Jóias seguem a moda
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domingo, 13 de julho de 2014
Jóias seguem a moda
Bahia e Pará querem atrair novos recursos
Bahia e Pará querem atrair novos recursos
Terra de oportunidades
Terra de oportunidades
Por conta dos investimentos feitos na área de pesquisa, o Estado vem dando um relativo salto para a consolidação do setor minerário. Em 2007, o setor da mineração acrescentou à economia baiana R$ 1,2 bilhão. Em 2009, com o início das atividades dos projetos Santa Rita, grande jazida de níquel sulfetado do Brasil, e Ouro Maria Preta, a CBPM alcançará a auto-sustentabilidade financeira, por conta dos royalties recebidos. Os empreendimentos ficam nos municípios de Itagibá e Santa Luz, respectivamente.
“A CBPM transferiu para a iniciativa privada, por meio de licitação, as jazidas descobertas, como o níquel de Itagibá, o vanádio de Maracás, a bentonita de Vitória da Conquista e o ouro de Santa Luz. Esses projetos minero-industriais estão em fase de implantação. Quando atingirem plena produção, entre a metade de 2009 e o início de 2010, vão gerar receitas que irão duplicar o valor da produção mineral do Estado”, afirmou o presidente da empresa, Nilton Silva Filho.
Até 2010 deverão estar em operação os empreendimentos de Vanádio de Maracás, Ouro do Itapicurú, Fosfato de Irecê e Bentonita de Vitória da Conquista. As jazidas privatizadas já levantaram investimentos de R$ 600 milhões e a estimativa é que esses três projetos injetem uma receita bruta de US$ 800 milhões na economia baiana quando entrar em operação.
Conduzida pela Mirabela Mineração, subsidiária da australiana Mirabela Nickel, a produção de níquel sulfetado, em Itagibá, recebeu investimentos de R$ 700 milhões. A geração de recursos por meio do Imposto sobre Serviço (ISS) para o município, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o governo estadual e para a CBPM, através da Compensação Financeira pela Extração de Recursos Minerais (CFEM), é bastante promissora. Só em royalties, a CBPM arrecadará cerca de R$ 8 milhões mensais. Da CFEM, o município de Itagibá arrecadará 65% e o Estado, 23%.
Já o ouro da mina Maria Preta, empreendimento conduzido pela Mineração Fazenda Brasileiro, do grupo Yamana, receberá investimentos de US$ 51,1 milhões, devendo gerar US$ 2 milhões em royalties (2% da receita bruta anual).
Outros projetos e pesquisas que compõem o patrimônio da CBPM e estão em andamento também constituem oportunidades de investimento em empreendimentos produtivos – a exemplo do Ferro do Norte, do ferro-titânio e vanádio, em Campo Alegre de Lourdes; do ferro, em Campo Largo; do zinco, em Irecê e Mundo Novo; do cobre, em Riacho Seco; da areia silicosa de alta pureza, em Santa Maria Eterna; da barita, em Contendas do Sincorá; da cianita, em Anagé; do fosfato primário, em Irecê; além de jazidas de granito ornamental e jazidas de argilas cerâmicas.
A previsão da empresa é investir neste ano R$ 12 milhões em pesquisa e desenvolvimento, como parte da estratégia de atrair recursos e gerar negócios promissores no Estado, destaca o presidente da companhia Nilton Silva Filho. “Com a chegada do novo governo, foi realizada uma reavaliação das oportunidades minerais que a Bahia possui. Decidimos atuar com mais agressividade, disponibilizando para o investidor do setor as oportunidades identificadas. Em um ano, colocamos em processo de licitação, via concorrência pública, 25 empreendimentos minerais”, disse o presidente da CBPM.
A Bahia é um dos Estados mais bem estudados e conhecidos geologicamente do País, com 38,5% do seu território (217 mil km2) cobertos por levantamentos aerogeofísicos. Em julho deste ano, outros 12.964 km2 serão mapeados. O uso dessa tecnologia representa a diminuição de riscos para o investidor e confere maior segurança às informações oferecidas para o desenvolvimento dos projetos. Os programas de levantamento aerogeofísico realizados pela CBPM desde 1975 totalizam 523 mil km de linhas de vôo, em 30 áreas potenciais do território baiano.
“A CBPM continuará investindo em pesquisas geológicas básicas, como mapeamentos geológicos e levantamentos aerogeofísicos. Há uma crescente demanda das empresas mineradoras. Apostamos que esse momento vai durar. As jazidas descobertas pela empresa e transferidas para o setor privado são evidências dessa perspectiva. Quando elas atingirem a sua plena capacidade de produção, vão gerar receitas que dobrarão o valor da produção mineral da Bahia”, afirmou Silva Filho.
As oportunidades minerais reveladas permitiram a considerável elevação no valor da produção baiana. As áreas das 20 oportunidades já licitadas englobam um conjunto de 269 requerimentos de pesquisa da CBPM, abrangendo cerca de 280 mil ha, distribuídos por 26 municípios baianos, a maior parte no semi-árido.
Duas rodadas de licitações
Segundo o geólogo José Cunha, da CBPM, alguns empreendimentos ainda estão em fase de assinatura de contrato. “Mas todas as oportunidades serão devidamente desenvolvidas pelas empresas, mesmo nesse atual cenário mundial. Algumas empresas poderão dilatar os prazos, mas nada que prejudique os projetos, que têm se comprovado bastante promissores. Tanto que a empresa já colocou neste ano mais duas oportunidades em licitação, por solicitação dos próprios investidores. São depósitos promissores na área de manganês/ferro e potássio”, informa.
A primeira fase de licitações permitiu a celebração dos contratos entre CBPM e as empresas vencedoras - Votorantim Metais, Galvani Indústria Comércio e Serviços e Risa Refratários e Isolantes, com oportunidades nas áreas de extração e produção de concentrados dos minérios de zinco, níquel, fosfato e talco. Os concentrados dos minérios deverão alimentar futuras metalúrgicas, indústrias de produção de fertilizantes e de produção de refratários, cerâmica, papel, tintas, plásticos, borrachas e cosméticos, entre outros.
O segundo pacote de oportunidades, lançado em 2008, compreende áreas de ouro, cobre e ferro-titânio-vanádio associados, além de minerais e rochas industriais como feldspato, quartzo, barita, areia silicosa de alta pureza, argilas cerâmicas e granitos ornamentais, incluindo uma jazida de esmeralda.
A estatal mantém atualmente outros projetos de pesquisa promissores: ferro, titânio e vanádio, em Campo Alegre de Lourdes; estuda os depósitos de ferro, em Campo Largo; o zinco, em Irecê e Mundo Novo; cobre, em Riacho Seco; areia silicosa de alta pureza, em Santa Maria Eterna; barita, em Contendas do Sincorá; Cianita, em Anagé; do fosfato Primário, em Irecê; além de jazidas de granito ornamental e argilas cerâmicas.
Atualmente, a Codelco está desenvolvendo o Projeto Novo Nível de Mineração
Atualmente, a Codelco está desenvolvendo o Projeto Novo Nível de Mineração (PNNM) em El Teniente, para alcançar reservas de cerca de 2 milhões t de cobre, localizadas abaixo do atual nível de extração. Matéria cedida com exclusividade pela revista
IM-International Mining
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A extração desse bloco de minério irá começar em 2017, utilizando o processo de panel caving
e um método de aprofundamento progressivo. A Codelco e a SKM Minmetal
(SKM) conduziram conjuntamente o estudo de pré-viabilidade do projeto,
concluído em março de 2008. A alimentação atual do concentrador de Cólon em El Teniente é de 137.000 t/d e a meta do projeto PNNM é alcançar 180.000 t/d até o ano de 2026.
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Uma
mudança importante do sistema de transporte subterrâneo está sendo
proposta – substituir o atual sistema sobre trilhos por caminhões e um
sistema de correia transportadora.
Um
dos focos do projeto tem sido maximizar a contribuição de novas
tecnologias, tanto para as fases de construção quanto operacional do
PNNM, juntamente com a escolha da melhor infraestrutura disponível para
manter a produtividade de El Teniente pelos próximos 50 anos. Isto
inclui a melhoria dos processos e das práticas de gerenciamento atuais.
A
meta é reduzir os atuais riscos operacionais da mina e aproveitar as
novas oportunidades oferecidas pelo projeto. Todos os aspectos
relacionados a recursos humanos, manutenção e gestão, manuseio de
materiais, estruturando operações e acessos centralizados, automação e
controle remoto das operações e otimização do consumo de energia serão
avaliados.
A mina El Teniente fica a 80 km ao sul de Santiago, em uma altitude de 2.500 m acima do nível do mar (manm). É uma das maiores minas subterrâneas do mundo, com mais de 2.400 km de galerias subterrâneas desde o início da mineração, em 1905. A
mina produz cerca de 430.000 t/a de cobre fino e 4.750 t/a de
molibdênio. A operação atual inclui seis blocos de mineração
subterrânea, localizados em diferentes profundidades. Os mais
importantes são Esmeralda, Reservas Norte, Diablo Regimiento e Pipa
Norte. As várias operações são realizadas de uma formação vulcânica não
mineral intrusiva, chamada Braden, onde está localizada a infraestrutura
de produção de cada bloco.
O
minério é inicialmente transportado até a superfície através de um
sistema sobre trilhos, localizado no Nível 8 de El Teniente, a 1.980
manm. Após passar pelas unidades de britagem de Colón, é encaminhado
para o concentrador. No final da década de 1960, um importante projeto
de expansão definiu o sistema sobre trilhos do Nível 8 como o principal
sistema de manuseio de material, o que dificultou a realização de outros
projetos posteriores. A expansão de 36.000 t/d para 63.000 t/d, e as
etapas seguintes para 130.000 t/d, ocorreram durante um período de 40
anos, e todos utilizaram o transporte sobre trilhos.
Este
projeto – “talvez o maior projeto de mineração subterrânea no mundo
atualmente,” disse Fernando Reyes, da SKM – tem um investimento total
estimado em mais de $3 bilhões. O PNNM irá também influenciar o escopo
dos projetos futuros, provavelmente pelos próximos 40 anos.
O PNNM está localizado em um nível abaixo das operações existentes e também ao redor da formação de Braden (ver figuras). Os trabalhos de lavra vão se aprofundar, em média, 350 m abaixo do nível de produção atual, ou seja, 100 m abaixo do principal nível de transporte existente. O panel caving será empregado. Desta forma, os novos níveis de lavra, em ordem descendente, serão:
- Nível inferior – 1.880 manm;
- Nível de produção – 1.860 manm, com o layout padrão de El Teniente, com a extração de minério feito por LHDs de 7.6 m3;
- Nível de Transporte – 1.800 manm, utilizando caminhões diesel de 80 t de capacidade*;
- Nível da Britagem – 1.760 manm, onde haverá três britadores giratórios de 1.5-2.3 m;
- Nível de Transporte – 1.700 manm, onde fica o sistema principal de esteira transportadora de 12 km de comprimento, operando com uma correia de 2.134 mm de largura.
Haverá
um estoque de superfície – a 1.910 manm – com capacidade de 240.000 t. O
início da produção irá ocorrer em 2017, seguido de ramp up ao longo de mais de 13 anos para alcançar o nível máximo de 180.000 t/d.
A
Codelco e a SKM lembram que “a natureza do projeto em termos de
profundidade, tamanho e método de lavra cria riscos significativos para
suas instalações e processos – muitos deles associados à integridade
física e à saúde de seus trabalhadores. No entanto, eles podem ser
enfrentados principalmente através das soluções tecnológicas,
considerando a automação e/ou a inovação dos conceitos nos processos a
serem adotados. Apesar da exigência do projeto em sustentar os níveis
atuais de produção, o PNNM pode ser quase considerado como um novo
projeto. Ele cria grandes oportunidades para a melhoria da qualidade de
vida dos trabalhadores e a lucratividade e continuidade do negócio.”
A
equipe do PNNM considera que os principais riscos estão associados ao
aprofundamento da mina, através do aumento da pressão litostática
(estéril), com o subsequente aumento das tensões do maciço rochoso. O
projeto tentará mitigar os riscos em relação a fatores como:
- Sismicidade e explosões das rochas, fenômenos que se tornam importantes na medida em que a mina se aprofunda;
- Colapsos;
- Queda de rochas de locais altos, por exemplo, nos pontos de extração ou nas galerias de avanço;
- Deslizamento de lama nos pontos de extração;
- O risco do trafego dos equipamentos móveis, tais como LHDs e caminhões;
- Incêndios causados por equipamentos móveis a diesel ou em esteiras transportadoras;
- Operações a grandes altitudes.
Esses
riscos serão mitigados através do uso de novas tecnologias, e a
otimização de outras já em uso, minimizando a exposição dos
trabalhadores aos riscos, e monitoramento em tempo real do comportamento
do maciço rochoso.
As
oportunidades do projeto derivam principalmente da localização do novo
nível de produção, que torna a infraestrutura independente das
instalações atuais da mina. Além disso, o longo tempo que a equipe do
projeto conta para avaliar a tecnologia e as práticas antes da
implementação efetiva dos trabalhos representa uma oportunidade única
para um planejamento cuidadoso. Essa situação, a equipe diz, permite “a
introdução de uma série de melhorias e inovações, tanto na lavra quanto
na concepção do manuseio de materiais e também na gestão da mina”.
“Um
nível inferior único permite a centralização de todos os serviços e da
logística da mina, localizados na formação Braden. Além disso, o projeto
considera a melhoria e integração de sistemas atuais. Por exemplo, a
água de infiltração será manuseada através de um novo nível de drenagem,
que coleta todo o volume de água subterrânea antes de enviá-la à
superfície, e um sistema de ventilação racionalizado, que pode ser
dimensionado de acordo com os requisitos individuais de cada setor de
lavra.”
Talvez
tão importante quanto a mudança do sistema sobre trilhos para a correia
transportadora seja a construção de uma nova via de acesso dentro da
mina, reduzindo o tempo de percurso dos trabalhadores até as frentes de
lavra de duas para uma hora, em cada sentido. Isso irá gerar importantes
melhorias na gestão do pessoal, que basicamente significa um aumento do
tempo efetivo de trabalho e de produtividade, comparando-se à situação
atual. Outros ganhos virão das inovações na gestão da manutenção.
O
PNNM irá implementar o conceito de consumo inteligente de energia em
todos os processos, especialmente na ventilação, drenagem e transporte
do minério. Os principais sistemas, inovações de projeto e melhorias
são:
- Automação e controle remoto do processo;
- Monitoramento do comportamento do maciço rochoso em tempo real;
- Aplicação do conceito de consumo inteligente de energia.
Automação/controle remoto
Será
possível implantar a operação e o controle remoto dos diferentes
processos. As salas de controle ficarão localizadas em um novo prédio da
empresa, em um vale próximo da cidade de Rancagua, a 50 km da mina. A revista IM tem
frequentemente divulgado as vantagens de se operar sem operador, por
controle remoto, um equipamento de mineração subterrânea, mas vale a
pena repeti-las:
- Melhoria da segurança pessoal, diminuindo a exposição dos funcionários aos riscos dentro da mina;
-
Melhoria das condições de trabalho, que aumentam a qualidade de vida e
diminuem as doenças relacionadas ao trabalho pela menor exposição dos
funcionários aos gases de exaustão, poeira, ruídos e vibrações que podem
afetar a saúde;
- Aumento na produtividade da equipe e do uso de equipamentos, com mais horas de trabalho efetivo;
- Melhoria no controle dos cronogramas de produção, e no controle adequado dos equipamentos;
- Operação mais eficiente do equipamento;
- Operação mais suave significa menos danos e desgaste das máquinas;
- Otimização do processo com ajuda da informação em tempo real e on-line;
- Menor gasto com combustível e energia (ambos inclusos no conceito de consumo inteligente de energia);
- Redução do tempo necessário para reagir a eventos não previstos, graças à disponibilidade da informação em tempo real.
Os processos e equipamentos que podem ser remotamente operados e controlados são os seguintes:
LHD semi-automatizada -
a extração de minério com LHDs semiautomáticas tem sido utilizada na El
Teniente desde 2004. No início da operação, havia dois sistemas Sandvik
AutoMine em El Teniente - controlando três LHDs na área de Pipa Norte e outras três em Diablo Regimiento. Os
motivos pelos quais as expectativas não foram totalmente atendidas
nesses casos serão considerados pelo PNNM como lições a serem
aprendidas, visando a alcançar os resultados esperados nas novas
aplicações. A Sandvik está engajada nesse processo.
No
início do uso do sistema AutoMine (em 2005), Martín Pierola, chefe de
operações de Pipa Norte, definiu bem o sistema: “AutoMine trouxe
um aumento das horas produtivas. Este é também o quarto ano sem
acidentes com perda de tempo graças à operação do sistema. A disciplina
de trabalho dentro da mina tem resultado em melhoria da produção”.
A frota responsável pela produção de 10.000 t/d em Pipa Norte inclui três LHD Sandvik 0010C,
semi-autônomas, com capacidade nominal de 17.5 t. Para integrar
totalmente o sistema AutoMine com a estrutura geral de produção, as
máquinas precisam operar em zonas de exclusão com acesso estritamente
controlado. Naquela época, um operador remoto, localizado na sala de
controle central a 10 km
da parte externa da mina, supervisionava cada equipe de três LHDs. Além
do papel de supervisão geral, o operador controla o processo de
enchimento das caçambas (que exige tomadas de decisões em tempo real)
através de controle tele-remoto. Com suas caçambas cheias, mas sem
derramar nas vias de serviço, as LHDs então se dirigem automaticamente
para uma britagem subterrânea, despejam a carga, e se deslocam
automaticamente para o próximo ponto de extração alocado.
Na
medida em que a LHD se aproxima do ponto de extração, o sistema alerta o
operador de que a caçamba precisa ser enchida novamente, e o ciclo
recomeça. Operando no regime 24/7 em El Teniente,
com três turnos, quatro operadores tele-remotos, cada três equipes de
LHDs efetuam o trabalho de 16 operadores de LHD convencionais – em total
segurança. Devido ao alto nível tecnológico, um grande número de
trabalhadores especializados em manutenção é necessário. Esse custo é
compensado pela redução do consumo de peças sobressalentes e uma vida
mais longa dos pneus. A Codelco continuou a expandir as áreas onde o
sistema AutoMine opera.
“Os
efeitos positivos do sistema AutoMine nos trabalhadores e na utilização
da frota são substanciais em termos de segurança, bem como proporcionam
maior produtividade e continuidade. A multifuncionalidade tem
amadurecido em cada um dos operadores, permitindo a otimização dos
resultados”, explicou Oscar Salinas, Operador do Sistema Automine.
Fragmentação secundária utilizando jumbos remotamente controlados –
irá evitar a exposição dos trabalhadores e centralizar as atividades de
perfuração e detonação na mesma máquina, evitando dessa forma a
exposição direta dos trabalhadores a quedas de rochas, o manuseio de
explosivos e acidentes.
Operação remota de rompedores instalados nos pontos de despejo da LHD –
atualmente há um bom sistema de rompedores para quebrar blocos de
minério operado remotamente na mina. O PNNM vai utilizar essa tecnologia
e incorporar melhorias.
Transporte feito por caminhões automatizados no nível intermediário de transporte - a
área de Reservas Norte utiliza os caminhões Sandvik de 80 t para o
transporte intermediário de minério, com operadores a bordo. Este
sistema representa entretanto uma oportunidade para o uso da
automatização nos caminhões do PNNM.
Operação remota em calhas de carregamento – esta tecnologia já é utilizada na mina e será melhorada no PNNM.
Operação remota da britagem –
o contínuo monitoramento das operações da britagem, incluindo a remoção
de metais e madeira do fluxo do minério, proveniente dos níveis antigos
da mina, e a redução dos blocos grandes por rompedores, serão feitos
por controle remoto usando as informações recebidas em tempo real.
Sistema de transporte de minério –
é baseado no sistema de correias transportadoras de alta capacidade
(10.000 t/h), e terá um sistema de instrumentação que fornece dados
operacionais em tempo real. A equipe do PNNM diz que “se estuda a
incorporação de motores síncronos de baixa velocidade para evitar o uso
de caixa de engrenagem para reduzir a velocidade.” Além disso, o sistema
terá um processo de partida sofisticado e um sistema de controle de
frenagem baseado na tecnologia de conversor de frequência, que irão
permitir uma partida suave das correias transportadoras até alcançar a
velocidade de operação e um procedimento semelhante ao contrário para a
parada. “No entanto, é importante destacar que o sistema de transporte
já se encontra no limite máximo da tecnologia existente. Torna-se
necessário identificar com precisão e remover completamente todos os
materiais estranhos, como aço e madeira provenientes de velhas
estruturas de apoio da galeria, dos alimentadores de esteira que
alimentam as britagens e as correias transportadoras localizadas abaixo
das caixas de descarga da britagem. A garantia da disponibilidade da
correia transportadora principal e do subsequente nível de produção
depende disso.”
Ventilação através de um sistema inteligente –
o projeto prevê uma discreta ventilação através dos diferentes setores
da mina, baseada nos requisitos estabelecidos pela quantidade de
operários e equipamentos, identificados através de tags.
Isto ajudará no cálculo dos volumes de ar, juntamente com os sensores
de gás e calor dentro das galerias. O conceito de ventilação sob demanda
permite uso mais eficiente da energia.
Instrumentação geomecânica –
será instalada dentro do corpo mineralizado para fornecer monitoramento
em tempo real do comportamento do maciço rochoso, registrando a
sismicidade por setores, e ajudando a estabelecer um melhor planejamento
da produção e índices de consumo. Ela também auxiliará na prevenção de
eventos de explosões potenciais das rochas.
O projeto prevê uma melhoria radical no layout da mina, quebrando todos os velhos paradigmas.
Drenagem da mina –
atualmente, a drenagem da água do degelo da mina da El Teniente e
outras fontes originárias se faz através dos diversos sistemas,
passagens e poços, em direção à ventilação de exaustão de subnível do
setor correspondente. Dali a água é bombeada até a superfície,
juntamente com o ar de exaustão da mina. O PNNM considerou a
infraestrutura exigida para a captação, limpeza e transporte dessa água
através de um nível de drenagem adicional, para coletar a água oriunda
dos níveis superiores da mina. A razão do fluxo volumétrico é
sazonalmente variável. Dessa forma o sistema tem que ser capaz de
coletar de 550 a 1.960 l/s.
A
coleta de água começa no nível de produção onde a água infiltrada da
chuva e o gelo derretido são recebidos. A água é coletada e o fluxo sob
gravidade através de calhas instaladas na base das galerias é
transferido para os diferentes níveis através dos poços de drenagem,
para finalmente atingir o nível de drenagem. Ali os lagos de depósito de
areia irão separar os elementos sólidos e de lá a água limpa é
conduzida até a superfície através de dois dutos localizados no túnel da
correia transportadora principal.
Serviços centralizados
O
PNNM será projetado e operado como um grande e único nível – ao
contrário da lavra de blocos pequenos localizados em diferentes níveis,
como ocorre atualmente. Isto permite uma centralização das operações na
área de Braden, equidistante da nova mina. As instalações de
gerenciamento, oficinas de manutenção subterrâneas, reabastecimento,
abrigo para troca de operários e armazenagem de explosivos estarão todos
centralizados.
Esta
simplificação dos serviços irá gerar economia de tempo, redução de
pessoal associado aos serviços, manutenção mais eficiente, simplificação
dos acessos às instalações e outros benefícios.
O
sistema de manuseio de materiais na mina El Teniente consiste
basicamente de passagens de minérios que conectam as diferentes áreas de
lavra com um sistema de transporte sobre trilhos. O manuseio dos
materiais do PNNM se dará através de um sistema de esteira
transportadora de 2.134 mm
de largura, que irá retirar o minério de dentro da mina para um estoque
localizado na superfície, próximo ao concentrador de Colón. As
vantagens são maior disponibilidade, equipe de trabalho reduzida, maior
flexibilidade para alimentar o estoque, considerando o nível mais baixo
de partida do projeto PNNM e o potencial para futura expansão até
240.000 t/d.
É
previsto que as máquinas de perfuração de túnel (TBMs) irão escavar o
acesso e os principais túneis da correia transportadora para o PNNM.
Ambos terão 8 m
de diâmetro. Além disso, galerias de ventilação serão abertas
utilizando esta tecnologia, tendo a vantagem adicional de reduzir as
perdas por fricção do ar nas paredes da galeria.
Entre
as vantagens da TBM, comparada com a perfuração e o desmonte com
explosivos, destaca-se a habilidade de simultaneamente se escavar e dar
suporte à seção aberta. O avanço varia de 12 a 15 m/d e elimina os riscos associados ao manuseio de explosivos.
A
estratégia de manutenção do projeto irá incorporar a tecnologia de
logística, que terá um alto impacto no gerenciamento da manutenção.
Neste contexto, a tecnologia de identificação através da radiofrequência
deve ser adotada para o acompanhamento e controle dos principais
componentes da mina e um sistema de posicionamento global (GPS) para os
mesmos serviços fora da mesma. Isto será complementado pelo uso de
tecnologia biométrica.
Futuras Tecnologias
Considerando
o período de implantação de longo prazo (a partida está prevista para
meados de 2017 e há muitos investimentos programados nos próximos 16
anos), o projeto deve estar aberto para adotar tecnologias que
atualmente ainda não são comprovadas. Um grande número de fornecedores
de equipamentos de mineração e centros de desenvolvimento de tecnologia
tem encorajado os esforços nessa direção.
Considera-se
que é importante desenvolver caminhões elétricos com preços mais
competitivos do que os caminhões a diesel. O aumento constante do preço
do petróleo promete custos operacionais futuros mais altos, enquanto as
emissões de gases poluentes exigem a provisão de mais ar de ventilação.
Além disso, a logística de abastecimento de combustível em altas
altitudes torna a operação dos caminhões movidos à eletricidade
atrativa. A equipe acredita que “o uso de caminhões movido à energia
mista – sistema de alimentação de bateria e rede trolley – parece ser a melhor alternativa.”
Por
razões semelhantes, o uso de energia elétrica para as LHDs também é
atraente. O uso de cabos de alimentação para esse tipo de equipamento
está sendo testado em El Teniente
com resultados considerados insatisfatórios. No entanto, a Sandvik
destaca que os testes foram feitos nos anos 1980, mas “o equipamento
atual é muito mais confiável. A concepção da mina tem que ser
considerada ao utilizar LHDs elétricas.” Espera-se que baterias
recarregáveis sejam mais eficientes no futuro. Elas deverão ser menores e
ter maior capacidade para permitir uma maior autonomia do equipamento.
Para
evitar a exposição dos operários aos explosivos do desmonte secundário e
atividades de liberação de “chocos”, a automação dessas atividades com a
ajuda de jumbos controlados remotamente é considerada necessária nas
operações futuras.
A
equipe também observa que “TBMs ou as máquinas de mineração contínua
estão se tornando cada vez mais atraentes para a mineração subterrânea,
como uma forma de eliminar os explosivos, com consequentes vantagens de
segurança e falta de emissões de gás. Este equipamento também promete um
andamento mais rápido dos trabalhos, e a construção de túneis com
melhores seções do ponto de vista geomecânico, menos aspereza da
superfície interior das galerias para fins de ventilação”.
O
projeto possui alguns aspectos importantes que precisam ter uma
melhoria tecnológica para a otimização dos processos. Dois exemplos são
os detectores de metais e processos de tratamento de água.
O
entulho originário de operações antigas nos níveis superiores da mina
existente irá aparecer nos pontos de extração de nível de produção do
PNNM. Itens como as estruturas de metal, chumbadores de rocha, cabos,
vigas, suportes de vigas e pedaços de madeira precisam ser logo
detectados e removidos para evitar paradas na linha de produção,
especialmente da britagem, ou cortes nas correias transportadoras.
Considerando que toda a produção da El Teniente será manuseada por um
sistema de esteira transportadora de linha única, qualquer melhoria para
reduzir o perfil de risco será muito bem-vinda.
A
equipe sugere “o processamento de imagens de raios-X do entulho
enterrado e das madeiras no equipamento de transporte do minério para
identificar seus tamanhos e a localização, que poderá ser muito útil na
remoção por controle automático ou remoto com a ajuda de robôs
industriais.
“Qualquer melhoria na qualidade dos processos e redução dos custos operacionais do tratamento de água será bem-vinda.”
A
equipe conclui que a incorporação de novos acessos e túneis de
transporte permitem a construção do PNNM praticamente sem interferência
da operação existente. “A concepção do PNNM irá trazer uma melhoria
óbvia na qualidade de vida dos operários, reduzindo o tempo de
deslocamento dos mesmos para o trabalho e para casa. Para evitar a
exposição dos operários a qualquer possível ambiente hostil dentro da
mina e desta forma melhorar as condições de saúde e segurança, o sistema
de ventilação é realimentado com o ‘Sistema de Localização por Tags’
para o fornecimento de ar na quantidade e extensão exigida. Isto também
reduz o consumo de energia. “O consumo inteligente de energia é um
conceito que deve estar presente na concepção de todos os sistemas e
escolha dos equipamentos. IM
US$ 6 bilhões em expansão de minas de ouro, níquel e diamantes
US$ 6 bilhões em expansão de minas de ouro, níquel e diamantes
Uma das principais mineradoras no Canadá, Vale investe na extração de cobre em Ontário
Ontário planeja abertura de oito novas minas em dez anos e extração de cromita no extremo norte
Além de abrigar a população de 34.300.083 pessoas em seus mais de 9 milhões de m² e deter o 14º maior PIB do mundo (cerca de US$ 1,446 trilhões em 2012), o Canadá também concentra um leque amplo de recursos minerais, sendo um dos maiores produtores do mundo em alumínio, cobre, ferro, nióbio, níquel, ouro, cromita, zinco e urânio - com as maiores reservas conhecidas localizadas em Saskatchewan.
Em Ontário, principal província mineral do país, há reservas expressivas em alumínio, titânio e cromita, sendo um dos dez maiores produtores de níquel, platina e cobalto, e entre os 20 maiores em ouro, cobre, prata e zinco, em um total de 42 minas na região. A província também é responsável por 21% da produção de minerais não combustíveis, com uma geração de renda de cerca de US$ 10,7 bilhões.
Somente em 2011, foi investido pelo governo aproximadamente US$ 1 bilhão em exploração geológica no Canadá, onde 26% se destinaram à província de Ontário, que nos próximos dez anos projeta a abertura de oito minas, três delas para produção de ouro ainda em 2013. Nos próximos anos, as mineradoras devem gastar cerca de US$ 6 bilhões em expansão e modernização das operações de ouro, níquel e diamantes existentes na região, incluindo a Detour Gold, que iniciará a operação da maior mina de ouro da história do Canadá, uma mina a céu aberto próxima à cidade de Cochrane, para produzir cerca de 657.000 onças (18,626 t) por ano durante ao menos duas décadas.
George Ross, ministro de Minas e de Desenvolvimento da Região Norte de Ontário
A indústria mineral em Ontário gera mais de 27 mil postos de trabalho diretos e outros 50 mil indiretos, dispendendo mais de US$ 1 bilhão por ano em bens e serviços - cerca de 45% nas cidades próximas as minas e mais de 75% no interior da província - e é responsável por 21% da produção de minerais não combustíveis no país. Ontário, que abriga mais de 600 projetos de exploração ativos no Canadá, até o momento em sua história produziu cerca de US$ 380 bilhões em metais, sendo o níquel responsável por US$ 140 bilhões (12 milhões t), o ouro por US$ 88 bilhões (176 milhões onças), o cobre por US$ 74 bilhões (16 milhões t), e o zinco por 22 bilhões (11 milhões t).
Responsável em 2012 por gerar receita de US$ 10,7 bilhões, US$ 2,6 a mais que em 2011, principalmente em função da melhora no preço das commodities e das operações de níquel e cobre em Sudbury, o setor mineral ontariano, por ainda ter no total 70 milhões de hectares de terras disponíveis para exploração e pelo fácil acesso de capital de risco para novas pesquisas, atrai muitas empresas juniores, que já são responsáveis por cerca de metade dos investimentos com exploração geológica em toda a província.
Para as mineradores interessadas em novos negócios, a Ontário oferece taxas fiscais competitivas, com alíquota geral total de imposto de renda em 26,5%, índice menor do que a média dos países do G8 e do G20 e inferior que a taxa média federal e estadual nos Estados Unidos. Os incentivos fiscais para pesquisa e desenvolvimento também são um ponto importante para novos investidores. Na região, para cada US$ 100 aplicados em pesquisa, os incentivos fiscais reduzem seu valor real para US$ 56, ou U$ 38 para pequenas empresas.
Instalações da Detour Lake, mina de ouro no Canadá que acaba de produzir, em fevereiro, sua primeira barra
A oferta de serviços na província, que possui 63% da população com algum curso de graduação ou profissionalizante e ao todo 20 universidades e 24 faculdades, é bastante ampla. Por volta de 500 empresas, 45% do total do Canadá, atendem à mineração local, empregando 23 mil pessoas.
Nos próximos quatro anos, as mineradoras devem começar a investir em peso (cerca de US$ 4 bilhões) no extremo norte para desenvolver operações no Ring of Fire, região que em agosto de 2007 teve pelas pesquisas de exploração da Noront Resources a descoberta de cobre, níquel, platina, paládio e, recentemente, de uma grande reserva de cromita de 2 km de comprimento a uma profundidade de 200 m, com largura de 40, m contendo cerca de 72 milhões t com teor de 42%, tornando-se uma das mais promissoras áreas de desenvolvimento mineral em Ontário em quase um século. Atualmente, 35 empresas detêm direitos minerários no local que ainda está em fase de exploração, com investimentos até o momento de US$ 278 milhões.
Segundo Christine Kaszycki , ministra adjunta da secretaria do Ring of Fire, do Ministério do Desenvolvimento e das Minas do Norte de Ontário, a descoberta de cromita é a maior da América do Norte e uma das maiores do mundo. No entanto, muito ainda precisa ser feito. “Temos que levar a infraestrutura necessária para a região e são necessários por volta de 320 km de novas rodovias. Esses projetos são muito esperados pela comunidade local que, com a criação do corredor viário Norte-Sul, terá acesso a Toronto e ao sul em todas as estações do ano, e não só em estações mais quentes, como acontece hoje”, conta.
A Cliffs Natural Resources planeja investir US$ 3,3 bilhões em um projeto de cromita no local, onde serão criados 1.200 empregos em uma mina com expectativa de vida de 15 anos, em mina a céu aberto, e mais 20 anos em lavra subterrânea. Para isso, a empresa também dispenderá US$ 600 mil em estradas para começar a produção de 2,3 milhões t de concentrado de cromo já em 2016. Já a Noront Resources investirá em um projeto de níquel US$ 609 milhões, destinados à infraestrutura e construção da mina subterrânea e planta, gerando 300 empregos.
Ontário também é sede da Toronto Stock Exchange, que lista metade das mineradores globais com capital aberto, e do Prospectors and Developers of Canada (PDAC), convenção voltada para novos projetos do setor mineral que atrai anualmente mais de 25 mil visitantes.
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