minerais máficos ou fêmicos, aqueles que possuem cores escuras por conterem ferro, magnésio, titânio, manganês etc., a exemplo da olivina, piroxênios, anfibólios etc., e Minerais félsicos ou siálicos, os que são incolores ou brancos, compostos à base de sílica e/ou alumina, tais como quartzo, feldspato, zeólita etc.

Classificação quanto à densidade:
            Leves: são aqueles que bóiam no bromofórmio por terem densidade menor que esse composto químico (2,89).
            Pesados: são os que possuem densidade superior a 2,89, portanto afundam no bromofórmio.

Minerais de minério são aqueles que constituem os minérios substâncias das quais podem ser extraídos um ou mais elementos úteis com finalidades lucrativas (econômicas). Neste contexto, aparecem a denominação de mineral de ganga e mineral de canga cromita - mineral de minério
opala - gema  
Minerais de gemas ou pedras preciosas são minerais que são usados para a confecção de jóias e bijuterias, sendo que nos livros especializados os minerais de gemas podem ser classificados quanto à coloração, dureza, brilho e outras propriedades físicas.
 

Minerais de rochas ocorrem formando as rochas e são frequentes.

feldspato - mineral formador de rocha

Minerais de ganga: minerais presentes nas jazidas juntos com os minerais de minério que devido a aspectos econômicos, tecnológicos ou composicionais, não são utilizados, e incorporam-se ao rejeito.

Minerais de canga: minerais que recobrem os depósitos minerais formados pela oxidação ou laterização superficial; dominam os hidróxidos e óxidos de Fe, Al e Mn.
 Os minerais podem ser classificados ainda de acordo com as suas propriedades físicas, volatilidade; coloração, brilho; solubilidade; magnetismo e suscebilidade magnética; densidade (leves e pesados); fusibilidade; radiatividade, tenacidade, etc.      

Como são extraídos minerais de uma mina?

Como são extraídos minerais de uma mina?


Depois que se encontra a jazida, o processo de exploração consiste em retirar o material útil (pedaços de rocha com porções do minério), quebrá-lo em pedaços de tamanho comercial, limpar e colocar num trem que o leve ao porto mais próximo. Seria simples, se o tal material útil não fosse composto de rochas de milhares de toneladas, misturadas com terra e vários tipos de "lixo", acumulados durante a formação da rocha. Por isso, tudo em uma mina tem proporções absurdamente grandes: os caminhões que transportam o minério, por exemplo, têm pneus de mais de 3 metros de altura e as escavadeiras pesam até 500 toneladas (25 vezes mais do que as convencionais). O Brasil é rico em muitos tipos de minérios, entre eles manganês, bauxita, tungstênio, cobre, estanho, níquel e cromo, mas o principal é, sem dúvida, o ferro, que representa cerca de 40% do faturamento nacional no setor de extrativismo mineral. Anualmente, a Companhia Vale do Rio Doce, maior empresa de mineração do país, exporta mais de 200 milhões de toneladas de minério de ferro. No infográfico ao lado, mostramos como acontece a extração de ferro, desde o barranco rochoso até o caminho do ferro puro para o porto.
Da pedra ao pó Para extrair o ferro da rocha são usadas máquinas monstruosas e muita água 1. Lavra
A primeira etapa de mineração é a extração propriamente dita, que pode ser feita com escavadeiras, tratores que raspam a rocha ou explosivos, quando o minério se encontra longe da superfície. As maiores escavadeiras retiram da lavra 5 mil toneladas de material bruto por hora
2. Transporte
Para levar o minério até a usina, onde ele será preparado para a venda, existem os caminhões fora-de-estrada. O nome já diz tudo: com 6,6 metros de largura, eles não cabem numa estrada comum. Os maiores pesam 203 toneladas, atingem surpreendentes 64 km/h e carregam 365 toneladas, o equivalente a 36 caminhões convencionais
3. Estéril
Na lavra, o ferro esconde-se no meio de um monte de terra e de outros minérios sem valor. Essa parte sem valor econômico, chamada de estéril, é empilhada em alguma área próxima à mina, com cuidados para causar o mínimo impacto ambiental - muitas vezes, árvores são plantadas na pilha de terra para evitar deslizamentos
4. Britagem
O minério bruto chega à usina em grandes blocos, que são quebrados em máquinas de britagem. São várias etapas de quebra-quebra, que esmagam os pedaços de minério até eles ficarem com cerca de 2 centímetros de diâmetro, o tamanho adequado para a separação
5. Separação
Conforme o minério vai saindo da máquina de britagem, ele cai em uma peneira (com telas de diferentes espessuras), que libera a passagem dos pedaços de até 2 centímetros e lança os maiores de volta à britadeira. O peneiramento é feito com jatos de água, que ajudam a escoar os restos de terra ligados aos pedaços de ferro
6. Concentração
Uma parte do minério fica tão fina que se confunde com os grãos de areia misturados ao material bruto. Para recolher essa parte, costuma-se empregar um separador magnético, que usa ímãs para agarrar o pó de ferro, enquanto a areia vai embora com a água
7. Reciclagem de água
Toda a água usada para limpar o minério é recolhida no fim do processo num reservatório profundo, enterrado no solo. A areia e a lama, mais pesadas, se acumulam no fundo do reservatório e a água, livre das impurezas, é bombeada para uma barragem, que reabastece todo o processo. Assim, 70 a 80% da água usada na mina é reciclada
8. Empilhadeira
Depois de limpo, peneirado e separado por tamanho, o minério em grãos segue para as empilhadeiras. Como o nome sugere, uma máquina com pás gigantes vai descarregando o minério em pilhas, até formar uma verdadeira montanha de armazenagem
9. Ferrovia
Quando chega a hora de embarcar, as pilhas de minério são transferidas para os vagões de trem, que transportam as toneladas do produto até o porto mais próximo, de onde ele segue em navios para os compradores. As ferrovias são o único meio viável para fazer esse transporte

Terra

Terra
 
 
   A Terra é o terceiro planeta a partir do Sol. É o quinto maior e mais massivo dos oito planetas do Sistema Solar, sendo o maior e o mais massivo dos quatro planetas rochosos. Além disso, é também o corpo celeste mais denso do Sistema Solar. A Terra também é chamada de Mundo ou Planeta Azul.

   Abrigo de milhões de espécies de seres vivos, que incluem os humanos, a Terra é o único lugar no universo onde a existência de vida é conhecida. O planeta formou-se 4,54 biliões (ou bilhões em português do Brasil) de anos atrás, e as primeiras evidências de vida surgiram um bilião de anos depois. Desde então, a biosfera terrestre alterou de forma significativa a atmosfera do planeta, permitindo a proliferação de organismos aeróbicos, bem como a formação de uma camada de ozono. Esta, em conjunto com o campo magnético terrestre, absorve as ondas do espectro eletromagnético perigosas à vida (raios gama, X e a maior parte da radiação ultravioleta), permitindo assim a vida no planeta. As propriedades físicas do planeta, bem como sua história geológica e sua órbita, permitiram que a vida persistisse durante este período. Acredita-se que a Terra poderá suportar vida durante mais 1,5 biliões de anos. Após este período, o brilho do Sol terá aumentado, aumentando a temperatura no planeta, tornando o suporte da biosfera insuportável.
 
 Planeta Terra 
      A crosta terrestre é dividida em vários segmentos rígidos, chamados de placas tectónicas, que migram gradualmente ao longo da superfície terrestre com o tempo. Cerca de 71% da superfície da Terra está coberta por oceanos de água salgada, consistindo os restantes 29% em continentes e ilhas. A água no estado líquido, necessária para a manutenção da vida como se conhece, não foi descoberta em nenhum outro corpo celeste no universo. O interior da Terra permanece ativo, com um manto espesso relativamente sólido, um núcleo externo líquido, e um núcleo interno sólido, composto primariamente de ferro e níquel.

   A Terra interage com outros objetos no espaço, incluindo o Sol e a Lua. No presente, a Terra orbita o Sol uma vez para cada 366,26 rotações. Isto é o chamado ano sideral, que equivale a 365,26 dias solares. O eixo de rotação da Terra possui uma inclinação de 23,4°, em relação ao seu plano orbital, produzindo as estações do ano. A Lua é o único satélite natural conhecido da Terra, orbitando o planeta há já 4,53 biliões de anos. A Lua é a responsável pelas marés, e estabiliza a inclinação do eixo terrestre, além de diminuir gradualmente a rotação do planeta. Há cerca de 4,1 a 3,8 biliões de anos atrás, durante o intenso bombardeio tardio, impactos de asteroides causaram mudanças significativas na superfície terrestre.

   Os recursos minerais da Terra, em conjunto com os produtos da biosfera, fornecem recursos que são utilizados para suportar uma população humana em escala global. Os habitantes da Terra estão agrupados em cerca de 200 estados soberanos, que interagem entre si via diplomacia, viagem, comércio e acção militar. As culturas humanas desenvolveram várias crenças sobre o planeta, incluindo personificação como uma deidade, crença na Terra plana, ou que a Terra é o centro do universo, e uma perspetiva moderna do mundo como um ambiente integrado que requer administração adequada.
Esquema demonstrativo das várias camadas que compõem o interior do nosso planeta Terra 
 
A estrutura da Terra
 
 
O interior da Terra, assim como o interior de outros planetas telúricos, é dividido por critérios químicos numa camada externa de silício, denominada crosta, um manto altamente viscoso, e um núcleo que consiste numa porção sólida envolvida por uma pequena camada líquida. Esta camada líquida dá origem a um campo magnético devido à convecção de seu material, electricamente condutor.
O material do interior da Terra encontra frequentemente a possibilidade de chegar à superfície, através de erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Grande parte da superfície terrestre é relativamente nova, tendo menos de 100 milhões de anos; as partes mais velhas da crosta terrestre têm até 4,4 mil milhões de anos.
As camadas terrestres, a partir da superfície são:

  • Crosta (de 0 a 30/35 km)
  • Litosfera (de 0 a 60,2 km)
  • Astenosfera (de 100 a 700 km)
  • Manto (de 60 a 2900 km)
  • Núcleo externo (líquido - de 2900 a 5100 km)
  • Núcleo interno (sólido - mais de 5100 km)
Estrutura interna do planeta Terra [1]
No seu todo, a Terra possui, aproximadamente, a seguinte composição em massa:
  • 34,6% de Ferro
  • 30,2% de Oxigénio
  • 15,2% de Silício
  • 12,7% de Magnésio
  • 2,4% de Níquel
  • 1,9% de Enxofre
  • 0,05% de Titânio
   O interior da Terra atinge temperaturas de 5.270 K. O calor interno do planeta foi gerado inicialmente durante sua formação, e calor adicional é constantemente gerado pelo decaimento de elementos radioativos como urânio, tório, e potássio. O fluxo de calor do interior para a superfície é pequeno se comparado à energia recebida pelo Sol (a razão é de 1/20 000).
 
Núcleo
 
    A massa específica média da Terra é de 5,515 toneladas por metro cúbico, fazendo dela o planeta mais denso no Sistema Solar. Uma vez que a massa específica do material superficial da Terra é apenas cerca de 3000 quilogramas por metro cúbico, deve-se concluir que materiais mais densos existem nas camadas internas da Terra (devem ter uma densidade de cerca de 8.000 quilogramas por metro cúbico). Em seus primeiros momentos de existência, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra era formada por materiais líquidos ou pastosos, e devido à ação da gravidade os objetos muito densos foram sendo empurrados para o interior do planeta (o processo é conhecido como diferenciação planetária), enquanto que materiais menos densos foram trazidos para a superfície. Como resultado, o núcleo é composto em grande parte por ferro (80%), e de alguma quantidade de níquel e silício. Outros elementos, como o chumbo e o urânio, são muitos raros para serem considerados, ou tendem a se ligar a elementos mais leves, permanecendo então na crosta.
 
   O núcleo é dividido em duas partes: o núcleo sólido, interno e com raio de cerca de 1.250 km, e o núcleo líquido, que envolve o primeiro. O núcleo sólido é composto, segundo se acredita, primariamente por ferro e um pouco de níquel. Alguns argumentam que o núcleo interno pode estar na forma de um único cristal de ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel líquido (a combinação é chamada NiFe), com traços de outros elementos. Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de transmitir certas ondas sísmicas. A convecção desse núcleo líquido, associada a agitação causada pelo movimento de rotação da Terra, seria responsável por fazer aparecer o campo magnético terrestre, através de um processo conhecido como teoria do dínamo. O núcleo sólido tem temperaturas muito elevadas para manter um campo magnético (veja temperatura Curie), mas provavelmente estabiliza o campo magnético gerado pelo núcleo líquido.
 
   Evidências recentes sugerem que o núcleo interno da Terra pode girar mais rápido do que o restante do planeta, a cerca de 2 graus por ano.
   Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e o núcleo existem zonas intermediárias de separação, as chamadas descontinuidades.
 
Manto
 
   O manto estende-se desde cerca de 30 km e por uma profundidade de 2900 km. A pressão na parte inferior do mesmo é da ordem de 1,4 milhões de atmosferas. É composto por substâncias ricas em ferro e magnésio. Também apresenta características físicas diferentes da crosta. O material de que é composto o manto pode apresentar-se no estado sólido ou como uma pasta viscosa, em virtude das pressões elevadas. Porém, ao contrário do que se possa imaginar, a tendência em áreas de alta pressão é que as rochas mantenham-se sólidas, pois assim ocupam menos espaço físico do que os líquidos. Além disso, a constituição dos materiais de cada camada do manto tem seu papel na determinação do estado físico local.
 
O manto superior pode deslocar-se vagarosamente. As temperaturas do manto variam de 100 graus Celsius (na parte que faz interface com a crosta) até 3500 graus Celsius (na parte que faz interface com o núcleo).

Crosta

A crosta (que forma a maior parte da litosfera) tem uma extensão variável de acordo com a posição geográfica. Em alguns lugares chega a atingir 70 km, mas geralmente estende-se por aproximadamente 30 km de profundidade. É composta basicamente por silicatos de alumínio.

 
A superfície Terrestre
                 
 
 
 
 
  O terreno da superfície terrestre varia significativamente de região para região. Cerca de 70,8% da superfície terrestre é coberta por água, com muito da plataforma continental localizado abaixo do nível do mar. A superfície submergida possui características montanhosas, incluindo um sistema dorsal oceânica global, bem como vulcões oceânicos, fossas oceânicas, vales oceânicos, planaltos oceânicos e planícies abissais. Os 29,2% restantes não coberto por água consistem de montanhas, desertos, planícies, planaltos e outras geomorfologias.
 
   O formato da superfície da Terra muda gradualmente ao longo de períodos geológicos, devido aos efeitos da erosão e das placas tectónicas. Características geológicas criadas ou deformadas pelas placas tectónicas estão sujeitos a condições tais como precipitação, ciclos termais e efeitos químicos, bem como a geleiras, erosão litoral, recifes de corais e impactos de grandes meteoritos, que constantemente modelam o terreno da superfície terrestre.
A pedosfera é a camada mais externa da Terra que é composta por solo, e é sujeita a pedogénese. A pedosfera é modelada através da interação da litosfera, da atmosfera, da hidrosfera e da biosfera. No presente, cerca de 13,31% da superfície de terra firme do planeta é arável, com apenas 4,71% de área cultivável permanentes. Cerca de 40% da terra firme é utilizada para a agricultura e a pastagem dos animais, com 3,4×107 km² utilizados como pastagens e 1,3×107 km² utilizados como terrenos agrículas.
 
   A elevação dos terrenos em terra firme variam a um mínimo de ?418 m no Mar Morto para 8 848 m no topo do Monte Evereste. A altura média da superfície localizada acima do nível do mar é de 840 m.
 
 Características principais do planeta Terra
 
 
 Raio orbital médio
 
 
149 597 871 km
 
 Periélio
 

147 054 706 km
 
 Afélio
 
 
152 141 033 km
 
 
 Período orbital
 
 
365 dias, 6 horas
e 9 minutos
 
 Velocidade orbital média
 
 
29,7847  km/s 
 
 Satélites naturais
 
 
 Lua
 
 Diâmetro equatorial
 
 
12 756,27  km
 
 Área da superfície
 
 
5,10072 × 108 km²
 
 
 Densidade Média
 
 
5,515 g/cm³
 
 
 Massa
 
 
5,9742 × 1024 kg
 
 Variação de Temperatura
 
 
-84,15 a 59,85  ºC 
 
 
A formação do planeta Terra
 
 
O planeta poderá ter-se formado pela agregação de poeira cósmica em rotação, aquecendo-se depois, por meio de violentas reações químicas. O aumento da massa agregada e da gravidade catalisou impactos de corpos maiores. Essa mesma força gravitacional possibilitou a retenção de gases constituindo uma atmosfera primitiva. Os processos de formação do planeta Terra são a acreção, diferenciação e desintegração radioativa.

O envoltório atmosférico primordial actuou como isolante térmico, criando o ambiente na qual se processou a fusão dos materiais terrestres. Os elementos mais densos e pesados, como o ferro e o níquel, migraram para o interior; os mais leves localizaram-se nas proximidades da superfície. Dessa forma, constituiu-se a estrutura interna do planeta, com a distinção entre o núcleo, manto e crosta (litosfera). O conhecimento dessa estrutura deve-se à propagação de ondas sísmicas geradas pelos terremotos. Tais ondas, medidas por sismógrafos, variam de velocidade ao longo do seu percurso até a superfície, o que prova que o planeta possui estrutura interna heterogénea, ou seja, as camadas internas possuem densidade e temperatura distintas.
 
A partir do arrefecimentp superficial do magma, consolidaram-se as primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas, dando origem a estrutura geológica denominado escudos cristalinos ou maciços antigos. Formou-se, assim, a litosfera ou crosta terrestre. A libertação de gases decorrente da volatização da matéria sólida devido a altas temperaturas e também, posteriormente, devido ao resfriamento, originou a atmosfera, responsável pela ocorrência das primeiras chuvas e pela formação de lagos e mares nas áreas rebaixadas. Assim, iniciou-se o processo de intemperismo (decomposição das rochas) responsável pela formação dos solos e consequente início da erosão e da sedimentação.
 
 
As partículas minerais que compõem os solos, transportados pela água, dirigiram-se, ao longo do tempo, para as depressões que foram preenchidas com esses sedimentos, constituindo as primeiras bacias sedimentares (bacias sedimentares são depressões da crosta, de origem diversa, preenchidas, ou em fase de preenchimento, por material de natureza sedimentar), e, com a sedimentação (compactação), as rochas sedimentares. No decorrer desse processo, as elevações primitivas (pré-cambrianas) sofreram enorme desgaste pela ação dos agentes externos, sendo gradativamente rebaixadas. Hoje, apresentam altitudes modestas e formas arredondadas pela intensa erosão, constituindo as serras conhecidas no Brasil como serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, e, em outros países, os Montes Apalaches (EUA), os Alpes Escandinavos (Suécia e Noruega), os Montes Urais (Rússia), etc. Os escudos cristalinos ou maciços antigos apresentam disponibilidade de minerais metálicos (ferro, manganês, cobre), sendo por isso, bastante explorados economicamente.
 
 
   Nos dobramentos terciários podem haver qualquer tipo de minério. O carvão mineral e o petróleo são frequentemente encontrados nas bacias sedimentares. Já os dobramentos modernos são os grandes alinhamentos montanhosos que se formaram no contato entre as placas tectónicas em virtude do seu deslocamento a partir do período Terciário da era Cenozóica, como os Alpes (sistema de cordilheiras na Europa que ocupa parte da Áustria, Eslovénia, Itália, Suíça, Liechtenstein, Alemanha e França), os Andes (a oeste da América do Sul), o Himalaia (norte do subcontinente indiano), e as Montanhas Rochosas.